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sábado, 29 de junho de 2013

Eu e a Minha Casa Serviremos ao Senhor - Lição 13 - 2º. Tri. 2013 - EBD CPAD – 30.06.2013

Síntese do Estudo Bíblico: Pr. João Barbosa
 Texto da Lição: Josué 24.14-18, 22,24                
I  - OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
1.      Conhecer o exemplo de Noé.
2.      Imitar a decisão de Josué.
3.      Compreender  a fidelidade dos recabitas. 

II  - REFLEXÃO BÍBLICA:
“Porém se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolheis hoje a quem sirvais, se os deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio, ou os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao SENHOR”.
(Josué 24.15)
III - DESENVOLVIMENTO:
Levar a família a servir ao Senhor, nos dias presentes, é um desafio que só se vence com a graça e o poder de Deus. Hoje, nestes tempos trabalhosos, a quem se referiu o apóstolo Paulo, não é fácil ter uma família inteira servindo a Deus. A vida moderna conspira contra a família, contra o lar, e contra o casamento.

Se na época de Josué o grande líder que substituiu Moisés na liderança do povo israelita em direção a Canaã, era um desafio levar a família a servir ao Senhor, não é difícil entender que essa missão é muito desafiadora e preocupante nos dias presentes.

A Bíblia nos relata a vida do patriarca Noé como um exemplo para os pais de família destes últimos tempos. Noé viveu numa sociedade corrompida, cuja época foi marcada por uma imoralidade incontrolável e por uma completa ausência de temor de Deus (Gn 6,1,12).
  
Metusalém o homem que mais viveu em toda história do ser humano na terra – novecentos e sessenta e nove anos, foi filho de Enoque, que se tornou um exemplo de servo de Deus, dotado de qualidades especiais, a ponto de não ter passado pelo aguilhão da morte, sendo arrebatado aos céus (Gn 5.2,24).

Enoque teve um filho, chamado Lameque, que foi pai de Noé. Este, quando tinha quinhentos anos, gerou três filhos: Sem, Cão e Jafé (Gn 5.31), os quais marcaram a história da humanidade, como únicos sobreviventes da castástrofe diluviana.

Noé viveu uma das épocas mais terríveis em termos morais e espirituais (Gn 6.11,12), um mundo corrompido como o atual, que desdenha da santidade, e valoriza a promiscuidade pecaminosa do homem sem Deus. A corrupção, a violência, a depravação sexual e outros males eram globais.

Em toda a história, houve pecaminosidade. Mas nos dias atuais, essa pecaminosidade tem sido aumentada em índices muito elevados que ultrapassam o que havia no tempo do patriarca do Dilúvio. Este é o tempo que precede a volta de Jesus (Mateu 24.37-39).

Pais de família estão perplexos ao verem seus filhos sendo levados pela onda avassaladora de imoralidade, violência e corrupção. E o único caminho a seguir é confiar no Deus Todo-Poderoso, o Deus de Noé que teve uma vida vitoriosa por servir, obedecer e confiar nesse Deus.

Em meio à humanidade de sua época, somente Noé e sua família escaparam da catástrofe mundial, que devastou o planeta Terra. Noé tinha qualidades pessoais que o fizeram digno de receber a graça e a misericórdia de Deus. Era justo, reto e andava com Deus, a exemplo de seu bisavô Enoque (Gn 5.24).

Um outro exemplo que podemos destacar é o posicionamento do líder Josué em uma época em que Canaã estava vivendo um tempo de lassidão moral e idolatria. Naturalmente o povo de Deus foi influenciado por esse contexto de trevas.

Mas Josué não deixou de se posicionar e, categoricamente afirmou: “..... se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolheis hoje a quem sirvais, se os deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio, ou os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao SENHOR”.

Josué tomou uma firme decisão, a fim de preservar a sua família da idolatria e da lassidão moral de Canaã (Js 24.15). Como pai de família, Josué não se omitiu diante da idolatria que ameaçava as tribos israelitas, e decidiu firmemente levar toda a sua casa a servir somente a Deus. Como Josué devemos educar nossos filhos. Essa decisão tem de ser prioritária em nossa vida. Assim agiu Josué, porque ele sabia que de outra forma não haveria esperança para o seu lar.

Os recabitas, uma tribo nômade aparentada com os queneus e com Jetro sogro de Moisés (Jz 1.16; 1Cr 2.55) havia recebido dos seu ancestral Jonadabe, os princípios da lei do Senhor( 2Re 10.15-27). Este ordenara a seus filhos mais de duzentos anos antes, que não bebessem nehum tipo de vinho. Aos seus filhos, Recabe transmitira fielmente os princípios da Lei de Deus. Passados duzentos anos, seus descendentes continuavam a observar-lhe as ordenanças e a respeitar-lhe as tradições. Por isso o Senhor resolveu mostrar-lhes como exemplo de fidelidade aos filhos de Judá.

