Abordagem
de Conteúdos Transversalizados com o Tema em Estudo
2º.
Trimestre / 2015
Lucas 24.1-12; Mc 16.1-8; Mt 28.1-10; Jo
20.1-10
Reflexão: A ressurreição de Jesus é a grande
garantia de que todos que morreram em Cristo se levantarão do pó da terra.
Os discípulos de Jesus se apegaram com
firmeza à esperança do estabelecimento do reino de Deus dentro de um breve
período de tempo.
Discutia-se entre eles sobre quem teria
a posição mais elevada no reino (Mt 18.1). A mãe dos filhos de Zebedeu se
aproximou de Jesus com os seus filhos fazendo um pedido.
Jesus perguntou-lhe, que queres? Ela
respondeu: Que estes meus dois filhos se assentem um a tua direita e o outro a
tua esquerda, no teu reino (Mt 20.20,21).
A morte de Jesus abalou todas essas
esperanças. A vinda do reino, fora um sonho perdido, aprisionado no túmulo
junto com o corpo de Jesus (Lc 24.21).
Muito embora Jesus tivesse predito sua
morte, a condição de um Messias que morresse era estranha.
E a ideia do papel que uma cruz poderia
desempenhar na missão do Messias, pareceu tão estranha que a crucificação de
Jesus poderia apenas significar uma desilusão para seus seguidores.
Foi interpretando esse sentimento que o
apóstolo Paulo afirmou: “Mas nós pregamos
a Cristo crucificado, que é escândalo para os judeus, e loucura para os gregos”
(1Co 1.23).
Por definição, o Messias deveria ser um
soberano que reinaria e não um que morreria como um criminoso crucificado.
Morto Jesus, foi colocado no túmulo de
José de Arimateia, para se cumprir Is 53.9; onde é dito que será sepultado com
os ricos.
A doutrina da ressurreição – Houve episódio de ressureição antes
da do Senhor Jesus Cristo no AT, nos dias do profeta Elias quando ele ressuscitou p filho da viúva de Sarepta
(1Re 17.21-24) e Eliseu quando
ressuscitou o filho da Sunamita (2Re 4.20.32-36), e um soldado que foi colocado
na sepultura de Eliseu, que ao tocar em seus ossos ressuscitou (2Re 13.21).
No NT, a filha de Jairo (Lc 8.44-55), o
filho da viúva de Naim (Lc 7.11-15), Lázaro (Jo 20.11-44), Dorcas (At 9.36-40),
Eutico (At 20.9-12).
Esses são exemplos de pessoas que
morreram e voltaram a viver por algum tempo, vindo a morrer uma segunda vez.
Jesus morreu e ressuscitou para nunca
mais morrer; por isso ele é a primícias dos que dormem (1Co 15.20).
A natureza da ressurreição – Segundo o evangelista João, a
ressurreição de Jesus foi física e literal. Em uma de suas aparições ele disse:
“Vede
as minhas mãos e o meus pés, que sou eu mesmo. Tocai-me e vede que um espírito
não tem carne nem ossos, como vede que eu tenho” (Lc 24.39).
Sua ressurreição foi corporal, um
evento físico. Quando Cristo ressuscitou, embora o seu corpo tenha sido
transformado, ele ressuscitou com o mesmo corpo físico que fora sepultado (1Co
15.14,15; Lc 24.39-43).
As aparições de Jesus após a ressureição:
1. Á Maria Madalena quando ela se
encontrava sozinha no túmulo (Jo 20.11-37; Mc 16.9-11).
2. Às demais mulheres quando se
dirigiam ao túmulo pela segunda vez (Mt 28.9,10).
3. A Pedro na tarde do domingo da
ressurreição (Lc 24.34; 1Co 15.5).
4. Aos discípulos na Estrada de Emaus
(Mc 16.12,13; Lc 24.13-35).
5. Aos dez apóstolos em Jerusalém. Tomé
ausente. (Mc 16.14; Lc 24.36-43; Jo 20.19-23).
6. Aos onze apóstolos uma semana depois
da ressurreição. Tomé estava presente (Jo 20.26-29).
7. A sete apóstolos junto ao Mar da
Galileia (Jo 21.1-23).
