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quarta-feira, 27 de março de 2013

A Morte de Eliseu Lição 13 - 1º. Tri. 2013 - EBD CPAD – 31.03.13

Esboço: Escrito por Pr. João Barbosa da Silva
            http://nasendadacruz.blogspot.com
Texto da Lição: 2Re 13.14-21                          
I   -  OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:                                                                                                 
  1. Conscientizar-se sobre a brevidade da vida e a eternidade de Deus.
  2. Compreender a natureza da profecia final de Eliseu.
  3. Explicar o propósito do último milagre de Eliseu.

II  - INTRODUÇÃO: Eliseu através de quem Deus realizara muitos e grandiosos milagres, morre de uma doença fatal. A realidade nos ensina que grandes homens de fé, às vezes morrem de doença, inclusive aqueles que antes exerceram um ministério de cura divina. 

Entre as consequências da queda de Adão e Eva estão a enfermidade e a  morte; ninguém está isento delas. Logo, nascemos, crescemos, vivemos e morremos. Nós, homens e mulheres fazemos história, mas Deus é o Senhor de cada história.

III – DESENVOLVIMENTO
 1. A DOENÇA TERMINAL DE ELISEU:
  1. 1 – A velhice de Eliseu – Muito cedo Eliseu começou seu ministério profético. Chegando aos seus oitenta anos, Eliseu encontrava-se doente e cansado pela longa e trabalhosa caminhada de vida, fato perceptível até mesmo pela sua ausência no cenário de Israel. 

Eliseu começou bem seu ministério e o encerrou também com excelência. Ele viveu todos os seus dias como servo do Senhor – “combatendo o bom combate, acabou a carreira e guardou a fé” (2Tm 4.7).

 1. 2 – O sofrimento de Eliseu – Por estar avançado na idade e doente, Eliseu sentia-se vitimado pelo sofrimento. Entretanto, nem a doença nem o sofrimento conseguiram impedir de o profeta Eliseu continuar sendo a voz profética do Deus de Israel.

A vida espiritual do profeta permanecia em pleno vigor e a sua visão da obra de Deus em nada estava abalada.
No decurso da enfermidade de que veio a falecer, Eliseu profetizou que Jeoás, rei de Israel haveria de derrotar os sírios. Jeoás visitou o profeta quando este já estava em seu leito de morte. Jeoás era neto de Jéu e estava muito triste em face da partida iminente do grande profeta.

Quando Jeoás feriu a terra com suas flechadas, por apenas três vezes, Eliseu ficou indignado, dizendo que ele deveria tê-lo feito por mais vezes, porquanto assim teria destruído totalmente os sírios, mas agora só obteria três vitórias contra eles: pela sua própria timidez, pois, não obteria uma vitória decisiva (2Re 13.14-19).  

2. A PROFECIA FINAL DE ELISEU:
  2.1 – A ação de Deus na profecia – “Sabendo primeiramente isto: que nenhuma profecia da Escritura é de particular interpretação; porque a profecia nunca foi produzida por vontade de homem algum, mas os homens santos de Deus falaram inspirados pelo Espírito Santo (2Pe 1.20,21).

Eliseu, refletindo os desígnios divinos dizia ao profetizar: “Assim diz o Senhor”(2Re 2.21; 3.16). A profecia tem sua origem em Deus e não no homem. Eliseu não profetizou para depois se inspirar, mas foi primeiramente inspirado para depois profetizar (2Re 3.15).

2.2 – A participação humana na profecia – A indignação de Eliseu contra a relutância do rei Jeoás em continuar a atirar as suas flechas, contra os sírios deixa clara a decepção do profeta com a falta de discernimento e perseverança  do rei. Faltou fé em Jeoás. 

A sua vitória seria do tamanho da resposta que ele desse ao profeta. Uma fé tímida obtém também uma vitória tímida (Mt 9.29).

    3. O ÚLTIMO MILAGRE DE ELISEU:
  3.1 – A Eternidade e fidelidade de Deus – Um dos atributos exclusivos de Deus é sua Eternidade, não estando, portanto, limitado pelo tempo humano. Assim Moisés se dirigiu a Deus no Sl 90.4: “Porque mil anos são aos teus olhos como o dia de ontem que passou, e como a vigília da noite”.  

No versículo 2 do mesmo  Salmo Moisés enaltece a Deus quando declara – “....de eternidade a eternidade tu és Deus”. Como podemos entender, Deus é infindável no tempo. Deus é Eterno. Ele não morre quando morre um homem de Deus, nem tampouco deixa de cumprir a sua Palavra quando as circunstâncias são contrárias. 

Algo que desafia a razão humana aconteceu quando Eliseu já estava morto (2Re 13.20,21), porque Deus é fiel e zela pela sua Palavra para cumprir.

3.2 – A honra de Eliseu – Por causa da eternidade e fidelidade de Deus que ficam bem patentes no milagre póstumo de Eliseu, é possível perceber que, mesmo morto Eliseu continuaria a ser lembrado como um autêntico homem de Deus. 

A Bíblia fala de homens, cujas ações continuam falando mesmo depois de haverem morrido (Hb 11.4).