Instruído por Deus, Jeremias leva-os a uma das câmaras do Santo Templo e oferece vinho áqueles homens (Jr 35.1-14). Mas eles se recusam a beber, porque se mantinham obedientes á voz de Recabe: “Não beberemos vinho, porque Jonadabe, filho de Recabe, nosso pai, nos mandou dizendo: Nunca bebereis vinho, nem vós nem vossos filhos; [...] Obedecemos, pois, á voz de Jonadabe, filho de Recabe, nosso pai, em tudo quanto nos ordenou [...]” (Jr 35.6,8).

Por sua obediência foram os recabitas poupados por Deus na destruição de Jerusalém pelos babilônios, ao passo que os judeus infiéis vieram a perecer. Se encaminharmos nossos filhos nas Sagradas Escrituras, eles também serão preservados da tribulação que virá sobre este mundo que jaz no maligno. Isnstruamos portanto, nossa casa na doutrina e na admoestação do Senhor.


IV  - VERDADE PRÁTICA: Quando analisamos a sociedade pós-moderna, podemos concluir que não há diferença entre o nosso século e o século do qual viveu o santo patriarca Noé. Desta forma nos encontramos diante de um dos mais fortes prenúncios da iminente volta de Jesus conforme nos relata Mateu 24.37-44.

“E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do Homem. Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem.

Então, estando dois no campo, será levado um e deixado o outro; estando duas moendo no moinho, será levada uma e deixada  outra. Vigiai pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor. Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa. Por isso estai vós apercebidos também, porque o Filho do Homem há de vir á hora a que não penseis”.

Se os pais de família de hoje quiserem entrar com os seus na “Arca da Salvação”, que é Cristo, precisam seguir o exemplo de Noé. Não obstante todo mundo se corromper, Noé soube dar exemplo á sua família, transmitindo-lhes os ensinamentos de Deus que os havia de livrar da destruição pelo Dilúvio. Noé serviu ao Senhor com sua casa, foi salvo e viu sua família escapar da destruição.

Não podemos também exitar em tomar a mesma decisão de Josué que firmemente declarou: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor”. Este é um exemplo que todo cristão deve seguir. Caso contrário, nosso cônjuge e filhos serão destruídos pela iniquidade. Preservar valores morais, éticos e espirituais é nossa responsabilidade como pais, educando os nossos filhos com amor e firmeza, impondo-lhes limites.

É muito importante porém, não confundir disciplina com brutalidade, pois a esse respeito a Palavra de Deus é bem clara: “E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor” (Ef 6.4b).  Isso significa que não podemos nos omitir, mas agir com sabedoria.

O momento em que vivemos requer firmeza e coragem. Se não agirmos como estes servos de Deus em estudo, certamente corremos o risco de ver o nosso lar destruído pelo Maligno. Quantos pais, nos dias presentes, têm sido fruistrados em sua criação para com os filhos.

Por não observarem as orientações da Palavra de Deus não conseguiram enfrentar e debelar a terrível influência mundana sobre sua família e choram, lamentando ao ver os filhos perdidos, desviados, longe de Deus, muitas vezes tragados pelos vícios, pela prostituição ou pela violência.

Tomemos a decisão de Josué “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor”. Isso não é mágico, repentino, ilusório. É necessário que uma série de atitudes e ações sejam desenvolvidas para que esse objetivo seja alcançado. É uma decisão, um propósito. Precisa haver firmeza de fé e de caráter nos membros da família, a começar dos pais que devem ser exemplo para eles.

Vigiemos e oremos em todo o tempo, para que a nossa casa não seja alcançada pelas águas do dilúvio moral que encobre o presente século. Digamos pois, ousadamente: Eu e a minha casa serviremos ao Senhor”.



Consultas:
Lições Bíblicas EBD-CPAD - 2º. Trimestre 2013 – (Comentarista: Elinaldo Renovato).  - Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1. Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007                    
LIMA, Elinaldo Renovato de. A Família Cristã e os Ataques do Inimigo. Rio de Janeiro 2013. 1ª. Edição. CPAD
VEITE Jr. Gene Edwuard.  Tempos Pós-Modernos – Uma avaliação do pensamento cristão e da cultura de nossa época. São Paulo 1999. 1ª. Edição  Editora Cristã.
KOSTENBERGER, Andréas J. Deus, Casamento e Família – Reconstruindo o fundamento bíblico. São Paulo 2011 – Editora Vida Nova
Gilberto, Pr. Antonio – Manual da Escola Dominical – Edição CPAD
SCHALKWIJK, Frans Leonard. Igreja e Estado no Brasil Holandês. 1630 – 1640. Soc. Religiosa. Edt. Vida Nova

Revista Eclésia – abril. 2000

sexta-feira, 21 de junho de 2013

A Família e a Igreja - Lição 12 - 2º. Tri. 2013 - EBD CPAD – 23.06.2013

Síntese do Estudo Bíblico: Pr. João Barbosa
 Texto da Lição: Romanos 16.1-5,7,10,11,13,15,24                
I  - OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
1.      Identificar a família como elemento básico de funcionalidade da igreja local.
2.      Fazer da igreja um local de acolhimento das famílias.
3.      Compreender  que a família deve se envolver com a igreja local. 

