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quinta-feira, 24 de setembro de 2015

A Manifestação de Graça da Salvação - Lição 13 - 3º. Tri EBD CPAD – 27.09.2015


Abordagem de Conteúdos Transvers. com o Tema em Estudo
                                    Tito 2.11-14; 3.4-6
Reflexão: A graça de Deus emanou do seu coração amoroso para salvar o homem perdido, por meio do sacrifício vicário de Cristo Jesus.
Para um melhor entendimento do que é a graça, precisamos ter uma real compreensão do que é misericórdia, compaixão e amor.
Misericórdia – do latim (miser, miseria + cordis + coração), que literalmente significa ter o coração voltado para a miséria de outrem.
É a compaixão de Deus direcionada para o ser humano. Através deste sentimento imensurável, o Senhor mostra que sua misericórdia sempre triunfa.
Basta o ser humano se arrepender de seus pecados para que o justo juiz lhe estenda toda sua longanimidade (Lm 3.22).
Foi a misericórdia de Deus que o levou a enviar o seu único filho para que morresse em nosso lugar, a fim de que viéssemos a ter a vida eterna (Jo 3.16).
Assim, podemos afirmar que graça não é misericórdia ou amor. A graça portanto, é vista da misericórdia, porque esta é sobre “todas as suas obras” (Sl 145.5).
E aquelas, somente sobre aqueles que aceitam a Cristo como Salvador (Ef 2.8,9; Tt 2.11).
Definição de graça: A graça pode ser definida como “o favor eterno e totalmente gratuito de Deus, manifestado na concessão de bênçãos espirituais e eternas às criaturas culpadas e indignas”.
A graça é a concessão de favores a quem não tem mérito próprio, e pelos quais não se exige compensação alguma.
Não somente a graça é dada aqueles que não têm mérito próprio, como é dada aos que merecem condenação.
Por ela ser imerecida, ninguém pode reivindicá-la como direito, se o pudesse não seria graça.
Graça é mérito não excludente (Rm 4.4,5).
 A graça é uma só, mas ela se manifesta em incontáveis formas. As duas formas principais são: A graça  comum e a graça salvífica ou salvadora.
Graça comum é a graça pela qual ele dá às pessoas inúmeras bênçãos que não fazem  parte da salvação.
A palavra comum, aqui, significa alguma coisa comum a todas as pessoas, não restrita somente aos crentes em Cristo.
A graça comum expressa a bondade divina sobre toda a criação de Deus. Quando falamos de graça comum e graça salvífica ou salvadora, não estamos falando  de duas classes de diferentes graça no mesmo Deus, mas que a graça de Deus se manifesta no mundo de duas maneiras diferentes.
A graça comum é diferente da graça salvífica em seus resultados. A graça comum não conduz à salvação em seus recebedores.
Ela é dada igualmente a crente e incrédulos. A graça comum não flui da ação resgatadora de Cristo, pois os incrédulos não consideram a morte de Cristo.
A graça salvadora ou salvífica – Na visão do apóstolo Paulo, a graça salvadora é o próprio Cristo (Tt 2.11).
Ela ultrapassa o conceito e o sentido da graça comum, que é disponível para “todos os homens”, independente de crerem em Deus ou não.
A graça comum é manifestada  pela “revelação natural”, pela natureza (Sl 19.1-6).
A graça salvadora também está á disposição de “todos os homens”, mas só é alcançada por aqueles que crerem em Deus e aceitam Cristo como Salvador.