  1. O LEGADO DE ELISEU:
  4.1 – Legado sócio-cultural – A participação de Eliseu nas escolas de profetas (2Re 6.11), foi um de seus maiores legados. Entretanto, sua participação ativa na vida social, espiritual e moral da nação de Israel foi de uma contribuição além das expectativas.

Atuou tanto no cenário urbano devido o seu modo de vida, quanto no cenário dos líderes nacional possuindo influência e tendo trânsito livre entre os reis e comandantes militares que o consideravam a ponto de poder contar com suas receptividades na hora de pedir algo especial (2Re 4.13).

 4.2 – Legado espiritual – A extensa lista de milagres operados por Deus através do profeta Eliseu testemunha sem dúvida do seu grande legado espiritual.

Na Bíblia encontramos Eliseu como o homem mais usado por Deus para operar milagres em benefício dos que sofriam por circunstâncias e situações diversas – Todos descritos no livro de 2Reis. Seu ministério teve um grande impacto sobre quatro nações: Israel, Judá, Moabe e Síria.

IV – CONCLUSÃO
Eliseu serviu de ilustração daqueles poucos líderes espirituais que podem tornar-se homens poderosos, ao mesmo tempo em que retém a sua simplicidade. 

Portou-se toda a vida como um grande homem de Deus que nunca deixou de ser servo. Pelo seu estilo de humildade (2Re 3.11), foi erguido por Deus como um dos maiores profetas bíblicos do seu tempo.

Consultas:
Lições Bíblicas EBD-CPAD - 1º. Trimestre 2013 – (Comentarista: José Gonçalves).
3Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1. Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007                    
GONÇALVES, Josué. Porção Dobrada (Uma análise bíblica, teolóbre os ministérios proféticos de Elias e Eliseu). Rio de Janeiro 2012. 1ª. Edição. CPAD
1 e 2Reis – Introdução e Comentário. Inglaterra, 1993. Brasil, 2006. Série Cultura Bíblica – Editora Vida Nova.
CHAMPLIN. R. N. O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo.. Editora Hagnos.
LEE. Witness. Estudo-Vida de João. São Paulo, 07 de 1987. Edit.Fonte da Vida.
CHAMPLIN. R. N. Dicionário do Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo.. Editora Hagnos.

quinta-feira, 21 de março de 2013

Eliseu e a Escola dos Profetas - Lição 12 - 1º. Tri. 2013 - EBD CPAD – 24.03.13


Esboço: Escrito por Pr. João Barbosa da Silva
            http://nasendadacruz.blogspot.com
 Texto da Lição: 2Re 6.1-7
                          
I   -  OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
  1. Compreender o real propósito das escolas de profetas.
  2. Saber a respeito do currículo das escolas de profetas.
  3. Relacionar alguns dos métodos utilizados nas escolas de profetas. 
II  - INTRODUÇÃO: Eliseu não era apenas um homem com dons sobrenaturais, mas também um profeta que possuía uma  missão pedagógica.
Já no Antigo Testamento podemos perceber que a educação religiosa tinha um lugar de destaque entre os israelitas. As Escolas de Profetas são uma prova desta verdade.

Estas instituições não tinham como propósito ensinar os alunos  a profetizarem. A profecia é um dom divino, por isso, somente o Senhor pode ensinar os seus servos a profetizar. Todavia um dos objetivos era passar às gerações mais novas a liderança cutural e espiritual da nação.

Acredita-se que eles viviam em uma casa comum na companhia dos profetas, ou, em uma mesma comunidade (2Re 6.1). Alguns desses profetas eram casados, e tinham seus próprios lares (2 Re 4.1). 

III – DESENVOLVIMENTO

  1. A INSTITUIÇÃO DAS ESCOLAS DE PROFETAS:  
1. 1 – Noção de organização e forma – A estrutura física que comportava a Corporação de profetas que viviam e conviviam com um objetivo específico de receberem a educação religiosa para o ofício de profetas não era de acomodação suficiente ou adequada.

Este fato levou os mesmos a procurarem o profeta Eliseu, considerado por eles como pai, devido á instrução e treinamento que dele recebiam, bem como ao respeito devido aos mestres da época. Assim, os abnegados aprendizes profetas, se voltavam para Eliseu à cada necessidade que sentiam.

O pleito dos profetas era um local onde melhor fossem acomodados. A proposta do projeto de construção de um melhor espaço físico foi de imediato aceita por Eliseu e todos se dirigiram ao rio Jordão para de suas margens arborizadas conseguirem o material necessário ao empreendimento.

1. 2 – Noção de organismo e função – Como instituição educativa a escola dos profetas possuía uma estrutura funcional para organização e administração do seu currículo. Estudiosos crêem que as escolas de profetas surgiram com Samuel (1Sm 10.5,10; 19.20).

Posteriormente, essas escolas foram mais firmemente estabelecidas por Elias e Eliseu no reino do norte ou das dez tribos. Elas seguiam o modelo ideal hebreu, da relação entre professor e aluno.