II  - REFLEXÃO BÍBLICA:
“Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do SENHOR”.
(Salmos 122.1)
III - DESENVOLVIMENTO:

A família e a igreja local são instituições que se confundem em seus objetivos. Ambas foram criadas por Deus; a família tem a finalidade de preservar e desenvolver social, moral e eticamente todo ser humano. A igreja local visa educar espiritualmente o homem segundo a proclamação e absorção do Evangelho bem como as outras esferas da vida.
 A igreja local é formada por pessoas que se unem, e se reúnem, para adorar e servir a Deus, em um determinado lugar (bairro, região país, etc.). Ela é formada pelos crentes, e é vista por Deus, e, também, pelas pessoas em geral. No meio dessa igreja (local), estão “o trigo” e “o joio”, ou seja, os crentes fiéis, e, ao mesmo tempo, aqueles que não são fiéis, ou santos.

Como organização, a igreja precisa de direção, de atividades, normas, de estatutos,  e de direção humana. É a igreja local o ambiente especial, consagrado para Deus, a fim de que as famílias e as pessoas em geral se reúnam para a adoração, para a pregação, o ensino, o discipulado e a assistência espiritual, moral ou social de que necessitem.

A família é o elemento básico da igreja – Sem a família a igreja não funciona. Não podemos ignorar a importância da igreja local junto à família, pois a saúde da igreja está diretamente ligada ao bem estar moral e espiritual da família. Uma igreja cujas famílias estão arruinadas espiritual e moralmente não terá condições de acolher os não crentes, nem terá autoridade para atuar junto á outras famílias na comunidade em que está inserida.

A família fortalecida na igreja é tão importante que o apóstolo Paulo aconselhou o pastor Timóteo a respeito da qualidade de um candidato ao episcopado. O apóstolo destaca a relação do aspirante com a própria família: “Convém, pois que o bispo [....] governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia;
Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus? (1Tm 3.2,4,5). Aqui ele expressa o impacto do  relacionamento familiar com a funcionalidade da igreja local. Famílias desgovernadas, inevitavelmente geram uma igreja sem direção. Portanto, é a família o elemento básico para a boa funcionalidade da igreja.
 Família e igreja local são inseparáveis. Uma depende da outra, e uma é a extensão da outra – não se excluem – jamais, ao contrário, se completam e caminham juntas. A família é um elemento indispensável ao bem-estar da igreja local. Portanto, falar da igreja sem priorizar a família é ignorar o óbvio. Servir a Deus na igreja local juntamente com toda família é um incomparável privilégio.

Em todos os lugares onde há pessoas, há problemas de relacionamento humano. A igreja no seu aspecto local, não poderia ser diferente. Ela não é formada por anjos, ou por espíritos, mas por pessoas, de carne e osso, com suas virtudes e defeitos. Só a igreja no seu sentido universal, como noiva do Cordeiro, é que não tem problemas ou defeitos.

A igreja local tem grande valor para a formação espiritual das famílias cristãs. É a única instituição em que o cristão e sua família podem apoiar-se neste mundo de mudanças e incertezas, sendo abençoado por Deus em todas as áreas de sua vida.

Os lares em geral estão sofrendo terríveis ataques das intempéries espirituais que  combatem contra a família e muitos não têm resistido e sucumbido espiritualmente. A escola é uma instituição prejudicada pelas falsas visões de mundo, sendo dominadas pelo materialismo. Só resta á igreja, fundamentada na Palavra de Deus como ponto de apoio espiritual e moral para a família.

A igreja é um lugar de acolhimento. Ela não pode atender a todas as necessidades pessoais, mas pode usar os recursos concedidos por Deus para ajudar as pessoas em suas necessidades. Podemos resumir as necessidades das pessoas e de suas famílias em:

1.                Necessidades espirituais – São as necessidades mais prementes do espírito humano. As pessoas quando aceitam a Cristo como Salvador, vêm do mundo sentindo grandes necessidades espirituais. Eles necessitam de salvação, graça, conhecimento Deus, amor de Deus, e de paz com Deus (Rm 5.1); suas almas anelam ter alegria espiritual (Lc 1.47); paz de espírito (Fp 4.6). É a igreja local que torna essas assistência completa na vida das pessoas, elevando-as a uma direção espiritual mais elevada (2Pe 3.18).

2.                Necessidades emocionais – São as necessidades da alma. O salmista expressou esse tipo de necessidade quando exclamou: “A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante á face de Deus?” (Sl 42.2). A igreja proporciona ás pessoas satisfação de necessidades inatingíveis que os bens materiais não podem satisfazer, através da adoração, da comunhão fraternal e do bom relacionamento, tornando-se acolhedora e relevante  para a maioria dos que a ela se dirigem.