É também chamada de “graça especial” porque é “revelada pela revelação” especial de Deus, em sua palavra.
Todas as bênçãos que recebemos nesta vida, são em última análise imerecidas – todas elas nos vêm pela graça.
O apóstolo Pedro entendia que a vida cristã se vive pela graça (1Pe 5.12).
Deus se utiliza de diversas atividades da igreja para dispensar diversas bênçãos da sua graça, é o que o Espírito Santo se utiliza para distribuir as bênçãos aos salvos.
 as bênçãos aos salvos.
A oração particular, o culto, o estudo da Bíblia, a fé, o ensino da Palavra, o batismo tanto nas águas como no Espírito Santo, a santa ceia do Senhor, a oração uns pelos outros, a adoração, o ofertório, os dons espirituais, a comunhão, a evangelização e o ministério individual, todos esses meios estão disponíveis aos salvos dentro da igreja.
O Espírito santo lança mão de todos eles para conceder através deles, incontáveis tipos de bênçãos aos crentes em Cristo Jesus.
Esta lista são meios da graça que o Senhor concede através deles, bençãos incontáveis aos que lançam mão destas dádivas de Deus.
Numa perspectiva bíblico-teológica, “graça” é fundamentalmente uma palavra sobre Deus – sua iniciativa não coagida e demonstrações amplas e extravagantes do seu cuidado e favor para com todos.
Por um lado, seu favor é derramado indiscriminadamente “para com os ingratos e maus” (Lc 6.35).
Por outro lado, os desesperados, o pobre e o marginalizado podem ter certeza de que sua compaixão objetiva a eles, em  primeiro lugar.
 A graça de Deus é dada livremente, mas também possibilita e provoca uma resposta humana, para que as pessoas sejam convencidas a se comportarem perante Deus em adoração.
 A graça é eterna – As obras da graça não são feitas num atropelo, às carreiras, para resolverem um problema surgido de última hora.
As obras da graça de Deus foram idealizadas antes de serem manifestas aos homens.
Elas foram propostas antes de serem comunicadas a eles. Paulo afirma que Deus “nos salvou e nos chamou com a santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos” (2Tm 1.9).
Deus nos deu tudo, antes de tudo existir. Por essa razão Pedro diz que fomos resgatados de nossa vã maneira de viver, não com coisas corruptivas, como prata ou ouro que por tradição recebestes de vossos pais. Mas, com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado e incomtaminado, o qual, em outros tempos foi conhecido ainda antes da fundação do mundo, mas manifestado nesses últimos tempos por amor de nós (1Pe 1.18-20; Ap 13.8; 17.8; Tt 2.2).
Antes que clamemos ele ouve, e quando ainda estivermos clamando, ele responde (Is 65.24).
Consultas: Lições Bíblicas EBD-CPAD - 3º. Trimestre 2015 – (Comentarista: Pr. Elinaldo Renovato).
 RENOVATO Elinaldo. As Ordenanças de Cristo nas Cartas Pastorais. Rio de Janeiro, 2015 – CPAD
ANDRADE Claudionor. Dicionário de Profecias Bíblicas. CPAD. RJaneiro 2005
SPERRY. Lewis Chafer. Teologia Sistemática. Editora Hahnus. SPaulo, 2008.
CAMPOS Heber Carlos. O Ser de Deus. Edit. Cultura Cristã. SPaulo, 2002
GRUDEM Wayne. Teologia Sistemática Atual e Exaustiva. Ed. Vida Nova. SPaulo, 2009
ALEXANDER T. Desmond. Novo Dicionário de Teologia Bíblica. Ed. Vida. SPaulo 2009

