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domingo, 18 de novembro de 2012

Naum – O Limite da Tolerância Divina - Lição 08 - 4º. Tri. 2012 - EBD CPAD - 25.11.12


Texto da Lição: Naum 1.1-3, 9 -14





Esboço: Escrito por Pr. João Barbosa da Silva

I   - OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
  1. Explicar o contexto histórico do livro de Naum.
  2. Apontar os limites entre tolerância e vindicação.
  3. Conscientizar-se da existência do juízo divino.
II   - TEXTO ÁUREO:
“Disse mais: Ora, não se ire o Senhor que ainda só mais esta vez falo: se, porventura, se acharem ali dez?  E disse: não a destruirei por amor aos dez”
(Gênesis 18.32).

III – VERDADE PRÁTICA: No tempo estabelecido por Deus, cada nação, e cada indivíduo em particular, passará pelo crivo da justiça divina.

IV – PALAVRA CHAVE: Tolerância – Ato ou efeito de tolerar; indulgência, condescendência.

V  – DESENVOLVIMENTO

OBJETIVO 1: Explicar o contexto histórico do livro de Naum.
Naum, cujo nome significa consolo, sua origem era proveniente de Elcós (Na 1.1), cuja localização é incerta, sendo sugerido também como procedente a vizinhança de Cafarnaum, e também o Sul da Judéia.

Naum profetizou entre o final do reinado de Manassés e o início do reinado de Josias – 663 e 612 a.C., provavelmente por volta desta última data, durante a reforma promovida pelo rei Josias (630 – 620 a. C.); e predisse a queda de Nínive, capital da Assíria, cerca de  135 - 150 anos depois da profecia de Jonas.

Em Na 3.8-10, refere-se ele a queda de “Nô” ou “Nô-Amon” (a cidade egípcia de Tebas), como evento passado ocorrido em 663 a. C. Os assírios eram conhecidos no mundo antigo pela extrema crueldade com que tratavam os povos subjugados. Depois de atacarem uma cidade, passavam a chacinar implacavelmente os habitantes, deportando o restante da população a outras partes do império.

O livro de Naum tem, basicamente, duplo propósito. O primeiro é profetizar sobre o julgamento de Nínive mediante o juízo vingador de Deus; o segundo é um poderoso alento consolador à nação de Judá, que seria tirado das garras cruéis dos assírios. A razão desse julgamento aparece em Na 3.4,5.

Tudo isso por causa da grande prostituição da bela e encantadora meretriz, da mestra de feitiçarias, que vendia os povos com a sua prostituição e as gentes com as suas feitiçarias “Eis que estou contra ti, diz o Senhor dos Exércitos... por semelhante modo, da mesma maneira que Nínive seria destruída, Judá seria libertada do domínio assírio. Mas de sobre ti, Judá, quebrarei o jugo deles e romperei os teus laços” (Na 1.13).

OBJETIVO 2: Apontar os limites entre tolerância e vindicação.

Deus é tolerante e compassivo, pois espera o arrependimento do pecador. Todavia a sua justiça não permite tomar o culpado por inocente (Na 1.3). O arrependimento dos ninivitas no caso do profeta Jonas, adicionou esses muitos anos à vida nacional da Assíria. Mas, uma segunda oportunidade não seria mais concedida aos assírios.

Conforme Ec. 8.11, “Como não se executa logo o juízo sobre a má obra, o coração dos filhos dos homens está completamente voltado para praticar o mal”. Os assírios ignoraram a longanimidade e a paciência de Deus, assim, a medida da sua injustiça completou-se e o juízo de Deus foi derramado sobre aquela ímpia nação (Rm 2.3-6).

A paciência – um dos atributos de Deus, é uma outra forma de Ele expressar a sua bondade para com os homens. Deus é longânimo e a longanimidade também é uma expressão da sua bondade (Sl 103.8; Ex 34.6; 1Pe 3.20; 2Pe 3.15). Deus é tardio em irar-se, e essa atitude também é expressão da sua bondade (Ne 9.17; Sl 145.8; Jn 4.20. Na 1.3).

