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sexta-feira, 29 de junho de 2018

Lição 01- LEVÍTICO, ADORAÇÃO E SERVIÇO AO SENHOR - 01.07.2018


Subsídios Teológicos e Bibliológicos para Estudo sobre:
Lição 01- LEVÍTICO, ADORAÇÃO E SERVIÇO AO SENHOR - 01.07.2018
Texto Bíblico: Levítico 27.28-34
Por: Pr. João Barbosa


TÍTULO E CARÁTER
Na versão grega do AT este livro recebeu o nome de Levítico, pois no hebraico o livro de Levítico era conhecido por suas palavras iniciais: Vaicrá que, literalmente, significam “e chamou” (Lv 1.1).

Numa primeira instância, veremos, nesse enunciado, um chamado indireto de Deus a Moisés a escrever a terceira porção do Pentateuco. Em seguida, enxerguemo-la como a vocação direta de Deus a Israel a reerguer-se como nação santa, profética, real e sacerdotal.

Vaicrá tem, ainda, mais duas traduções possíveis: “e separou” e “santificou”. Teologicamente, o chamado de Deus implica em nossa separação do mundo e em nossa imediata santificação ao serviço do seu reino.

Embora o livro tenha sido escrito principalmente como manual dos sacerdotes, encontra-se muitas vezes a ordenança de Deus: “Fala aos filhos de Israel”, de modo que contém muitos ensinamentos para toda nação.

As leis que se encontram em Levítico foram dadas pelo próprio Deus (Lv 1.1; Nm 7.89; Ex 25.1), de modo que tem um caráter elevado.

RELAÇÃO COM ÊXODO E COM NÚMEROS
A revelação que se encontra em Levítico foi entregue a Moisés quando Israel ainda acampava diante do monte Sinai (Ex 27.34). Segue o fio da última parte de Exodo, a qual descreve o Tabernáculo.

Números continua com o conteúdo de Levítico. Assim, os três livros formam um conjunto e estão estreitamente relacionados entre si. Todavia Levítico difere dos outros dois visto ser um livro totalmente legislativo.

Narram apenas três acontecimentos históricos: A investidura dos sacerdotes (Lv 8 – 9). O pecado e castigo de Nadabe e Abiú (Cap 10) e o castigo de um blásfemo (Lv 24. 10 – 14, 23).

PROPÓSITO E APLICAÇÃO DO LIVRO
Assim como Êxodo tem por tema a comunhão que Deus oferece ao povo mediante sua presença no Tabernáculo, Levítico apresenta as leis pelas quais Israel deveria se manter em comunhão. O Senhor queria ensinar seu povo, a santificar-se.

Deus queria que a nação de Israel se apartasse do mal e se dedicasse ao serviço de Deus. Santificação é condição necessária para desfrutar da comunhão com Deus.

As leis e as instituições de Levítico faziam os israelitas tomar consciência de sua pecaminosidade e da necessidade de receber a misericórdia divina; ao mesmo tempo, o sistema de sacrifícios ensinava-lhes que o próprio Deus provia o meio de expiar seus pecados e santificar sua vida.

Deus é santo e seu povo deve ser santo também. Israel era diferente das outras nações e devia separar-se de seus costumes. “Não fareis segundo as obras da terra do Egito, nem fareis segundo as obras da terra de Canaã” (Lv 18.3).

Em Números 8.14, o texto bíblico destaca a ordem do Senhor para que os levitas fossem separados para o serviço sagrado. Levi foi o terceiro filho de Jacó com Léia. Seu nome significa “ungido”, significado que está associado à declaração que sua mãe fez quando ele nasceu:

“Agora, esta vez se ajuntará meu marido comigo... por isso chamou o seu nome Levi” (Gn 29.34). Apesar de Levi ter participado com o seu irmão Simeão da vingança traiçoeira contra os homens de Siquém, Levi se redimiu ao longo de sua trajetória, ao mostrar zelo espiritual pelas coisas de Deus.

Este cuidado lhe rendeu a escolha divina como a tribo sacerdotal. Tanto a vida de Levi como a de seus descendentes traz profundas lições espirituais para os nossos dias.

