Esboço: Escrito por Pr. João Barbosa da Silva
Texto da Lição: Sofonias 1.1-10
I
- OBJETIVOS:
- Explicar
a estrutura e a mensagem do livro de Sofonias.
- Compreender
a linguagem predominante do livro de Sofonias.
- Saber que o juízo de Deus é uma
doutrina bíblica e irrevogável.
II - DESENVOLVIMENTO DO TEMA
O nome de Sofonias significa “o Senhor esconde”, era
um tataraneto do rei Ezequias. Ele profetizou durante o reinado de Jozias (640-609
a.C.), o último governante piedoso de Judá. A reforma religiosa do reino de
Judá aconteceu em 621 a.C., no ano XVIII do seu reinado (2Re 22.3).
Quando começou a reforma, Jeremias exercia o ofício de
profeta a cinco anos. O seu chamado deu-se no XII ano do reinado de Josias (Jr
1.2). E esse período corresponde a 627 a.C.
É possível que o rei Josias tenha sido despertado pelos
oráculos do profeta Sofonias, quando ele denunciava os pecados de Judá e o
sincretismo religioso do culto no templo; pois se cultuava a outros deuses ao
mesmo tempo, que se dizia estar cultuando ao Senhor (2 Re 23.4-14).
Josias levantado por Deus promoveu a reforma (621
a.C), para acabar com a idolatria e o sincretismo religioso que era uma
abominação ao Senhor. (2 Re 23.15-20).
Embora Josias não conhecesse a profecia que falava a
seu respeito, seu nome havia sido mencionado pelo profeta quase trezentos anos
antes (1Re 13.1-4). Quando Sofonias pronunciava seus oráculos contra Jerusalém
e Judá é provável que Josias fosse ainda um adolescente.
O grande momento dessa reforma foi quando encontraram
no Templo o Livro da Lei do Senhor (2Cr 34.8-21), ocasião em que ao ouvir a
leitura do texto sagrado o jovem rei, compreendeu quão grande era o pecado de
seu povo, e conclamou todo o povo ao arrependimento e profundo ainda mais a
reforma (2 Cr 8.35-19). No momento da leitura do texto sagrado, é provável que
o rei Josias tenha se lembrado do profeta Sofonias.
Mas, ao que tudo indica este já havia falecido; visto
que quando o rei ordena ao sumo sacerdote Hilquias a Aicão, a Abdon, a Zafã, o
escrivão, e a Asaias, ministro do rei, que procurassem um profeta do Senhor
para consultarem a Deus sobre o assunto, eles não procuraram o profeta Sofonias
que era a pessoa mais próxima do palácio e homem temente a Deus, mas buscaram a
profetisa Hulda que também morava em Jerusalém (2 Cr 34.21,22).
Na sua maior parte, o livro é uma advertência sóbria a
respeito do castigo divino contra o pecado. Embora percebesse um castigo
vindouro em escala mundial (Sf 1.2; 3.8), Sofonias focalizava especialmente o
julgamento que viria contra Judá (Sf 1.4-18; 3.1-7).
Os seus oráculos estão organizados em três partes
principais: A primeira anuncia o juízo contra as nações da terra, incluindo
Judá (Sf 1.1 – 2.3). Na segunda mensagem Sofonias especifica quais povos
entrarão neste julgamento global e menciona a Filístia, Moabe, Amom, Etiópia e
Assíria (Sf 2.4-15).
Na terceira mensagem o profeta Sofonias faz referência
ao castigo de Jerusalém e da restauração de um remanescente fiel (Sf 3.1-20). O
tema dessa terceira mensagem é o “Dia do Senhor” – ocupa todo o oráculo divino.
O juízo de Deus sobre as nações do mundo é uma
doutrina bíblica. Em alguns momentos de seu oráculo o profeta Sofonias usa a
expressão escatológica “O Dia do Senhor”, referindo-se ao julgamento das
nações. No capítulo 1, versículo 2 e 3 o profeta menciona um juízo global e
ainda prossegue falando deste juízo no capítulo 1.14 – 2.1-3).
A partir do
capítulo 2 versículo 4, há um julgamento para nações específicas. O julgamento
sobre a Filístia compreende os versículos 4 – 7 do capítulo 2. As quatro
cidades citadas Gaza, Asquelom, Asdode e Eclom pertenciam aos filisteus que
habitavam ao sudeste de Judá, na costa do Mediterâneo. Depois o profeta fala do
juízo sobre Moabe e Amom que haviam escarnecido do povo de Deus (S 2.8-10).
Os etíopes também são alvo do juízo divino (Sf 2.12).
No livro de Ezequiel lemos que os territórios de Amom e Moabe serão absorvidos
na distribuição das terras com as tribos de Israel durante o milênio (Ez
45.1-25; 47.13 – 48.25).
Sofonias ainda profetizou acerca do juízo e da
destruição da Assíria (Sf 2.13-15), que teve o seu cumprimento dezoito anos
após a profecia; fato o corrido em 612 a.C.
O julgamento de Jerusalém também foi profetizado por
Sofonias. Visto que o povo de Israel não dava ouvido aos seus alertas (Sf 3.2),
mesmo quando os juízos divinos tinham o seu fiel cumprimento sobre outras
nações (Sf 3.6,7), ainda assim Israel não dava ouvidos à palavra do Senhor.
III – CONCLUSÃO:
Havia Príncipes e juízes corruptos e opressores,
profetas levianos, aproveitadores e enganadores; sacerdotes profanos que
violentavam a lei (Sf 3.3,4). Mas o profeta do Senhor viu o final dos tempos
depois do julgamento das nações quando haverá uma conversão mundial e a
instituição de um culto onde todas as nações
junto com Israel adorariam ao
Senhor Jeová um único espírito (Sf
3.9,10).
Então o profeta pronuncia os oráculos sobre s restauração
de Israel (Sf 3.12,13) Todos os inimigos de Israel serão punidos por Deus e
nenhum juízo mais cairá sobre o seu povo Israel (Sf 3.15). O Senhor habitará
para sempre no meio deles (Sf,..3.17).
A sorte do povo de Israel será completamente mudada
(Sf 3.18-20). Quando o Messias retornar com grande poder e glória. Então haverá
alegria e regozijo. O final dessa história não será de tristeza nem será de vitória
do mal. Mas será de alegria incomparável do povo de Deus para sempre (Sf
3.14-17).
.Consultas:
Lições Bíblicas EBD-CPAD - 4º. Trimestre 2012 – (Comentarista:
Esequias Soares).
COELHO, Alexandre e DANIEL, Silas. Os Doze Profetas Menores. Rio
de Janeiro, 2012.. CPAD
Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
Bíblia de Estudo de Genebra – Editora Cultura Cristã – Soc.
Bíblica do Brasil
CHAMPLIN. R. N. O Antigo Testamento Interpretado Versículo por
Versículo.. Editora Hagnos.
CHAMPLIN. R. N. Dicionário do Antigo Testamento Interpretado
Versículo por Versículo.. Editora Hagnos.
RICHARDS
Lawrence. Comentário Bíblico do Professor. 3ª. Imp. São Paulo. 2010 Editora
Vida.
Grandes
Doutrinas da Bíblia Vol.1. 1ª. Edição em Português. São Paulo. 1997. Edit. PES.
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