Mateus 5.13-16; Romanos 12.1,2
Pr. João Barbosa
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
- Saber que o cristão é o “sal” da terra.
- Compreender que o crente é como a luz do mundo.
3. Conscientizar-se da importância do testemunho cristão.
APRESENTAÇÃO
Durante o Sermão do Monte após ter pronunciado uma série de ensinos e normas de como os seus discípulos deveriam seguir e ser, Jesus fez uma metáfora para mostrar o alto padrão de vida espiritual, moral e ética que os seus discípulos deveriam ter com relação ao mundo.
9º.Cong.Adolescentes- Abreu e Lima-PE-Brasil 07.2010 |
Nesta metáfora ele diz: “vós sois o sal da terra e, se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta, senão para se lançar fora e ser pisado pelos homens” (Mt 5.13).
Essa metáfora é uma descrição de como deve ser a vida do crente diante do mundo, visto ser o crente o equilíbrio, o pêndulo da balança; que não permite que esse mundo entre num caos total. Ainda é no meio do povo de Deus, onde existe uma cosmovisão baseada nos princípios fundamentais da Palavra de Deus, quanto ao comportamento humano para com Deus, para consigo próprio, para com o próximo e para com a igreja.
DESENVOLVIMENTO
O apóstolo João, escrevendo da cidade de Éfeso, onde residia, entre os anos de 85 e 95 d.C., e em cuja igreja exercia o pastorado, escreveu uma epístola e enviou por um emissário de sua confiança juntamente com suas saudações. Essa epístola ficou conhecida como Carta Circular, porque deveria ser lida de Igreja em Igreja.
O apóstolo João estava preocupado e sentia necessidade de que os irmãos se mantivessem afastados do mundo. Em sua Carta Circular ele se expressa: “Eu vos escrevi, Pais, porque já conhecestes aquele que é desde o princípio. Eu vos escrevi, jovens, porque sois fortes, e a Palavra de Deus está em voz, e já vencestes o maligno. Não ameis o mundo, nem o que no mundo há. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não é do Pai, mas do mundo. E o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre” (1ª. Jo 2.15-17).
O Cristão como sal da terra:
O apóstolo João estava entre aqueles discípulos mencionados no cap. 5 e o vers. 1º. do Evangelho de Mateus, a quem Jesus dirigiu a palavra. Ali havia três grupos de homens: Jesus – os discípulos e a multidão. Ele lhes ministrou o ensino de como deveria ser o comportamento daqueles que serão os súditos do Reino dos Céus, através das Bem Aventuranças (Mt 5.3-11).
9º.Cong.Adolescentes Abreu e Lima-PE-Brasil-07.2010 |
O apóstolo João estava entre aqueles discípulos mencionados no cap. 5 e o vers. 1º. do Evangelho de Mateus, a quem Jesus dirigiu a palavra. Ali havia três grupos de homens: Jesus – os discípulos e a multidão. Ele lhes ministrou o ensino de como deveria ser o comportamento daqueles que serão os súditos do Reino dos Céus, através das Bem Aventuranças (Mt 5.3-11).
Depois, Jesus olhou para aqueles homens a quem chamou de apóstolos e disse: “Vós sois o sal da terra”.
Essa declaração de Jesus não encerra apenas uma descrição do crente; mas também ela envolve uma descrição do mundo em que o crente está.
E o mundo, nesse caso, mais do que nunca, precisa ser entendido como a humanidade em geral; a humanidade que não foi regenerada em Cristo, como menciona o apóstolo João “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1ª. Jo 1.9).
O Cristão como luz do mundo:
“Vós”, disse nosso Senhor, olhando para aqueles homens simples, inteiramente destituídos de importância, segundo o mundo pensava: “Vós sois a luz do mundo” (Mt 5.14).
9º.Cong.Adolescentes-Abreu e Lima-Pe.Brasil |
Essa é uma daquelas afirmativas que sempre deveria surtir sobre nós o efeito de fazermos levantar a cabeça, levando-nos a perceber, uma vez mais, quão notável e glorioso é sermos crentes. O pronome “Vós” que lemos nesta declaração, aponta diretamente para cada um de nós, pessoas regeneradas. O perigo constante é que leiamos uma declaração como essa e fiquemos pensando em alguma outra pessoa; como os cristãos primitivos ou o povo evangélico em geral.
