Texto Base: Romanos 6.23
I -
Para Ler e Refletir: Leitura Diária da Segunda-Feira 09.07.12
“Porque o salário do pecado é a morte, mas o
dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus, nosso Senhor” (Rm
6.23).
II - Para Ler e Avaliar: Considerações Gerais
A palavra salário se deriva de um vocábulo grego que originalmente
falava acerca de “carne cozida”; mais tarde passou a designar as “provisões” em
geral.
Daí veio o sentido de “dinheiro para as provisões”, aparecendo
também, com freqüência, para indicar os suprimentos necessários para um
exército.
No grego posteriormente podemos encontrá-lo para indicar o soldo
dos soldados, e daí, veio a indicar todo salário adquirido pelo trabalho.
O apóstolo Paulo utilizava este vocábulo a fim de indicar o
dinheiro do sustento, que um ministro poderia esperar receber, por causa de seu
trabalho no ministério (2Co 11.8).
Em sentido figurado, esse vocábulo pode indicar qualquer forma de
“compensação”, no sentido de algo adquirido por esforço.
Por conseguinte, o pecado é aqui visto como algo adquirido pelo
indivíduo, como o salário necessário e merecido do pecado, e novamente, neste
versículo vemos que se trata de algo “eterno”, ou seja, da “segunda morte”, o
estado de perdição eterna, conforme nos ensina os trechos de (Rm 5.12; 1Pe
3.18,20; 4.6).
O homem encontra na morte o fim de todas as esperanças para todos
os projetos, para todos os pensamentos e planos.
A cena agitada da qual participava a sua vida, agora não o conhece
mais. A sua natureza cedeu lugar, incapaz de resistir a esse senhor, a morte,
ao qual pertence, e que agora asseverou os seus direitos inflexíveis. Porém
isso é longe de ser tudo.
Pois verdadeiramente, o homem como um homem vivo neste mundo, desaparece
no nada. Mas por que?
É que o pecado apareceu; com o pecado, veio a consciência; com o
pecado veio o poder de Satanás; e, pior ainda, com o pecado veio o julgamento
de Deus.
A morte é a expressão e a testemunha de tudo isso. Ela é o salário
do pecado, o terror da consciência e o poder de Satanás sobre o homem, pois ele
é quem brande o poder da morte.
Pode Deus ajudar nesse particular? Infelizmente Deus mesmo é quem
julga o pecado.
A morte parece ser antes a prova de que o pecado não deixou de ser
notado, sendo esse o terror e essa a praga da consciência, como testemunha que
ela é do julgamento de Deus, como oficial de justiça para o criminoso, como
prova de sua culpa, na presença do juízo vindouro.
Como, pois, poderia deixar de ser terrível?
É o próprio selo posto
sobre a queda, a ruína e a condenação do primeiro Adão; e ele nada tem senão
essa velha natureza.
No entanto, Cristo veio. Ele veio até ao reino da morte. Ele é o
príncipe da vida.
E o que é a morte agora
para o crente?
“A morte é nossa”, diz o apóstolo, como também nossas são todas as
coisas. Devido o bendito Salvador ter entrado por mim na morte e também no julgamento,
ele se tornou a minha salvação.
A fim de fazer vívido e agudo contraste com o salário do pecado,
ele é adquirido por esforço, é merecido.
Ao passo que a vida eterna nos é dada gratuitamente, de Cristo, e
nunca do mérito humano.
Com essa expressão se pode, comparar o que é dito acerca da
justificação em Rm 3.24.
A vida eterna por si mesma, não pode ser adquirida pelo esforço do
homem, mas precisa ser recebida pela fé, pela fé no doador da vida, isto é,
Cristo Jesus.
III - Para Ler e Analisar: Tópico 1 da Lição – O
que é a morte
- Conceito
Não é tarefa
fácil definir a morte.
Como fenômeno
natural, ela é discutida na ciência, na religião e faz parte de debates
cotidianos, pois atinge a todos (Sl 89.48; Ec 8.8).
Anteriormente
definida como parada cardíaca e respiratória, o consenso médico atual a define
como cessamento clínico, cerebral ou cardíaco irreversível do corpo humano.
No entanto, a
definição mais popular do fenômeno é a “interrupção da atividade elétrica no
cérebro como um todo”.
A constatação de
que a pessoa entrou em óbito é o ponto de partida para a permissão, ou não,
pela família, de doar órgãos.
- O
que as Escrituras dizem?
“O salário do
pecado é a morte” (Rm 6.23)
Deus não criou o
homem e a mulher para morrer. O Senhor não planejou tal realidade para o ser
humano. Mas, conforme descrito em Romanos 6.23, a morte é consequência da queda
(Gn 3.1-24).
O pecado roubou,
em parte, a vida eterna da humanidade.
Assim, a Bíblia
demonstra que a morte é a consequência inevitável do pecado, e realça esse fato
como separação entre “alma” e “corpo” (Gn 35.18).
- É a separação da alma do corpo.
A base bíblica
para esse entendimento está em Gn 35.18, quando da morte de Raquel: “E aconteceu que, saindo-se-lhe a alma (porque
morreu)”.
Tiago o irmão do
Senhor, corrobora esse pensamento quando ensina: “Porque, assim como corpo sem o
espírito (alma) está morto, assim também a fé sem obras é morta (Tg 2.26).
Teologicamente
e, segundo as Escrituras, podemos afirmar que a separação da “alma” do “corpo”
estabelece o fenômeno natural e também espiritual que denominamos morte.
Mas, o que acontece
com a alma após a separação do corpo?
Há vida após a morte?
São indagações
que podemos fazer.
Conclusão:
Tecnicamente a morte é o cessamento clínico, cerebral e cardíaco
irreversível do organismo.
Biblicamente, porém, é a separação entre o corpo e a alma.
Consultas:
Lições Bíblicas EBD-CPAD
- 3º. Trimestre 2012 – (Comentarista: Eliezer de Lira e Silva)
Bíblia de Estudo
Pentecostal – CPAD
CHAMPLIN. R. N. O NOVO
TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.
Assessoria
literária redacional e pedagógica da Mssª. Laudicéa Barboza da Silva – http://nasendadacruz.blogspot.com Visite-nos e confira nossas produções
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