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

quinta-feira, 10 de setembro de 2015

A Organização de uma Igreja Local - Lição 11 - 3º. Tri EBD CPAD – 13.09.2015

Abordagem de Conteúdos Transversalizados com o Tema em Estudo
                                                   Tito 1.4-14
Reflexão: A igreja local deve subordinar-se à orientação de Deus, através de sua Palavra, que o “Manual de Administração Eclesiástica” por excelência.
O termo “Igreja” vem da palavra grega ekklesia, originária do verbo kalein, que significa chamar.
Entre os gregos, esse termo se referia a uma assembleia do povo, convocada regularmente para algum lugar público, com o objetivo de deliberar sobre algum assunto.
Ekklesia significa assembleia, congregação, mas os gregos não davam sentido religiosos à palavra.
Havia um outro tipo de reunião ocasional entre os gregos, e o termo usado para tal reunião era sullocos.
A palavra usada pelos autores do NT é sempre ekklesia, pois ela denota a ideia de convocação, o que se enquadra perfeitamente no objetivo da igreja de nosso Senhor Jesus Cristo.
Dimensões da Igreja – São duas as dimensões da igreja:
1.Local e prática – Igreja local é formada por um grupo de crentes fiéis que se reunem em alguma localidade definida (At 11.26; Rm 16.1; Gl 1.2).
A igreja local é composta de pessoas regeneradas e batizadas que, voluntariamente se reunem sob as leis do Evangelho de Cristo, procurando estender o reino de Deus tanto em suas vidas, como na dos outros, através da adoração a Deus, do serviço, da evangelização e da comunhão (At 2,42-47).
O número total daqueles que no mundo todo professam a Cristo Jesus e se organizam com o fim de cultuar a Deus sob a direção de pastores, evangelistas, presbíteros, diáconos oficiais designados para tal função (At 12.12; Ef 4.11-16; 1Co 10.32), é a igreja universal em sentido restrito.
Todo o corpo de fiéis, tanto na terra, quanto no céu, que se unem ou se unirão a Cristo como Salvador e Senhor (Ef 4.22,23; 3.10-21; Cl 1.18).
Esta é a igreja universal, no sentido amplo. É importante distinguir a diferença entre igreja universal e igreja local. A igreja universal é o conjunto de todo o povo de Deus em todos os séculos, o total dos eleitos, incluindo os santos do AT.
Pode também designar todo o povo de Deus no mundo em determinada época da história (Hb 12.18-24). Quando o Senhor se revela no meio do seu povo, ele se dirige sempre à igreja local, cuja base geográfica é a cidade (Ap 1.20; 2.1; 2.12,18; 3.1,7,14). O Senhor se dirige sempre ao ministro da igreja local.
Deus não reconhece um líder de caráter universal; uma liderança com alcance universal é antiblíbica. O único dirigente que tem ação  em todas as igrejas locais em todo o mundo é o Espírito Santo (Jo 14.16-18; 16.13-15; At 1.8).
Cisto é o cabeça e o chefe supremo da igreja. Cada cristão é seu próprio sacerdote e tem completa liberdade de consciência.
Nenhum crente em Cristo precisa de intermediário (1Tm 2.5; Rm 14.12). A igreja é una, embora haja um pouco mais de 22.000 grupos de cristãos diferentes.
Nessas cartas pastorais as orientações são aplicáveis à administração eclesiásticas nas igrejas locais, em todos os tempos e lugares.
Por não serem observados os métodos de implantação nas igrejas locais como nos dias dos apóstolos, nos dias atuais, em muitos ministérios, têm ocorrido sérios problemas de ordem organizacionais e de relacionamentos entre obreiros.
A lista de qualificações encontrada em Tito 1.6-8, corrobora o extraordinário discernimento que Paulo teve com relação aos requisitos para ser um presbítero, um evangelista ou um pastor.
Uma organização eclesiástica deve começar com a organização ministerial, que é feita com obreiros chamados por Deus (2Tm 2.15).
Como fez com Timóteo, Paulo também teceu elogios sinceros e reconhecedores do valor de Tito, como obreiro fiel, fruto do seu ministério de evangelização e missões.
A Tito, meu verdadeiro filho, segundo a fé comum: graça, misericórdia e paz, da parte de Deus Pai, e da do Senhor Jesus Cristo, nosso Salvador” (Tt 1.4).
Tito era amigo de Paulo, de longas datas. De origem grega, foi companheiro de Paulo, ao lado de Barnabé, logo que começou seu trabalho, após ter recebido apoio dos líderes de Jerusalém (Gl 2.1-9).
Nesta carta (a Tito), Paulo mostra como deve agir um pastor (1Co 1.1; Gl 1.1). Ele diz: Por esta causa te deixei em Creta, para que de cidade em cidade estabelecesses presbíteros, como já te mandei (Tt 1.5).