IV  - VERDADE PRÁTICA: Podemos dizer que o lar deve ser uma extensão da igreja, e a igreja, uma extensão do lar. A família cristã deve viver e conviver no ambiente do lar, de tal forma que a presença de Deus possa ser sentida, no seu seio, não apenas quando seus membros reúnem-se na igreja local. Quando uma família serve a Deus, e os pais cultivam o saudável hábito de realizar o culto doméstico, os filhos valorizam o lugar onde se adora ao Senhor coletivamente.

Na igreja local toda a família deve servir ao Senhor participando do corpo de Cristo, de maneira ativa e comprometida, adorando a Deus. É uma grande bênção quando a família sente-se alegre em ir á igreja para adorar a Deus, participando ativamente do culto e não apenas como meros assistentes (Sl 122.1).

Não há dúvida de que servir a Deus numa igreja local juntamente com toda a família é uma bênção. No entanto, para que este relacionamento continue a abençoar vidas é preciso zelar pelos seguintes princípios:

1.      Na igreja local a família não deve se fechar em si mesma;
2.      Não dever haver motivações que desrespeitem a liderança constituída ou a qualquer outra pessoa;
3.      A família deve investir tempo para se relacionar com outras famílias também.

Os pais devem dar o exemplo engajando-se no serviço de Deus e estimulando seus filhos a fazerem o mesmo.  Quando os filhos participam de  atividades na igreja local, cantando, tocando, participando da evangelização, quando são alunos da EBD, ao lado de seus pais, dificilmente o maligno consegue afastá-los do caminho do Senhor. Envolvidos na obra do Senhor os filhos se afastam do mundo.   

Desde cedo a família deve ser ensinada sobre o valor da contribuição para a casa do Senhor. Os filhos precisam conscientizar-se de que entregar o dízimo, fielmente e contribuir com ofertas voluntárias, é também uma forma de adoração a Deus, através dos rendimentos familiares.

A família deve ser educada a saber comportar-se no ambiente da igreja local. Quando os membros das igrejas dão mau testemunho, contribuem para o desgaste e o descrédito da igreja local.  A maior parte das famílias no mundo atual estão desorientadas, sem rumo e sem segurança em direção á eternidade. O espírito do Anticristo trabalha de dia e de noite para destruir a instituição familiar.

Jesus Cristo é a única entidade no mundo, que se preocupa com o futuro espiritual da família. É no ambiente da igreja local que a comunidade em sua volta pode descobrir que existe uma proposta relevante para o fortalecimento do casamento, do lar e da família.  É na igreja que se aperfeiçoam os relacionamentos entre os cônjuges, pais e filhos, avós e netos. A família cristã se desenvolve no dia a dia da igreja local.                                                           



Consultas:
Lições Bíblicas EBD-CPAD - 2º. Trimestre 2013 – (Comentarista: Elinaldo Renovato).  - Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1. Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007                  
LIMA, Elinaldo Renovato de. A Família Cristã e os Ataques do Inimigo. Rio de Janeiro 2013. 1ª. Edição. CPAD
VEITE Jr. Gene Edwuard.  Tempos Pós-Modernos – Uma avaliação do pensamento cristão e da cultura de nossa época. São Paulo 1999. 1ª. Edição  Editora Cristã.
KOSTENBERGER, Andréas J. Deus, Casamento e Família – Reconstruindo o fundamento bíblico. São Paulo 2011 – Editora Vida Nova
Gilberto, Pr. Antonio – Manual da Escola Dominical – Edição CPAD
SCHALKWIJK, Frans Leonard. Igreja e Estado no Brasil Holandês. 1630 – 1640. Soc. Religiosa. Edt. Vida Nova

Revista Eclésia – abril. 2000

quinta-feira, 20 de junho de 2013

A Família e a Igreja - Lição 12 - 2º. Tri. 2013 - EBD CPAD – 23.06.2013

Síntese do Estudo Bíblico: Pr. João Barbosa
 Texto da Lição: Romanos 16.1-5,7,10,11,13,15,24                
I  - OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
1.      Identificar a família como elemento básico de funcionalidade da igreja local.
2.      Fazer da igreja um local de acolhimento das famílias.
3.      Compreender  que a família deve se envolver com a igreja local. 

II  - REFLEXÃO BÍBLICA:
“Alegrei-me quando me disseram: Vamos à casa do SENHOR”.
(Salmos 122.1)
III - DESENVOLVIMENTO:

A família e a igreja local são instituições que se confundem em seus objetivos. Ambas foram criadas por Deus; a família tem a finalidade de preservar e desenvolver social, moral e eticamente todo ser humano. A igreja local visa educar espiritualmente o homem segundo a proclamação e absorção do Evangelho bem como as outras esferas da vida.

