Abordagem de
Conteúdos Transversalizados com o Tema em Estudo
Reflexão: A morte do crente não é o fim, mas a
passagem para a glória eterna, na presença de Deus.
O que é a vida? A vida é um dom de Deus. Jesus
disse a Tomé: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14.5a).
Esta vida que Jesus fala é “vida necessária” ou “vida
independente”.
Isso significa que somente Deus tem uma vida que se
gere e sustenta a si própria, e que não depende de quem quer que seja, para o
seu começo ou continuação.
Mesmo nossa vida sendo um dom de Deus, ela é vida
contingente, pois, dependemos de Deus.
A morte física é a grande inimiga do corpo, e a
morte espiritual é a grande inimiga da alma, porém, Jesus tem o remédio para
ambos os males, sendo essa a imensa maravilha realizada naqueles que crêm em
Jesus (Rm 10.9).
Morte – Esse tema
morte, pode ser dividido em três
aspectos:
A morte física, a morte espiritual e a “segunda
morte”.
A morte física – é a separação
da alma e do espírito do corpo.
A morte
espiritual – é a separação da alma e do espírito, de Deus.
A segunda morte – é a forma de
morte espiritual de modo final e permanente, se o indivíduo não foi salvo dela.
Para Adão, Deus disse como uma penalidade de ameaça pela desobediência: “Certamente morrerás” (Gn 2.7.
Este julgamento que mais tarde veio sobre Adão,
incluiu todas as formas de morte, mesmo a segunda morte, se não tivesse sido
salvo pela graça divina (Ef 2.6-9).
Como Deus tinha advertido, Adão morreu
espiritualmente, no dia em que comeu do fruto proibido, e, assim, tornou-se
sujeito á segunda morte.
Naquele mesmo dia, ele começou a morrer
fisicamente. Mesmo muitos séculos tenham se passado, ele finalmente pereceu
fisicamente.
Agora vejamos em algumas pinceladas, a morte em
suas variadas formas:
A morte física – Este grande
aspecto da experiência humana, a morte física com relação as suas causas,
conforme entendimento do apóstolo Paulo: “Portanto,
assim como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim
também a morte passou a todos os homens, porquanto, todos pecaram.
Porque antes da
lei já estava o pecado no mundo, mas onde não há lei, o pecado não é levado em
conta, no entanto, a morte reina desde Adão até Moisés.
Mesmo sobre
aqueles que não pecaram à semelhança da transgressão de Adão, o que é figura
daquele que havia de vir” (Rm 5.12-14).
.
No caso da morte física todos os homens
participaram da penalidade, pois na avaliação divina, todos estiveram como
participantes no primeiro pecado de Adão, por estarem representados em sua função
de cabeça natural.
A morte física não é devido a quebra da lei, nem
aos pecados individuais, mas pela participação de todos os homens no pecado de
Adão.
Há um princípio bíblico em que as gerações futuras
agem em seus pais, ou compartilham na responsabilidade que seus pais tiveram,
conforme vemos em Hb 7.9,10.
Aqui, Levi que recebeu dízimos, pagou dízimos, quando
Abrão pagou dízimo a Melquisedeque.
Levi era bisneto de Abrão, e pagou dízimos, embora
tivesse nos lombos de seu visavô.
O texto diz: “E por assim dizer, por meio de Abraão
até Levi, que recebe dízimos, pagou dízimos, porquanto, ele ainda estava nos
lombos de seu pai, quando Melquisedeque saiu ao encontro deste”.
A morte
espiritual – Mesmo a morte espiritual, tendo começado com o
mesmo pecado inicial de Adão, ela se torna efetiva sobre a humanidade de uma
maneira diferente do que acontece com a morte física.
O primeiro pecado de Adão causou-lhe a transformação para ele ser uma espécie diferente daquele
quando Deus o criou.
Além do que ele só pôde propagar segundo sua espécie,
assim a raça foi nascida em morte espiritual, morta – separada de Deus – e recebe
aquela espécie caída de natureza diretamente dos pais.
Assim a morte espiritual vem mediatamente através
da linhagem de posteridade, enquanto que a morte física e recebida de Adão
imediatamente, quando cada pessoa morre no corpo por causa da própria partcipação
no primeiro pecado de Adão.
A cura para a morte espiritual é a regeneração, ou
a passagem da morte para a vida.
A segunda morte – Como não há
cessação de consciência na morte física ou espiritual, também não há cessação
de consciência na segunda morte.
A segunda morte é a eterna perpetuação da morte
espiritual – uma separação infindável da alma e do espírito, de Deus.
A segunda morte está diretamente relacionada com o “Largo
de Fogo”. Segundo o apóstolo João, os que entram na segunda morte também entram
no “Largo de Fogo” (Ap 20.12-15).
