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sexta-feira, 28 de dezembro de 2012

Malaquias – A Sacralidade da Família - Lição 13 - 4º. Tri. 2012 - EBD CPAD - 30.12.12


Esboço: Escrito por Pr. João Barbosa da Silva          http://nasendadacruz.blogspot.com
 Texto da Lição: Malaquias 1.1; 2.10-16
                           
I   -  OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
  1. Explicar o contexto social, a estrutura e a mensagem do livro de Malaquias.
  2. Reconhecer quais são as implicações de um péssimo relacionamento familiar.
  3. Conscientizar-se que é vontade de Deus vivermos um bom relacionamento na família e na sociedade.
 II  - DESENVOLVIMENTO DO TEMA
A partir da queda de Jerusalém, começamos com Zedequias e os últimos três reis de Judá; chegamos a Nabucodonozor rei da Babilônia; depois, o governo medo-persa, com Dário, Cambises, Xerxes, Artaxerxes, governantes que dominaram Israel. 

Nesse período ainda encontramos o ministério de Jeremias, que durou mais ou menos 60 anos; o ministério de Ezequiel, mais ou menos 34 anos;  o ministério Daniel de aproximadamente 70 anos; o  ministério de Ageu, com apenas pouco mais de dois meses; depois seguiram-se os ministérios de Zacarias, Esdras, Neemias e Malaquias. 

A queda da Babilônia, no tempo de Belsazar, em 539 a.C., é relatada no capítulo cinco de Daniel. Em 538 a.C., os judeus são libertados e, em 536 a. C., um primeiro grupo deles retorna a Israel conduzidos por Zorobabel e o sumo sacerdote Josué.

Começa então o trabalho de reconstrução do templo, e ao povo ensina-se como adorar o Senhor. Segue-se a interrupção da reconstrução do templo, a morte de Ciro  e as revoluções no reino persa. Em 520 a.C., é retomada a reconstrução do templo, com Dário no poder. O término da reconstrução do tempo acontece em 516 a.C., depois disso, Zacarias escreve os capítulos 9 – 14 do seu livro.

Na época de Xerxes vamos encontrar a rainha Ester. Segue-se o reinado de Artaxerxes, com a presença do sumo sacerdote Esdras, e a chegado do segundo grupo de judeus em 464 a.C. Finalmente, os muros de Jerusalém são reconstruídos por Neemias.

É nesse contexto que tem início o ministério de Malaquias, aproximadamente 100 anos após o reinício da reconstrução do templo. Os profetas que o precederam, Ageu e Zacarias, levaram o povo ao arrependimento e a dar primazia para a adoração. 

Houve um despertamento espiritual, e as bênçãos da adoração, que fora restaurada plenamente, vieram a reconstrução do templo.

Após os ministérios de Ageu e Zacarias e o final do ministério de Zorobabel e o sacerdote Josué veio o ministério de Esdras, juntamente com a chegada do segundo grupo dos cativos, com registrado nos capítulos 7 – 10 do livro de Esdras. 

Seguiu-se o ministério de Neemias, que deu início à reconstrução dos muros, em 445 a.C., como descrito dos capítulos 1 – 6 do livro de Neemias. As reformas e a organização civil e religiosa são apresentadas nos capítulos 7 – 12.

Apesar de todo o avivamento observado nesse contexto, vamos encontrar o povo dos dias de Malaquias, em condições religiosas deploráveis, rejeitando o ensino literal da palavra. Caíram moralmente na corrupção da boa conduta que a lei pedia.

Socialmente, as famílias estavam em ruínas tanto espiritual como moral e viviam uma intensa crise econômica. O povo tinha perdido rapidamente o espírito de gratidão e de temor ao Senhor.

O nome do profeta significa: meu mensageiro ou meu embaixador. Malaquias falava em nome do Senhor Jeová Tsabaot – Senhor dos Exércitos (Ml 1.1-5; 1.6; 4.6). Malaquias não teve visões como tiveram Ageu e Zacarias, também como eles, não precisou reconstruir o templo. Ele veio para corrigir a adoração corrompida que tinha a ver com a futura vinda do Messias como nos capítulos 3. 1-6 e 4.1-6.

Malaquias pronunciou seis oráculos ou mensagens de advertências.

Primeiro oráculo ou mensagem de advertência (Ml 1.1-5), Nesse primeiro oráculo ou denúncia ele revela a ingratidão do povo ao amor imutável do Senhor. Esses cinco primeiros versículos apresentam a primeira denúncia ou oráculo do profeta e está  relacionada  com a falta de reconhecimento do amor de Deus por Israel.

Embora os edomitas tivessem zombado de Judá quando esteve no cativeiro, posteriormente eles foram destruídos por Nabucodonozor para nunca mais serem nação, enquanto Israel foi trazido de volta por Deus e estava na terra novamente. Esta era a prova do amor de Deus para com eles.

Quando Malaquias fala de peso não tem o mesmo sentido da palavra em Naun 1.1, nem peso como é descrito em Isaias 13 – 33, que falava de juízo e destruição. Mas em Malaquias, peso significava apresentar o irrevogável amor de Deus para aquela geração e mostrar que Jeová Tsabaot almejava tirar a nação do estado de miséria em que se encontrava e conduzí-los à vitória.

O fracasso do povo era resultado de sua falta em não corresponder ao amor do Senhor, como deveria ser correspondido por intermédio da verdadeira adoração a Deus. Os israelitas estavam praticando uma forma de adoração corrupta – denunciava o profeta Malaquias.