A igreja local é formada por pessoas que se unem, e se reúnem, para adorar e servir a Deus, em um determinado lugar (bairro, região país, etc.). Ela é formada pelos crentes, e é vista por Deus, e, também, pelas pessoas em geral. No meio dessa igreja (local), estão “o trigo” e “o joio”, ou seja, os crentes fiéis, e, ao mesmo tempo, aqueles que não são fiéis, ou santos.

Como organização, a igreja precisa de direção, de atividades, normas, de estatutos,  e de direção humana. É a igreja local o ambiente especial, consagrado para Deus, a fim de que as famílias e as pessoas em geral se reúnam para a adoração, para a pregação, o ensino, o discipulado e a assistência espiritual, moral ou social de que necessitem.

A família é o elemento básico da igreja – Sem a família a igreja não funciona. Não podemos ignorar a importância da igreja local junto à família, pois a saúde da igreja está diretamente ligada ao bem estar moral e espiritual da família. Uma igreja cujas famílias estão arruinadas espiritual e moralmente não terá condições de acolher os não crentes, nem terá autoridade para atuar junto á outras famílias na comunidade em que está inserida.

A família fortalecida na igreja é tão importante que o apóstolo Paulo aconselhou o pastor Timóteo a respeito da qualidade de um candidato ao episcopado. O apóstolo destaca a relação do aspirante com a própria família: “Convém, pois que o bispo [....] governe bem a sua própria casa, tendo seus filhos em sujeição, com toda a modéstia;

Porque, se alguém não sabe governar a sua própria casa, terá cuidado da igreja de Deus? (1Tm 3.2,4,5). Aqui ele expressa o impacto do  relacionamento familiar com a funcionalidade da igreja local. Famílias desgovernadas, inevitavelmente geram uma igreja sem direção. Portanto, é a família o elemento básico para a boa funcionalidade da igreja.

Família e igreja local são inseparáveis. Uma depende da outra, e uma é a extensão da outra – não se excluem – jamais, ao contrário, se completam e caminham juntas. A família é um elemento indispensável ao bem-estar da igreja local. Portanto, falar da igreja sem priorizar a família é ignorar o óbvio. Servir a Deus na igreja local juntamente com toda família é um incomparável privilégio.

Em todos os lugares onde há pessoas, há problemas de relacionamento humano. A igreja no seu aspecto local, não poderia ser diferente. Ela não é formada por anjos, ou por espíritos, mas por pessoas, de carne e osso, com suas virtudes e defeitos. Só a igreja no seu sentido universal, como noiva do Cordeiro, é que não tem problemas ou defeitos.

A igreja local tem grande valor para a formação espiritual das famílias cristãs. É a única instituição em que o cristão e sua família podem apoiar-se neste mundo de mudanças e incertezas, sendo abençoado por Deus em todas as áreas de sua vida.

Os lares em geral estão sofrendo terríveis ataques das intempéries espirituais que  combatem contra a família e muitos não têm resistido e sucumbido espiritualmente. A escola é uma instituição prejudicada pelas falsas visões de mundo, sendo dominadas pelo materialismo. Só resta á igreja, fundamentada na Palavra de Deus como ponto de apoio espiritual e moral para a família.

A igreja é um lugar de acolhimento. Ela não pode atender a todas as necessidades pessoais, mas pode usar os recursos concedidos por Deus para ajudar as pessoas em suas necessidades. Podemos resumir as necessidades das pessoas e de suas famílias em:

1.                Necessidades espirituais – São as necessidades mais prementes do espírito humano. As pessoas quando aceitam a Cristo como Salvador, vêm do mundo sentindo grandes necessidades espirituais. Eles necessitam de salvação, graça, conhecimento Deus, amor de Deus, e de paz com Deus (Rm 5.1); suas almas anelam ter alegria espiritual (Lc 1.47); paz de espírito (Fp 4.6). É a igreja local que torna essas assistência completa na vida das pessoas, elevando-as a uma direção espiritual mais elevada (2Pe 3.18).

2.                Necessidades emocionais – São as necessidades da alma. O salmista expressou esse tipo de necessidade quando exclamou: “A minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo; quando entrarei e me apresentarei ante á face de Deus?” (Sl 42.2). A igreja proporciona ás pessoas satisfação de necessidades inatingíveis que os bens materiais não podem satisfazer, através da adoração, da comunhão fraternal e do bom relacionamento, tornando-se acolhedora e relevante  para a maioria dos que a ela se dirigem.

IV  - VERDADE PRÁTICA: Podemos dizer que o lar deve ser uma extensão da igreja, e a igreja, uma extensão do lar. A família cristã deve viver e conviver no ambiente do lar, de tal forma que a presença de Deus possa ser sentida, no seu seio, não apenas quando seus membros reúnem-se na igreja local. Quando uma família serve a Deus, e os pais cultivam o saudável hábito de realizar o culto doméstico, os filhos valorizam o lugar onde se adora ao Senhor coletivamente.

