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terça-feira, 5 de junho de 2018

Lição 11 - ÉTICA CRISTÃ VÍCIOS E JOGOS - 10.06.2018


Subsídios Teológicos e Bibliológicos para Estudo sobre:
Lição 11 - ÉTICA CRISTÃ VÍCIOS E JOGOS - 10.06.2018
Texto Bíblico: Provérbios 28.1-10
Por: Pr. João Barbosa

VÍCIOS – UMA DEGRADAÇÃO DA VIDA HUMANA

De acordo com alguns dicionários vicio é: Defeito físico ou moral; deformidade e imperfeição; defeito que torna uma coisa ou ato impróprio, inoperante ou inapto para o fim a que se destinam; ou para o efeito que deseje produzir.

Tudo aquilo que escraviza o homem e o faz perder seus valores pode ser qualificado como vicíos que resultam na degradação da essência humana.

Vício também é um hábito ou prática, muitas vezes imoral ou mal; conduta imoral; comportamento depravado ou degradante. Vicio é o contrário da virtude, assim como o errado diverge do certo e as trevas fazem oposição a luz.

Durante a Idade Média, os teólogos relacionaram os “vícios” aos denominados sete “pecados capitais”. Os vícios eram identificados em um ou mais dos pecados mortais: orgulho, avareza, lascívia, inveja, glutonaria, ira e preguiça.

Esses vícios para os antigos eram considerados a origem de todos os demais vícios que possam ser praticados pelo homem. O apóstolo Paulo enfatiza o comportamento ético do cristão como aquele que age na luz: “não em glutonarias, nem em bebedeiras, nem em desonestidade, nem em dissoluções, nem em contendas e inveja” (Rm 3.13).

Todos aqueles que são viciados no álcool, cigarro ou qualquer outras drogas evidenciam a ausência de paz de espírito, são pessoas que andam em trevas e necessitam de urgente libertação (Gl 5.16; 1Jo 2.8).

A ética é o estudo da conduta ideal. É impossível alcançar esse ideal sem saber o que fazer e o que evitar. Ensinos sobre vícios e virtude nos ajudam a determinar os elementos desejáveis e indesejáveis de uma ação moral tanto nos ensinos do Senhor Jesus Cristo como nos ensinos do apóstolo Paulo encontramos várias listas de vícios que levam os homem a condenação eterna (Mc 7.20-23; Mt 15.19,20; Rm 1.29).

O homem sem Deus é um ser verdadeiramente cheio de vícios. Listando e examinando os muitos vícios dos homens aprendemos muitas coisas sobre a natureza decaída do ser humano e as várias formas de manifestação do pecado.

O apóstolo Paulo em sua carta aos Romanos 1.29, enumera dez vícios comuns na vida daqueles que não conhecem a Deus: iniquidade, prostituição, malícia, avareza, maldade, inveja, homicídio, contenda, engano e malignidade.




O VÍCIO DA EMBRIAGUÊS

A embriaguês é tanto um vício como um pecado (Lc 21.34; Ef 2.18; 1Co 6.10). A embriaguez altera o bom senso e o relacionamento (Pv 31.4,5). O álcool retira a inibição e a pessoa perde “a motivação para fazer o que é certo” (Os 4.11).

O alcoolismo leva a pobreza e a graves problemas de saúde (Pv 23.21,31,32). Dados da organização da saúde (OMS), apontam o alcoolismo como a terceira causa de morte no mundo. A igreja deve posicionar-se e trabalhar na prevenção do alcoolismo.

O problema é também de ordem espiritual, médica e psicológica. Muitas pessoas fazem uso da bebida alcóolica como um meio de fuga para os seus problemas. Por conseguinte precisamos sair da clausura dos templos e anunciar que Cristo produz vida (Jo 10.10), e concede paz à alma (Jo 14.27).

PRIMEIRO CASO DE EMBRIAGUÊS

A bebida forte e a embriaguez aparecem na Bíblia pela primeira vez em (Gn 9.21-28), quando Noé embriagou-se e expôs sua nudez diante da sua família, o que resultou em um ato de maldição para o seu neto Canaã.