Porém, se realmente nos considerarmos crentes, é a cada um de nós, individualmente que o Senhor se refere.
O sentido dessa declaração de Jesus é a seguinte: “Vós, e vós somente, sois a luz do mundo”. Nesta declaração Jesus deixa muitas coisas implícitas, inclusive, de que o mundo está em trevas; mas nós, somos a luz. Aqui é encontrado o mais forte contraste entre o ponto de vista cristão da vida e todos os demais pontos de vista.
Tanto no Antigo como no Novo Testamento o elemento Sal – o Cloreto de Sódio como é conhecido no mundo da Química; esse composto cristalino tem diversos usos, quer naturais, quer espirituais, além dos usos simbólicos, morais e espirituais.
A aplicabilidade do sal na Bíblia: O sal era um item comercial no Oriente, obtido de lagos de sal, especificamente no Mar Morto, e da mineração.
Sua aplicabilidade na Bíblia é vasta. Em Ezequiel 16.4 o sal aparece como um elemento medicinal para lavar bebês recém-nascidos e para outros tipos de limpeza – “E, quanto ao teu nascimento, no dia em que nasceste, não te foi cortado o umbigo, nem foste lavada com água, para tua purificação, nem tampouco foste esfregada com sal, nem envolta em faixas”.
Em Lucas 14.34,35 o sal era utilizado como auxílio à fertilização do solo para apressar a decomposição de excrementos – “Bom é o sal, mas, se ele degenerar, com que se há de adubar? Nem presta para a terra, nem para o monturo; lançam-no fora. Quem tem ouvidos para ouvir, que ouça”.
A Metáfora da Luz:
Assembléia de Deus em Abreu e Lima-PE.Brasil (COMADALPE) Presidente:Pr.Roberto José dos Santos |
Quanto à metáfora da luz e das trevas é encontrada também em vários trechos bíblicos: Em João 13.19-21, a luz e as trevas indicam respectivamente, santidade e pecaminosidade – “E a condenação é esta: que a luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz, porque as suas obras eram más. Porque todo aquele que faz o mal aborrece a luz e não vem para a luz para que suas obras não sejam reprovadas. Mas quem pratica a verdade vem para a luz, a fim de que as suas obras sejam manifestas, porque são feitas em Deus” (Jo 3.19-21).
Em Mateus 6.22,23, a participação no bem ou no mal é exposta sob o simbolismo da luz e das trevas – “A candeia do corpo são os olhos; de sorte que, se os teus olhos forem bons, todo teu corpo terá luz. Se, porém, os teus olhos forem maus, todo teu corpo será tenebroso. Se, portanto, a luz que em ti há são trevas, quão grande serão tais trevas!”
CONCLUSÃO
A Bíblia continua proclamando que o mundo, como tal, encontra-se no estado de densas trevas; e a partir do momento em que alguém começa a considerar as coisas, facilmente pode comprovar que isso exprime a mais pura verdade.
Sejamos sal da terra e andemos na luz para resplandecermos como astros no mundo – “Para que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração corrompida e perversa, entre a qual resplandeceis como astros no mundo;” (Filipenses 2.15).
Fontes de Consulta:
Manual do Professor EBD-CPAD – 3º Trimestre-2011
CHAMPLIN, R.N. - Enciclopédia de Bíblia – Teologia e Filosofia - Edit Hagnus
PENTECOST, J.Dwight – Manual de Escatologia – Edit.Vida
Novo Comentário Bíblico do Novo Testamento – Eds: READMACHER, Earl D; ALLEN, Ronald B; HOUSE, H. Wayne
BOYER, Orlando – Pequena Enciclopédia Bíblica
LLOYD-JONES, D.Martin – Estudos no Sermão do Monte – Edit. Fiel da Missão Evang. Literária
RIDDERBOS, Herman – A Vinda do Reino – Edit. Cultura Cristã
COLSON, Charles – E Agora como Viveremos? – Edições CPAD
VEITH, Gene Edward, Jr – Tempos Pós-Modernos – Edit Cultura Cristã
Bíblias: Estudo Pentecostal (CPAD) / Estudo de Genebra (Edit.Cultura Cristã e Soc. Bíblica do Brasil)
Nenhum comentário:
Postar um comentário