Segundo e terceiro oráculos ou denúncias (Ml 1.6 – 2.10-16). O texto está dividido da seguinte forma:

1ª parte – a) as denúncias do profeta (Ml 1.6,7); Apesar de tudo, o Senhor continuava demonstrando seu amor aos sacerdotes. Os oráculos dirigidos a eles poderiam até soar absurdos, mas era através deles que o Senhor poderia mostrar seu desejo intenso em socorrê-los para depois abençoá-los.

b) a descrição dos atos sacerdotais (Ml 1.8,9); O texto trata das provas que caracterizavam a forma como os sacerdotes apresentavam os animais para o sacrifício, ou na recepção deles levados pelo povo para o sacrifício, sem que houvesse restrição ao ensino – ao oferecer um animal com defeito os sacerdotes estavam sujeitos à morte conforme (Lv 20.22-25) porque estavam violando a lei da adoração.

c) o desagrado do Senhor (Ml 1.10,11); Esse texto trata das consequências da adoração corrupta que o povo e os sacerdotes praticavam tendo em vista o que iria acontecer na verdadeira adoração universal do futuro reino de Deus. 

O desagrado do Senhor era em ver o lugar da adoração profanado e a prática de  sacrilégios levaram-no a declarar sua total rejeição à essa prática de adoração corrupta.

d) o desacato dos sacerdotes (Ml 1.12,13); Esses versículos abordam as palavras e atitude que os sacerdotes manifestavam no serviço de adoração corrupta que praticavam. As suas ações haviam sido denunciadas nos versículos 8 e 9. Agora as suas palavras e atitudes são alvo das denúncias. 

A profanação dos sacerdotes estava também em suas próprias palavras: “Mas vós o profanais, quando dizeis: a mesa do Senhor é imunda, e o que nela se oferece, isto é, a sua comida desprezível”. Desprezível é idêntico o que já foi dito em Ml 1.6, ou seja, os sacerdotes estavam tratando seu ofício sacerdotal em forma de zombaria.

e) os defraudadores da adoração (Ml 1.14); Trata-se das penalidades aos infratores da lei da adoração. Agora, o adorador corrupto é chamado de enganador, seja ele sacerdote ou qualquer pessoa do povo que traga suas ofertas de adoração devida a um voto feito. Salomão fez uma severa advertência aos que fazem votos e não o cumprem:

“...Cumpre o voto que fizeres, melhor é que não votes do que votes e não cumpras” (Ec 5.4.5). “Pois maldito seja o enganador que tendo um animal sadio no seu rebanho, promete e oferece ao Senhor um defeituoso” (Ml 1.14). Cumprir o voto através de uma trapaça era escolher um animal defeituoso do seu rebanho em lugar de um sadio.

2ª parte – a) a advertência anunciada (Ml 2.1-3); Após ter denunciado a ingratidão do povo, a profanação e sacrilégios, bem como o espírito mercenário dos sacerdotes, juntamente com a fraude dos atos simbólicos de adoração, devido aos votos dos adoradores, agora a primeira palavra do capítulo 2 revela as advertências dirigidas aos sacerdotes.

“Agora, ó sacerdotes, para vós outros este mandamento”. Mandamento é uma ordem para considerar o tempo e as condições em que viviam. Trata com os sacerdotes sob as ameaças de punição da lei. Se, de um lado, é uma ameaça, por outro lado, é o amor de Deus revelado aos sacerdotes apóstatas. O Senhor não deseja punir, mas se regozija em ver o arrependimento.

“Se, não ouvirdes e se não propuserdes no vosso coração dar honra ao meu nome, diz Jeová Tsabaot: enviarei sobre vós a maldição e amaldiçoarei vossas bênçãos”. Se a apostasia é progressiva, a correção e juízo também o são. Começa com os que têm mais responsabilidade. “Mas àquele a quem muito foi dado muito lhe será exigido; e àquele a quem muito se confia,muito mais lhe pedirão” (Lc 12.48).

Os sacerdotes estão debaixo do regime da lei (Lv 26.14-16). E deveriam retornar à lei, entendê-la e aplicá-la, caso contrário haveria disciplina. Assim, as bênçãos da Aliança da terra passavam pela fidelidade sacerdotal e em seguida alcançavam o povo.

b) a aliança de Levi avaliada. (Ml 2.4-7); Ao comparar o padrão espiritual que os sacerdotes tinham perdido, com aquele que precisava ser restaurado, Malaquias demonstra o contraste entre a conduta, dedicação e fidelidade dos sacerdotes no passado e o comportamento da geração dos sacerdotes dos seus dias.

“Então sabereis que eu vos enviei estes mandamentos, para que a minha aliança continue com Levi” (Ml 2.4). Esta é uma aliança de vida e paz. É uma referência ao que foi concedida a Finéias e aos seus descendentes na planície de Moabe (Nm 25.10-13).
 
c) A atuação sacerdotal corrompida (Ml 2.8,9) O profeta denuncia e condena como de forma tão depressa os sacerdotes se desviaram do caminho que lhes tinha sido ordenado, que era o afastamento das normas de adoração e serviço que a lei requeria. A fidelidade ao caminho estava em não se desviar das instruções nem para a direita nem para a esquerda (Dt 5.32).

d) A deslealdade do povo (Ml 2.10) O propósito da criação de Israel era proclamar o louvor do Senhor entre as nações. Esta é a razão pela qual Israel existia – mas eles não cumpriam com este propósito (Ml 2.10; Is 43.1,7,21).