Na Bíblia o vício da embriaguez está sempre ligado ao pecado, a vergonha e a maldição. Isso nos mostra as malignas consequências para uma família que traz o vício da bebida alcóolica. Bebida forte no contexto bíblico refere-se ao vinho fermentado que pode ser equivalente a bebida alcóolica do nosso tempo.

“O vinho é escarnecedor e a bebida forte alvoroçadora; e todo aquele que nele errar nunca será sábio” (Pv 20.1). Por causa dos males que acompanham a embriaguês, Deus proibiu sob pena de morte aos homens do altar – os sacerdotes da antiga aliança e pastores de igrejas de nossos dias, e todos aqueles que têm temor de Deus – de tomarem vinho ou bebida forte (Lv 10.9).

A mãe de Sansão antes de conceber lhe foi dito pelo anjo do Senhor que não tomasse vinho nem bebida forte, pois o menino seria nazireu de Deus desde a madre (Jz 13.4-7).

“O nazireu não podia tomar vinho nem bebida forte” (Nm 6.1-3). Na Bíblia encontramos sempre a palavra vinho ou bebida forte porque ainda não existiam algumas bebidas alcóolicas que existem tanto no Brasil como em todo o mundo com as quais os homens se embriagam.

O conselho dos sábios como encontramos no livro dos Provérbios são: “Não olhes para o vinho, quando se mostra vermelho e quando resplandece no copo, e se escoa suavemente (...) e serás como os que dormem no meio do mar e como o que dorme no topo do mastro. E dirás: espancaram-me e não me doeu; bateu-me e não senti” (Pv 23.31.34,35).

“Nem os reis nem os príncipes devem desejar bebida forte para que não bebam, e se esqueçam do estatuto e pervertam o juízo de todos os aflitos”. Foi o conselho dado ao rei Nemuel pela sua mãe (Pv 31.4-7).

O vício da embriaguez é tão abominável quanto a idolatria, o roubo, o adultério e o homossexualismo e todos os atos de violência, cujos praticantes não terão parte no reino dos céus (Lc 12.45,46; 1Co 6.9,10; 1Pe 4.3,5; Rm 3.13). A ciência mostra que qualquer partícula de álcool na corrente sanguínea pode destruir ou alterar células do cérebro.

A ARMADILHA DOS JOGOS DE AZAR

Tudo que exige investimentos sem retorno garantido e sem compromisso com a ética e a moral cristã cresulta em sérios prejuízos para a família. Entenda-se por “jogo de azar”, para os efeitos penais, tudo aquilo em que o ganho e a perda dependem exclusiva e principalmente da sorte.

Consideram-se jogos de azar: Os jogos dependentes da sorte, apostas em qualquer outra competição. O décimo mandamento do decálogo condena a cobiça que é a raiz de todos os jogos de azar. E o ensino de Paulo a Timóteo que diz que o amor ao dinheiro é a raiz de toda espécie de males (1Tm 6.10).

OS JOGOS DE AZAR E AS CONSEQUÊNCIAS PARA A SAÚDE

Os jogos de azar, assim como o álcool, o cigarro e as demais drogas causam dependência química e psíquica. Em 1992, a OMS concluiu que jogar faz mal à saúde e incluiu o jogo compulsivo no código internacional de doenças.
 

Quando em crise de abstinência, o jogador sofre com tremores, náuseas, depressão e graves problemas cardíacos. Cerca de 80% dos viciados em jogos de azar relatam algum tipo de ideia suicida como uma forma de fugir da vergonha moral de suas dívidas.

Tal como os outros viciados, os jogadores compulsivos tendem ao desenvolvimento de doenças psiquiátricas. Maltratar o próprio corpo é insensatez e afronta contra a vida outorgada por Deus (1Sm 2.6; Ef 5.29,30).

LUDOPATIA

A doença denominada de ludopatia refere-se ao jogo compulsivo ou patológico, que leva a pessoa a não poder resistir ao impulso de jogar mais e mais, provocando graves problemas econômicos, psicológicos e familiares.

