Texto da Lição: Naum 1.1-3, 9 -14
Esboço: Escrito por Pr. João Barbosa da Silva
I
- OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
- Explicar
o contexto histórico do livro de Naum.
- Apontar
os limites entre tolerância e vindicação.
- Conscientizar-se
da existência do juízo divino.
II - TEXTO ÁUREO:
“Disse mais: Ora, não se ire o Senhor que ainda só mais esta vez falo:
se, porventura, se acharem ali dez? E disse: não a destruirei por
amor aos dez”
(Gênesis 18.32).
III – VERDADE PRÁTICA: No tempo estabelecido por Deus, cada nação, e cada indivíduo em
particular, passará pelo crivo da justiça divina.
IV – PALAVRA CHAVE: Tolerância – Ato ou efeito de tolerar; indulgência, condescendência.
V – DESENVOLVIMENTO
OBJETIVO
1: Explicar o contexto histórico do livro de Naum.
Naum,
cujo nome significa consolo, sua origem era proveniente de Elcós (Na 1.1), cuja
localização é incerta, sendo sugerido também como procedente a vizinhança de
Cafarnaum, e também o Sul da Judéia.
Naum
profetizou entre o final do reinado de Manassés e o início do reinado de Josias
– 663 e 612 a.C., provavelmente por volta desta última data, durante a reforma
promovida pelo rei Josias (630 – 620 a. C.); e predisse a queda de Nínive,
capital da Assíria, cerca de 135 - 150
anos depois da profecia de Jonas.
Em Na
3.8-10, refere-se ele a queda de “Nô” ou “Nô-Amon” (a cidade egípcia de Tebas),
como evento passado ocorrido em 663 a. C. Os assírios eram conhecidos no mundo
antigo pela extrema crueldade com que tratavam os povos subjugados. Depois de
atacarem uma cidade, passavam a chacinar implacavelmente os habitantes,
deportando o restante da população a outras partes do império.
O
livro de Naum tem, basicamente, duplo propósito. O primeiro é profetizar sobre
o julgamento de Nínive mediante o juízo vingador de Deus; o segundo é um
poderoso alento consolador à nação de Judá, que seria tirado das garras cruéis
dos assírios. A razão desse julgamento aparece em Na 3.4,5.
Tudo
isso por causa da grande prostituição da bela e encantadora meretriz, da mestra
de feitiçarias, que vendia os povos com a sua prostituição e as gentes com as
suas feitiçarias “Eis que estou contra
ti, diz o Senhor dos Exércitos... por semelhante modo, da mesma maneira que
Nínive seria destruída, Judá seria libertada do domínio assírio. Mas de sobre
ti, Judá, quebrarei o jugo deles e romperei os teus laços” (Na 1.13).
OBJETIVO 2: Apontar os
limites entre tolerância e vindicação.
Deus
é tolerante e compassivo, pois espera o arrependimento do pecador. Todavia a
sua justiça não permite tomar o culpado por inocente (Na 1.3). O arrependimento
dos ninivitas no caso do profeta Jonas, adicionou esses muitos anos à vida
nacional da Assíria. Mas, uma segunda oportunidade não seria mais concedida aos
assírios.
Conforme
Ec. 8.11, “Como não se executa logo o
juízo sobre a má obra, o coração dos filhos dos homens está completamente
voltado para praticar o mal”. Os assírios ignoraram a longanimidade e a
paciência de Deus, assim, a medida da sua injustiça completou-se e o juízo de
Deus foi derramado sobre aquela ímpia nação (Rm 2.3-6).
A
paciência – um dos atributos de Deus, é uma outra forma de Ele expressar a sua
bondade para com os homens. Deus é longânimo e a longanimidade também é uma
expressão da sua bondade (Sl 103.8; Ex 34.6; 1Pe 3.20; 2Pe 3.15). Deus é tardio
em irar-se, e essa atitude também é expressão da sua bondade (Ne 9.17; Sl
145.8; Jn 4.20. Na 1.3).