Tito sempre fora um obreiro fiel e disponível para a obra de Deus. Uma das características das igrejas em seus primórdios, era a união e a comunhão entre os crentes (At 2.44).
Nos primeiros séculos, a igreja nasceu bem simples, não tinha uma boa estrutura física para a acolhida aos irmãos; reuniam-se no cenáculo (At 1.13), depois, no alpendre de Salomão (At 5.12; 12.12).
Com o passar dos anos, os cristãos se reuniam no templo e nas casas  das famílias (At 5.42; 20.20). Em Creta não seria diferente.
As qualificações dos bispos ou presbíteros – Aqui Paulo repete o que ele já havia escrito a Timóteo (1Tm 3.1-7). Em seguida, Paulo mostra que o “bispo”, ou presbítero no texto de Tt 1.5, deve ser pessoa íntegra, irrepreensível, “como despenseiro da casa de Deus” (Tt 1.7).
Apód discriminar as qualificações necessárias ao presbítero, Paulo ressalta o respeito que deve ter à doutrina e a capacidade e autoridade ministerial para argumentar contra os contradizentes, desobedientes, desordenados ao ensino da Palavra de Deus. (Tt 1.9,10).
Qualificação dos bispos ou presbíteros:
1. Irrepreensível: inteiramente fiel á sua esposa;
2. Esposo de uma só mulher; inteiramente fiel à sua mulher;
3.Temperante: sóbrio, solícito e modesto;
4. Domínio próprio: discipulado, moderado;
5. Respeitável: modesto, honrado, bem-comportado.
6. Hospitaleiro; que recebe bem os visitantes;
7. Apto para ensinar: capacitado a explicar e aplicar conhecimentos;
8. Não dado à embriaguez: não dado ao vinho;
9. Não violento: Não dado à hostilidade, ao antagonismo;
10. Gentil: bondoso, razoável, de boa família;
11. Não contencioso: Não combativo, inimigo de contendas;
12. Não avarento: preocupado com as pessoas, não com as finanças;
13. Bom governante de sua família: administra a vida familiar;
Não seja um recém-convertido: maduro e humilde;
15. Reputação imaculado: admitido pelos de fora;
Igrejas sem crentes – São encontradas na Europa, Suíça, Reino Unido, Olanda, entre outras, grandes templos evangélicos vazios, porque os crentes deixaram de ir à igreja, e com o tempo, também deixaram de ser crentes.
Mas a grande preocupação do momento, é o grande número de crentes sem igreja ou os desigrejados  - as igrejas virtuais. Nos mega templos não há mais lugar para a  coinonia. Hoje temos líderes amigos da multidão, mas inimigos do individual. Tenhamos cuidado, pois cada dia aumenta o número dos sem igreja.
Estratégias missionárias em Atos: Os conceitos de missões e  de missionários devem ser conectados em primeiro lugar a Deus, que é quem envia, e à Igreja Local, que em nome do Senhor, coopera com o enviado.
Igrejas autóctones: O Espírito Santo orientou às igrejas locais recém-fundadas, para que fossem igrejas autóctones (At 20.28).
O primeiro passo para alcançar esse objetivo, e também o mais difícil, é procurar desenvolver uma liderança local capacitada (At 20.29-31). Além disso, as igrejas procuravam, quando possível, tomar conta das próprias necessidades financeiras e, acima de tudo, assumir a tarefa também de levar o evangelho avante.
Isto não quer dizer que não havia cooperação entre as igrejas locais. Muito pelo contrário, prestar ajuda e cooperação são atitudes não só positivas como essenciais para todas as igrejas locais (Jo 17. 20,21).
Contudo, uma dependência escessiva, enfraquece a igreja local e prejudica a eficácia e a integridade do seu testemunho na sociedade. O alvo da autoctonia é o alcance evangelístico e missionário de cada igreja local. Esta é a essência da Igreja cristã.
Por desenvolverem  uma liderança local, as primeiras comunidades cristãs dispunham de toda a infraestrutura necessária para levar avante a evangelização do seu próprio povo. A igreja de Tessalônica é um bom exemplo para nós (1Ts 1.8).
O livro de  Atos apresenta várias estratégias para a expansão das igrejas locais que eram implantadas nos domínios de todo império romano.  Sebem aproveitadas as estratégias dos dias primitivos, muitas, com os devidos ajustes, ainda podem servir de modelo hoje.
Consultas: Lições Bíblicas EBD-CPAD - 3º. Trimestre 2015 – (Comentarista: Pr. Elinaldo Renovato).
 RENOVATO Elinaldo. As Ordenanças de Cristo nas Cartas Pastorais. Rio de Janeiro, 2015 – CPAD
MARTINS, Jeziel Guerreio. Manual do Pastor e da Igreja.Edit. Santos. Curitiba, 2005
FERREIRA, Ebenézer Soares. Manual da Igreja e do Obreiro Edit. JuerpRJaneiro, 1987
MEEKS, Weyne A. Os primeiros cristãos urbano – O mundo social do apóstolo Paulo. Ed; Paulinas.SPaulo, 1992
BOMILCAR. Nelson. Os Sem-Igreja. Edit. Mundo Cristão. SPaulo, 2012
Bíblia Missionária de Estudo. SBB. 1993,