Quarto oráculo ou denúncia (Ml 2.3-16); A deslealdade do casamento. A consequência de todos os desvios da observância da lei do Senhor trouxe como consequência a deslealdade no casamento. As mulheres judias divorciadas e abandonadas pelos seus maridos com seus filhos quando adoravam no templo, elas pediam justiça pelos atos injustos de seus ex-maridos.

A adoração delas impedia a adoração de seus maridos divorciados. De sorte que, Deus já não olhava para as ofertas deles porque desconsideravam ao Senhor. Os ex-maridos eram os causadores das lágrimas. E a causa da aliança de casamento quebrada. E perguntavam por que (Ml 2.14).

Porque esses divorciados fossem eles sacerdotes ou não, deveriam ter consciência de seus atos para com a nação, a família e também diante do Senhor. Eles eram culpados de trair a aliança de casamento “Porque o Senhor foi testemunha da aliança entre ti e a mulher da tua mocidade com a qual fostes desleal”. 

Eles eram desleais porque as mulheres companheiras das bênçãos e sofrimentos e das decisões de seus maridos diante dos negócios desta vida, ela era sua companheira nas doenças e na saúde.

Ela era a companheira dada pelo Senhor ao homes “Mulher da tua aliança” é a outra base para explicar a deslealdade do marido à sua esposa. Ela fora a escolhida dentro da aliança do Senhor, razão porque o Senhor foi testemunha.

A Bíblia não trata um casamento como um contrato, e sim como uma aliança. O contrato é temporário; a aliança é permanente. A deslealdade é assim considerada, primeiramente por se tratar de uma aliança que não podia ser quebrada. 

Eles deixavam a mulher da sua mocidade para unir-se a uma gentia fora da aliança do Senhor. Era uma dupla deslealdade contra a esposa e contra a aliança do Senhor.

Quinto oráculo ou denúncia (Ml 3.7) A quinta denúncia apresenta a forma como a nação se desviou dos caminhos do Senhor, visto ser esta uma tendência da nação de Israel que continua desde o êxito até hoje em abandonar a lei do Senhor.

Mesmo assim o Senhor sempre proporciona ao povo sua graciosa oferta de reconciliação com Deus. “Tornai-vos para mim, e eu tornarei para vós outros, diz o Senhor dos exércitos” (Ml 3.7). É o amor incondicional de Deus solicitando e apelando para que haja o retorno à sua Palavra.

Sexto oráculo (Ml 3.8-12); Roubo – “Roubaria o homem a Deus¿ Esta pergunta parece um absurdo em termos universais, mas para Israel, é válida e possível devido à aliança mosaica que ainda estava em vigor. “Roubar” – é kaba (hb) significa defraudar (Pv 22.22).

A Bíblia sempre mostrou que tudo na criação está a disposição do homem, mas toda ela é do Senhor. “Ao Senhor pertence a terra de tudo que nela se contém, o mundo e os que nele habitam (Sl 24.1). “Pois são meus todos os animais do bosque e as alimarias aos milhares sobre as montanhas” (Sl 50.10).

Todavia, entre as nações do mundo antigo somente Israel é que deveria dizimar, reconhecendo dessa maneira o possuidor de todas as coisas através da adoração mosaica. Em que o povo roubava a Deus¿

“Nos dízimos e nas ofertas”. Por terem negligenciado o ensino da lei, os sacerdotes e o povo se tornaram culpados debaixo da lei e por conseguinte da aliança, por isso estavam debaixo da sua disciplina. Estavam roubando ao Senhor.

Há vários tipos de dízimos. Não se trata apenas de um décimo do que se ganha numa só atividade, e sim de um processo de dizimar as várias etapas de sua produção agro-pastoril, além das ofertas. O resultado apontado por essa denúncia estava na falta de prosperidade do povo: 

“Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais vós toda a nação” (Ml 3.9). O método da lei era primeiro prometer; depois, obedecer. Então, receber bênção. A falha em dar os dízimos impedia as bênçãos da lei tanto individualmente como nacionalmente.

“Todos os dízimos” é um processo de dizimar mediante cada etapa de uma produção ou de uma negociação (Lv 27.30,32; Dt 14.22). Os levitas dizimavam o que recebiam em suas cidades e davam ao sacerdote no templo (Nm 18.28,29).  

Há um dízimo que era recolhido a cada três anos, que todos os judeus mantinham guardados em sua casa para ampararem os levitas, os órfãos, o estrangeiro, e as viúvas que residiam em sua cidade. “Comerão, e se fartarão” (Dt 14.28,29).

Ainda existiam os dízimos que eram levados ao templo por ocasião das festas de Israel (Dt 14.22-27). Desse modo podemos observar que pela lei de Moisés, o dízimo significava dez por cento das várias etapas de produção. 

O povo tinha, pois, que ficar atento e recolhê-lo sobre a lei. De tudo que deveria ser dizimado alguns estudiosos chegaram à conclusão de que os dízimos não eram simplesmente dez por cento e sim, aproximadamente de vinte e seis a trinta e seis da produção total. 