Por esta razão, João acrescenta: “Bem- aventurado e
santo, é aquele que tem parte na primeira ressurreição; sobre este, não tem
poder a segunda morte.
Mas serão sacerdotes de Deus e de Cristo e reinarão
com ele durante mil anos” (Ap 20.14).
A segunda morte e o “Largo de Fogo”, são algo idênticos,
e se aplica ao estado eterno dos ímpios, o estado eterno dos inimigos de Deus.
O estado eterno dos ímpios é a separação
eternamente de Deus (Jo 8.21,24). A segunda morte não é uma aniquilação
conforme (Ap 20.10; 19.20).
A morte de
Cristo – A morte de Cristo se torna uma exceção a todos
os aspectos da morte humana. A morte de Cristo não foi uma penalidade por
compartilhamento no pecado de Adão.
Cristo não teve parte alguma com respeito a morte
espiritual. Sua pergunta em Mt 27.46, “Deus
meus, Deus meu, por que me desamparastes?” quando Deus fica em silêncio, a
mente impiedosa não deve intrometer-se.
Diante de tudo o que vimos sobre a realidade da
morte e suas consequências, então podemos perguntar: Qual deve ser a reação do líder diante da morte?
Não são todos que se portam com serenidade quando
chega a hora de transpor o vale da sombra e da morte, quando o líder precisa
ter certeza da missão cumprida (2Tm 4.7,8), da qual Paulo olha para o passado com gratidão.
O que fora um propósito, agora era um retrospecto (At
20.24). Em segundo lugar Paulo olhou para o presente, com serenidade.
Quanto a mim estou sendo oferecido por libação, e o
tempo da minha partida é chegado.
Em terceiro lugar, Paulo olhou para o futuro com
esperança. Já de agora a coroa de justiça me está guardada, a qual, o justo
juiz me dará naquele dia...
O NT incentiva-nos a ver nossa própria morte, não
com temor, mas com alegria e esperança de estar com Cristo.
Paulo diz:”Antes, temos confiança e desejamos-lhe,
antes, deixar este corpo, para habitar com o Senhor” (2Co 5.8).
“Porque, todos devemos comparecer ante o tribunal
de Cristo, para que cada um receba, segundo o que tiver feito por meio do
corpo, ou bem, ou mal” (2Co 5.10).
Quando Paulo estava preso, sem saber se iria morrer
ou ser libertado,ele pôde afirmar:
“Porquanto, para mim, o viver é Cristo, e o morrer é
lucro. Entretanto, se o viver na carne
traz fruto para o meu trabalho, já não sei o que hei de escolher.
Ora, de um e
outro lado, estou constrangido, tenho desejo de partir e estar com Cristo, o
que é muito melhor” (Fp 1.21,22). Vide também Ap 14.13.
Os cristãos não precisam temer a morte, pois as
Escrituras garantem-nos repetidamente, que nem mesmo “a morte, poderá
separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm
8.38,39; Sl 23.4).
Na verdade, Jesus morreu para que “livrasse a todos
que, pelo pavor da morte, estavam sujeitos à escravidão por toda a vida” (Hb
2.15).
Este versículo lembra-nos de que, nossa postura de
tranquilidade diante do medo da morte expressará um tremendo testemunho para os
cristãos em uma época em que se procura evitar falar da morte, em que não há
resposta para ela, mesmo vivendo em um mundo caído, e nossa experiência de
salvação ainda é incompleta.
O último aspecto do mundo caído a se eliminado é a
morte.
Depois, virá o fim, quando tiver entregado o reino
a Deus, ao Pai, e quando houver aniquilado todo império e toda potestade e força.
Porque convém que reine até que haja posto a todos os
inimigos debaixo de seus pés. (1Co 15.24-26; 54,55).
O último
inimigo a ser destruído é a morte.
Consultas: Lições Bíblicas EBD-CPAD - 3º.
Trimestre 2015 – (Comentarista: Pr. Elinaldo Renovato).
RENOVATO Elinaldo. As Ordenanças
de Cristo nas Cartas Pastorais. Rio de Janeiro, 2015 – CPAD
LOPES, Hernandes Dias. 2 Timóteo – O Testamento de Paulo à igreja. Edit.
Hagnus. SPaulo, 2014.
GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática – Atual e Exaustiva. Edit. Vida Nova.
SPaulo, 1999
CHAFER Lewis Aperry. Teologia Sistemásica. Vls. 7 e 8. Edit. hagnus.
SPaulo, 2003
CHAMPLIN. R. N. O Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo.
Vls 2 e 5. Edit. Hagnus.
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