Justiça é também um dos atributos de Deus, característica da sua natureza que é a santidade. Sua ira contra o pecado decorre do seu amor e justiça (Rm 3.5,6). Ele revela sua ira contra todas as formas de iniqüidade (Rm 1.18), principalmente a idolatria (1Re 14.9,15,22), a incredulidade (Sl 78.21,22; Jn 3.36), e o tratamento injusto com o próximo (Is 10.1-4; Am 2.6).

OBJETIVO 3: Conscientizar-se da existência do juízo divino.

“O Senhor é tardio em irar-se, mas grande em força e ao culpado não tem por inocente....” (Na 1.3). Deus concede aos pecadores tempo para que se arrependam (2Pe 3.9), mas há limites à sua bondade e paciência. “O Senhor é um Deus zeloso e que toma vingança....” (Na 1.2).

O Senhor é Deus zeloso e vingador e estava ofendido pelo que a Assíria fizera contra o seu povo (Na 1.2). Seu povo era seu filho (Ex 4.22), que aqueles réprobos estavam maltratando.  Porque esse Deus zeloso era também um Deus vingativo, foi a razão pela qual a Assíria terminou tão mal.

Esse Deus zeloso também estava cheio de ira, e isso o levou a ferir e esmagar os ofensores. Os inimigos de Deus são objetos de seu ódio e de seu poder demolidor. Quando eles puseram suas mãos imundas sobre Israel, isso era ir longe demais na ousadia. 

Houve uma ocasião em que 185.000 invasores assírios foram aniquilados diante dos portões de Jerusalém (2Re 19.35-37), mas isso nada foi, em comparação com o que aconteceu mais tarde quando os babilônios e os seus aliados puseram fim ao poder opressor dos assírios.

Os assírios já haviam conquistado o Reino do Norte em Israel 722 a.C., e agora despojavam parte de Judá. Naum consola o povo de Deus declarando que o Senhor destruiria os filhos da Assíria.

A queda de Nínive ocorreu em 612 a.C., quando foi conquistada por uma coalizão de babilônios, medos e citas, e a Assíria deixou de existir como nação em 605 a.C. Nínive não foi apenas cidade no mundo antigo que recebeu o juízo prometido de Deus, mas também um protótipo do juízo vindouro. 

Aqueles que sabem que o Senhor é bom podem alegrar-se no fato de que Deus se vinga de atos perversos contra o seu povo (Na 1.7,8).

CONCLUSÃO:

O juízo vindouro é um chamado para que o povo de Deus não seja complascente com o pecado. O convite ao povo de Deus para uma vida santa é urgente para que esse povo leve a mensagem de Deus àqueles que sem salvação sofrerão a ira vindoura.

Assim como o juízo divino puniu a capital da perversa Assíria, assim também acontecerá no dia da ira de Deus, quando ele punirá a todos, indivíduos e nações, que, rejeitando a sua misericordiosa graça, perseveraram na prática do mal.

Consultas:
Lições Bíblicas EBD-CPAD - 4º. Trimestre 2012 – (Comentarista: Esequias Soares).

COELHO, Alexandre e DANIEL, Silas. Os Doze Profetas Menores. Rio de Janeiro, 2012.. CPAD

Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD

Bíblia de Estudo de Genebra – Editora Cultura Cristã – Soc. Bíblica do Brasil


CHAMPLIN. R. N. O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo.. Editora Hagnos.

CHAMPLIN. R. N. Dicionário do Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo.. Editora Hagnos.

RICHARDS Lawrence. Comentário Bíblico do Professor. 3ª. Imp. São Paulo. 2010 Editora Vida.
CAMPOS. Heber Carlos de. O Ser de Deus e os seus Atributos. 1ª. Edição. São Paulo. 1999. Edit. Cultura Cristã.
Grandes Doutrinas da Bíblia Vol.1. 1ª. Edição em Português. São Paulo. 1997. Edit. PES.

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