“Então, provai nisto diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas dos céus e não derramar sobre vós bênçãos sem medidas” (Ml 3.10).
III – CONCLUSÃO

O ensino das epístolas para a igreja:

a) O ato de ofertar vem do desejo de cada crente (2 Co 9.7,11,12); cheio de alegria e na base da graça e não da lei (2 Co 8.7,8).

 b) As doações devem ser sistemáticas (1Co 16,2), e voluntárias (2Co 8.12); e como prova de amor ao Senhor (2 Co 8.8; 9.1,2,5,7).

c) As recompensas para o doador chegam com alegria (2Co 8.2).

d) Os que semeiam com liberalidade terão abundância de bênçãos (2Co 9.6-11).

e) As doações poderão ser dirigidas principalmente para aqueles que trabalham no campo missionário (Fl 14.19; Gl 6.6; At 4.32-35).

Consultas:
Lições Bíblicas EBD-CPAD - 4º. Trimestre 2012 – (Comentarista: Esequias Soares).

COELHO, Alexandre e DANIEL, Silas. Os Doze Profetas Menores. Rio de Janeiro, 2012.. CPAD

Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD

FILHO, Isaltino Gomes Coelho. Ageu: Nosso Contemporâneo. Rio de Janeiro, 1991. Editora Juerp.

Bíblia de Estudo de Genebra – Editora Cultura Cristã – Soc. Bíblica do Brasil

CHAMPLIN. R. N. O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo.. Editora Hagnos.

CHAMPLIN. R. N. Dicionário do Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo.. Editora Hagnos.

RICHARDS Lawrence. Comentário Bíblico do Professor. 3ª. Imp. São Paulo. 2010 Editora Vida.
Grandes Doutrinas da Bíblia Vol.1. 1ª. Edição em Português. São Paulo. 1997. Edit. PES.

segunda-feira, 24 de dezembro de 2012

Natal 2012 - Verdades Mitos e Ritos



Natal 2008 - ADM Odivelas-Portugal
Texto Bíblico Chave
“E subiu da Galiléia também José, da cidade Nazaré à Judeia..... a fim de alistar-se com Maria, sua mulher que estava grávida..... E deu à luz o seu filho primogênito, e envolveu-o em panos, e deitou-o numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na estalagem.......”
 (Lc 2.4,5,7).
O Natal é um fato histórico, bíblico e cultural. Apesar disso não é correto afirmar que o Natal teve uma origem pagã. A origem do Natal é o nascimento de Cristo.
Antes de se comemorarem o Natal em 25 de dezembro, essa comemoração já acontecia em 2 de janeiro até o século terceiro, por ordem de Hipólito, bispo romano, apesar de comunidades em regiões diferentes fazerem suas comemorações natalinas em outras datas.
Dessa forma, 6 de janeiro, 25 e 28 de março, 18 e 19 de abril e 20 de maio eram datas natalinas em variadas localidades cristãs. Em continuidade, com o passar dos tempos e o crescimento do cristianismo, as autoridades eclesiásticas definiram uma data única, aproveitando-se uma tradição já existente em Roma.
Foi a partir do ano 354 d.C., que o dia 25 de dezembro ficou definitivamente no calendário mundial como o Dia de Natal, uma idéia aplicada pelos líderes do cristianismo para ofuscar o paganismo, haja vista ser uma ameaça que rivalizava com o cristianismo em popularidade.
Estrategicamente os cristãos substituíram o foco do culto, transferindo a adoração a Mitra e as homenagens a Saturno, pela importância contemplativa do menino Jesus na manjedoura e a alegria de ter nascido o Salvador dos homens. Como em todo fato histórico as dificuldades de se precisar com exatidão se fazem presentes, mas o importante é que o cristianismo sobrepujou o paganismo e a verdade do nascimento de Cristo prevaleceu entre os povos, inclusive, os não-cristãos, dando uma prova infalível de que Deus está no controle da história, independente da festa.
É de opinião de alguns estudiosos que a exuberante simbologia do Natal possa escurecer o seu verdadeiro sentido. Para muitas pessoas, a palavra Natal de forma geral, lembra uma infinidade de tradições, menos o nascimento do Senhor Jesus e as transformações que ele pode operar no coração dos homens.
Não podemos entender que esta secularização deva ser extinta, nem que as festas não deveriam acontecer, pois não podemos arrancá-las do seio da humanidade. É verdadeiro que há um lado bom em todos esses costumes e rituais, principalmente no que se diz respeito à fraternidade que se torna mais acentuada na época do Natal.
Evidentemente não podemos medir a espiritualidade do Natal nas pessoas pelos enfeites natalinos de suas casas nem pela ceia farta no dia 25 de dezembro, mas é também inegável, que para muitos o natal se resume nisso, além do mercantilismo exacerbado que o espírito natalino promove unindo o secular ao religioso.
Nossa Neta Gabriely - no Porto-Portugal em 2011
A árvore de Natal e os magos no presépio fazem parte das tradições natalinas, sendo que a adoração dos magos na manjedoura é um mito.
Conforme o relato de Mateus 2, observamos que quando os magos visitaram Jesus, encontraram o menino na casa, e não na manjedoura, conforme o relato de (Mt 2.1,10,11).
– “E tendo nascido Jesus em Belém da Judéia, no tempo do rei Herodes, eis que uns magos vieram do Oriente a Jerusalém ...... E vendo eles a estrela, alegraram-se com grande júbilo. 
E, entrando na casa, acharam o menino com Maria, sua mãe, e, prostrando-se, o adoraram; e, abrindo os seus tesouros, lhes ofertaram dádivas: ouro, incenso e mirra”.