Alunos e mestre viviam em comunidades e o ensinamento era bíblico, místico e através do exemplo pessoal. Os profetas transmitiam a seus discípulos conhecimentos e instruções acerca do ofício profético.

Várias escolas de profetas foram estabelecidas em Ramá e Gibeá (1Sm 19.20; 10.5,10). Também havia centros dessas atividades em Gilgal, Betel e Jericó (2Re 4.38; 2.3,5,7,15; 4.1; 9.1).

  1. OS OBJETIVOS DAS ESCOLAS DE PROFETAS: 
2.1 – Treinamento – Os alunos das escolas de profetas recebiam treinamento direcionado a seguir em obediência e fidelidade aos seus líderes. Observe-se que os membros das escolas de profetas presenciaram todo o translado de Elias, inclusive o fato de que o espírito de Elias repousara sobre Eliseu.

Inconformados com o desaparecimento de Elias queriam ir em busca dele; mas para realizar tal ação submeteram ao líder Eliseu, o plano de enviar cinqüenta homens fortes dentre eles para certificar-se de que Elias não estaria oculto, nem haveria realizado algum truque para enganá-los.

Eliseu proibiu os profetas de ir atrás de Elias. Ele sabia que tal ato seria ridículo e serviria apenas para diminuir a magnitude do que havia acontecido. Entretanto mediante tantos apelos Eliseu cedeu apesar de haver dito não, não!

Por muitas vezes Eliseu já havia tratado os seus liderados com severidade, mas desta vez, como um pai que cede diante das lágrimas de seus filhos, assim também Eliseu cedeu, embora a busca fosse um procedimento infrutífero para Eliseu.

Após três dias de busca sem resultados convenceram-se de que Elias realmente havia sido arrebatado, cuja lição serviu para torná-los mais ansiosos por obedecer a Eliseu sem colocar em dúvida a sua palavra.

2.2 – Encorajamento – Nas escolas de profetas os alunos era encorajados a buscarem uma melhor compreensão da Palavra de Deus. Além da preocupação de transmitir com fidelidade a mensagem profética por inspiração divina (1Re13.1-5; 1Sm 2.27-32), o profeta Eliseu se preocupava em fornecer instruções e encorajamento àqueles jovens que ali estavam.

Excelência no ensino era uma das competências que fazia parte do currículo das escolas de profetas, a fim de que também fosse assegurado às gerações mais novas um conhecimento sólido, tal qual seus mestres haviam recebido do Senhor.

    3. O CURRÍCULO DAS ESCOLAS DE PROFETAS:
 
3.1 – A Escritura – A Palavra de Deus era o texto básico no currículo das escolas de profetas. Em especial o livro de Deuteronômio, o último livro do Pentateuco e considerado uma cópia da lei entregue por Deus a Moisés no monte Sinai. Esse livro era estudado com minúcias por trazer em detalhes os princípios e preceitos que regiam a aliança de Jeová com o seu povo.

Assim como Elias, Eliseu também estava familiarizado com os ditames do concerto divino. Como herança, Eliseu recebeu de Elias o zelo pela Palavra de Deus e seu cumprimento. Ensinar a Palavra de Deus era a meta número um e caracterizadora dos objetivos das escolas de profetas – A transmissão dos valores morais e espirituais que Deus havia entregado a Israel através da sua Palavra.

Encontramos em 1Rs19.10, o registro que certa ocasião no monte Sinai, Elias queixou-se a Deus de que os israelitas haviam abandonado a aliança divina, destruído os locais do verdadeiro culto e matado os profetas do Senhor. Isso nos mostra a ampla visão do profeta em relação aos valores estabelecidos na lei.

3.1 – A Experiência – Partilhar com os alunos das escolas de profetas tudo o que havia aprendido do Senhor era uma marca de Elias e Eliseu. O conhecimento dos antigos profetas permeava uma experiência de grande valor que de forma alguma poderia ser desprezada. A coragem e fé, a persistência e altruísmo de Elias e Eliseu são patentes que não têm paralelo em toda a história da redenção.

O desafio de Elias ao rei Acabe (1Re 18.16-19), sua repreensão a todo o Israel (1Re 18.21-24) e seu confronto com os quatrocentos e cinquenta profetas de Baal  (1Re 18.19,22) foram embates que ele os enfrentou dispondo apenas das armas da oração e da fé em Deus. Podemos ver sua confiança em Deus na brevidade e simplicidade da sua oração, apenas quarenta e uma palavras em hebraico (1Re18.36,37).

  1. A METODOLOGIA DA ESCOLA DE PROFETAS: 
4.1 – Ensino através do exemplo – No ministério pedagógico do profeta Eliseu, cuja metodologia de ensino instituiu o exemplo como uma das técnicas de grande operacionalidade, podemos destacar a relação do profeta com o seu servo Geazi, em caso particular quando do milagre que culminou na cura de Naamã.

O orgulhoso Naamã armou-se com seus poderes materiais em busca do milagre para sua vida – a cura de uma intolerável lepra. O profeta Eliseu ao ser abordado, por nada se interessou, apenas receitou-lhe o processo de libertação através dos sete mergulhos nas águas do rio Jordão. E, depois de acertos e desacertos entre Naamã e os seus criados e conselheiros, afinal optou pela humildade e tornou-se um vitorioso (2 Re 5.1-14).