Na igreja local toda a família deve servir ao Senhor participando do corpo de Cristo, de maneira ativa e comprometida, adorando a Deus. É uma grande bênção quando a família sente-se alegre em ir á igreja para adorar a Deus, participando ativamente do culto e não apenas como meros assistentes (Sl 122.1).

Não há dúvida de que servir a Deus numa igreja local juntamente com toda a família é uma bênção. No entanto, para que este relacionamento continue a abençoar vidas é preciso zelar pelos seguintes princípios:

1.      Na igreja local a família não deve se fechar em si mesma;
2.      Não dever haver motivações que desrespeitem a liderança constituída ou a qualquer outra pessoa;
3.      A família deve investir tempo para se relacionar com outras famílias também.

Os pais devem dar o exemplo engajando-se no serviço de Deus e estimulando seus filhos a fazerem o mesmo.  Quando os filhos participam de  atividades na igreja local, cantando, tocando, participando da evangelização, quando são alunos da EBD, ao lado de seus pais, dificilmente o maligno consegue afastá-los do caminho do Senhor. Envolvidos na obra do Senhor os filhos se afastam do mundo.   

Desde cedo a família deve ser ensinada sobre o valor da contribuição para a casa do Senhor. Os filhos precisam conscientizar-se de que entregar o dízimo, fielmente e contribuir com ofertas voluntárias, é também uma forma de adoração a Deus, através dos rendimentos familiares.

A família deve ser educada a saber comportar-se no ambiente da igreja local. Quando os membros das igrejas dão mau testemunho, contribuem para o desgaste e o descrédito da igreja local.  A maior parte das famílias no mundo atual estão desorientadas, sem rumo e sem segurança em direção á eternidade. O espírito do Anticristo trabalha de dia e de noite para destruir a instituição familiar.

Jesus Cristo é a única entidade no mundo, que se preocupa com o futuro espiritual da família. É no ambiente da igreja local que a comunidade em sua volta pode descobrir que existe uma proposta relevante para o fortalecimento do casamento, do lar e da família.  É na igreja que se aperfeiçoam os relacionamentos entre os cônjuges, pais e filhos, avós e netos. A família cristã se desenvolve no dia a dia da igreja local.                                                           



Consultas:
Lições Bíblicas EBD-CPAD - 2º. Trimestre 2013 – (Comentarista: Elinaldo Renovato).  - Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1. Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007                    
LIMA, Elinaldo Renovato de. A Família Cristã e os Ataques do Inimigo. Rio de Janeiro 2013. 1ª. Edição. CPAD
VEITE Jr. Gene Edwuard.  Tempos Pós-Modernos – Uma avaliação do pensamento cristão e da cultura de nossa época. São Paulo 1999. 1ª. Edição  Editora Cristã.
KOSTENBERGER, Andréas J. Deus, Casamento e Família – Reconstruindo o fundamento bíblico. São Paulo 2011 – Editora Vida Nova
Gilberto, Pr. Antonio – Manual da Escola Dominical – Edição CPAD
SCHALKWIJK, Frans Leonard. Igreja e Estado no Brasil Holandês. 1630 – 1640. Soc. Religiosa. Edt. Vida Nova

Revista Eclésia – abril. 2000

sexta-feira, 14 de junho de 2013

A Família e a Escola Dominical - Lição 11 - 2º. Tri. 2013 - EBD CPAD – 16.06.2013

Síntese do Estudo Bíblico: Pr. João Barbosa
 
Portugal - Ano 2008
Texto da Lição: Neemias 8.1-7                
I  - OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
1.      Conhecer a origem da Escola Dominical.
2.      Aprender as finalidades da Escola Dominical.
3.      compreender o quanto a Escola Dominical fortalece a família.  
II  - REFLEXÃO BÍBLICA:
“Ajunta o povo, homens, e mulheres, e meninos, e os teus estrangeiros que estão dentro das tuas portas, para que ouçam, e aprendam, e temam ao SENHOR, vosso Deus, e tenham cuidado de fazer todas as palavras desta Lei”.
(Deuteronômio 31.12)
III - DESENVOLVIMENTO:
 A Escola Dominical, a Escola de ensino que evangeliza enquanto ensina conjugando assim os dois lados da comissão de Jesus à Igreja conforme Mateus 28.20, e Marcos 16.15; não é uma parte da Igreja, é a própria Igreja ministrando ensino bíblico metódico. Milhões e milhões de vidas são discipulados nos bancos da Escola Dominical. É sem dúvida a maior agência de serviço voluntário em todo o mundo.