Portanto, quando os magos visitaram Jesus, ele não estava mais na manjedoura, mas, morava com sua família numa casa.
A literatura ocultista dá muito ênfase em divulgar a história de que os magos eram três reis governantes de monarquias existentes à Oriente da Palestina, privilegiados pelo poder, pelas riquezas a quem era atribuído poderes secretos, haja vista cada um deles terem a sua saga contando como e porque saíram de seus reinos para adorarem um menino pobre, mas que, misteriosamente, sabiam referir-se ao Rei dos Judeus; embora a pequena cidade onde Jesus nasceu,não merecesse nenhuma atenção especial para monarcas estrangeiros.
Santa Claus, São Nicolau, Papai Noel ou o Pai Natal, como é conhecido na Europa, é um dos principais símbolos do Natal. Essa figura geralmente muito gorda, barbuda e vestida de vermelho, ostentando na cabeça um gorro com um pompom na ponta, é utilizada mundialmente como um trampolim comercial. Papai Noel é um mito, senhor de muitas lendas.
A mais conhecida delas é a que estabelece sua origem em São Nicolau. Esse religioso que viveu na Turquia, realmente existiu e os historiadores se inspiram nele para o mito da figura Papai Noel, porque costumava presentear as crianças na época do Natal.
Ele nasceu entre os anos 270 e 280 d.C, e morreu entre 342 e 350. O mitológico Papai Noel surgiu na Holanda no século dezenove. Ele colocava o presente no sapatinho das crianças após deslizar pelas chaminés das casas.
Em Nova Iorque a lenda caiu no gosto dos americanos, que acrescentaram novidades á vida do chamado bom velhinho Nicolau, com o trenó puxado por renas, um animal do gelo, que tem aparência e porte de um veado.
Não se deve transferir as honras e a glória do aniversariante – Jesus Cristo, para o lendário Papai Noel, que nunca existiu e é uma figura mítica que confunde a cabeça das crianças, alimentando-lhes a crença em algo não reconhecido pelo testemunho irrefutável da história.
Jesus veio ao mundo para levar em si mesmo os pecados do homem e reconduzi-los à presença de Deus. Como Salvador, ele é também, Senhor e, como tal deve receber toda a honra e adoração e louvor pelos séculos dos séculos.
Presenteemos nossos entes querido no Natal, mas não esqueçamos também de ensiná-los que a glória e a honra são de Jesus, o maior presente que a humanidade recebeu em toda sua história.
O Presépio, é um dos símbolos mais humildes do Natal, mas que o encontramos pelo mundo afora, desde os mais sofisticados até os mais simples, montados em recintos diversos. O costume da montagem de presépios surgiu em 1224.
A Árvore de Natal, é um dos símbolos de origem mais controvertidas; milhares de lendas cercam esse costume que remonta ao século dezesseis. A versão mais tradicional desse costume natalino envolve Martinho Lutero.
Conta-se que o reformador alemão ao passar por um bosque, ficou extasiado ante a beleza das estrelas brilhando entre os ramos dos pinheirais, e impressionado, teria tentado reproduzir a cena em sua casa, acendendo velas entre as ramagens dessa árvore.
No entanto não há muita convicção quanto à veracidade desse fato, que talvez tenha surgido na esteira da Reforma protestante, com o intuito de unir os divisionistas em torna da simbologia do natal, estancando o afastamento total das festas em comemoração ao nascimento de Jesus Cristo.
Outros símbolos natalinos são os presentes, 



representando a grande oferta feita por Deus a humanidade: seu próprio filho, Jesus. 





Presentear é o gesto mais significativo do Natal. 
Thiago Aprende a Gostar de Ler enquanto procura
nos jornais o presente de Natal para  o Vovô e a Vovó



E' e o costume responsável por essa atmosfera especial de festas não observadas em outras épocas do ano.
A coroa e a guirlanda é um símbolo bonito do Natal, tendo porém uma simbologia oculta. Em seu significado oculto, as Coroas e Guirlandas tinham função terapêutica e mágica, entre os índios norte americanos servindo de proteção contra os maus espíritos.


A coroa pode representar a realeza de Jesus; representa também o mérito e a vitória. Os esotéricos através de suas práticas ocultas acreditam também que elas representam a união com Deus.
Os Cartões de Natal, a exemplo de outros costumes natalinos, ninguém sabe exatamente a sua origem, onde e quando começou a prática dos Cartões de Natal.
Uma tradição diz que ele pode ter surgido na Inglaterra em 1843. 

A Inglaterra e os países de língua inglesa foram os pioneiros nessa prática que, expandiu-se para a Europa e o resto do mundo.
A Ceia de Natal é a mais solene das celebrações natalinas desde os primeiros momentos de sua origem. Nos tempos do paganismo o povo comia e bebia enquanto duravam as festividades, não só das Saturnálias, festa substituída pelo Natal, mas todas as festas em honra aos deuses que eram regadas a bom vinho e altos banquetes.
Quando estas festas foram cristianizadas, outras atividades substituíram as comilanças, aparecendo os programas religiosos como prioridade.
Os Sinos: antigamente era comum às igrejas tocarem sinos várias vezes ao dia, não só para anunciar as missas, mas também um convite para ofícios fúnebres, convocar o povo para reuniões ou anunciar perigos.
Na ocasião do Natal os sinos anunciavam a alegria da humanidade pelo nascimento do Salvador Jesus Cristo.
Também um dos símbolos muito importantes é a inspirada cantata “Noite Feliz”, surgida em 1818, na pequena aldeia de Arnsdorf, próxima aos Alpes austríacos. 


Noite Feliz é a canção que infalivelmente enche as noites do Natal de alegria e regozijo pelo nascimento do Salvador.