Como todos conhecemos, o servo Geazi contrariando o perfil do seu senhor –resolveu se beneficiar, visando proveito próprio material, ao invés de atentar para o proceder de Eliseu que desprezara tudo que lhe foi oferecido.

Dessa forma Geazi decidiu, trair Eliseu não seguindo o seu exemplo, mentir a Naamã e a Eliseu e desonrar o nome de Deus, o que o levou a triste consequência de por determinação de Eliseu, herdar a lepra de Naamã, ele e sua semente para sempre. Nos relata o texto de 2Re 5.27 que saiu Geazi da presença de Eliseu, leproso – branco como a neve.

 4.2 – Ensino através da Palavra – Tudo o que sabemos a respeito da vida e condução ministerial e profética do profeta Eliseu nos é reportado através de um cronista sagrado, entretanto, o modo como agia e se comportava não nos deixa dúvida de que suas diretrizes de vida bem como pedagógicas tinham como referência a Palavra de Deus.

A prova como Eliseu julgava o comportamento dos reis, nos deixa muito conscientes de que usava a Palavra de Deus escrita para discipular os alunos das escolas de profetas, bem como para emitir julgamentos aprovando ou desaprovando suas respectivas ações (2Re 8.7-15; 2Re 9.1-14) de acordo com as determinações da lei escrita na Palavra de Deus. 

IV – CONCLUSÃO

Após o arrebatamento de Elias, Eliseu tomou o seu lugar, como cabeça da escola dos profetas. Ele recebera a dupla porção do poder espiritual de Elias (2Re 2.9,10). Dessa forma, Eliseu foi um autêntico substituto de Elias, não representando qualquer declínio quanto ao poder espiritual.

A instituição da escola dos profetas torna-se de grande valor para todos nós, haja vista sempre ter havido entre o povo de Deus a preocupação com a excelência do ensino da Palavra de Deus. As escolas dos profetas seguiam o idealismo hebreu concernente à educação (1Sm 10.5,10; 19.20).

De modo algum podemos colocar em plano inferior a educação acadêmica secular através dos tempos, mas também não podemos deixar de destacar e dar ênfase à dimensão espiritual do conhecimento divino através das escolas teológicas cujo objetivo é transmitir com eficiência o conhecimento espiritual, bíblico e cultural que nos oportuniza o nosso livro texto, o mais lido em todo o mundo – A Bíblia Sagrada (Jo 5.39; 2Tm 3.16,17).  

Consultas:
Lições Bíblicas EBD-CPAD - 1º. Trimestre 2013 – (Comentarista: José Gonçalves).
3Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1. Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007                    
GONÇALVES, Josué. Porção Dobrada (Uma análise bíblica, teolóbre os ministérios proféticos de Elias e Eliseu). Rio de Janeiro 2012. 1ª. Edição. CPAD
1 e 2Reis – Introdução e Comentário. Inglaterra, 1993. Brasil, 2006. Série Cultura Bíblica – Editora Vida Nova.
CHAMPLIN. R. N. O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo.. Editora Hagnos.
LEE. Witness. Estudo-Vida de João. São Paulo, 07 de 1987. Edit.Fonte da Vida.
CHAMPLIN. R. N. Dicionário do Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo.. Editora Hagnos.

quinta-feira, 14 de março de 2013

Os Milagres de Eliseu - Lição 11 - 1º. Tri. 2013 - EBD CPAD – 17.03.13


Esboço: Escrito por Pr. João Barbosa da Silva
            http://nasendadacruz.blogspot.com
 Texto da Lição: 2Re 2.9-14
                          
I   -  OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
  1. Elencar os milagres de Eliseu.
  2. Entender os milagres de Eliseu.
  3. Compreender os propósitos dos milagres de Eliseu.

II  - INTRODUÇÃO: Segundo nos mostra a Bíblia Sagrada o milagre é uma suspensão temporária das leis da natureza, visando a operação sobrenatural de Deus. Eliseu era um instrumento de Deus para a operação de milagres.

Todos os milagres realizados através de Eliseu ocorreram em resposta a um necessidade humana bem como ao sofrimento. Os milagres realizados por Eliseu não visaram a glorificação pessoal do profeta, mas demonstraram o amor e a graça e a glória de Deus – o Todo Poderoso.

Quatro são os focos da necessidade humana alcançadas pelos milagres realizados para a glória de Deus, por esse abnegado profeta e servo de Deus em seu curto, porém profícuo ministério: provisão, restituição, restauração e julgamento.

 III – DESENVOLVIMENTO

  1. OS MILAGRES DE PROVISÃO:
  1. 1 – A multiplicação dos pães (2Re 4.42-44) – Eliseu multiplicou alimentos tal e qual Jesus fez séculos mais tarde, em maior proporção. Na narrativa em apreço, certo homem, vindo de Baal-Selasa, uma cidade que ficava próxima a Gilgal trouxera vinte pães de cevada e algumas espigas verdes em seu alforge. A fome persistia conforme fora predito (2Re 8.1).

