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terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Lição 12 - AS CONSEQUÊNCIAS DO JUGO DESIGUAL

  4º. Trimestre 2011 EBD-CPAD (Esboço)
 Neemias 13.23-29
Pr. João Barbosa

OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
 1. Conscientizar-se de que o casamento é uma instituição divina.
2. Compreender que Deus não aprova o casamento misto.
3. Entender que o jugo desigual acarreta pesadas consequências.


 ESBOÇO
A vontade de Deus é a nossa santificação. Aos crentes, casarem somente no Senhor é uma determinação de Paulo aos irmãos de Coríntios (1 Co 7.39), deixando muito claro que Deus não aprova o casamento misto. Isto significa uma proibição do casamento com incrédulos e, portanto, namorá-los.
O casamento é a união de duas pessoas com o fim de construírem uma vida em comum e em amor  –  "E disse o Senhor Deus: Não é bom que o homem esteja só: Far-lhe-ei uma adjuntora que esteja como diante dele."  (Gn 2.18).
A geração anti diluviana, ao multiplicar-se, vendo os filhos de Deus que as filhas dos homens eram formosas, tomaram mulheres para si levando Deus a destruir aquela geração (Gênesis 6:1-2) Desobedecer ao mandamento de Deus casando-se (ou namorando) um não-cristão é uma das diversas maneiras pelas quais um(a) filho(a) de Deus coloca sobre seus ombros (o doloroso) jugo desigual: “Não vos ponhais em jugo desigual com os incrédulos; porquanto que sociedade pode haver entre a justiça e a iniqüidade? Ou que comunhão, da luz com as trevas?” (2 Co 6.14).
Dessa forma, diz a Confissão de Fé de Westminster: “A todos os que são capazes de dar um consentimento ajuizado, é lícito casar, mas é dever dos cristãos casarem somente no Senhor, ou seja, com pessoas que sejam tementes ao Senhor de toda a graça e que possuem o Espírito Santo da Promessa....”.
A expressão “jugo desigual” de 2 Cor. 6.14, parece ser uma ilustração espiritual do que é mencionado em Deuteronômio 22.10: “Não lavrarás com junta de boi e jumento”. O mandamento do apostolo é definitivo. Deus não aprova e nunca aprovou o casamento entre Seu povo e quem recusa aceitá-lo como o Senhor das suas vidas. Mesmo entre o povo de Israel na Dispensação da Lei, Deus avisa solenemente contra esta mistura que somente pode trazer regresso espiritual.
Cristo é Senhor da criação. Acaso seria casar “somente no Senhor” se unir a um “teísta evolucionista” ou um “criacionista progressivo? Tal pessoa nega o senhorio de Cristo, como aquele por meio de quem foram feitas todas as coisas nos céus e na terra num espaço de seis dias, porque ela se compromete com o evolucionismo. Cristo é o Senhor da história, como soberano governador de todas as coisas, mesmo do pecado e catástrofes e o anticristo, segundo o eterno decreto de Deus (Efésios 1:11).
Em Malaquias 2: 11-15 lemos: “Judá tem sido desleal, e abominação se tem cometido em Israel e em Jerusalém; porque Judá profanou o santuário do Senhor, o qual ele ama, e se casou com adoradora de deus estranho. O Senhor eliminará das tendas de Jacó o homem que fizer tal, seja quem for, e o que apresenta ofertas ao Senhor dos Exércitos. Ainda fazeis isto: cobris o altar do Senhor de lágrimas, de choro e de gemidos, de sorte que ele já não
olha para a oferta, nem a aceita com prazer da vossa mão.”
Portanto, os que professam a Jesus Cristo como seu Salvador não devem casar-se com infiéis, ou idólatras para não imprimirem na sua relação matrimonial um jugo desigual. Mas, se alguém for salvo após ter se casado, e Deus não tiver convertido a outra parte, seja esposo ou esposa; ou, o que dizer se um cristão se casar, pecando, com um incrédulo? Isso não significa que eles devem por fim ao casamento, pois o mesmo apóstolo Paulo aconselha: “Aos mais digo eu, não o Senhor: se algum irmão tem mulher incrédula, e esta consente em morar com ele, não a abandone; e a mulher que tem marido incrédulo e este consente em viver com ela, não deixe o marido” (1 Coríntios 7:12-13).
O jugo, por um motivo perfeitamente evidente, é símbolo de servidão, de opressão, de constrangimento. A passagem dos vencidos sob o jugo romano é suficientemente explícita. O jugo usado na Antiga Palestina era igual ao que ainda hoje se usa. Consistia em uma pesada barra de madeira posta nos ombros dos animais de tiro (bois ou burros), presa ao animal por uma cravelha, corda e correias, que passavam em redor dos chifres e debaixo do pescoço. Uma correia maior juntava o jugo com o cabo. (MACKENZIE, 1984).
Essa ilustração é clara, um burro junto com um boi lavrando a terra juntos só complica a situação por conta da diferença da anatomia e força física de um e de outro. Um causa sofrimento ao outro.

