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sábado, 29 de junho de 2013

Eu e a Minha Casa Serviremos ao Senhor - Lição 13 - 2º. Tri. 2013 - EBD CPAD – 30.06.2013

Síntese do Estudo Bíblico: Pr. João Barbosa
 Texto da Lição: Josué 24.14-18, 22,24                
I  - OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
1.      Conhecer o exemplo de Noé.
2.      Imitar a decisão de Josué.
3.      Compreender  a fidelidade dos recabitas. 

II  - REFLEXÃO BÍBLICA:
“Porém se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolheis hoje a quem sirvais, se os deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio, ou os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao SENHOR”.
(Josué 24.15)
III - DESENVOLVIMENTO:
Levar a família a servir ao Senhor, nos dias presentes, é um desafio que só se vence com a graça e o poder de Deus. Hoje, nestes tempos trabalhosos, a quem se referiu o apóstolo Paulo, não é fácil ter uma família inteira servindo a Deus. A vida moderna conspira contra a família, contra o lar, e contra o casamento.

Se na época de Josué o grande líder que substituiu Moisés na liderança do povo israelita em direção a Canaã, era um desafio levar a família a servir ao Senhor, não é difícil entender que essa missão é muito desafiadora e preocupante nos dias presentes.

A Bíblia nos relata a vida do patriarca Noé como um exemplo para os pais de família destes últimos tempos. Noé viveu numa sociedade corrompida, cuja época foi marcada por uma imoralidade incontrolável e por uma completa ausência de temor de Deus (Gn 6,1,12).
  
Metusalém o homem que mais viveu em toda história do ser humano na terra – novecentos e sessenta e nove anos, foi filho de Enoque, que se tornou um exemplo de servo de Deus, dotado de qualidades especiais, a ponto de não ter passado pelo aguilhão da morte, sendo arrebatado aos céus (Gn 5.2,24).

Enoque teve um filho, chamado Lameque, que foi pai de Noé. Este, quando tinha quinhentos anos, gerou três filhos: Sem, Cão e Jafé (Gn 5.31), os quais marcaram a história da humanidade, como únicos sobreviventes da castástrofe diluviana.

Noé viveu uma das épocas mais terríveis em termos morais e espirituais (Gn 6.11,12), um mundo corrompido como o atual, que desdenha da santidade, e valoriza a promiscuidade pecaminosa do homem sem Deus. A corrupção, a violência, a depravação sexual e outros males eram globais.

Em toda a história, houve pecaminosidade. Mas nos dias atuais, essa pecaminosidade tem sido aumentada em índices muito elevados que ultrapassam o que havia no tempo do patriarca do Dilúvio. Este é o tempo que precede a volta de Jesus (Mateu 24.37-39).

Pais de família estão perplexos ao verem seus filhos sendo levados pela onda avassaladora de imoralidade, violência e corrupção. E o único caminho a seguir é confiar no Deus Todo-Poderoso, o Deus de Noé que teve uma vida vitoriosa por servir, obedecer e confiar nesse Deus.

Em meio à humanidade de sua época, somente Noé e sua família escaparam da catástrofe mundial, que devastou o planeta Terra. Noé tinha qualidades pessoais que o fizeram digno de receber a graça e a misericórdia de Deus. Era justo, reto e andava com Deus, a exemplo de seu bisavô Enoque (Gn 5.24).

Um outro exemplo que podemos destacar é o posicionamento do líder Josué em uma época em que Canaã estava vivendo um tempo de lassidão moral e idolatria. Naturalmente o povo de Deus foi influenciado por esse contexto de trevas.

Mas Josué não deixou de se posicionar e, categoricamente afirmou: “..... se vos parece mal aos vossos olhos servir ao Senhor, escolheis hoje a quem sirvais, se os deuses a quem serviram vossos pais, que estavam dalém do rio, ou os deuses dos amorreus, em cuja terra habitais; porém eu e a minha casa serviremos ao SENHOR”.

Josué tomou uma firme decisão, a fim de preservar a sua família da idolatria e da lassidão moral de Canaã (Js 24.15). Como pai de família, Josué não se omitiu diante da idolatria que ameaçava as tribos israelitas, e decidiu firmemente levar toda a sua casa a servir somente a Deus. Como Josué devemos educar nossos filhos. Essa decisão tem de ser prioritária em nossa vida. Assim agiu Josué, porque ele sabia que de outra forma não haveria esperança para o seu lar.

Os recabitas, uma tribo nômade aparentada com os queneus e com Jetro sogro de Moisés (Jz 1.16; 1Cr 2.55) havia recebido dos seu ancestral Jonadabe, os princípios da lei do Senhor( 2Re 10.15-27). Este ordenara a seus filhos mais de duzentos anos antes, que não bebessem nehum tipo de vinho. Aos seus filhos, Recabe transmitira fielmente os princípios da Lei de Deus. Passados duzentos anos, seus descendentes continuavam a observar-lhe as ordenanças e a respeitar-lhe as tradições. Por isso o Senhor resolveu mostrar-lhes como exemplo de fidelidade aos filhos de Judá.