Justiça
é também um dos atributos de Deus, característica da sua natureza que é a
santidade. Sua ira contra o pecado decorre do seu amor e justiça (Rm 3.5,6).
Ele revela sua ira contra todas as formas de iniqüidade (Rm 1.18),
principalmente a idolatria (1Re 14.9,15,22), a incredulidade (Sl 78.21,22; Jn
3.36), e o tratamento injusto com o próximo (Is 10.1-4; Am 2.6).
OBJETIVO 3: Conscientizar-se da
existência do juízo divino.
“O Senhor é tardio em irar-se, mas
grande em força e ao culpado não tem por inocente....”
(Na 1.3). Deus concede aos pecadores tempo para que se arrependam (2Pe 3.9),
mas há limites à sua bondade e paciência. “O Senhor é um Deus zeloso e que toma
vingança....” (Na 1.2).
O
Senhor é Deus zeloso e vingador e estava ofendido pelo que a Assíria fizera
contra o seu povo (Na 1.2). Seu povo era seu filho (Ex 4.22), que aqueles
réprobos estavam maltratando. Porque esse
Deus zeloso era também um Deus vingativo, foi a razão pela qual a Assíria
terminou tão mal.
Esse
Deus zeloso também estava cheio de ira, e isso o levou a ferir e esmagar os
ofensores. Os inimigos de Deus são objetos de seu ódio e de seu poder demolidor.
Quando eles puseram suas mãos imundas sobre Israel, isso era ir longe demais na
ousadia.
Houve
uma ocasião em que 185.000 invasores assírios foram aniquilados diante dos
portões de Jerusalém (2Re 19.35-37), mas isso nada foi, em comparação com o que
aconteceu mais tarde quando os babilônios e os seus aliados puseram fim ao
poder opressor dos assírios.
Os
assírios já haviam conquistado o Reino do Norte em Israel 722 a.C., e agora
despojavam parte de Judá. Naum consola o povo de Deus declarando que o Senhor
destruiria os filhos da Assíria.
A
queda de Nínive ocorreu em 612 a.C., quando foi conquistada por uma coalizão de
babilônios, medos e citas, e a Assíria deixou de existir como nação em 605 a.C.
Nínive não foi apenas cidade no mundo antigo que recebeu o juízo prometido de
Deus, mas também um protótipo do juízo vindouro.
Aqueles que sabem que o Senhor
é bom podem alegrar-se no fato de que Deus se vinga de atos perversos contra o
seu povo (Na 1.7,8).
CONCLUSÃO:
O juízo
vindouro é um chamado para que o povo de Deus não seja complascente com o
pecado. O convite ao povo de Deus para uma vida santa é urgente para que esse
povo leve a mensagem de Deus àqueles que sem salvação sofrerão a ira vindoura.
Assim
como o juízo divino puniu a capital da perversa Assíria, assim também
acontecerá no dia da ira de Deus, quando ele punirá a todos, indivíduos e
nações, que, rejeitando a sua misericordiosa graça, perseveraram na prática do
mal.
Consultas:
Lições Bíblicas EBD-CPAD - 4º. Trimestre 2012 – (Comentarista:
Esequias Soares).
COELHO, Alexandre e DANIEL, Silas. Os Doze Profetas Menores. Rio
de Janeiro, 2012.. CPAD
Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
Bíblia de Estudo de Genebra – Editora Cultura Cristã – Soc.
Bíblica do Brasil
CHAMPLIN. R. N. O Antigo Testamento Interpretado Versículo por
Versículo.. Editora Hagnos.
CHAMPLIN. R. N. Dicionário do Antigo Testamento Interpretado
Versículo por Versículo.. Editora Hagnos.
RICHARDS
Lawrence. Comentário Bíblico do Professor. 3ª. Imp. São Paulo. 2010 Editora
Vida.
CAMPOS.
Heber Carlos de. O Ser de Deus e os seus Atributos. 1ª. Edição. São Paulo.
1999. Edit. Cultura Cristã.
Grandes
Doutrinas da Bíblia Vol.1. 1ª. Edição em Português. São Paulo. 1997. Edit. PES.
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