Assim é no casamento e namoro entre duas pessoas com pensamentos diferentes quanto à religiosidade. Para se submeter ao compromisso (jugo), às regras de casamento, sem causar maiores sofrimentos para marido e mulher, o correto é que os dois tenham linhas de expectativas iguais. Comparando com o jugo animal: duas ovelhas de Cristo.
Um casal com religião diferente não serve de paradigma bom, exemplo bom se preferir assim dizer. Já é difícil se os dois são evangélicos e vivem em denominações evangélicas diferentes. Quanto mais complicado é se um reconhece Jesus como Senhor e Salvador e o outro diz que o Filho de Deus é apenas um personagem a mais na Historia. Na questão do casamento, há ainda os casos de grandes diferenças de idade. Isso pode acarretar problemas.
O perigo do casamento misto: Neemias fez três observações importantes em relação ao casamento misto:
Em primeiro lugar o casamento misto está em desacordo com o propósito de Deus para o Seu povo (Ne 13.27). O casamento misto ao longo dos séculos foi prática perigosa que trouxw problemas para o povo de Deus no dilúvio, na formação da nação, na restauração da nação, na dispensação neotestamentária.
Os judeus estavam se casando com mulheres asdoditas, amonitas e moabitas, ou seja, com mulheres que adoravam deuses estranhos. Neemias diz que o grande Salomão, o homem amado de Deus, corrompeu-se e consequentemente Israel entrou em rota de colisão, por causa do seu envolvimento com mulheres estrangeiras. Elas o fizeram cair no pecado (Ne 13.26. Neemias entende que o casamento misto é uma prevaricação contra Deus (Ne 13.27).
O casamento misto dentro da família sacerdotal (Ne 13.28) foi um golpe que atingiu fatalmente o coração da religião judia. Um dos filhos de Joiada, filho do sumo sacerdote Eliasibe, casou-se com uma filha de Sambalá, o grande inimigo dos judeus, sendo expulso do templo.
Havia regulamentos especiais que governavam o casamento dos sacerdotes (Lv 21.6-8, 13, 14; Dt 23.8-11). O casamento é considerado um pacto entre duas pessoas e Deus (Pv 2.17; Ez 16.8; Ml 2.14). Assim, o casamento misto corrói a própria base do casamento. O lar deve ser a base da sociedade, a estrutura sobre a qual uma nação se constrói. Em 2 Co 6.14-17, Paulo fala da incoveniência da aliança entre crentes e incrédulos.
·       Em segundo lugar, o casamento misto desemboca numa educação deficiente dos filhos (Ne 13.24). Havia profundo desvio espiritual nos lares, pois as mães criavam os filhos conforme seus próprios costumes pagãos, e a ingnorância espiritual prevalecia. Os filhos do casamento misto já não falavam o idioma hebraico, cresciam falando meio asdodita, com linguagem, hábitos e costumes mistos. Os filhos de casamentos mistos ficam divididos, pois recebem dupla orientação e às vezes ficam espremidos pela tensão espiritual dos pais.
·       Em terceiro lugar, uma atitude firme contra o casamento misto deve ser tomada (Ne 13.25). Neemias contende, amaldiçoa, castiga, arranca os cabelos, conjura por Deus e ordena. O casamento misto é ainda hoje a ruína de muitos jovens em nossas igrejas. Nos dias de Neemias estava em jogo a pureza da linhagem do próprio Messias.
 A questão aqui não era preconceito racial, mas pureza espiritual. A vida de Rute, a moabita, é um clássico exemplo conciliatório. Sendo de linhagem estranha ao povo de Deus, ao converter-se a Deus, Rute foi aceita na comunidade de Israel e ao casar-se com Boás, um belemita, fez parte da própria genealogia de Jesus (Mt 1.5). Devemos orientar firmemente nossos jovens e adolescentes a terem o firme propósito de se casarem no Senhor.
Fontes:
RADMACHER, Earl D. O Novo Comentário Bíblico –  Antigo Testamento. Edit. Central Gospel.
CHAMPLIN, R. N. Enciclopédia de Bíblia, Teologia e Filosofia - Editora Hagnos
RICHARDS, Lawrence. Comentário Bíblico do Professor. Editora Vida
KIDNER, Dereck. Esdras e Neemias – Introdução e comentário. Série Cultura Bíblica. Editora Vida Nova
LOPES, Hernandes Dias. NEEMIAS – O líder que restaurou uma nação – Edit. Hagnos
Manual do Professor de Jovens e Adultos do 4º. Trimestre 2011– EBD-CPAD
Bíblias: Estudo Pentecostal-CPAD / Estudo Despertar – NTLH – Soc. Bíb.do Brasil
Estudo de Genebra – Editora Cultura Cristã

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