Levi e Simeão se uniram numa vingança brutal contra homens indefesos e vulneráveis, o que rendeu aqueles dois irmãos duras críticas e reprovação por parte do patriarca Jacó, seu pai, na hora de impetrar-lhes a bênção patriarcal (Gn 49.5-7).

Levi porém, durante a sua vida teve um melhor comportamento do que seu irmão Simeão em todo decorrer da sua história. Em Exodo 32.25,26 lemos que quando Moisés desceu do monte, “vendo que o povo estava despido, porque Arão os havia despido para vergonha entre os seus inimigos, pôs-se em pé na porta do arraial e disse: Quem é do Senhor venha até mim. Então, se ajuntaram a eles todos os filhos de Levi”.

Após ter pecado contra o Senhor, na idolatria do bezerro de ouro, o povo de Israel perdeu de vez a compostura e a vergonha, levando Moisés a colocá-los no devido lugar.

Para isso, Moisés precisa que os israelitas saíssem de cima do muro e demonstrassem fidelidade e lealdade para com o Senhor. Nesta ocasião, só os levitas se poscionaram ao lado do Senhor, não culpando nem seus parentes envolvidos na idolatria.

Este ato zeloso dos levitas lhes rendeu o privilégio e a honra de serem escolhidos por Deus como a tribo sacerdotal de Israel. Os levitas se tornaram “a elite espiritual” com respeito ao ministério da casa do Senhor (Nm 1.50,51; 1Cr 15.2).

Em Nm 8.14, foi o Senhor Deus quem confirmou a escolha de Levi para o ministério da casa do Senhor, dizendo: “Separarás os levitas do meio dos filhos de Israel, para que os levitas sejam meus”.

Em Nm 17.1-10, vemos os filhos de Levi mais uma vez mostrando sua liderança espiritual quando foi contestado pelo povo, o próprio Deus confirmou a escolha dos levitas, fazendo a vara de Arão florescer entre as doze varas colocadas diante do Senhor, cada uma com o nome de uma das doze tribos de Israel.

Ainda em Nm 25.1-13, há um novo exemplo do ocorrido com o bezerro de ouro, Israel voltou a pecar contra o Senhor, envolvendo-se com mulheres idólatras que adoravam Baal-Peor.

Então, mais uma vez, um descendente de Levi, chamado Finéias, firmou-se ao lado do Senhor, fazendo expiação pelos filhos de Israel, ao eliminar um homem israelita que praticava orgias sexuais com uma daquelas mulheres pagãs que adorava a Baal-Peor.

Esse zelo de Finéias demonstrado pelas coisas espirituais rendeu a ele e a seus descendentes a promessa de um sacerdócio perpétuo (Nm 25.10-13).

Enquanto Simeão foi esquecido na bènção profética que Moisés proferiu sobre as tribos de Israel, Levi foi destacado por sua atuação sacerdotal.

“E de Levi disse: Teu Tumin e teu Urin são para teu amado que tu provastes em Massar, com que contendestes nas águas de Meribá... pois guardaram a tua palavra e observaram o teu concerto. Ensinaram os teus juízos a Jacó e a tua lei a Israel; Levaram incenso ao teu nariz e o holocausto sobre o teu altar” (Dt 33.8-10).

SACERDÓCIO
O dever que pertence ao sacerdócio é definido em Hb 5.1, da seguinte maneira: “Todo sumo sacerdote, sendo tomado dentre os homens, é constituído nas coisas concernentes a Deus, a favor dos homens, para oferecer assim dons como sacrifícios pelos pecados” (Hb 8.3).

A doutrina cristã do sacerdócio e do relacionamento entre aquele do AT e do NT foi exposto de modo mais completo na epístola aos Hebreus, que alguns teólogos chamam “a epístola do sacerdócio”.

A NECESSIDADE DO SACERDÓCIO
É a pecaminosidade universal do homem que torna necessário um sacerdócio que ofereça sacrifícios. Os sacrifícios oferecidos realizam ou simbolizam os meios para reconciliação entre o homem pecador e o seu Criador santo.

A função do sacerdócio, portanto, é uma função mediadora. A outorga da lei através de Moisés está associada a instituição do sacerdócio Araônico ou Levítico. A lei e o sacerdócio são simultâneos na sua origem e inseparáveis na sua operação (Hb 7.11).

