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bíblico-literárias e pedagógicas contextualizadas com os temas
Por: Pr. João Barbosa da Silva
“E fez voltar a sombra dez graus, pelos
graus que já tinha reclinado no relógio de sol de Acaz” (2 Re 20.11).
Existem algumas pessoas que nasceram para uma
finalidade específica, entre estas podemos citar: Moisés, Sansão, João Batista
e Jesus Cristo.
Deixando de lado estes casos
especiais, parece que o tempo de nascer aqui é empregado de maneira simples e
natural e os nascimentos vão ocorrendo à proporção que homem e mulher se unem
sexualmente.
O “profundo respeito pela vida no estágio
pré-natal” que observamos no Antigo
Testamento é revelado pela estipulação mosaica para que quem fizesse mal à
criança não nascida ainda no ventre da mãe fosse castigado:
“Mas, se houver
morte, então, darás vida por vida, olho por olho, dente por dente, mão por mão,
pé por pé, queimadura por queimadura, ferimento por ferimento, golpe por
golpe.” (Ex. 21.23.24)
Como podemos observar as Escrituras consideram que
a vida humana tem seu início na concepção e que não existe um “direito humano” de tirar a vida de uma criança não nascida.
Essa idéia está em harmonia com a declaração
bíblica de que Deus é o Deus da vida e de que toda a criação (especialmente os
seres humanos) é preciosa e digna de ser preservada
– “Ó Senhor, Senhor
nosso, quão admirável o teu nome em toda a terra, pois puseste a tua glória
sobre os céus! Da boca das crianças
e dos que mamam tu
suscitaste força, por causa dos teus adversários, para fazeres calar o inimigo
e o vingativo.
Quando vejo os teus
céus, obra dos teus dedos e a lua e as estrelas que preparaste; que é o homem
mortal para que te lembres dele.
Ou o Filho do homem
para que o visites. Contudo, pouco menor o fizeste do que os anjos e de glória
e de honra o coroaste.
Fazes com que ele
tenha domínio sobre as obras de tuas mãos; tudo puseste debaixo de seus pés:
Todas as ovelhas e
bois, assim como os animais do campo; as aves dos céus, e os peixes do mar, e
tudo o que passa pelas veredas dos mares. Ó Senhor, Senhor nosso, quão
admirável é o teu nome em toda a terra!” (Salmo 8.1-9).
Embora as tentativas de aborto fossem comuns no
Mundo Antigo, mais corriqueiro ainda era o abandono de bebês depois do
nascimento.
Um dos principais motivos de o aborto ser menos
comum era a grande probabilidade de a mãe morrer ao abortar.
Ademais, os meninos eram mais valorizados do que as
meninas, de modo que as pessoas esperavam até depois do nascimento para saber o
sexo do bebê. Caso fosse menina, optavam muitas vezes por abandoná-la. O bebê
era abandonado em um montão de lixo ou em um local isolado.
Outra realidade triste era que, por vezes,
mercadores de escravos recebiam bebês e os criavam para vendê-los como escravos
ou, no caso de meninas para servirem de prostitutas.
No mundo grego romano o abandono de bebês não era
considerado infanticídio, mas sim, recusa em recebê-lo na sociedade, uma idéia
desprovida de implicações morais negativas.
Essas práticas contrastavam nitidamente com a lei
judaica que, com base em Êxodo 21.22-25, proibia o aborto e o abandono.
A passagem de Êxodo citada acima estipula que quem
ferisse uma gestante e lhe causasse dano deveria ser castigado com a mesma
moeda:
“Vida por vida, olho
por olho, dente por dente, mão por mão, pé por pé, queimadura por queimadura,
ferimento por ferimento, golpe por golpe.”
Para a lei judaica, essa pena deixava implícito que
a vida antes do nascimento tinha o mesmo valor que a vida depois do nascimento.
Sobre a morte, no entanto, o assunto é mais
interessante e também mais vivenciado. E, apesar de a Bíblia não trazer um
pronunciamento específico sobre o assunto, podemos inferir alguns ensinamentos
que muito nos ajudarão.
Segundo os relatos bíblicos;
no início da civilização, a vida durava séculos. Adão, por exemplo, viveu 930
anos (Gn 5.5);
Sete, um dos filhos de Adão,
viveu 912 anos (Gn 5.8); Metuselá ou Matusalém, como transliteram algumas
traduções, foi o homem, na Bíblia, que mais viveu: 969 anos (Gn 5.27).
Mais tarde, pelo tempo do
dilúvio, por causa da corrupção humana, Deus fixou o tempo de vida do ser
humano em 120 anos (Gn 6.3). Mesmo assim, alguns continuaram a ultrapassar
esta média, como foi o caso
de Abraão, que morreu com 175 anos (Gn 25.7). Mas o Salmo 90 já dizia que o
tempo de vida útil alcançava apenas os 70 anos; e o que passava disso era
canseira e enfado (Sl 90.10).
