Esboço: Escrito por Pr. João Barbosa da Silva
Texto da Lição: 2Re 2.9-14
I - OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
- Elencar os milagres de Eliseu.
- Entender os milagres
de Eliseu.
- Compreender os propósitos dos milagres de Eliseu.
II - INTRODUÇÃO: Segundo nos mostra a Bíblia Sagrada o milagre é
uma suspensão temporária das leis da natureza, visando a operação sobrenatural
de Deus. Eliseu era um instrumento de Deus para a operação de milagres.
Todos os milagres realizados
através de Eliseu ocorreram em resposta a um necessidade humana bem como ao
sofrimento. Os milagres realizados por Eliseu não visaram a glorificação
pessoal do profeta, mas demonstraram o amor e a graça e a glória de Deus – o
Todo Poderoso.
Quatro são os focos da
necessidade humana alcançadas pelos milagres realizados para a glória de Deus,
por esse abnegado profeta e servo de Deus em seu curto, porém profícuo
ministério: provisão, restituição, restauração e julgamento.
III – DESENVOLVIMENTO
- OS MILAGRES DE PROVISÃO:
1. 1 – A multiplicação
dos pães (2Re 4.42-44) – Eliseu
multiplicou alimentos tal e qual Jesus fez séculos mais tarde, em maior
proporção. Na narrativa em apreço, certo homem, vindo de Baal-Selasa, uma
cidade que ficava próxima a Gilgal trouxera vinte pães de cevada e algumas
espigas verdes em seu alforge. A fome persistia conforme fora predito (2Re
8.1).
É
natural, pois, que certos milagres girassem em torno do suprimento alimentar. E
Eliseu via-se envolvido nesses prodígios, por ser ele o homem dotado do poder
divino. Sem dúvida, um homem que ainda observava os requisitos da lei mosaica, trouxe um pouco de
alimento, as primícias das quais ele trouxera ao profeta, segundo as exigências
de Nm 18.13, Dt 18.4 e Lv 23.10.
Ele
trouxe vinte bolos feitos de cevada (pães), e algum grão fresco, de trigo ou de
cevada, em uma sacola. O alimento seria suficiente para o profeta ter algumas
refeições; mas em lugar de consumir pessoalmente o alimento, ele ordenou ao
homem que o desse ao povo.
Yahweh
dirigira Eliseu a fazer o que ele fez posteriormente. Eliseu ordenou que o
alimento fosse posto diante dos cem homens e a ordem de Eliseu teve de ser
obedecida. Além disso, obedecer àquela ordem faria em breve o alimento
multiplicar-se miraculosamente, dando várias refeições abundantes para o grupo
inteiro de cem profetas.
1. 2 – A abundância
de víveres (2Re 3.1-3) – Este
milagre aconteceu durante o reinado de Jorão em Israel – um dos reis cujo
reinado foi curto e relativamente mau, desperdiçando doze anos com seus
pecados. Jorão era ímpio e operou a iniquidade, embora não tenha chegado ao
padrão de impiedade estabelecido por seu pai, Acabe, e por sua mãe Jezabel.
Nesse período a cidade de Samaria estava
sitiada por Ben-Hadad II, e suas portas fechadas. Havia terrível escassez de
alimentos. Pressionado pela crise, o rei procurou Eliseu, responsabilizando-o pela
tragédia. Mas Deus orientou Eliseu a profetizar o fim da fome e de forma
sobrenatural e inexplicável o milagre aconteceu.
- OS MILAGRES DE RESTITUIÇÃO:
2.1 – A ressurreição do filho da sunamita (2Re
4.18-37) – O filho da sunamita fora o resultado de um nascimento miraculoso
operado pelo próprio Eliseu. A despeito
das dúvidas da mulher da impossibilidade do cumprimento da profecia, ela ficou
realmente grávida, e teve seu filho dentro do tempo predito.
Entretanto, mesmo tendo sido trazida a vida terrena por uma
intervenção milagrosa de Deus, a criancinha não estava isenta das pragas comuns
enfrentadas pelos homens. A criança adoeceu e morreu.
Foi em um dia comum para a criança de aproximadamente seis anos que
circulava entre os segadores (empregados) nos campos de seu pai. Repentinamente
o pobre menino gritava de dor: “Ai minha cabeça!” “Ai minha cabeça!” E gritou
até perder a consciência.
Prudente e silenciosamente após deitar a criança sobre a cama do
profeta, a mulher dirigiu-se sem delongas ao monte Carmelo onde se encontrava o
profeta. Ao vê-la o profeta logo pode entender o que havia acontecido. Diante
do profeta, a mulher teve a fé e a coragem de dizer que tudo estava bem com seu
marido, com ela e até mesmo com o seu filho que havia deixado morto.
Embora a tristeza dominasse a mente da mulher, sua fisionomia era
de coragem e de esperanças. Assumindo a postura de uma suplicante humilde que
tinha urgência, pela insistência da mulher Eliseu abandonou tudo, foi socorrer
o filho da mulher e o milagre da vida foi realizado (2Re 4.29-37).
2.2 – O machado que
flutuou (2Re 6.1-7) – Com o consentimento de
Eliseu, um grupo de profetas caminhou oito quilômetros até as margens do rio
Jordão para obtenção de madeiras para construírem suas casas, pois havia muitas
árvores às margens do Jordão. Subitamente um dos homens usava o seu machado com
muita força; a parte de metal do machado escapuliu do cabo e caiu no rio. Com
grande consternação o homem contemplou a cabeça de metal do machado mergulhar
nas águas.
Ele ficou excepcionalmente triste porque o machado tinha sido
pedido por empréstimo. O homem era pobre e não podia comprar outro machado.