A razão disso é que os israelitas, assim como o restante da humanidade eram pecadores e, portanto, ao serem confrontados com a lei, que é o padrão divino de retidão, eram violadores desta.

Sem dúvida, a lei dada por Deus é santa, justa, boa e espiritual (Rm 7.12,14). E, como tal, demarca o caminho da vida: Ao guardar fielmente os seus preceitos, o homem viverá (Lv 18.5; Ne 9.29; Mt 19.16,17; Rm 10.5; Gl 3.12).

Mas o problema radical do homem é que ele é um pecador. A lei desmascara o homem e revela o que ele é: um violador da lei; e “o salário do pecado é a morte” (Rm 6.23; Ez 18.4.20; Gn 2.17).

Consequentemente, Paulo escreve: “E o mandamento que me fora para a vida, verifiquei que este mesmo se me tornou para a morte” (Rm 7.10). Não que haja algo errado com a lei; a culpa é do homem que viola a lei (Rm 7.13).

Daí a necessidade de a formulação da lei ser acompanhada pela instituição de um sacerdócio para mediar de modo redentor entre Deus e o pecador que violou a sua lei e precisa ser restaurtado da morte para a vida.

CRISTO COMO SACERDOTE
O propósito da antiga ordem do sacerdócio era ensinar ao povo que a expiação pelos pecados exige a provisão de uma vítima inocente no lugar do pecador, e o derramamento do sangue quando aquela vítima sofre a morte que o pecador merecia.

A ordem levítica não podia efetuar essa expiação, mas conservava viva a expectativa da vinda do sacerdote perfeito e do oferecimento do sacrifício perfeito a fim de cumprir as promessas evangélicas contidas nas escrituras do AT.

A nova ordem do sacerdócio é a de Melquizedeque, e consiste na pessoa singular que é nosso Senhor Jesus Cristo. A perfeição do seu sacerdócio é confirmada pelo fato de que ele é para sempre (Sl 110.4), que o seu sacrifício foi oferecido de uma vez por todos (Hb 7.27), e que ele, com sua obra de expiação já completada, agora está entronizado na glória celestial (Hb 1.3; 10.12; 12.2).

A perfeição do seu sacerdócio é estabeleciada pela impecabilidade da sua vida terrestre como Filho encarnado, nosso próximo como ser humano.

O significado disso é que, em contraste com o primeiro Adão, que sofreu derrota e, na sua queda, arrastou consigo a raça humana, Jesus, “o último Adão” (1Co 15.45,47) tomou sobre si a nossa humanidade a fim de redimi-la e levá-la em si próprio para uma posição gloriosa que sempre tinha sido o seu destino.

Significa que, ao ir para a cruz, aquele que estava sem pecado tomou sobre si os nossos pecados e sofreu a rejeição e a morte devidas a nós os pecadores, “o justo pelos injustos” (!Pe 2.22-24; 3.18; Hb 4.15; 7.26,27) como vítima inocente fornecida pela graça e pela misericórdia de Deus (1Pe 1.18,19).

E significa, ainda, que ele não é apenas o nosso sacerdote sacrificador, como também o sacrifício em si mesmo, porque foi a si mesmo que ele ofereceu por nós, e, portanto, nele temos a provisão do substituto perfeito, um equivalente genuíno, nosso próximo (Hb 12.14,14) que verdadeiramente toma o nosso lugar.

Por isso, recebemos a certeza, de que pela vontade de Deus “temos sido santificados, mediante a oferta do corpo de Jesus Cristo, uma vez por todas”, porque ele “com uma única oferta aperfeiçoou para sempre quantos estão sendo santificados” (Hb 10.10,14).