À luz da Bíblia, podemos conhecer o nascimento de Jesus e o que de fato aconteceu naquela noite (Mt 2). Passando pelo livro de João 1.14, podemos encontrar a mais perfeita descrição do nascimento de Jesus que afirma ter ele vindo para fazer resplandecer a luz de Deus nas trevas da ignorância espiritual, mas as trevas não compreenderam essa luz.
No verso 7 está escrito que ele veio para revelar o Pai, para que os homens cressem em Deus através dele. Então Jesus não é uma pessoa qualquer cuja data de nascimento precisasse ser registrada num cartório (Lc 2.1-5).
Parabéns à Maria Vitória - Um milagre no Natal como presente para toda a família
completando seu primeiro aninho dezembro 2012 com um Culto em Ações de Graça após ter vindo ao mundo no sexto mês de gestação (2011) com apenas 1k e pouqinhas gramas
Glória ao Rei Jesus nascido também no Natal!
Da mesma forma Jesus não tem uma data natalícia, ele veio ao mundo por sua espontânea vontade, não nasceu no mundo como o homem comum. Ele mesmo disse que não era desse mundo (Jo 17.36).
Visita de nossos filhos, genro, nora e neta à Missão em Portugal
Finalmente, o Natal em nossos dias é festejado mais como resultado da tradição do que pela certeza do seu real significado. É uma ocasião apropriada para se rever os amigos, fazer viagens e passeios entre outras atividades de lazer.

Duende
Mesmo considerando suas origens as comemorações do Natal não podem ser apontadas como pecado, 




a não ser os excessos como por exemplo os Duendes, 



Gnomo
Gnomos e 
Papais Noel nas árvores de Natal que devem ser evitados por fazerem parte das teorias do imaginário e 




Gnomos
tudo que faz parte do universo esotérico e de igual modo as guirlandas.


A Bíblia nada diz a respeito das festas natalinas a não ser que o nascimento de Jesus foi numa noite de muita alegria, e também não diz se os cristãos devem ou não festejar o Natal. 
Por isso não é justo condenar os que participam das festas nem taxar de ignorantes os que não o fazem, ficando a cristandade livre para escolher o que deve ou não fazer.
Um dos maiores equívocos cometidos pelos cristãos e evangélicos de forma geral, é incluir o Papai Noel nas festividades natalinas. Deus não dá a outro sua glória porque ela foi concedida exclusivamente a Jesus Cristo pelo seu sacrifício na cruz do calvário.
“Portanto, quer comais quer bebais, ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (1 Co 11.31).

Fontes:
MILTOM, S. V. Festas Populares e suas Origens. A.D.Santos Editora – Novembro de 2003
ALMEIDA, Abraão de. Babilônia, Ontem e Hoje. CPAD – 2ª ED, 1982.
Wikipaedia
Bíblias: Estudo Pentecostal (CPAD)  
              Estudo de Genebra (Edit.Cultura Cristã e Soc. Bíblica do Brasil)
              A Bíblia em Ordem Cronológica – Edit.Vida

domingo, 23 de dezembro de 2012

EM 2013 ACEITA O DESAFIO

A CADA ANO QUE PASSA UM NOVO DESAFIO
ANDANDO DE VALOR EM VALOR
 SEMPRE SEGUINDO A JESUS O SENHOR

Em 2013, nós 
esperamos ajudar ainda mais pessoas na busca pela qualidade de vida, através do ensino da Palavra de Deus.



E para você que já participa dessa busca junto com o
NA SENDA A CRUZ, queremos lhe desejar 
Feliz Natal e um
 Ano Novo
De muita paz, alegria e felicidade

Na doce companhia do Espírito Santo!


SUCESSO PARA VOCÊ EM 2013

sábado, 22 de dezembro de 2012


Zacarias – O Reinado Messiânico
Lição 12 -  4º. Tri. 2012 - EBD CPAD - 23.12.12
Esboço: Escrito por Pr. João Barbosa da Silva
            http://nasendadacruz.blogspot.com
 Texto da Lição: Zacarias 1.1; 8.1-3, 20-23
                           
I   -  OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
  1. Compreender a estrutura e a mensagem do livro de Zacarias.
  2.  Explicar a promessa de restauração da nação.  
  3. Saber que o reino messiânico é real.

II  - DESENVOLVIMENTO DO TEMA
Muitos estudiosos da Bíblia consideram o livro de Zacarias como uma continuação das profecias de Ageu. A primeira proclamação feita pelo profeta Zacarias foi um mês antes da última proclamação de Ageu (Ag 2.10; Zc 1.1).

Esdras refere-se a Ageu e Zacarias como se fosse contemporâneo e também colaboradores um do outro (Ed 5.1). A primeira mensagem de Zacarias foi para exortar a comunidade dos remanescentes em Jerusalém a arrepender-se e obedecer ao Senhor, que lhes dera a incumbência de reconstruir o templo e iniciar o culto como ensinado por Moisés nos seus escritos.

Pouco se sabe a respeito de Zacarias. Ele era de família sacerdotal. Neto do sacerdote Ido, cujo filho, Baraquias, pai de Zacarias, nunca é citado como sacerdote. Por isso, supõe-se que Baraquias tinha morrido ainda jovem e Zacarias provavelmente foi criado por seu avô com quem subiu do exílio babilônico no edito de Ciro – o persa, em 539 a.C.

Assim como Jeremias e Ezequiel Zacarias também era sacerdote e profeta. Daí entendermos o seu grande interesse no templo. Zacarias era provavelmente jovem quando começou o seu ministério profético e o profeta Ageu já era um ancião.