É natural, pois, que certos milagres girassem em torno do suprimento alimentar. E Eliseu via-se envolvido nesses prodígios, por ser ele o homem dotado do poder divino. Sem dúvida, um homem que ainda observava os  requisitos da lei mosaica, trouxe um pouco de alimento, as primícias das quais ele trouxera ao profeta, segundo as exigências de Nm 18.13, Dt 18.4 e Lv 23.10.

Ele trouxe vinte bolos feitos de cevada (pães), e algum grão fresco, de trigo ou de cevada, em uma sacola. O alimento seria suficiente para o profeta ter algumas refeições; mas em lugar de consumir pessoalmente o alimento, ele ordenou ao homem que o desse ao povo.

Yahweh dirigira Eliseu a fazer o que ele fez posteriormente. Eliseu ordenou que o alimento fosse posto diante dos cem homens e a ordem de Eliseu teve de ser obedecida. Além disso, obedecer àquela ordem faria em breve o alimento multiplicar-se miraculosamente, dando várias refeições abundantes para o grupo inteiro de cem profetas.

1. 2 – A abundância de víveres (2Re 3.1-3) – Este milagre aconteceu durante o reinado de Jorão em Israel – um dos reis cujo reinado foi curto e relativamente mau, desperdiçando doze anos com seus pecados. Jorão era ímpio e operou a iniquidade, embora não tenha chegado ao padrão de impiedade estabelecido por seu pai, Acabe, e por sua mãe Jezabel.

 Nesse período a cidade de Samaria estava sitiada por Ben-Hadad II, e suas portas fechadas. Havia terrível escassez de alimentos. Pressionado pela crise, o rei procurou Eliseu, responsabilizando-o pela tragédia. Mas Deus orientou Eliseu a profetizar o fim da fome e de forma sobrenatural e inexplicável o milagre aconteceu.

  1. OS MILAGRES DE RESTITUIÇÃO:
 2.1 – A ressurreição do filho da sunamita (2Re 4.18-37) – O filho da sunamita fora o resultado de um nascimento miraculoso operado pelo próprio Eliseu.  A despeito das dúvidas da mulher da impossibilidade do cumprimento da profecia, ela ficou realmente grávida, e teve seu filho dentro do tempo predito.

Entretanto, mesmo tendo sido trazida a vida terrena por uma intervenção milagrosa de Deus, a criancinha não estava isenta das pragas comuns enfrentadas pelos homens. A criança adoeceu e morreu.

Foi em um dia comum para a criança de aproximadamente seis anos que circulava entre os segadores (empregados) nos campos de seu pai. Repentinamente o pobre menino gritava de dor: “Ai minha cabeça!” “Ai minha cabeça!” E gritou até perder a consciência.

Prudente e silenciosamente após deitar a criança sobre a cama do profeta, a mulher dirigiu-se sem delongas ao monte Carmelo onde se encontrava o profeta. Ao vê-la o profeta logo pode entender o que havia acontecido. Diante do profeta, a mulher teve a fé e a coragem de dizer que tudo estava bem com seu marido, com ela e até mesmo com o seu filho que havia deixado morto.

Embora a tristeza dominasse a mente da mulher, sua fisionomia era de coragem e de esperanças. Assumindo a postura de uma suplicante humilde que tinha urgência, pela insistência da mulher Eliseu abandonou tudo, foi socorrer o filho da mulher e o milagre da vida foi realizado (2Re 4.29-37).

2.2 – O machado que flutuou (2Re 6.1-7) – Com o consentimento de Eliseu, um grupo de profetas caminhou oito quilômetros até as margens do rio Jordão para obtenção de madeiras para construírem suas casas, pois havia muitas árvores às margens do Jordão. Subitamente um dos homens usava o seu machado com muita força; a parte de metal do machado escapuliu do cabo e caiu no rio. Com grande consternação o homem contemplou a cabeça de metal do machado mergulhar nas águas.

Ele ficou excepcionalmente triste porque o machado tinha sido pedido por empréstimo. O homem era pobre e não podia comprar outro machado. Imediatamente o aprendiz voltou-se para Eliseu pedindo-lhe ajuda. Tendo sabido onde, aproximadamente caíra a cabeça de metal do instrumento, Eliseu cortou um pedaço de pau e lançou-o nas águas no lugar exato.

Por meio de um poder miraculoso, isso fez a cabeça de metal do machado boiar, e ela se pôs a flutuar, perfeitamente visível. Assim tornou-se fácil tirá-la da água e a tragédia terminou.

 OS MILAGRES DE RESTAURAÇÃO:
 
3.1 – A cura de Naamã (2Re 5.1-19) – Embora poderoso e bem sucedido quanto a outros aspectos de sua vida, Naamã, general do exército da Síria, tinha um ponto fraco que o maculava: era afligido pela temida lepra. Mas, em um dos assaltos feitos pelas tropas sírias na da terra de Israel uma pequena menina tinha sido levada cativa e posta exatamente na casa do rei para servir a sua senhora como escrava.