Consultas:
ANDRADE Claudionor.Comentarista da Lição Bíblica do 3º. Trimestre 2018:  Adoração, Santidade e Serviço – Os Princípios de Deus para a sua Igreja.
ANDRADE Claudionor. Adoração, Santidade e Serviço – Os Princípios de Deus para a sua Igreja. CPAD. Rio de Janeiro 2018
ELWELL, Walter A. Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã. Vida Nova. SPaulo 2009
SILVA, João Barbosa. Subsídio Teológico e Bibliográfico: Jesus - O Sumo Sacerdote de uma Ordem Superior. Lição 07 EBD CPAD. 1º. Trimestre 2018
HOFF Paul. O Pentateuco.  Editora Vida.  São Paulo 2013

quinta-feira, 21 de junho de 2018

Lição 13 - ÉTICA CRISTÃ E REDES SOCIAIS - 24.06.2018


Subsídios Teológicos e Bibliológicos para Estudo sobre:
Lição 13 - ÉTICA CRISTÃ E REDES SOCIAIS - 24.06.2018
Texto Bíblico: Provérbios 4.10-15
Por: Pr. João Barbosa


Hoje nós estamos vivendo na era digital onde tudo acontece de forma muito dinâmica e essas informações nos são transmitidas em tempo real, isto é, de forma praticamente instantânea.

REDES SOCIAIS
E’ um dos meios de comunicação mais utilizado nessa era da comunicação, as famosas redes sociais que podem trazer muitas vantagens mas também desvantagens para as nossas vidas, esse procedimento ocupa cada vez mais um tempo bastante significativo de nossas vidas.

Redes sociais nada mais são do que meios de compartilhar informações pessoais e discutir ideias em torno de um mesmo interesse de uma maneira rápida e eficiente.

No entanto, conquista tão importante que nos oportuniza conectar com pessoas de diferentes lugares, culturas e diversificados assuntos do nosso interesse também pode ser transformado em algo negativo se não for usado de forma saudável.

No uso das redes sociais esta ferramenta tão importante para facilitar e agilizar nossas vidas não podemos deixar de lado a realidade de que o seu uso indiscriminado é algo prejudicial.

Por isso é importante avaliar quais os benefícios que tem a nos oferecer, até que ponto e em quais circuntâncias o seu uso pode nos fazer bem.

PRÓS E CONTRAS DAS REDES SOCIAIS

Muitos pontos positivos podem ser citados, a exemplo de ajudar a manter os relacionamento à distância; criar conexões por meio de curtidas, de comentários, compartilhamentos e de alguma forma se fazer presente na vida do outro através dessa interação.

Além disso, o compartilhamento de textos, fotos, vídeos e imagens é uma forma maravilhosa de trocarmos informações, vivências e experiências com outras pessoas ao expressarmos nossos pensamentos e sentimentos.

Infelizmente, algo que em muitos momentos é tão maravilhoso pode transformar-se em ilusão e inverossimilhança.

As redes sociais em algumas situações e pode-se afirmar na grande maioria oferecem um relacionamento superficial, onde não há aprofundamento das relações, acontece também a distorção da felicidade aparecendo uma felicidade aparente onde a dor e a angústia não são compartilhadas.

A Palavra de Deus nos adverte quanto aos que vivem uma vida de dissimulação e se ufanam de si mesmos (Is 5.20.21). A Bíblia mostra que esse é um caminho perigoso.

As redes estimulam a prática narcisista, ou seja, o indivíduo que admira exageradamente a própria imagem e que nutre uma paixão excessiva por si mesmo. A Bíblia condena essa atitude (Mc 12.30,31). A Palavra de Deus não aprova tal prática.

Também é uma realidade  a inutilidade do tempo que em geral gastamos para nos atualizar nas redes sociais sem nem sequer perceber o tempo que perdemos, minutos e até horas que poderiam ser utilizados em outras atividades de maior proveito.

Na verdade, gasta-se tempo e energia em verificar o que o outro está a fazer em lugar de gastar esse tempo em benefício da própria vida.

Dessa forma, diversos usuários das redes sociais  iludem-se com a sensação de privacidade e ficam expostos a toda espécie de constrangimentos.

Assim, vantagens e desvantagens dependem da forma como o usuário utiliza as redes sociais e o tempo que destina a isso. O importante é que tenhamos equilíbrio no uso das redes sociais para não nos tornarmos presa do seu poder persuativo.

A popularidade das redes sociais tem sido muito grande na atualidade. Tanto os desenvolvedores como os usuários têm observado esse fato.

No entanto uma das grandes desvantagens das redes sociais é que as informações podem ser veiculadas por qualquer pessoa sem que os usuários sejam informados sobre isso.

As redes sociais podem ser transformadas em um vício na vida das pessoas. Um grande número de pessoas não podem passar um dia sem visitar a rede social.