O auto flagelo seja psíquico ou físico é comumente encontrado em pessoas diagnosticadas com essa patologia. Sergundo a OMS, uma pessoa com um quador de ludopatia apresenta pelo menos cinco dos sintomas a seguir:

Necessidade de aumentar o risco e as apostas; ficar o tempo todo preocupado com o jogo; apresentar irritação e nervosismo se deixar de jogar e usar o jogo para escapar de problemas tais como mentor para os familiares e amigos para esconder seu real envolvimento com o jogo; tentar se concentrar e parar de jogar, e não conseguir; fazer do jogo uma prioridade que ameaça relacionamentos, oportunidades de trabalho e carreira.

Essa patologia geralmente está associada a outros vícios igualmente nocivos tais como o alcoolismo o tabagismo e o consumo de drogas em geral; todas ilícitas.





DEVEMOS VIVER COM SOBRIEDADE

A vitória do cristão contra os vícios e os jogos de azar englobam a sobriedade, honestidade e fidelidade ao autor da vida. A ética cristã requer do cristão um comportamento digno e uma vida de moderação.

Não é condizente com os salvos em Cristo a extravagância, o destempero, o desequilíbrio ou qualquer outra atitude que possa manchar o evangelho ou denegrir o bom nome de Cristo.

A expressão grega nephalius refere-se à sobriedade em relação ao consumo de bebidas alcóolicas. O dicionário indica aquele que ao contrário do embriagado, está desperto, consciente e com capacidade de discernir.

O termo também é utilizado para identificar vida equilibrada. Trata-se da virtude daquele que controla as paixões da carne (Gl 5.24). Desse modo, a sobriedade abrange o comportamento moderado, a mente sã, o bom juízo e a prudência (Rm 12.3); 1Tm 1.5; 2Tm 1.7). O conselho bíblico é a abistinência de toda a imundícia.

No que diz respeito à abistinência total de álcool vez ou outra, há uma discussão acerca do uso do vinho no Novo Testamento. Falamos muito acerca do vinho e da bebida forte que era o mesmo vinho quando fermentado.

O vinho servido nas bodas de Canaã da Galiléia (Jo 2.9) e o vinho usado por Cristo na instituição da Ceia do Senhor (Lc 22.20) e o vinho recomendado por Paulo a Timóteo (1Tm 5.23); fique bem claro para todos que este vinho trata do suco natural da vide conforme Jesus disse aos discípulos no evangelho de Mateus 26.29 – “Digo-vos que, desde agora não bebereis deste fruto da vide até aquele dia em que beba novo convosco no reino de meu Pai”.

O vinho de Caná da Galiléia não era fermentado e o vinho que Paulo recomendou a Timóteo também não era fermentado (1Co 11.25-29).


CONCLUSÃO
Os vícios transgridem os mandamentos de Deus (1Jo 3.4), possuem ligações espirituais e são estimulados por Satanás (1Jo 3.8; Rm 7.23,24; Gl 5.16-18). A falta de fé pode levar o homem aos vícios (Rm 14.23). Os vícios tem origem no coração do homem (Mt 15.19; Mc 7.21-22).

A palavra de Deus condena o uso de qualquer bebida alcóolica e afirma ser todos os vícios, inclusive os morais, meios destrutivos que o Diabo usa para ceifar vidas e destruir famílias.



 Consultas:
BAPTISTA Douglas.Comentarista da Lição Bíblica do 2º. Trimestre.  Valores cristãos – Enfrentando as questões morais de nosso tempo.
BAPTISTA Douglas. Valores cristãos – Enfrentando as questões morais de nosso tempo. CPAD. Rio de Janeiro 2018
ELWELL, Walter A. Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã. Vida Nova. SPaulo 2009
SILVA, João Barbosa. Subsídio Teológico da Lição O Cristão, os Vícios e os Jogos. Lição 12 EBD CPAD. 3º. Trimestre 2002
DOCKERY, David S. Manual Bíblico Vida Nova. Editora Vida Nova. São Paulo 2001
RADMACHER. Early D.O Novo Comentário Bíblico – Novo Testamento. com recursos adicionais. Editora C Gospel. Rio de Janeiro 2010



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