Deduz-se que Zacarias era jovem pelo livro de Neemias, pois Ido seu avô era um dos sacerdotes que regressara a Jerusalém com Zorobabel (Ne 12.4). E ainda exercia plenamente o ofício sacerdotal quando Zacarias começou seu ministério profético, portanto, ainda muito jovem.

O livro de Zacarias divide-se em três partes distintas:
Capítulos 1 a 6 apresentam as visões do jovem profeta; capítulos 7 e 8 apresentam um interlúdio histórico e os capítulos de 9 a 14 apresentam profecias escatológicas de gênero apocalíptico. Nos primeiros seis capítulos também contêm aspectos apocalípticos.

Zacarias, como Ageu, fala não apenas sobre a condição atual da terra, mas também da condição futura. Alguns aspectos das visões dizem respeito ao futuro reino messiânico, particularmente na promessa do Messias que virá (Zc 3.8-10). Zacarias ensinou que o Messias combinaria as funções de sacerdote e rei em uma só pessoa (Zc 3.8; 6.12,13), e que ele seria o próprio Senhor (Zc 12.10; 13.7).

Zacarias afirmou claramente que Yahweh seria “rei sobre toda a terra” (Zc 14.9; 2.10-12; 8.20-23). Mas também declarou que o representante messiânico do Senhor será rei (Zc 9.9.10; 3.8; 6.12,13; 11.14; 13.7). Zacarias também anunciou a obra de Jesus Cristo sobre a cruz, enfatizando a rejeição do representante de Deus (Zc 11.4-13) e a subsequente necessidade de purificação na terra (Zc 2.10 – 13.1).

Zacarias exerceu o seu ministério profético em Jerusalém no pós-exílio tanto como sacerdote quanto profeta. As profecias do capítulo 1 a 6 aconteceram no período de 520 a.C – 518 a.C. Período de reinício da reconstrução do templo.

Essas mensagens alinham-se ao propósito das profecias de Ageu que era de encorajar os cerca de cento e cinquenta mil judeus remanescentes do exílio a persistirem na reconstrução da casa do Senhor. Neste período, Zacarias estava trabalhando junto com o profeta Ageu.

O tempo exato em que Zacarias recebeu as visões é informado: Vigésimo quarto dia do décimo primeiro mês, no segundo ano do reinado de Dario (Zc 1.7). Isto quer dizer que, precisamente dois meses depois das duas últimas mensagens proféticas de Ageu (Ag 2.10,20), Zacarias profetizou de novo (Zc 1.7).

A mensagem geral que Zacarias recebeu por meio das visões era para encorajar o remanescente de Jerusalém, repetir as promessas que Ageu tinha feito e acrescentar uma compreensão adicional dos propósitos e planos compactuais de Yahweh. O resultado desejado era de que eles com ânimo e esperança continuassem a reconstrução do templo e estabelecessem o culto e o serviço de Yahweh.

A primeira visão noturna é a do cavaleiro e seus cavalos (Zc 1.7-17) e representa os povos e nações em repouso e em paz (Zc 1.11). O anjo de Yahweh intercedendo e a resposta de Yahweh que o templo e a cidade serão reconstruídos.

A segunda visão é a dos quatro chifres e dos quatro ferreiros (Zc 1.18-21), fala do juízo de Deus sobre os opressores de Judá e de Israel. Alguns crêem que os ferreiros representam quatro impérios que se levantariam contra os quatro chifres, isto é, contra cidades que se excederam em suas ações contra os reinos do norte e do sul. Chifres, na Bíblia, são símbolos de força e poder e os ferreiros representam instrumentos de Deus para quebrar os opressores do seu povo.

A terceira visão representa o reino de Yahweh, Jerusalém como cidade sem muro e expandindo-se por toda a terra (Zc 2.1-13). A visão do homem que carregava um cordel de medir refere-se à reconstrução de Jerusalém. Os poucos remanescentes que voltaram do exílio se tornariam no futuro uma grande multidão.

Esse crescimento representado nesta visão pela ausência de muros, que simboliza a incapacidade da cidade de conter a multidão que surgiria (Zc 2.4). Quanto a proteção da cidade, Deus seria um muro de fogo para proteger o seu povo nessa fase de reconstrução (Zc 2.5).

A quarta visão é uma proclamação expressa sobre o perdão e a purificação da comunidade remanescente, destacando o papel do servo do sumo sacerdote Josué e dos demais sacerdotes em relação à casa davídica. Nesta visão encontramos a defesa divina às acusações de Satanás contra o sacerdote Josué e a justificação deste por Deus (Zc 3.1-10).

A visão revela a purificação do remanescente povo judeu que retornou do cativeiro representado aqui pelo sumo sacerdote Josué. As vestes sujas do sacerdote falam do pecado do povo (Zc 3.3). O ser “tição tirado do fogo” (Zc 3.2) é uma alusão às privações sofridas durante o exílio babilônico dos quais o povo sobreviveu para viver a reconstrução do templo.

As vestes novas do sacerdote que substituíram as vestes sujas (Zc 3.4,5) são um sinal da nova realidade que Israel passaria espiritualmente ao ser santificada por Jeová. Mas para que Israel pudesse experimentar plenamente essas bênçãos deveriam observar as ordenanças divinas.

Essa purificação pela qual o povo passaria, prefigura uma purificação ainda maior, que ocorrerá durante o reino do Messias, que é chamado nesta visão de “servo do Senhor” e “ o renovo” (Zc 3.8). A pedra única sobre a qual se encontra sete óleos é uma referência à plenitude do conhecimento e da sabedoria (Zc 3.9).