A ausência de Internet torna-se um desastre e as pessoas ficam viciadas na comunicação online. Os pais devem cuidar do tempo que os seus filhos passam na Internet.

Hoje muitas pessoas não conseguem imaginar a vida sem os benefícios da era digital. Atividades lucrativas como na área de vendas, bem como no campo do entretenimento e outros ramos, haja vista quase tudo hoje poder ser resolvido e conseguido pela Internet, transformou a mesma em um grande achado nesses novos tempo.

As redes sociais e o numero de seus participantes cresce à cada dia. O problema, a questão primordial é encontrar um caminho de utilizar as redes sociais utilizando suas vantagens sem esquecer-se da vida real.

Sem dúvida alguma uma das maiores vantagens das redes sociais pode ser outorgada ao Facebook, ao Twittter e ao Instagram devido a comunicação instantânea que nos oferecem de forma que transitamos de um lado para outro do mundo sem custo algum, com muito dinamisismo. E isso é simplesmente fantástico.

Em contrapartida não podemos descuidar de uma das maiores desvantagens das redes sociais que é a possibilidade de seus dados serem utilizados por criminosos para cometer algum delito, uma vez que nem mesmo a maior rede social do mundo pode garantir total segurança aos seus associados.

Como usuários devemos estar precavidos e não esquecer que muitas vezes somos nós próprios que expomos os nossos dados, nossa vida, nosso roteiro, nossas informações na rede para qualquer um visualizar.

Outro grande problema que todos precisamos tomar consciência é o uso indiscriminado das redes sociais. Não podemos deixar que esses meios de comunicação se tornem um vício. Poderão chegar dias em que encontraremos dificuldades de nos comunicar devido ao uso abusivo desses meios de comunicação.

A REDE SOCIAL A SERVIÇO DO REINO DE DEUS

A Igreja de Cristo precisa estar consciente quanto ao potencial das redes sociais e deve usá-las na propagação do Reino de Deus. Cristo ensinou que o cristão é a luz do mundo (Mt 5.14).

Que essa luz deve resplandecer por meio das boas obras a fim de glorificar o nosso Pai que está nos céus (Mt 5.16). Desse modo, para o bom testemunho nas redes sociais o cristão não deve postar comentários negativos ou fazer pré-julgamento das pessoas.

O requisito de boa reputação é fator preponderante na evangelização, tanto a pessoal (corpo a corpo) quanto a virtual (Internet). O bom caráter e a idoneidade daquele que evangeliza deve ser testemunhado pelos não crentes.

Espera-se dos cristãos que desfrutem de um viver reto e íntegro, por meio da oração e santificação no Espírito Santo. Se isso não for observado, a evangelização será inócua, quem evangeliza será difamado e envergonhado, a igreja colocada em descrédito e o evangelho de Jesus vilipendiado.

A Internet é uma grande aliada na divulgação do Evangelho, porém, alguns cuidados são necessários para não tornar a mensagem inválida. Esta deve ser clara, concisa e objetiva (Hb 2. 1,2), além de ser analisada previamente a sua veracidade bíblica e o seu teor teológico.

Outro ponto importante é não se atacar ninguém, apenas anunciar o Evangelho a fim de que as pessoas possam confessar a Cristo como único e suficiente Salvador. (1Co 1.23,24).



 Consultas:
BAPTISTA Douglas.Comentarista da Lição Bíblica do 2º. Trimestre.  Valores Cristãos – Enfrentando as questões morais de nosso tempo.
BAPTISTA Douglas. Valores cristãos – Enfrentando as questões morais de nosso tempo. CPAD. Rio de Janeiro 2018
ELWELL, Walter A. Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã. Vida Nova. SPaulo 2009
SILVA, João Barbosa. Subsídio Teológico da Lição O Cristão e a Política. Lição 13 EBD CPAD. 3º. Trimestre 2002
DOCKERY, David S. Manual Bíblico Vida Nova. Editora Vida Nova. São Paulo 2001
KUYPER, Abraham.  A Obra do Espírito Santo. Editora Cultura Cristã. São Paulo, 2010
GIRALDI, Luiz Antonio. A Bíblia nop Brasil República. Editora SBB. São Paulo, 2013
KENNEDY Paul. Ascenção e Queda das Grandes Potências. Editora Campos. Rio de Janeiro 1989
ADMACHER. Early D.O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento. com recursos adicionais. Editora C Gospel. Rio de Janeiro 2010

quarta-feira, 13 de junho de 2018


Subsídios Teológicos e Bibliológicos para Estudo sobre:
Lição 12 - ÉTICA CRISTÃ E POLÍTICA - 17.06.2018
Texto Bíblico: Romanos 13.1-7
Por: Pr. João Barbosa

O QUE É A POLÍTICA?