Instruído por Deus, Jeremias leva-os a uma das câmaras do Santo Templo e oferece vinho áqueles homens (Jr 35.1-14). Mas eles se recusam a beber, porque se mantinham obedientes á voz de Recabe: “Não beberemos vinho, porque Jonadabe, filho de Recabe, nosso pai, nos mandou dizendo: Nunca bebereis vinho, nem vós nem vossos filhos; [...] Obedecemos, pois, á voz de Jonadabe, filho de Recabe, nosso pai, em tudo quanto nos ordenou [...]” (Jr 35.6,8).

Por sua obediência foram os recabitas poupados por Deus na destruição de Jerusalém pelos babilônios, ao passo que os judeus infiéis vieram a perecer. Se encaminharmos nossos filhos nas Sagradas Escrituras, eles também serão preservados da tribulação que virá sobre este mundo que jaz no maligno. Isnstruamos portanto, nossa casa na doutrina e na admoestação do Senhor.


IV  - VERDADE PRÁTICA: Quando analisamos a sociedade pós-moderna, podemos concluir que não há diferença entre o nosso século e o século do qual viveu o santo patriarca Noé. Desta forma nos encontramos diante de um dos mais fortes prenúncios da iminente volta de Jesus conforme nos relata Mateu 24.37-44.

“E, como foi nos dias de Noé, assim será também a vinda do Filho do Homem. Porquanto, assim como, nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até ao dia em que Noé entrou na arca, e não o perceberam, até que veio o dilúvio, e os levou a todos, assim será também a vinda do Filho do Homem.

Então, estando dois no campo, será levado um e deixado o outro; estando duas moendo no moinho, será levada uma e deixada  outra. Vigiai pois, porque não sabeis a que hora há de vir o vosso Senhor. Mas considerai isto: se o pai de família soubesse a que vigília da noite havia de vir o ladrão, vigiaria e não deixaria que fosse arrombada a sua casa. Por isso estai vós apercebidos também, porque o Filho do Homem há de vir á hora a que não penseis”.

Se os pais de família de hoje quiserem entrar com os seus na “Arca da Salvação”, que é Cristo, precisam seguir o exemplo de Noé. Não obstante todo mundo se corromper, Noé soube dar exemplo á sua família, transmitindo-lhes os ensinamentos de Deus que os havia de livrar da destruição pelo Dilúvio. Noé serviu ao Senhor com sua casa, foi salvo e viu sua família escapar da destruição.

Não podemos também exitar em tomar a mesma decisão de Josué que firmemente declarou: “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor”. Este é um exemplo que todo cristão deve seguir. Caso contrário, nosso cônjuge e filhos serão destruídos pela iniquidade. Preservar valores morais, éticos e espirituais é nossa responsabilidade como pais, educando os nossos filhos com amor e firmeza, impondo-lhes limites.

É muito importante porém, não confundir disciplina com brutalidade, pois a esse respeito a Palavra de Deus é bem clara: “E vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor” (Ef 6.4b).  Isso significa que não podemos nos omitir, mas agir com sabedoria.

O momento em que vivemos requer firmeza e coragem. Se não agirmos como estes servos de Deus em estudo, certamente corremos o risco de ver o nosso lar destruído pelo Maligno. Quantos pais, nos dias presentes, têm sido fruistrados em sua criação para com os filhos.

Por não observarem as orientações da Palavra de Deus não conseguiram enfrentar e debelar a terrível influência mundana sobre sua família e choram, lamentando ao ver os filhos perdidos, desviados, longe de Deus, muitas vezes tragados pelos vícios, pela prostituição ou pela violência.

Tomemos a decisão de Josué “Eu e a minha casa serviremos ao Senhor”. Isso não é mágico, repentino, ilusório. É necessário que uma série de atitudes e ações sejam desenvolvidas para que esse objetivo seja alcançado. É uma decisão, um propósito. Precisa haver firmeza de fé e de caráter nos membros da família, a começar dos pais que devem ser exemplo para eles.

Vigiemos e oremos em todo o tempo, para que a nossa casa não seja alcançada pelas águas do dilúvio moral que encobre o presente século. Digamos pois, ousadamente: Eu e a minha casa serviremos ao Senhor”.



Consultas:
Lições Bíblicas EBD-CPAD - 2º. Trimestre 2013 – (Comentarista: Elinaldo Renovato).  - Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
RICHARDS, Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1. Ed. Rio de Janeiro: CPAD, 2007                    
LIMA, Elinaldo Renovato de. A Família Cristã e os Ataques do Inimigo. Rio de Janeiro 2013. 1ª. Edição. CPAD
VEITE Jr. Gene Edwuard.  Tempos Pós-Modernos – Uma avaliação do pensamento cristão e da cultura de nossa época. São Paulo 1999. 1ª. Edição  Editora Cristã.
KOSTENBERGER, Andréas J. Deus, Casamento e Família – Reconstruindo o fundamento bíblico. São Paulo 2011 – Editora Vida Nova
Gilberto, Pr. Antonio – Manual da Escola Dominical – Edição CPAD
SCHALKWIJK, Frans Leonard. Igreja e Estado no Brasil Holandês. 1630 – 1640. Soc. Religiosa. Edt. Vida Nova

Revista Eclésia – abril. 2000

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