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terça-feira, 29 de maio de 2018

Lição 10 - Ética Cristã e Vida Financeira - 03.06.2018


Subsídios Teológicos e Bibliológicos para Estudo sobre:
Lição 10 - Ética Cristã e Vida Financeira - 03.06.2018
Texto Bíblico: 1Crônicas 29.10-14; 1Timóteo 6.8-10
Por: Pr. João Barbosa

UMA TEOLOGIA PARA AS FINANÇAS

O planejamento do orçamento familiar produz tranquilidade na vida financeira e a benção financeira tem a ver com a fidelidade desta família a Deus.

O equilíbrio financeiro que é o fiel da balança dos extremos entre a riqueza e a pobreza possibilita uma vida tranquila e sem preocupações. Os que se dedicam de modo desordenado em busca do enriquecimento são traspassados de muitas aflições.

Ora, os que querem ficar ricos caem em tentação, e ciladas, e em muitas concupiscências insensatas e perniciosas, as quais afogam os homens nas ruínas e perdição. Porque o amor do dinheiro  é raiz de todos os males; e alguns, nessa cobiça, se desviaram da fé, e a si mesmo se atormentaram com muitas dores” (1Tm 6.9,10).

E, no outro extremo, os que negligenciam suas finanças estão fadados a uma vida de miséria. O que lavra a sua terra virá a fartar-se de pão, mas o que se ajunta a vadios se fartará da pobreza (Pv 28.19).

O FASCÍNIO DO HOMEM PELO DINHEIRO

O dinheiro exerce um grande domínio sobre os homens. E a Palavra de Deus trata com muita seriedade este importante assunto. Em seu ministério de ensino Jesus falou mais sobre dinheiro do que sobre o céu.

O Senhor Jesus mostrou que o dinheiro é muito mais do que uma moeda; é um ídolo. Jesus deu nome ao dinheiro: “mamon”. No altar de mamom muitos vivem e morrem, matam e mandam matar, casam e se descasam, corrompem e são corrompidos. A única entidade na terra que Jesus chamou de “Senhor” é a riqueza. Disse ele: “

Ninguém pode servir a dois senhores; porque ou há de aborrecer-se de um e amar a outro, ou se devotará a um e desprezará a outro. Não podeis servir a Deus e as riquezas” (Mt 6.24).

Jesus alertou sobre o perigo da fascinação da riqueza, que sufoca a semente da Palavra de Deus no coração. O dinheiro é um bom servo, mas um péssimo patrão. O dinheiro é o maior senhor de escravo do mundo.

Exige atenção exclusiva e dedicação total. Aqueles que servem ao dinheiro tornam-se escravos dele, e são atormentados com muitos flagelos. O dinheiro é um embosteiro porque promete felicidade, mas não é capaz de preencher o vazio da alma.

As pessoas que mais se matam não são os pobres, mas o rico, que chegaram ao topo da pirâmide social e descobriram que a felicidade não estava lá.

VIDA FINANCEIRA EQUILIBRADA

No livro de Provérbios estão registradas as palavras de Agur (Pv 30.1). Ele fez dois pedidos ao Senhor, os quais almejava usufruir antes de sua morte (Pv 30.7).

Seu primeiro pedido era por uma vida íntegra, livre da falsidade e da vaidade (Pv. 30.8a). Na segunda petição, Agur desejou uma vida financeira equilibrada. Ele rogou: Não me deis nem a pobreza nem a riqueza (Pv 30.8b).

O motivo desse segundo pedido é explicado em seguida: “Para que, porventura, de farto te não negue e diga: Quem é o Senhor? Ou que, empobrecendo, venha a furtar e lance mão do nome de Deus” (Pv 30.9).

Agur desejava dinheiro suficiente para uma vida digna que não o levasse a pecar. Ele não queria muito dinheiro para evitar a soberba, mas também não queria que faltasse para não ser desonesto. Nesse propósito, ele aspirava a apenas á porção necessária para cada dia (Pv 30.8c).

E foi exatamente assim que Cristo nos ensinou a pedir: “O pão nosso de cada dia dá-nos hoje”.

A FORMA CRISTÃ DE GANHAR DINHEIRO

Meios honestos deve ser o método pelos quais o cristão ganha dinheiro. Ganhar dinheiro não é pecado, e sim uma necessidade insdispensável de cada ser humano, principalmente os pais de família. Trabalhar de modo honesto para o seu sustento e de sua família é uma atitude de obediência ao mandato de Deus.

“Tomou, pois, o Senhor deus ao homem e o colocou no jardim do Éden para o cultivar e o guardar” (Gn 2.15). “No suor do rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra, pois dela foste formado; porque tu és pó e ao pó tornarás” (Gn 3.19).

Por meio do trabalho e do emprego

Embora o homem já exercesse alguma atividade relacionada ao trabalho antes da queda (Gn 2.15), por causa do pecado ele passou a empregar esforços para obter os bens necessários para sua sobrevivência (Gn 3.19a).