RICHARDS, Lawrence O. Guia do Leitor da Bíblia. Edit. CPAD. RJaneiro 2012.

quinta-feira, 3 de setembro de 2015

O Líder Diante da Chegada da Morte - Lição 10 - 3º. Tri EBD CPAD – 06.09.2015

Abordagem de Conteúdos Transversalizados  com o Tema em Estudo
                                    2Timóteo4.6-17 http://nasendadacruz.blogspot.com – pastorjoaobarbosa@gmail.com

Reflexão: A morte do crente não é o fim, mas a passagem para a glória eterna, na presença de Deus.

O que é a vida? A vida é um dom de Deus. Jesus disse a Tomé: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14.5a).
Esta vida que Jesus fala é “vida necessária” ou “vida independente”.
Isso significa que somente Deus tem uma vida que se gere e sustenta a si própria, e que não depende de quem quer que seja, para o seu começo ou continuação.
Mesmo nossa vida sendo um dom de Deus, ela é vida contingente, pois, dependemos de Deus.
A morte física é a grande inimiga do corpo, e a morte espiritual é a grande inimiga da alma, porém, Jesus tem o remédio para ambos os males, sendo essa a imensa maravilha realizada naqueles que crêm em Jesus (Rm 10.9).
Morte – Esse tema morte, pode ser dividido em três aspectos:
A morte física, a morte espiritual e a “segunda morte”.
A morte física – é a separação da alma e do espírito do corpo.
A morte espiritual – é a separação da alma e do espírito, de Deus.
A segunda morte – é a forma de morte espiritual de modo final e permanente, se o indivíduo não foi salvo dela. Para Adão, Deus disse como uma penalidade de ameaça pela desobediência: “Certamente morrerás” (Gn 2.7.
Este julgamento que mais tarde veio sobre Adão, incluiu todas as formas de morte, mesmo a segunda morte, se não tivesse sido salvo pela graça divina (Ef 2.6-9).
Como Deus tinha advertido, Adão morreu espiritualmente, no dia em que comeu do fruto proibido, e, assim, tornou-se sujeito á segunda morte.
Naquele mesmo dia, ele começou a morrer fisicamente. Mesmo muitos séculos tenham se passado, ele finalmente pereceu fisicamente.
Agora vejamos em algumas pinceladas, a morte em suas variadas formas:
A morte física – Este grande aspecto da experiência humana, a morte física com relação as suas causas, conforme entendimento do apóstolo Paulo: “Portanto, assim como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, porquanto, todos pecaram.
Porque antes da lei já estava o pecado no mundo, mas onde não há lei, o pecado não é levado em conta, no entanto, a morte reina desde Adão até Moisés.
Mesmo sobre aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão, o que é figura daquele que havia de vir” (Rm 5.12-14).
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No caso da morte física todos os homens participaram da penalidade, pois na avaliação divina, todos estiveram como participantes no primeiro pecado de Adão, por estarem representados em sua função de cabeça natural.
A morte física não é devido a quebra da lei, nem aos pecados individuais, mas pela participação de todos os homens no pecado de Adão.
Há um princípio bíblico em que as gerações futuras agem em seus pais, ou compartilham na responsabilidade que seus pais tiveram, conforme vemos em Hb 7.9,10.
Aqui, Levi que recebeu dízimos, pagou dízimos, quando Abrão pagou dízimo a Melquisedeque.
Levi era bisneto de Abrão, e pagou dízimos, embora tivesse nos lombos de seu visavô.
O texto diz: “E por assim dizer, por meio de Abraão até Levi, que recebe dízimos, pagou dízimos, porquanto, ele ainda estava nos lombos de seu pai, quando Melquisedeque saiu ao encontro deste”.
A morte espiritual – Mesmo a morte espiritual, tendo começado com o mesmo pecado inicial de Adão, ela se torna efetiva sobre a humanidade de uma maneira diferente do que acontece com a morte física.
O primeiro pecado de Adão causou-lhe a transformação  para ele ser uma espécie diferente daquele quando Deus o criou.
Além do que ele só pôde propagar segundo sua espécie, assim a raça foi nascida em morte espiritual, morta – separada de Deus – e recebe aquela espécie caída de natureza diretamente dos pais.
Assim a morte espiritual vem mediatamente através da linhagem de posteridade, enquanto que a morte física e recebida de Adão imediatamente, quando cada pessoa morre no corpo por causa da própria partcipação no primeiro pecado de Adão.
A cura para a morte espiritual é a regeneração, ou a passagem da morte para a vida.