A providência divina tinha posto aquela menina na casa de Naamã. A pequena israelita tinha consciência do poder e da reputação de Eliseu e sabia que ele podia resolver o problema da enfermidade de Naamã e falou à esposa do general sírio, o que seria a “salvação” dele.

A palavra dita pela menina logo se espalhou e por estarem desesperados Naamã e sua esposa deram ouvido ao que falara a menina. De imediato o próprio Naamã escreveu uma carta ao rei de Israel solicitando ajuda para encontrar Eliseu; e ele mesmo foi o portador, acompanhado de guarda-costas armados.

Naamã seguiu munido de muitos presentes, inclusive metais preciosos equivalente ao dinheiro hoje, para presentear o rei e encorajá-lo a prestar ajuda e cooperação. Certamente alguns desses presentes seriam também para Eliseu, visto que era costumeiro presentear os profetas quando a ajuda deles era buscada.

As notícias logo chegaram aos ouvidos de Eliseu. Mas Eliseu não deu a menor atenção à toda aquela pompa, e em lugar de ir pessoalmente ao general enviou um mensageiro com a receita de como ele devia proceder (2Re 5.10-14). A referida narrativa nos diz que o orgulhoso Naamã ficou indignado, porém aconselhado por aqueles que o assistiam, finalmente cedeu à orientação do profeta e foi sarado completamente.

3.2 – As águas de Jericó (2Re 2.19-22) – Aqui o profeta pede um prato novo contendo sal dentro do mesmo. Feito isto, Eliseu profetizou que aquelas águas que eram amargas se tornassem potáveis, segundo a Palavra do Senhor,e o  milagre aconteceu através da ação de Eliseu.


  1. OS MILAGRES DE JULGAMENTO:
 4.1 – Maldição dos rapazes (2Re 2.22-25) – Um grupo de jovens por fazerem zombaria do profeta, foram por ele amaldiçoados em nome do Senhor, e de imediato apareceram duas ursas que devoraram quarenta e dois deles.

 4.2 – A doença de Geazi (2Re 5.20-27) – Geazi, servo de Eliseu, supunha que a recusa do profeta em aceitar os presentes de Naamã era uma questão pessoal e resolveu tomar partido da situação. Por ter um coração cobiçoso, Geazi intentou desvirtuar o ato gracioso de Deus, visando proveito próprio material.

Nas suas transgressões Geazi, traiu Eliseu, mentiu a Naamã e a Eliseu e desonrou o nome de Deus. Pela sua atitude segundo determinação de Eliseu, Geazi herdou a lepra de Naamã, ele e sua semente para sempre. E saiu Geazi da presença de Eliseu, leproso – branco como a neve.

IV – CONCLUSÃO

No evangelho conforme escreveu João, todos os milagres feitos são chamados de sinais. (Jo 2.23; 3.2; 4.54; 6.2, 14, 26, 30; 7.31; 9.16; 10.41; 11.47; 12.18,37; 20.30). São milagres, porém, são usados para representar a questão de vida.

A palavra traduzida por “sinais” na versão de Almeida é a mesma palavra “sinais” no grego. Um sinal é aquilo que significa alguma coisa. Uma luz vermelha, por exemplo, e um sinal que indica que devemos parar.

Todos os milagres realizados pelo Senhor Jesus, conforme registrado no evangelho de João, foram não apenas milagres, porém sinais.

Consultas:
Lições Bíblicas EBD-CPAD - 1º. Trimestre 2013 – (Comentarista: José Gonçalves).
Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1. Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007                  
GONÇALVES, Josué. Porção Dobrada (Uma análise bíblica, teológica e devocional sobre os ministérios proféticos de Elias e Eliseu). Rio de Janeiro 2012. 1ª. Edição. CPAD
WISEMAN, Donald J. 1 e 2Reis – Introdução e Comentário. Inglaterra, 1993. Brasil, 2006. Série Cultura Bíblica – Editora Vida Nova.
CHAMPLIN. R. N. O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo.. Editora Hagnos.
LEE. Witness. Estudo-Vida de João. São Paulo, 07 de 1987. Edit.Fonte da Vida.
CHAMPLIN. R. N. Dicionário do Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo.. Editora Hagnos.

sábado, 9 de março de 2013

Há um Milagre em sua Casa - Lição 10 - 1º. Tri. 2013 - EBD CPAD – 10.03.13


Esboço: Escrito por Pr. João Barbosa da Silva
            http://nasendadacruz.blogspot.com
 Texto da Lição: 2Re 4.1-7
                          
I   -  OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
  1. Atentar para a real motivação de um milagre.
  2. Identificar os instrumentos de um milagre.
  3. Especificar os reais objetivos de um milagre.

II  - INTRODUÇÃO: Milagres são eventos miraculosos que ultrapassam daquilo que se poderia esperar de circunstâncias naturais e usuais. Estritamente falando, diríamos ser um evento dentro do mundo natural, mas que aparentemente está fora da sua ordem normal, podendo ser explicado somente através de um poder sobre-humano, isto é, o poder divino.