8. A quinhentos discípulos conforme
afirma Paulo (1Co 15.6).
9. A Tiago o irmão do Senhor (1Co
15.7).
10. Aos onze apóstolos sobre um Monte
da Galileia (At 28.16-20).
11. Por ocasião de sua ascensão, no
Monte das Oliveiras a mais quinhentos irmãos (Lc 24.44-53; At 1.3-9; 1Co 15.6).
12. Estevão na hora do seu martírio (At
7.55,56).
13. A Paulo na Estrada de Damasco (At
9.3-6; 22.6-11; 26.13-18).
14. A Paulo na Arábia (Gl 1.12-17).
15. A Paulo no Templo (At 22.17-21).
16. A Paulo na prisão em Cesareia (At
23.11).
17. Ao próprio Paulo como a um abortivo
(1Co 15.8).
18. A aparição final de Cristo foi a
João na Ilha de Patmos (Ap 1.10-20).
Propósitos da ressurreição de Jesus:
Sua ressurreição foi predita pelos
profetas (Sl 16.10; At 13.34,35).
Predita por Ele mesmo (Mt 20.19; Mc
9.9; 14.28; Jo 2.19-22).
A ressurreição de Jesus era necessária:
Para cumprimento das Escrituras (Lc
24.45,46).
Para o perdão dos pecados (1Co 15.17).
Para a justificação (Rm 4.25; 8.34).
Para a nossa esperança (1Co 15.19).
Para a eficácia da pregação (1Co
15.14).
Para a eficácia da fé (1Co 15.14,17).
Sua ressurreição é a prova de que Ele
era o Filho de Deus (Sl 2.7; At 13.33; Rm 1.4).
Os santos são gerados para uma vívida
esperança, por meio da ressurreição (1Pe 1.3,21).
A ressurreição fariam com que os santos
conhecessem o seu poder (Fl 3.10).
Os santos ressuscitarão na semelhança
de Cristo (Rm 6.5; 1Co 15.49; Fp 3.21).
Foi seguida pela expiação de Cristo (At
4.10, 11; Rm 8.34; Ef 1.20; Fp 2.9; Ap 1.18).
E garantia de julgamento (At 17.31).
Tipifica Isaque em (Gn 22.13; Hb 11.9;
Jn 2.10; Mt 12.40).
Efetuada pelo poder de Deus (At 3.15;
Rm 8.11; Ef 1.20; Cl 2.12).
Pelo seu próprio poder (Jo 2.19;
10.18).
Pelo poder do Espírito Santo (1Pe
3.18).
No primeiro dia da semana (Mc 16.9).
No terceiro dia após sua morte (Lc
24.46; At 10.40; 1Co 15.4).
Poucos dias após a ressurreição de
Jesus, tudo mudou na vida dos apóstolos. Aqueles galileus desiludidos começaram
a proclamar uma nova mensagem em Jerusalém.
Afirmavam que Jesus era de fato o
Messias (At 2.23); que sua morte tinha sido a vontade e o plano de Deus, muito
embora, humanamente falando tenha sido um assassinato indesculpável (At 2.23).
Diziam ousadamente que aquele que os
judeus haviam assassinado é o príncipe da vida (At 3.15), e por meio de Jesus
que foi crucificado, Deus lhes oferecia o perdão através do arrependimento e
confissão dos pecados (At 3.19; Rm 10.9,10).
De fato, a ressurreição é o cerne da
mensagem cristã primitiva. O primeiro sermão foi uma proclamação do fato e da
importância da ressurreição (At 2.14-36).
A função dos apóstolos na comunhão
cristã primitiva não era dominar ou governar, mas dar testemunho da
ressurreição de Jesus dentre os mortos que tornou os apóstolos capazes de
operar feitos poderosos (At 4.10).
Foi o testemunho da ressurreição que
irritou os líderes religiosos de Jerusalém (At 4.1,2; 5.31,32), e a pregação na
igreja primitiva da ressurreição de Cristo dentre os mortos (1Co 2.1,2).
O dia em que Jesus foi sepultado e o dia em que ele ressuscitou – Lc 23.54, registra que era o dia da preparação e ia começar o sábado.