Imediatamente o aprendiz voltou-se para Eliseu pedindo-lhe ajuda. Tendo sabido
onde, aproximadamente caíra a cabeça de metal do instrumento, Eliseu cortou um
pedaço de pau e lançou-o nas águas no lugar exato.
Por meio de um poder miraculoso, isso fez a cabeça de metal do
machado boiar, e ela se pôs a flutuar, perfeitamente visível. Assim tornou-se
fácil tirá-la da água e a tragédia terminou.
OS MILAGRES DE RESTAURAÇÃO:
3.1 – A cura de Naamã
(2Re 5.1-19) – Embora
poderoso e bem sucedido quanto a outros aspectos de sua vida, Naamã, general do
exército da Síria, tinha um ponto fraco que o maculava: era afligido pela temida
lepra. Mas, em um dos assaltos feitos pelas tropas sírias na da terra de Israel
uma pequena menina tinha sido levada cativa e posta exatamente na casa do rei
para servir a sua senhora como escrava.
A
providência divina tinha posto aquela menina na casa de Naamã. A pequena
israelita tinha consciência do poder e da reputação de Eliseu e sabia que ele
podia resolver o problema da enfermidade de Naamã e falou à esposa do general
sírio, o que seria a “salvação” dele.
A
palavra dita pela menina logo se espalhou e por estarem desesperados Naamã e
sua esposa deram ouvido ao que falara a menina. De imediato o próprio Naamã
escreveu uma carta ao rei de Israel solicitando ajuda para encontrar Eliseu; e
ele mesmo foi o portador, acompanhado de guarda-costas armados.
Naamã
seguiu munido de muitos presentes, inclusive metais preciosos equivalente ao
dinheiro hoje, para presentear o rei e encorajá-lo a prestar ajuda e
cooperação. Certamente alguns desses presentes seriam também para Eliseu, visto
que era costumeiro presentear os profetas quando a ajuda deles era buscada.
As
notícias logo chegaram aos ouvidos de Eliseu. Mas Eliseu não deu a menor
atenção à toda aquela pompa, e em lugar de ir pessoalmente ao general enviou um
mensageiro com a receita de como ele devia proceder (2Re 5.10-14). A referida
narrativa nos diz que o orgulhoso Naamã ficou indignado, porém aconselhado por
aqueles que o assistiam, finalmente cedeu à orientação do profeta e foi sarado
completamente.
3.2 – As águas de Jericó (2Re 2.19-22) – Aqui o profeta pede um prato novo contendo sal
dentro do mesmo. Feito isto, Eliseu profetizou que aquelas águas que eram
amargas se tornassem potáveis, segundo a Palavra do Senhor,e o milagre aconteceu através da ação de Eliseu.
- OS MILAGRES DE JULGAMENTO:
4.1 – Maldição dos rapazes (2Re 2.22-25) – Um grupo de jovens por
fazerem zombaria do profeta, foram por ele amaldiçoados em nome do Senhor, e de
imediato apareceram duas ursas que devoraram quarenta e dois deles.
4.2 – A doença
de Geazi (2Re 5.20-27) – Geazi, servo de Eliseu, supunha que a recusa do profeta em aceitar os
presentes de Naamã era uma questão pessoal e resolveu tomar partido da
situação. Por ter um coração cobiçoso, Geazi intentou desvirtuar o ato gracioso
de Deus, visando proveito próprio material.
Nas suas transgressões Geazi,
traiu Eliseu, mentiu a Naamã e a Eliseu e desonrou o nome de Deus. Pela sua
atitude segundo determinação de Eliseu, Geazi herdou a lepra de Naamã, ele e
sua semente para sempre. E saiu Geazi da presença de Eliseu, leproso – branco
como a neve.
IV – CONCLUSÃO
No evangelho conforme
escreveu João, todos os milagres feitos são chamados de sinais. (Jo 2.23; 3.2;
4.54; 6.2, 14, 26, 30; 7.31; 9.16; 10.41; 11.47; 12.18,37; 20.30). São
milagres, porém, são usados para representar a questão de vida.
A palavra traduzida por
“sinais” na versão de Almeida é a mesma palavra “sinais” no grego. Um sinal é
aquilo que significa alguma coisa. Uma luz vermelha, por exemplo, e um sinal
que indica que devemos parar.
Todos os milagres realizados
pelo Senhor Jesus, conforme registrado no evangelho de João, foram não apenas
milagres, porém sinais.
Consultas:
Lições
Bíblicas EBD-CPAD - 1º. Trimestre 2013 – (Comentarista: José Gonçalves).
Bíblia
de Estudo Pentecostal – CPAD
RICHARDS,
Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1. Ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2007
GONÇALVES,
Josué. Porção Dobrada (Uma análise bíblica, teológica e devocional sobre os
ministérios proféticos de Elias e Eliseu). Rio de Janeiro 2012. 1ª. Edição.
CPAD
WISEMAN,
Donald J. 1 e 2Reis – Introdução e Comentário. Inglaterra, 1993. Brasil, 2006.
Série Cultura Bíblica – Editora Vida Nova.
CHAMPLIN.
R. N. O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo.. Editora
Hagnos.
LEE.
Witness. Estudo-Vida de João. São Paulo, 07 de 1987. Edit.Fonte da Vida.
CHAMPLIN.
R. N. Dicionário do Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo..
Editora Hagnos.
Muito bom Pr João Barbosa,lhe admiro muito e o pessoal aqui em fundão fala muito bem do senhor!!! Que Deus continue lhe ebnçoando nesta caminha na área do ensino!!!
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