A segunda morte – Como não há cessação de consciência na morte física ou espiritual, também não há cessação de consciência na segunda morte.
A segunda morte é a eterna perpetuação da morte espiritual – uma separação infindável da alma e do espírito, de Deus.
A segunda morte está diretamente relacionada com o “Largo de Fogo”. Segundo o apóstolo João, os que entram na segunda morte também entram no “Largo de Fogo” (Ap 20.12-15).
Por esta razão, João acrescenta: “Bem- aventurado e santo, é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre este, não tem poder a segunda morte.
Mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão com ele durante mil anos” (Ap 20.14).
A segunda morte e o “Largo de Fogo”, são algo idênticos, e se aplica ao estado eterno dos ímpios, o estado eterno dos inimigos de Deus.
O estado eterno dos ímpios é a separação eternamente de Deus (Jo 8.21,24). A segunda morte não é uma aniquilação conforme (Ap 20.10; 19.20).
A morte de Cristo – A morte de Cristo se torna uma exceção a todos os aspectos da morte humana. A morte de Cristo não foi uma penalidade por compartilhamento no pecado de Adão.
Cristo não teve parte alguma com respeito a morte espiritual. Sua pergunta em Mt 27.46, “Deus meus, Deus meu, por que me desamparastes?” quando Deus fica em silêncio, a mente impiedosa não deve intrometer-se.
Diante de tudo o que vimos sobre a realidade da morte e suas consequências, então podemos perguntar: Qual deve ser a reação do líder diante da morte?
Não são todos que se portam com serenidade quando chega a hora de transpor o vale da sombra e da morte, quando o líder precisa ter certeza da missão cumprida (2Tm 4.7,8), da qual Paulo olha  para o passado com gratidão.
O que fora um propósito, agora era um retrospecto (At 20.24). Em segundo lugar Paulo olhou para o presente, com serenidade.
Quanto a mim estou sendo oferecido por libação, e o tempo da minha partida é chegado.
Em terceiro lugar, Paulo olhou para o futuro com esperança. Já de agora a coroa de justiça me está guardada, a qual, o justo juiz me dará naquele dia...
O NT incentiva-nos a ver nossa própria morte, não com temor, mas com alegria e esperança de estar com Cristo.
Paulo diz:”Antes, temos confiança e desejamos-lhe, antes, deixar este corpo, para habitar com o Senhor” (2Co 5.8).
“Porque, todos devemos comparecer ante o tribunal de Cristo, para que cada um receba, segundo o que tiver feito por meio do corpo, ou bem, ou mal” (2Co 5.10).
Quando Paulo estava preso, sem saber se iria morrer ou ser libertado,ele pôde afirmar:
Porquanto,  para mim, o viver é Cristo, e o morrer é lucro.  Entretanto, se o viver na carne traz fruto para o meu trabalho, já não sei o que hei de escolher.
Ora, de um e outro lado, estou constrangido, tenho desejo de partir e estar com Cristo, o que é muito melhor” (Fp 1.21,22). Vide também Ap 14.13.
Os cristãos não precisam temer a morte, pois as Escrituras garantem-nos repetidamente, que nem mesmo “a morte, poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm 8.38,39; Sl 23.4).
Na verdade, Jesus morreu para que “livrasse a todos que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida” (Hb 2.15).
Este versículo lembra-nos de que, nossa postura de tranquilidade diante do medo da morte expressará um tremendo testemunho para os cristãos em uma época em que se procura evitar falar da morte, em que não há resposta para ela, mesmo vivendo em um mundo caído, e nossa experiência de salvação ainda é incompleta.
O último aspecto do mundo caído a se eliminado é a morte.
Depois, virá o fim, quando tiver entregado o reino a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo império e toda potestade e força.
Porque convém que reine até que haja posto a todos os inimigos debaixo de seus pés. (1Co 15.24-26; 54,55).
 O último inimigo a ser destruído é a morte.
Consultas: Lições Bíblicas EBD-CPAD - 3º. Trimestre 2015 – (Comentarista: Pr. Elinaldo Renovato).
 RENOVATO Elinaldo. As Ordenanças de Cristo nas Cartas Pastorais. Rio de Janeiro, 2015 – CPAD
LOPES, Hernandes Dias. 2 Timóteo – O Testamento de Paulo à igreja. Edit. Hagnus. SPaulo, 2014.
GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática – Atual e Exaustiva. Edit. Vida Nova. SPaulo, 1999
CHAFER Lewis Aperry. Teologia Sistemásica. Vls. 7 e 8. Edit. hagnus. SPaulo, 2003

CHAMPLIN. R. N. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo. Vls 2 e 5. Edit. Hagnus.