Política é a ciência ou a arte de governar; arte ou ciência da organização, direção, e administração de nações ou estados.

A aplicação desta arte nos negócios internos da nação é chamada de política interna. Quando é aplicada aos negócios externos da nação é chamada de política externa.

Na política externa temos os intercâmbios comercial, cultural e até mesmo de segurança entre estados. Quando a política é interna ela se divide em vários ramos como:

Uma política ambiental, uma política educacional, uma política habitacional, uma política para água, uma política energética, uma política para o agro negócio, uma política de saúde, uma política para lidar com menores, uma política carcerária e resumindo, uma política social abrangente onde cada cidadão tenha os direitos concedidos pela constituição daquele estado.

A falta de uma política específica para cada situação é o que tem levado a nação brasileira ao caos em todos os ramos em que a sociedade deveria ser atendida com dignidade.

Qual deve ser o comportamento do crente para com a política? Segundo o sábio Salomão, quando o governo é formado de homens justos e honestos o povo vive feliz (Pv 29.2 BV).

Quando os justos se elegem há grande alegria, mas quando os ímpios sobem, os homens se escondem (Pv 28.12).

Considerando que o homem é por natureza político, visto que ele vive em sociedade; desde os tempos do AT muitos homens de Deus exerceram atividades políticas tanto no seu clã como nas regiões ou reinos onde estavam.

Embora Abraão tenha chegado a Palestina atendendo um chamado de Deus, muito cedo se destacou no cenário política do seu tempo entre as tribos cananeias. Tinha uma posição de estadista e era respeitado por todos os povos vizinhos (Gn 14.12-17; 23.3-6)

José foi um político e grande administrador dos negócios de uma das mais prósperas civilizações do vale do Nilo – o Egito. Faraó disse ao seu povo que ninguém levantava a mão ou o pé, senão, por ordem de José. Somente no trono ele tinha uma posição inferior a do rei (Gn 41.28-44).

Que dizer de homens como Daniel que foi profeta, político e estadista nos reinos da Babilônia  e da Pérsia (Dn 6.1-3); Os sacerdotes Esdras e Neemias que exerceram elevados cargos políticos nos reinos e medo persas. O período dos juízes e do reino unido é muito rico em engenharia política.

Jeftá usou a diplomacia antes da guerra (Jz 11.1-14). E que dizer das habilidades políticas do grande rei Davi que mesmo muito doente e acamado, desfez a conspiração de Adonias, seu filho, Joabe comandante do seu exército e o sacerdote Abiatar que tentaram usurpar o trono de Salomão (1Re 1.5-7, 18,19, 32-39).

O crente é um cidadão da terra e do céu, portanto, deve exercer o seu direito de cidadania em toda  sua plenitude. Ainda em nossos dias grande homens de Deus ocuparam cargos políticos como Abraham Kuyper que foi primeiro ministro na Holanda.

Os reformadores protestantes sem exceção, todos eram políticos também. Doutra sorte não teriam conseguido o grande sucesso da Reforma no século XVI sem que tivessem domínio absoluto da política e da geopolítica. Em nossa nação são muitos os homens de Deus desde o século XIX que foram muito influentes na política brasileira.

DIREITOS BÁSICOS DO CIDADÃO

Costuma-se dizer que há três direitos básicos da cidadania: os civis, os políticos e os sociais. O direito civil é um privilégio que os cidadãos possuem diante do estado ou de outros cidadãos, segundo o conteúdo de uma constituição, leis complementares e estatutos sociais.

Os direitos  civis são muito abrangentes mas gerais como os direitos clássicos, à liberdade de expressão, de imprensa, de reuniões e de religião, entre outros.

