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domingo, 25 de novembro de 2012

Assíria: Subsídios Históricos

Pr. João Barbosa da Silva
DESENVOLVIMENTO DO TEMA:

Império assírio de grande poder bélico
A Assíria tem seu nome originado de Assur, a principal divindade da Assíria e Assur, o segundo filho de Sem. Portanto, a Assíria é o país ocupado pelos descendentes desse neto de Noé (Gn 10.22).

A Assíria era o nome de um país, e depois, o de um poderoso império que dominou o mundo bíblico dos séculos IX a VII a.C. Incluía a Babilônia, o Elão, a Média, a Síria, a Palestina, a Arábia, o sul de Anatólia, a Cilícia e o Egito.

Assíria era o antigo nome do distrito de ambos os lados do rio Tigre, variando em suas dimensões, dependendo da época, mas geralmente confinada à região da parte norte do moderno Iraque entre a presente fronteira Síria e o pequeno rio Zabe.

A oeste, era limitada pelo platô desértico da Mesopotâmia central, e a leste pelas montanhas do Curdistão; ao norte ficava a Armênia, e ao sul a Babilônia.

Assírios descendentes da raça semita
A capital original do país, de onde também se derivava o nome do país, era Assur, modernamente Qalat Sharqat. Ficava na margem ocidental do Tigre, acima da boca do pequeno Zabe.

Para o norte cerca de 97km dali ficava Nínive, modernamente Kuyunjik, que foi fundada muito tempo antes da cidade de Assur, mas que finalmente tornou-se capital do novo império Assírio. Entre essas duas cidades ficava Calá, moderna Ninrud, que foi capital do império durante parte dos séculos IX e VII a.C.
Palácios assírios
A nordeste de Nínive ficava Dur Sharruquin, modernamente Corsadabe, que foi a capital durante o século de Sargão II (721 -705 a.C.). Importantes cidades secundárias eram, Arbela, modernamente, Erbil ou Arbil, a sudoeste de Nínive; Harã era o principal centro do poder do novo império assírio; na parte oeste da Mesopotâmia, e última capital do império, após a queda de Nínive em 612 a.C.

A Assíria e a Babilônia tiveram ambas impressionantes histórias, compartilhando de um idioma comum, conhecido como assírio-babilônico, ou acadiano. 
Jardins suspensos da Babilônia
Uma avançada civilização se desenvolvera na Babilônia em cerca de 3000 a.C., que permaneceu o centro cultural da Mesopotâmia até o século VI a.C.

No novo império a partir de (900 – 612 a.C), Tuculti-Niunrta II de (890 – 885 a.C.) combateu os opressores da Assíria. Seu filho, Assur Nasirpal II (805 – 860 a.C) mediante uma série de campanhas militares, subjugou muitos povos, como os que estavam no médio rio Eufrates, os do Líbano, os filisteus, e os povos das colinas Orientais da Babilônia.
No oeste, ele entrou em conflito com Israel. Seu filho Salmaneser III ( 824 – 757 a.C.) herdou a máquina de combate e conduziu campanhas contra a Síria-Palestina, em uma das quais lutou contra Acabe, rei de Israel, em Carcá, sobre o rio Orontes.

Em outra campanha recebeu tributo de Jeú, filho de Onri, rei de Judá. Esse monarca assírio fazia alta opinião de si mesmo, dizendo que ele era “o poderoso rei, rei do universo, rei sem rival, o autocrata, o poderoso dos quatro reinos do mundo, que esmigalha os príncipes do mundo inteiro, que despedaçou todos os seus adversários como potes de barro”.

Palácio de Assurbanipal
Apesar de tanta jactância, ele morreu em meio a revolta que seu filho, Samsi-Adad V, (823 – 811 a.C.) teve de enfrentar. Adad-Nirari III  (810 – 783 a.C) deu prosseguimento a interminável guerra com bom êxito.

Mas Salmaneser IV (782 – 783 a.C.) Asurdan III (752 – 755 a.C.) e Assur-Nirari V (754 – 745 a.C.) não se mostraram muito bons nas matanças (ou seus adversários eram superiores), o 
que explica o declínio do império assírio.