Essa Escola ministra o ensino da Palavra de Deus de forma acessível a todos os alunos – desde o berçário aos adultos – contemplando todas as faixas etárias, se torna de grande significado moral e espiritual para toda a família.  Em virtude de conforme afirmam os estudiosos, a personalidade ser definida aos sete anos, o que se aprende nesta fase, reflitirá decisivamente em nosso desenvolvimento psíquico, emocional, afetivo e social, influenciando-nos por toda a vida.
 A Escola Dominical é gratuita e conta com o apoio de homens e mulheres devidamente competentes, que voluntariamente lecionam a Palavra de Deus. É o maior trabalho que se pode realizar na igreja. Os seus professores e organizadores não têm qualquer retorno financeiro a não ser a alegria de saber que são instrumentos de Deus para abençoar vidas através do ensino da Bíblia Sagrada. Os que exercem esse ministério sabem que esta é a maior recompensa.
 O movimento religioso que deu origem a Escola Dominical como a temos hoje, começou em 1780, na cidade de Gloucester, no Sul da inglaterra. O seu fundador foi o jornalista evangélico episcopal Robert Raikes, de 44 anos, redator do “Gloucester Journal” da Inglaterra.

Raikes foi inspirado a fundar a Escola Dominical ao sentir compaixão pelas crianças de sua cidade, perambulando pelas ruas, entregues à delinquência, pilhagem, ociosidade e ao vício sem qualquer orientação moral nem espiritual, brigavam muito e falavam palavrões incessantemente. Ele, que já há quinze anos trabalhava com os detentos  das prisões da cidade, pensou no futuro daquelas crianças e decidiu fazer algo em seu favor, a fim de que mais tarde não fossem também parar nas cadeias.

O marco inspirador que levou Raikes a reunir as crianças para lhes ensinar a Palavra de Deus remonta ao Antigo Testamento, quando o Senhor deu ordem aos israelitas para que priorizassem a educação dos filhos, onde os pais tinham a responsabilidade de ensinar a seus filhos a respeito dos atos do Senhor em favor dos filhos de Israel (Sl 78.5; Dt 4.9,10). Esse ensino prosseguiu durante e após o cativeiro babilônico quando foi fundada as sinagogas chegando até os dias do Novo Testamento.

As sinagogas eram um centro de instrução onde os meninos judeus aprendiam a respeito da lei. Mesmo havendo essas escolas a educação no lar era prioritária. O próprio Jesus como menino judeu, participou do ensino nas sinagogas, pois seus pais cumpriam os rituais judaicos (Lc 2.21-24,39-42) de forma tal que já em sua pré adolescência Jesus sabia de cor a Torá e chegava a confundir os doutores da Lei (Lc 2.46,47).

Raikes procurava as crianças em  plena rua e em casa dos pais e as conduzia ao local de reunião, fazendo-lhes apelos para que todos os domingos estivessem ali reunidas. De acordo com as diretrizes de Raikes, nas reuniões dominicais, além do ensino da Bíblia Sagrada eram também ministrada às crianças rudimentos de linguagem, aritmética e instrução moral e cívica.

O ensino das Escrituras consistia quase sempre de leitura e recitação. Em seguida, teve início a prática de comentar os versículos lidos. Muito depois é que surgiu a revista da Escola Dominical, com lições seguidas e apropriadas.

Raikes enfrentou oposição. As igrejas da época encararam o surgimento da Escola Dominical como inovação e coisas desnecessárias. Os mais zelosos acusavam Raikes de “profanador do domingo”. Diziam os seu opositores que reuniões de crianças mal comportadas, no templo, era uma profanação. Raikes não levava em conta tais insinuações e a obra continuava e tomava vulto.

O jornal do qual ele era redator foi uma coluna forte na defesa e apoio da nova instituição, publicando extensa série de artigos sobre o título A ESCOLA DOMINICAL, reproduzidos nos jornais londrinos. Foi assim o começo da Escola Dominical – o começo de um dos mais poderosos movimentos da história da igreja.

Alguns fatos históricos marcam a Escola Dominical. O primeiro deles em 20.07.1780, marca  a primeira ação da Escola Dominical quando Robert Raikes estabeleceu os seguintes compromissos: Experimentar por três anos o trabalho em andamento; Em seguida, ele divulgaria ao mundo os frutos da Escola Dominical.

Mal sabia Raikes que estava lançando os fundamentos de uma obra espiritual que atravessaria os séculos e abarcaria o globo terrestre chegando até nós, a ponto de ter hoje dezenas de milhões de alunos e professores, sendo a maior e mais poderosa agência de ensino da Palavra de Deus que a igreja dispõe.

Nessa fase experimental  1780 – 1783, Raikes fundou sete Escolas Dominicais somente em Gloucester, tendo cada uma trinta alunos em média. Os abençoados frutos do trabalho logo surgiram entre as crianças, refletindo isso profundamente nos próprios pais. Estava dando certo a experiência do ensino com a Palavra de Deus.

Foi na data de 03.11.1783 em que Raikes triunfalmente publicou em seu jornal e correspondentes, o grande impacto do novo trabalho e a transformação ocorrida na vida das crianças, extensiva aos familiares. A partir daí as igrejas passaram a dar apoio ao trabalho de Raikes. A Escola Dominical passou das casas particulares para os templos, os quais enchiam-se de crianças. Desde então, na Inglaterra, a data de 03.11.1783 é considerada o dia natalício da Escola Dominical.