Estes direitos são comumente chamados de liberdades civis. Mas frequentemente, as pessoas usam a expressão “direitos civis” para designar direitos mais específicos que tem surgido como reivindicações morais dos grupos sociais.

Aqueles que têm se submetido a tratamentos injustos pela maioria e até mesmo por minorias mais poderosas no poder. Quais são os direitos que o cidadão pode legitimamente reinvidicar? Alguns argumenta que esses direitos devem ser limitados à questões de procedimentos tais como um julgamento justo segundo a lei.

Outros asseveram que se devem incluir as exigências dos recursos materiais iguais ou pelo menos o acesso aquelas condições que garantem o bem estar social da pessoa.

Este último conceito é refletido no pacto internacional das Nações Unidas sobre direitos econômicos, sociais e culturais de 1966, que declara que os cidadãos de todas as nações têm direito a um padrão de vida adequado e em melhoria contínua.

Isto inclui os direitos ao alimento, ao emprego digno, a cuidados médicos adequados e a férias periódicas remuneradas. Esses direitos civis das pessoas estão presentes em boa parte da consciência cívica em todo mundo moderno.

NO PENSAMENTO POLÍTICO OCIDENTAL

Os direitos civis dependem de princípios fundamentais morais desenvolvidos na tradição da lei natural. A ideia da lei natural remonta aos escritores antigos gregos, romanos e cristãos, que afirmaram que certas “leis” eram eternas e que todo ser humano era capaz de reconhece-los.

Um dos corolários relevantes do conceito da lei natural era a insistência na igualdade humana. Esta fornecia um critério pronto  que os críticos sociais antigos usavam para ajudar e derrubar as instituições estabelecidas que tratavam de modo injusto certos grupos de pessoas.

A jurisprudência romana, que formou a prática jurídica ocidental foi grandemente influenciada por este desenvolvimento.

DIREITOS SOCIAIS ENTRE OS ANTIGOS HEBREUS

As leis hebraicas excediam em qualidade outros códigos contemporâneos por afirmarem o tratamento igualitário a todos os cidadãos, independente de sua condição social. Algumas leis do NT até mesmo sobrepujam muitos estatutos progressivos contemporâneos, ao afirmarem os direitos civis. Visto que as leis que protegiam os cidadãos eram estabelecidas por Deus e eram totalmente seguras.

O rei Acabe e a rainha Jezabel foram castigados por sua ação maligna, ao matarem Nabote a fim de obterem sua vinha (1Re 21). Esses estatutos estabeleciam garantia de processos justos diante da lei como também outorgavam aos indefesos certas reinvidicações econômicas contra os ricos.

Assim, os famintos tinham o direito de respingar alimentos entre as colheitas alheias (Lv 19.9,10; Dt 23.24; 24.19-22; Mt 12.1).

Os devedores podiam esperar que seus empréstimos fossem cancelados depois de sete anos (Dt 15.7-11). Estrangeiros, viúvas e órfãos recebiam direitos especiais sobre os alimentos que eram trazidos ao templo como dízimo (Dt 14.28,29).

Os escritos de Paulo e as práticas comunitárias da igreja primitiva (At 2.44.45; 4.34,35), mediavam o mesmo fundamento moral e teológico para os direitos civis achados no NT e nos ensinos de Jesus. As afirmações teológicas de Paulo sobre a igualdade eram inequívocas (Gl 3.28; 1Co 7.3,4; 2Co 8.13-15).

DIREITOS POLÍTICOS

Estão relacionados aos direitos que os cidadão têm de participar no governo da nação. Pelos direitos políticos aqui no Brasil, todas as pessoas têm o direito de votar e ser votado, isto é, concorrer nas eleições desde Presidente da República até Vereador do mais humilde município da federação.

Devemos agradecer a Deus, pois vivemos em um país democrático e podemos e devemos exercer nosso direito de cidadãos ocupando os espaços concedidos constitucionalmente.

DIREITOS SOCIAIS

Os direitos sociais permitem diminuir as desigualdades sociais e garantir a todo cidadão um mínimo de bem estar. Como cidadãos terrenos, precisamos exercer estes três direitos básicos da cidadania: direitos civis, direitos políticos e direitos sociais. Então como cristãos seremos cidadãos plenos do céu e da terra.