Foi então que surgiu em cena o grande guerreiro e estadista, Tiglati-Pileser III, inspirado pelos feitos do grande matador em massa, Tiglati-Pileser I do século XI a.C. Nessa inspiração sanguinária, ele reconquistou todos os territórios, incluindo a Babilônia, onde se tornou conhecido pelo nome de Pulo (Na Bíblia, Pul 2Re 15.19).

Esse homem conquistou Israel e enviou para o cativeiro uma parte da sua população. Após a sua morte, Oséias, rei de Israel revoltou-se contra a Síria. Em face disso, Salmaneser V (726 – 722 a.C) atacou Samaria, a capital de Israel o reino israelita do norte. 

Antes da queda de Israel consumar-se, Sarruquim II, também conhecido como Zargão II (721 – 705 a.C) assumiu as rédeas do poder.

Seu reinado foi inaugurado com a queda de Israel. O ano de 722 a.C. aparece como a data do cativeiro de Israel. Zargão é mencionado no Antigo Testamento, somente em Is 20.1. Mas as escavações feitas em seu esplêndido palácio, em Dur Sarrucuim ou Corsabade, com muitas descobertas, fizeram dele um dos mais bem conhecidos reis assírios.

Seu filho, Senaqueribe, sucedeu-o no trono em 704 a.C tendo governado a Assíria até o ano de 681 a.C. As crônicas da Babilônia informam que ele foi assassinado por seu próprio filho. Seu filho mais jovem, não envolvido no assassinato, teria perseguido seus irmãos rebeldes e comparsas no crime, até o sul da Armênia.

Portão de Nínive
Senaqueribe foi um construtor, e não apenas um guerreiro, tendo construído palácios, portões e templos em Nínive. Também construiu arquedutos e represas. Prisioneiros, entre os quais havia judeus, foram forçados a ajudar nessas obras.

O filho mais novo de Senaqueribe, Esar-Hadon (680 – 669 a.C.) subiu ao poder e tornou-se um dos maiores conquistadores assírios de todos os tempos, distinção essa nada fácil, em meio a tão grande número de sanguinários matadores.

A história da Assíria fornece uma lista quase interminável de campanhas. Judá parece entre aqueles que pagavam tributos a Esar-Hadon. A Assíria chegou a invadir o Egito, estabelecendo governadores assírios em Tebas e em Mênfis.

Porém, uma vez morto Esar-Hadon, começaram as inevitáveis revoltas. O Egito libertou-se. Então coube a Assurbanipal (669 – 627 a.C.) recuperar o controle sobre o Egito. Esse homem também era um sábio e um humanista.

As conquistas territoriais foram subsequentemente perdidas, e o poder assírio começou a declinar radicalmente. 

Nabopolassar, o caldeu, expulsou os assírios da Babilônia, em 625 a.C. Os babilônios aliaram-se aos medos e capturaram a cidade de Assur, em 614 a.C., e então, em julho e agosto de 612 a.C., conforme havia sido profetizado por Naum e Sofonias, Nínive caiu.

CONCLUSÃO:       

As suas muralhas fora feitas em pedaços por enchentes (Na 1.8). Durante dois anos, Assur-Ubaniti manteve-se em Harã, mas nenhuma ajuda chegou da parte do Egito. O faraó Neco marchou tarde demais, e assim a cidade foi conquistada pelos babilônios.

Esse foi o fim da Assíria e o começo do novo império babilônico. Tendo início um novo período histórico. É admirável que uma potência importante e de tão longa duração pudesse ter sido conquistada com tanta rapidez.
 Consultas:  
MESQUITA. Antonio Neves de. Povos e Nações do Mundo Antigo. 7ª. Edição. São Paulo, 2001. Editora Hagnos. \ Bíblia de Estudo de Genebra – Editora Cultura Cristã – Soc. Bíblica do Brasil \ CHAMPLIN. R. N. O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. Volumes 1 e 7 - Editora Hagnos.

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