Esses sete olhos lembram os sete olhos do cordeiro manifestados em uma visão específica de Apocalipse e apontam para a perfeição do saber, e para a onisciência de Cristo (Ap 5.6). A obra expiatória do Cordeiro é que garante o fim da iniquidade da terra um dia (Zc 3.9). No reino do Messias haverá comunhão plena e paz.

A quinta visão é a do castiçal de ouro e das sete lâmpadas (Zc 4.14). Fala da ação do Espírito Santo sobre a vida de Zorobabel e do sumo sacerdote Josué, aqui representados por duas oliveiras (Zc 4.3,11-14) pelo poder do Espírito Santo (Zc 4.6). Eles levariam adiante a obra de reconstrução do templo simbolizado aqui pelo castiçal de ouro e conduziria o povo segundo a vontade de Deus.

Se na visão de Apocalipse 1 os castiçais representam igrejas, as sete comunidades da Ásia Menor (Ap 1.20), na visão de Zacarias o castiçal representa a casa do Senhor, o templo (Zc 4.2,9). Se na profecia de Ageu 2.3-7 onde o profeta anima o povo para a reconstrução do templo ressaltando que, apesar de o segundo edifício ser muito simples e relação ao original (templo de Salomão), ele receberia a glória de Deus. Nesta visão Zacarias chama a atenção do povo para a valorização “do dia das coisas pequenas” (Zc 4.10). Aquela simples obra seria abençoada por Deus.

Sexta visão – A visão do rolo voante (Zc 5.1-4). É uma advertência sobre a inexorabilidade do castigo de Deus sobre os judeus que fossem infiéis entre os remanescentes. Esse castigo só seria manifestado após a reconstrução do templo.

A sétima visão é a da mulher e do efa – (Zc 5.5-11). A maioria dos expositores bíblicos acredita que a visão seja uma referência a um castigo que virá em tempo remoto, e acontecerá no final dos tempos, onde Sinar, que é Babilônia, representa o governo mundial do Anticristo.

A mulher desta visão tipifica o pecado da idolatria; o efa, ou o que ela carrega, representa todo tipo de impiedade (Zc 5.8). Efa ou cesto era uma medida judaica utilizada para grãos.

A oitava é a visão dos quatro carros (Zc 6.1-8). Os carros simbolizam a rapidez e o tamanho do julgamento divino sobre os antigos opressores de Israel. Essa visão é dada ao sacerdote e profeta Zacarias para que faça coroas com ouro e prata para que seja colocada na cabeça do sumo sacerdote Josué que lideraria a reconstrução do templo e do culto no templo tipificando o Messias que haveria de vir e que seria rei e sumo sacerdote perfeito do povo (Zc 6.12).

A reconstrução do templo, liderada por Josué e Zorobabel representam a reconstrução espiritual do povo liderada pelo Messias durante o seu reino, que não terá fim (Lc 1.32,33).

 III – CONCLUSÃO
As profecias de Zacarias dos capítulos 9 – 14 foram escritas muitos anos depois das profecias registradas até o capítulo 6 do seu livro. O profeta Ageu sem dúvida, já era falecido há anos. Se os primeiros oito capítulos de Zacarias, especialmente os seis primeiros foram escritos no período de 520 a.C, esta última parte foi escrita por volta dos anos 480 a.C – 470 a.C.
Neste período Zacarias não é mais um jovem profeta, mas, o ancião e profeta Zacarias. Tudo leva a crer que por essa época, a nova geração do povo já não era sensível à voz de Deus como nos dias de Zorobabel e Josué, que provavelmente já eram falecidos. É digno de nota que Jesus lembra que Zacarias, já idoso, acabou assassinado “entre o santuário e o altar” pelos seus colegas oficiais do templo (Mt 23.25).

Os capítulos 12 – 14 são dedicados totalmente ao reino do Messias que acontecerá quando o Senhor descer com poder e grande glória junto com a sua igreja e miríades de anjos para destruir os exércitos do Anticristo (Zc 14.1-4; Ap 19.11-21). Julgará as nações (Mt 25.31-46; Ap 20.1-6).

Consultas:                                                                                                                         
Lições Bíblicas EBD-CPAD - 4º. Trimestre 2012 – (Comentarista: Esequias Soares).

COELHO, Alexandre e DANIEL, Silas. Os Doze Profetas Menores. Rio de Janeiro, 2012.. CPAD

Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD

A Bíblia em Ordem Cronológica – Editora Vida

Bíblia de Estudo Defesa da Fé - CPAD  

Bíblia de Estudo de Genebra – Editora Cultura Cristã – Soc. Bíblica do Brasil

GRONINGEN, Gerard Van. Criação e Consumação Volume II. 1ª Edição São Paulo, 2006. Editora Cultura Cristã.

GRONINGEN, Gerard Van. Revelação Messiânica no Antigo Testamento. 2ª Edição São Paulo, 2003. Editora Cultura Cristã.


CHAMPLIN. R. N. O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. Editora Hagnos.

CHAMPLIN. R. N. Dicionário do Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. Editora Hagnos.

RICHARDS Lawrence. Comentário Bíblico do Professor. 3ª. Imp. São Paulo. 2010  Editora Vida.
Grandes Doutrinas da Bíblia Vol.1. 1ª. Edição em Português. São Paulo. 1997. Edit. PES.