Os patriarcas embora vivessem em uma terra que por juramento de Deus lhes pertencia, se consideravam como peregrinos e forasteiros, porque esperavam uma cidade que tem fundamento cujo artífice e construtor é Deus (Hb 11.13-17).

Este é o exemplo dos patriarcas que buscavam a cidadania celeste. Paulo ao escrever aos filipenses faz uma alusão a cidadania espiritual e celeste dos membros da igreja, onde Cristo é o Senhor absoluto. Isso subtende um novo e elevado destino (Fp 3.20).

Os irmão filipenses que tinha direito à cidadania romana, sem dúvida compreenderam bem a metáfora usada pelo apóstolo. Dirigindo-se aos colossenses o apóstolo Paulo não usa a palavra cidadania, mas fala aos os crentes como pertencentes ao reino do amado Filho de Deus (Cl 1.13).

Para os crentes efésios ele diz: “Agora já não sois estrangeiros, nem forasteiros, mas concidadãos dos santos e da família de Deus” (Ef 2.19).

No início do século XIX os líderes da igreja evangélica no Brasil tinham uma grande consciência política e amor pelo Brasil. Só haviam duas traduções de toda a Bíblia para a língua portuguesa: a de João Ferreira de Almeida, feita na Indonésia, e a de Antonio Pereira de Figueiredo, feita em Portugal.

Em 1902, entre os líderes evangélicos brasileiros surgiu um Movimento Nacionalista com o objetivo de fazer uma tradução da Bíblia no Brasil para o português falado no Brasil.

As duas Sociedades Bíblicas que atuavam no Brasil, a Britânica e a Amereicana, concordaram em patrocinar o projeto. Para isso foram convidados especialistas em hebraico, grego e português. E alguns daqueles senhores não eram evangélicos.

A comissão de tradução foi formada por missionários, pastores brasileiros e escritores brasileiros famosos, dentre os quais podemos destacar Machado de Assis, membro da Academia Brasileira de Letras e revisor da tradução brasileira da Bíblia; e Rui Barbosa, redator do decreto que estabeleceu a liberdade religiosa no Brasil e consultor da tradução brasileira da Bíblia de 1903 a 1914.

O Ver. Hugh Clarence Tucker, um dos fundadores da Igreja Metodista do Brasil e secretário da Sociedade Bíblica Americana no país durante 47 anos, trabalhou com Rui Barbosa no projeto da tradução brasileira da Bíblia de 1903 a 1914.

Ao ser lançado pelas Sociedades Bíblicas em 1903, o projeto da tradução brasileira da Bíblia teve uma grande repercussão no Brasil. Em primeiro lugar, porque era a primeira tradução da Bíblia completa feita no país e também a primeira feita no português do Brasil.

Em segundo lugar, porque a Comissão de Consultores era composta de ilustres escritores e gramáticos brasileiros, como: José Veríssimo, Hipólito de Campos, Machado de Assis e Rui Barbosa.

Os jornais do Rio de Janeiro deram destaque especial à participação de Rui Barbosa, a figura mais famosa do Brasil, na época. Um dos efeitos positivos desse projeto promovida pelas Sociedades Bíblicas foi chamar a atenção para a Bíblia e despertar os brasileiros para conhecerem esse santo livro e se dedicarem à sua leitura.

Como podemos observar, a primeira tradução da Bíblia feita no Brasil foi um Movimento Nacionalista pelos líderes evangélicos da época, portanto, um movimento também, de cunho político nacionalista.

De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar das virtudes, e rir-se da honra, e ter vergonha de ser honestos” (Rui Barbosa).


 Consultas:
BAPTISTA Douglas.Comentarista da Lição Bíblica do 2º. Trimestre.  Valores Cristãos – Enfrentando as questões morais de nosso tempo.
BAPTISTA Douglas. Valores cristãos – Enfrentando as questões morais de nosso tempo. CPAD. Rio de Janeiro 2018
ELWELL, Walter A. Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã. Vida Nova. SPaulo 2009
SILVA, João Barbosa. Subsídio Teológico da Lição O Cristão e a Política. Lição 13 EBD CPAD. 3º. Trimestre 2002
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