A existência das coisas e da vida constitui o mais inefável de todos os mistérios; e a esse mistério podemos chamar de primeiro dos milagres de Deus. Os demais milagres fluem daquele mesmo poder divino, que criou todas as coisas, sem importar se, esses outros milagres efetuados por meio de agentes humanos ou angelicais.

Um dos dons espirituais consistia nas operações de milagres (1Co 2.10).
Os milagre são chamados de   poderes e sinais. Também são chamados de maravilhas (Ex 15.11; Dn 12.6). Aparecem como  o dedo de Deus em Lucas 4.18. outras vezes, são meramente chamados obras (Jo 5.36; 7.21; 10.25).

 III – DESENVOLVIMENTO

  1. A MOTIVAÇÃO DO MILAGRE:
  
1. 1 – A necessidade humana  –  Mesmo com as grandes conquistas sociais do nosso tempo ainda existem milhões de famílias que vivem abaixo da linha da pobreza passando por privações e escassez de alimentos básicos, vestuário, moradia, saúde, higiene e educação. As bênçãos de Deus nos são concedidas em respostas às nossas precariedades e necessidades.

Muitas são as causas que podem levar uma família a viver essa vida precária, tudo acontecendo desde o descaso dos poderes constituídos, a outros fatores como desemprego, indisposição para o trabalho, falta de capacitação para se inserir no competitivo mercado de trabalho e até mesmo desinteresse de parentes e amigos próximos àquele grupo.

1. 2 – A misericórdia divinaA misericórdia de Deus é suficientemente vigorosa para excluir a possibilidade de um fracasso final. O plano de Deus encerra muitos retrocessos, mas ele jamais desiste. O milagre na casa da viúva aconteceu não apenas por ser uma pobre viúva; o milagre ocorreu também pela compaixão de Deus. No Salmo 116.5 o salmista se expressa com grande gratidão após ter passado por momentos de grande aflição e necessidade do socorro divino: “Piedoso é o Senhor e justo, o nosso Deus tem misericórdia”. 
                                                                                                                             
O propósito da providência de Deus consiste em preservar a vida, não somente a duração da vida terrena, mas também a boa qualidade dessa vida.
Há ocasiões em que enfrentamos situações por mais difíceis para nós as vencermos sozinhos, e isso faz necessária a ajuda divina ou a intervenção divina.

  1. A DINÂMICA DO MILAGRE:
 
2.1 – Um pouco de azeite – Eliseu perguntou a mulher o que ela tinha em casa; e esta respondeu: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite (2Re 4.2).

Ela tinha em casa um bem precioso e de grande valor comercial – uma botija de azeite. Produto esse que colocado à venda não haveria nenhuma dificuldade de comercialização, haja vista, todos precisarem de azeite, pois ele possuía utilidades incontáveis.

O azeite figurava entre os principais artigos do comércio, juntamente com os cereais e o vinho (Nm 18.12; Dt 7.13). Era largamente negociado (Ez 27.17; Lc 16.6). As riquezas de uma pessoa eram parcialmente calculadas em termos de azeite. Óleo batido (que era o melhor azeite) formava parte do pagamento anual do rei Salomão a Irão rei de Tiro (1Re 5.11).

2.2 – Uma fé obediente – O azeite era um produto de valor suficiente para que Eliseu aconselhasse à viúva a pagar sua dívida mediante a venda do azeite (2Re 4.7).

Ao tomar conhecimento de que a mulher possuía uma botija de azeite e conhecendo o seu alto valor comercial a instruiu a pedir muitos vasos emprestados aos seus vizinhos.

A mulher obedecendo procedeu de acordo com as instruções do profeta e em seguida pediu uma nova instrução ao homem de Deus; que lhe mandou vender o azeite, pagar as dívidas e junto com os filhos viver do restante que lhe sobrasse.

Pela sua preciosidade, o azeite era guardado nos tesouros reais juntamente com o ouro, a prata e outras especiarias (2Re 20.13). E também o azeite era usado como pagamento de tributos (Os 12.1).

O azeite era utilizado como cosméticos, para ungir a pele do corpo, os cabelos, ou simplesmente para efeito de beleza (Dt 28.40; 2Sm 12.20; 14.2; Rt 3.3).
Na medicina da época o azeite servia de medicamento, sendo esfregado no corpo quando a pessoa estava febril, ou era usado em banhos e na unção de ferimentos (Is 1.6; Lc 10.34).
  1. OS INSTRUMENTOS DO MILAGRE:
 
3.1 – O instrumento humano – Muitas vezes os homens servem de instrumentos nas mãos de Deus para operacionalização dos milagres em resposta à necessidade e clamor pelo sofrimento. O milagre que aconteceu na casa da viúva tem exatamente esse indicativo.

À pobre viúva sobraram dívidas assumidas por seu marido, e os abutres estavam à sua caça. O caso era tão sério que um credor tinha ameaçado vender os dois filhos da mulher á servidão, para que a dívida fosse saldada. Isso ele acabaria fazendo, sem dúvida. A viúva então apelou para o profeta Eliseu intervir no caso, da forma que Yahweh o instruísse a agir.