Antes de Raikes já havia reuniões semelhantes de instrução bíblica, mas foi ele quem usado por Deus, popularizou e dinamizou o movimento da Escola Dominical. O atual sistema de Escola Pública inspirou-se no movimento da Escola Dominical.

Após o despontar do século XIX, muitos outros países adotaram a Escola Dominical, sempre com excelentes resultados. A própria Inglaterra reconhece que foi preservada de movimentos políticos extremistas e radicais como o da revolução Francesa em 1789, graças ao despertamento espiritual através de Wesley,  White Field e a educação religiosa promovida pela Escola Dominical.

Durante muito tempo, só as crianças frequentavam a Escola Dominical, os adultos ingressaram posteriormente. Hoje em inúmeros lugares ocorre o inverso. Quase só os adultos são beneficiados ficando as crianças em último plano. Em 1784 – quatro anos após o início do movimento, a Escola Dominical já contava com duzentos e cinquenta mil alunos matriculados.


IV  - VERDADE PRÁTICA: A Escola Dominical considerada a Escola da família cristã, é de grande importância para a Igreja do Senhor Jesus, pois é considerada hoje um dos fatores de promoção do Reino de Deus e dos destinos do mundo, através dos cidadão nela formados. De uma obra tão pequena e humilde chegou a tão elevados dividendos cumprindo-se o que avalia o profeta Zacarias (Zc 4.10).

“Quem despreza o dia das coisas pequenas?” Para alguns a obra que Raikes realizava parecia sem importância. No entanto, nenhuma obra feita sob o poder do Espírito de Deus, e com sua bênção, deve ser considerada insignificante. Pelo contrário: tem valor e importância eternos.

No Brasil a Escola Dominical teve início em 19.08.1855 na cidade de Petrópolis, Estado do Rio de Janeiro. O fundador foi o Ms. Robert Kalley e sua esposa D. Sarah Poulton Kalley – casal de missionários da Igreja Congregacional. Eram escoceses. Ele fora um médico ateu que aceitou a Cristo sob circunstâncias especiais e chamado por Deus, entregou-se á obra missionária.

Na primeira reunião de Escola Dominical realizada pelo casal, na data acima, a frequência foi de cinco crianças. Essa mesma Escola Dominical deu origem à Igreja Congregacional no Brasil. Desde então o crescimento da Escola Dominical tem sido maravilhoso.

Antes de 1855 houve reuniões de Escola Dominical no Rio de Janeiro, porém em caráter interno e no idioma inglês entre os membros da comunidade americana. Remontando ao passado, as primeira reuniões de instruções bíblicas no Brasil, ocorreram durante a permanência aqui, dos crentes calvinistas que desembarcaram na Guanabara em 1557.

Nessa ocasião realizaram o primeiro culto evangélico em terras do continente americano em 10 de março do mesmo ano. A segunda fase de tais reuniões deu-se durante o domínio holandês  no Nordeste, a partir de 1630, por crentes da Igreja Reformada Holandesa, quando vários núcleos evangélicos foram estabelecidos nesta região.

Na mesma época  - primeira invasão holandesa, foram realizados cultos em Pernambuco e na Bahia onde também foram implantados núcleos evangélicos. Tudo foi interrompido com o fim do domínio holandês e a campanha movida pela Igreja Católica Romana de então. Mas em 1855 a Escola Dominical veio para ficar e ficou, avançando como fogo em campo aberto impelida pelo zelo de milhares de seus obreiros inflamados pelo Espírito Santo.

Desde então, vem a Escola Dominical crescendo sempre, em todas as denominações evangélicas.
E onde quer que estas cheguem, a Escola Dominical é logo implantada produzindo sem demora seus excelentes resultados na vida dos alunos, na igreja, no lar, na comunidade e sobretudo na nação inteira. Foi assim o começo da Escola Dominical – um dos mais poderosos avivamentos da história da Igreja. Não esqueçamos: A Escola Dominical nasceu como um movimento entre as crianças.
                                                                       
Consultas:
Lições Bíblicas EBD-CPAD - 2º. Trimestre 2013 – (Comentarista: Elinaldo Renovato).  - Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1. Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007                    
LIMA, Elinaldo Renovato de. A Família Cristã e os Ataques do Inimigo. Rio de Janeiro 2013. 1ª. Edição. CPAD
VEITE Jr. Gene Edwuard.  Tempos Pós-Modernos – Uma avaliação do pensamento cristão e da cultura de nossa época. São Paulo 1999. 1ª. Edição  Editora Cristã.
KOSTENBERGER, Andréas J. Deus, Casamento e Família – Reconstruindo o fundamento bíblico. São Paulo 2011 – Editora Vida Nova
Gilberto, Pr. Antonio – Manual da Escola Dominical – Edição CPAD
SCHALKWIJK, Frans Leonard. Igreja e Estado no Brasil Holandês. 1630 – 1640. Soc. Religiosa. Edt. Vida Nova

Revista Eclésia – abril. 2000