Lc 23.55, destaca que as mulheres que
tinham vindo com ele da Galileia seguindo a José, viram o sepulcro, e como o
corpo foi ali sepultado.
Lc 23.56, diz que então voltaram e
prepararam especiarias e unguentos, e no sábado repousaram como de costume.
Lc 24,1 narra: Mas já no primeiro dia
da semana, bem de madrugada, foram elas ao sepulcro levando as especiarias que
tinham preparado. Os vss dos caps. 23.54 – 24.1 de
Lucas, dão exatamente três
dias, a preparação, ou seja, a sexta-feira, o sábado, e o primeiro dia da
semana que é o domingo.
Portanto, a crucificação teve lugar
numa sexta-feira, conforme a igreja cristã sempre asseverou. Embora com pouca
fundamentação isso tenha sido contestado por alguns nos tempos modernos, Mt
27.1 deixa bem claro, a sexta feira como o dia da crucificação.
Para os orientais, um dia inteiro e duas partes de um dia, junto com
duas noites, eram considerados como três dias e três noites.
Conforme a Enciclopédia de Fatos
Bíblicos, pg. 948, as Escrituras declaram pelo menos por nove vezes que Jesus
ressuscitou ao terceiro dia (Mt 16.21; 17.28; 20.19; Mc 9.31; 10.34; Lc 9.22;
18.33; 24.7; 1Co 15.4).
Segundo o costume do cômputo inclusivo
das sequências de tempo, comum entre as culturas antigas, ao enumerar qualquer
número de dias, horas, meses ou anos, sempre se incluía nessa numeração, o dia
em que se fazia a declaração.
É óbvio que o dia da crucificação de
Jesus, está incluído nesse cômputo dos três dias. Jesus sempre afirmou que
ressuscitaria ao terceiro dia. Assim sendo, segundo esse cômputo à moda antiga,
temos a sexta-feira, o sábado e o domingo.
Não há dúvida, que os cristãos
primitivos encararam essa questão do tempo certo, ao terceiro dia como cumprimento
das palavras de Jesus de que ressuscitaria ao terceiro dia.
Isso não contradiz a passagem de (Jn
1.17), nem a declaração de três dias e três noites (Mt 12.40).
IMPORTANTE – Na história do judaísmo, o terceiro
dia tinha uma grande importância, pois foi no terceiro dia que Abraão levantou
os olhos e viu o Monte Moriá, onde Deus mandou sacrificar Isaque (Gn 22.4);
Os espias de Josué caminharam três dias,
por conselho de Raabe, quando saíram de Jericó (Js 2.16).
Ao terceiro dia no Monte Sinai foi dada
a Lei (Ex 19.16 – 20.17).
O terceiro dia de Jonas no ventre do
grande peixe. (Jn 1.17).
Os três dias em que saíram do cativeiro
(Ed 8.15).
O terceiro dia da ressurreição dos
mortos (Os 6.2).
Ao terceiro dia Jesus ressuscitou de
entre os mortos (Mt 16.21; 20.19; Mc 9.31; Lc 18.33; At 10.40).
Cristo ressuscitou ao terceiro dia,
esses são fatos cardeais do evangelho, que é o agente salvador e remidor de Deus
em favor da humanidade.
.
Fonte de Pesquisa
:
GONÇALVES, José – Comentarista da
Revista do Mestre – EBD CPAD – 2 Trimestre 2015
MACARTHUR John. Uma Vida Perfeita.
Edit. Vida melhor Editora. RJaneiro, 2014
CORNWALL Judson. Adoração como Jesus
Ensinou. Editora Betânia. MGerais, 1995
ARCHER, Glebson. Enciclopédia de
Fatos Bíblicos. Editora Vida. SPaulo, 2001
WATER, Mark. Enciclopédia de Fatos
Bíblicos – 100.000 Fatos da Bíblia.Editora. Hagnos. SPaulo, 2014
LADD. George Eldon. Teologia do Novo
Testamento. Editora Hagnos. SPaulo 2003
CHAMPLIN. O Novo Testamento Interpretado
Versículo por Versículo. Editora Hagnos. SPaulo.
Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
Bílbia de Estudo Macarthur – SBB
muito bom comentarista
ResponderExcluirAmém.
ExcluirAmém. Tudo para a glória de Deus.
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