3.2 – O instrumento divino – A Palavra do Senhor foi o agente causador do milagre na vida da viúva. O que o Senhor faz, Ele o faz através da sua Palavra. Eliseu profetizara que a falta de alimentos chegaria brevemente ao fim em Samaria, e que os seus preços cairiam até chegar ao normal.

Isso aconteceu dentro de um contexto de grande fome – o profeta prediz abundância de alimentos. Tudo em Samaria conspirava contra o cumprimento dessa profecia a ponto de uma das pessoas de confiança do rei ironizar dizendo: “Ainda que o Senhor fizesse janelas no céu, poder-se-ia fazer isso?” (2Re 7.2).  Mas a profecia cumpriu-se exatamente como Eliseu havia predito” (2Re 7.16-20).  O Senhor fez em cumprimento à sua Palavra.

  1. O OBJETIVO DO MILAGRE:
 
4.1 – Uma resposta ao sofrimento – Jesus ensina que o gênero humano está aprisionado pelo pecado, pela enfermidade e pela morte, vivendo em grande necessidade. No Novo Testamento encontramos o Senhor Jesus libertando e curando porque se compadecia do sofrimento humano.

No ministério de Eliseu fica muito bem evidenciado que Deus o usava milagrosamente para atender essas grandes necessidades humanas naqueles dias. A narrativa da viúva com seus dois filhos revela que Deus cuida dos seus fiéis quando estão em necessidade e aflição. A viúva com os dois filhos representam o  povo de Deus quando estão em abandono e opressão.

Tanto no Antigo quanto no Novo Testamento, a compaixão pelos necessitados e o cuidado por eles são evidência da fé genuína em Deus e da verdadeira piedade. Jó era um dos homens que exercia piedade (Jó 29.12).

No Novo Testamento Tiago fala dos princípios que definem o conteúdo do verdadeiro cristianismo: “A religião pura e imaculada para com Deus o Pai, é esta: visitar os órfãos e as viúvas nas suas tribulações e guardar-se da corrupção do mundo” (Tg 1.27).   

 4.2 – Glorificar a Deus – Os milagres narrados nas Escrituras têm por objetivo glorificar o nome de Deus. No Novo Testamento encontramos Paulo realizando um milagre quando se deparou com um coxo cujos pés eram deficientes desde o seu nascimento – nunca tinha andado. Diz a narrativa de Atos 14.9 e10, que ao fixar os olhos sobre ele, Paulo  observou que aquele tinha fé para ser curado, então disse-lhe em voz alta: Levanta-te direito sobre teus pés, e ele saltou e andou.

Naquele momento as pessoas ali presentes começaram exaltar a Paulo  e Barnabé seu companheiro, porém eles o repeliram dizendo: Varões, por que fazeis essas coisas? Nós também somos homens como vós e começou a mostrar-lhes que eram apenas mensageiros do Deus vivo, em quem eles precisavam de crer e aceitar para tributar-lhe toda honra e toda glória, pois somente ele fazia coisas tão grandes na vida dos homens.

No Antigo Testamento encontramos Geazi servo de Eliseu, que ao tentar se beneficiar das operações de Deus teve severa punição quando do episódio da cura de Naamã conforme podemos ler em 2Re 5.20-27. Por mentir a Naamã e a Eliseu, Geazi desonrou o nome de Deus e foi castigado herdando a lepra de Naamã.  

IV – CONCLUSÃO

Um fator muito importante na história deste milagre é o que aconteceu após a viúva ter tomado emprestadas as vasilhas de seus vizinhos curiosos. Eliseu lhe disse: “Então entra, e fecha a porta sobre ti, e sobre teus filhos..” Sempre haverá muitas pessoas para dizer ao contrário.

Há os que replicam: “Os antecedentes são contra isso. Tentamos antes e falhamos”. Há também os que se queixam: “Não podemos suportar isso”. Eliseu simplesmente insistiu para que ela deixasse de fora os incrédulos e fechasse os ouvidos para a dúvida.

Jesus advertiu: “Atentai no que ouvis” (Mc 4.24). Ele sabia que agimos e reagimos de acordo com aquilo que ouvimos daqueles que estão à nossa volta. Eliseu também sabia quão rapidamente as sementes de dúvida crescem no solo do desespero e da perversidade humana. Dessa maneira recomendou á viúva que entrasse em sua casa e fechasse a porta da dúvida.
Consultas:
Lições Bíblicas EBD-CPAD - 1º. Trimestre 2013 – (Comentarista: José Gonçalves).

Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1. Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007                    
GONÇALVES, Josué. Porção Dobrada (Uma análise bíblica, teológica e devocional sobre os ministérios proféticos de Elias e Eliseu). Rio de Janeiro 2012. 1ª. Edição. CPAD

WISEMAN, Donald J. 1 e 2Reis – Introdução e Comentário. Inglaterra, 1993. Brasil, 2006. Série Cultura Bíblica – Editora Vida Nova.
CHAMPLIN. R. N. O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo.. Editora Hagnos.

CHAMPLIN. R. N. Dicionário do Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo.. Editora Hagnos.