Assim, o trabalho passou a ser um meio legítimo para prover o sustento da humanidade. Jesus ensinou que “Digno é o trabalhador do seu salário” (Lc 10.7).

Escrevendo aos irmãos de Tessalônica, o apóstolo Paulo enfatizou que o trabalho é omeio digno de se ganhar dinheiro (1Ts 2.9). Em hipótese alguma no afã de obter o seu salário o cristão não pode envolver-se com meios ilícitos ou criminosos.

“Balança enganosa é abominação para o Senhor mas o peso justo é o seu prazer” (Pv 11.1). “Dois pesos e duas medidas, uns e outros são abomináveis ao Senhor” (Pv 20.10).

O cristão não pode explorar nem extorquir o seu semelhante (Am 2.6). A responsabilidade individual de trabalhar para o próprio sustento é um dever relevante que cada cristão deve seguir de acordo com o que ensina a Palavra de Deus.

O preguiçoso morre desejando, porque as suas mãos recusam trabalhar (Pv 21.25). Diz o preguiçoso: Um leão está lá fora, serei morto no meio das ruas (22.13). Paulo asseverou: se alguém não quiser trabalhar, também não coma (2Ts 3.10).

O DINHEIRO BEM ADMINISTRADO

A doutrina da mordomia é ensinada em toda a Bíblia. Esta doutrina alcança e envolve o povo de Deus, de todas as gerações e de todas as épocas. Mordomia é uma “doutrina da graça” que é aplicada aos crentes da velha e da nova aliança.

Deus confia os seus bens ao homem, a fim de que ele o administre com sabedoria, diligência, honestidade e fidelidade. “Minha é a prata, meu é o ouro, diz o Senhor dos Exércitos” (Ag 2.8).

“Ao Senhor pertence a terra e tudo que nela se contém, o mundo e os que nele habitam” (Sl 24.1). Ao confiar seus bens a administração do homem, Deus fundamenta-se na graça, e não na lei.

A boa administração financeira tem início com a fidelidade do cristão na entrega dos dízimos e ofertas. O dízimo era praticado antes da lei (Gn 14.18-20), e durante o período da lei (Ml 3.7-10). E permaneceu em vigor na nova aliança (Mt 23.7.10-23; Lc 11.42; Hb 7.4-8).

Portanto, o dízimo é um mandamento da lei e da graça. Pertence a antiga e a nova dispensação. Quando Jesus afirmou aos fariseus: Dai, pois, a César o que é de César e a Deus o que é de Deus (Mt 22.21).

Jesus fez uma pergunta aos fariseus: O que é de Deus? A Bíblia diz que tudo é de Deus (Sl 24.1). Nada trouxemos para este mundo, nem nada dele levaremos (1Tm 6.7). A Palavra de Deus diz que o dízimo é de Deus (Lv 27.30-32).

Sempre foi e jamais deixou de ser. Retê-lo é roubar a Deus  (Ml 3.8). Então, Jesus está dizendo que devemos dar a Deus o que é de Deus. Ora, se Abraão entregou o dízimo a Melquisedeque (Gn 14.20). E esse sacerdote é um tipo de Cristo (Hb 7.1-3), logo, nós, filho de Abraão, devemos entregar o dízimo a Cristo.

Sacerdote não da ordem levítica, mas da ordem de Melquisedeque (Hb 7.8). O sacerdócio levíticvo cessou (Hb 7.18), mas o sacerdócio de Cristo, segundo a ordem de Melquidsedeque, permanece para sempre (Hb 7.17).

Ainda é importante dizer que os princípios ensinados pelo apóstolo Paulo sobre o recolhimento das ofertas para os pobres da Judéia (1Co 16.1-4; 2Co 8 – 9;) seguiram os mesmos princípios do dízimo, ou seja, individualidade, sistemalidade e proporcionalidade.

É digno de nota que o apóstolo Paulo ensina a questão da motivação certa para ofertar. Devemos fazer o certo, com a motivação certa. Mas obediência é um imperativo. Não passa pelo crivo da minha vontade.

Não é a minha vontade que dá validade a verdade. Devo obedecer, mesmo quando não sinto vontade de obedecer. Não devo viver pelas minhas emoções. Mas, pela fé.


 Consultas:
BAPTISTA Douglas.Comentarista da Lição Bíblica do 2º. Trimestre.  Valores cristãos – Enfrentando as questões morais de nosso tempo.
BAPTISTA Douglas. Valores cristãos – Enfrentando as questões morais de nosso tempo. CPAD. Rio de Janeiro 2018
LOPES, Hernandes Dias. Dízimos e Ofertas são para Hoje? Hagnos. São Paulo 2007
ELWELL, Walter A. Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã. Vida Nova. SPaulo 2009
SILVA, João Barbosa. Subsídio Teológico da lição A angústia das dívidas. Lição 09 EBD CPAD. 3º. Trimestre 2012
https://www.infoescola.com/geografia/controle-de-natalidade/
https://brasilescola.com.br/geografia/explosão-demográfica.htm



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