O tempo determinado para
morrer pelo texto de Eclesiastes cap.3, ver.2, não dá para definir se Deus está
falando de uma pré determinação
para cada pessoa morrer, ou
se está falando que cada pessoa chegará ao seu momento de partir, simplesmente,
sem que isto represente um determinismo.
No Livro de Jó cap.14, ver.5,
lemos que os dias do homem estão determinados por Deus, até mesmo os meses, e
que Deus lhe pôs limites que não serão ultrapassados.
Alguns estudos teológicos
concluem que o tempo da vida está determinado não como dia certo, mas com uma
certa elasticidade podendo durar um pouco mais, ou um pouco menos, dependendo
da maneira como cada pessoa exerceu a sua existência.
A Bíblia relata um caso
interessante – o do rei Ezequias que orou, e Deus lhe concedeu mais quinze anos
de vida, como vemos na narrativa de 2 Reis 20.1-11.
Naqueles dias, adoeceu
Ezequias de morte; e o profeta Isaias, filho de Amoz, veio a ele e lhe disse:
Assim diz o Senhor: ordena
tua casa, porque morrerás e não viverás.
Então, virou o rosto para a
parede e orou ao Senhor dizendo; Há! Senhor! Sê servido de te lembrar de que
andei
diante de ti em verdade e com
o coração perfeito e fiz o que era reto aos teus olhos.
E chorou Ezequias muitíssimo.
Sucedeu, pois, que, não havendo Isaias saído ainda do meio do pátio, veio a ele
a Palavra do Senhor, dizendo:
Volta e diz a Ezequias, chefe
do meu povo: Assim diz o Senhor, Deus de Davi, teu pai: Ouvi a tua oração e vi
as tuas lágrimas; eis que eu
te sararei; e ao terceiro dia subirás á casa do Senhor.
E acrescentarei aos teus dias quinze anos e
das mãos do rei da Síria te livrarei, a ti e a esta cidade; e ampararei esta
cidade por amor de mim e por amor de Davi, meu servo.
Disse mais Isaias: tomai uma
pasta de figos. E a tomaram e a puseram sobre a chaga; e ele sarou.
E Ezequias disse a Isaias:
Qual é o sinal, de que o Senhor me sarará e de que, ao terceiro dia, subirei à
casa do Senhor?
E disse Isaias: Isto te será sinal,
da parte do Senhor, de que o Senhor cumprirá a sua palavra que disse:
Adiantar-se-á a sombra dez
graus ou voltará dez graus atrás. Então, disse Ezequias: É fácil que a sombra
decline dez graus; não aconteça isso, mas volte a sombra dez graus.
Então, o profeta Isaias
clamou ao Senhor; e fez voltar a sombra dez graus, pelos graus que já tinha
reclinado no relógio de sol de Acaz.
No caso de Ezequias, o Profeta Isaias
foi ao rei para dizer-lhe que morreria. Ele estava doente, naturalmente, mas
parece que havia chegado o seu tempo.
O sinal oferecido e concedido a
Ezequias através do Profeta Isaias é bastante estranho: Foi retrocedido em dez
graus a sombra do relógio do Rei Acaz.
Pelo texto, não dá para entender se
Deus usou este artifício como mero sinal, ou se ele realmente retrocedeu o
tempo para
que Ezequias, que já tinha o seu tempo
vencido, pudesse recuperar mais quinze anos de vida.
O quinto mandamento, em Êxodo
cap.20, vers.12 – determina que quem honra pai e mãe tem seus dias prolongados
sobre a face da terra.
Paulo chama isto de “Mandamento com Promessa.” Podemos
concluir, então, que Deus tem um tempo para cada vida,
que pode estar determinado na “Engenharia Genética”
de cada pessoa, podendo, no entanto, esse tempo ser aumentado ou diminuído.
Se está correta a informação de que há um dia de 24
horas perdido na história; e se está correta, ainda, a informação de que 23.40m
desse dia perdido está na Batalha de
Aijalon,
quando o Sol se deteve para que Josué continuasse
lutando de dia (Josué 10.12-27); Se está correta, finalmente, a informação de
que esses dez graus no relógio de Acaz
representa os vinte minutos que faltavam nas 24
horas do dia perdido na história, então Deus realmente retrocedeu o tempo para
acrescentar 15 anos na vida do Rei Ezequias.
Fontes
Bíblias: Estudo Pentecostal (CPAD)
Estudo de Genebra (Edit.Cultura Cristã e Soc.
Bíblica do Brasil)
LARAYE, Tim. Estudo Profética. Editora Hagnus-Juerp
Estudo Defesa da Fé. CPAD
CHANPLIN, R. N.
Enciclopédia de Bíblia Filosofia eTeologia -
Edit. HAGNOS
COENEN. Lotar e
BROWN, Colin. Dicionário Internacional de Teologia do Novo Testamento. Edit.
Vida Nova
CHANPLIN, R. N.
Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo – Edit. HAGNOS
CHANPLIN, R. N.
Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo – Edit. HAGNOS
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