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sábado, 13 de junho de 2015

AULA 3 DO CURSO DE BACHARELADO DA ETEADALPE – HISTÓRIA DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS

Monitor: Pr. João Barbosa - Capelão
PENTECOSTALISMO EM PE
I.1 - Pernambuco recebe seus primeiros missionários – Sob a direção do Espírito Santo e a necessidade do cumprimento da obra missionária, que o Evangelho deve ser pregado em toda a terra, chegou a vez do Estado de Pernambuco, uma das 27 unidades federativas do Brasil.
Está localizado no centro-leste da região Nordeste e tem como limites os estados da Paraíba e Ceará (N), Oceano Atlântico (L), Alagoas e Bahia (S), e Piauí (O), ocupando uma área de 98.113 Km² (pouco menor que a Coreia do Sul).
Pernambuco tem 186 municípios, fazendo também parte do seu território, o arquipélago Fernando de Noronha. Com uma população de 8.413.593 habitantes em 2005. Segundo o IBGE, Pernambuco tinha 47% de homens e 53 de mulheres. Sua capital é a cidade do Recife (a sede administrativa é o Palácio do Campo das Princesas).
Neste Estado, que é um grande referencial do pentecostalismo do Nordeste, o Senhor Jesus realizou milagres e maravilhas, que a história jamais poderia silenciar. A chama pentecostal começou a arder a partir do início do século XX, quando ainda Pernambuco se indispunha a ouvir a Palavra da Redenção e aceitar a transformação do Evangelho.
Aqui tomaram proporções históricas os nomes dos missionários e cooperadores da Igreja do Senhor: Adriano Nobre, Joel Carlson, Signe Carlson, Samuel Hedlund, etc.
Depois destes, outros continuaram o trabalho do Senhor, cujos nomes, sem dúvida, deixaram de ser citados, porém, ficarão em memória eterna no livro dos heróis de Deus.
 2. Joel Carlson é enviado para o Estado de Pernambuco – Antes da chegada do missionário Joel Carlson em Pernambuco, o incansável obreiro Adriano Nobre que servia ao Senhor como cooperador do missionário Gunnar Vingren e que pregava a Palavra de Deus ás populações da bacia amazônica, foi enviado de Belém do Pará para Recife em 1916.
Para Adriano Nobre seria mais um Estado em que o Pentecoste iria se cumprir. Crentes de igrejas tradicionais ouvem a mensagem do evangelho pleno, e creem.
Joel Franz Adolf Carlson nasceu em 23 de junho de 1889, em Estocolmo, capital da Suécia, no norte da Europa. Converteu-se a Cristo em 10 de janeiro de 1914, sendo em pouco tempo batizado em águas e no Espírito Santo. Fez estudos teológicos na Escola Bíblica, presidida pelo pastor Lewi Petrus, da Igreja Pentecostal Filadélfia de Estocolmo.
Em outubro de 1917, contraiu núpcias com a irmã Signe Hedlund. Desse matrimônio nasceram quatro filhos. Simultaneamente ao matrimônio, Joel e Signe Carlson, foram consagrados missionários e enviados para o Brasil, em 12 de janeiro de 1918.
Desembarcaram em Belém do Pará, onde ficaram cerca de oito meses, dedicando-se especialmente ao aprendizado da língua portuguesa. Logo após seguiram para o Recife, capital de Pernambuco onde o ilustre casal passaram a residir em uma casa tipo barracão, no bairro dos Coelhos, junto ao manguezal do Rio Capibaribe.
Ali ficaram até o ano seguinte, 1919, quando foi alugada uma pequena casa de dois pavimentos, situada na Rua Imperial, 812, bairro de São José, para fins residenciais.
3. Fundação histórica da Assembleia de Deus em Recife – Pernambuco: No dia 24 de outubro de 1918, reunidos os irmãos, Joel Carlson, Signe Carlson, João Ribeiro e esposa – Filipa Ribeiro, Josefa Silva e Luíza, celebraram em caráter oficial, o primeiro culto pentecostal na Rua Velha 27, bairro da Boa Vista, na residência do irmão João Ribeiro.
Dava-se início o grande Movimento Pentecostal na cidade do Recife, com grande projeção para todo o Estado de Pernambuco. Após o seu estabelecimento, o trabalho continuou de forma simples e humilde, com pregações genuínas, tão modesto, que para muitas pessoas nada representava, e era recebido com grande indiferença.
Entretanto, o Senhor Jesus Cristo estava com os seus servos encorajando-os e libertando almas para o seu reino. Deus provando o seu contentamento com os irmãos em Pernambuco, batizou no Espírito Santo a irmã Filipa Ribeiro, tornando-se deste modo a primeira pessoa a receber o batismo no Espírito Santo, conforme está escrito em Atos dos Apóstolos cap.2.
A irmã Filipa Ribeiro, juntamente com o seu esposo – João Ribeiro, haviam recebido a palavra de Deus ministrada pelo pastor Adriano Nobre, quando de passagem pela capital pernambucana, procedente de Belém do Pará, onde estava a primeira igreja pentecostal no Brasil, fundada pelos missionários Gunnar Vingren e Daniel Berg, em 1911.
4. Começo da assistência social das Assembleias de Deus no Brasil – Em Recife, o missionário Joel Carlson, que havia chegado naquela cidade em 1918, não demorou muito para sentir a necessidade de amparar o elevado número de órfãos que viviam sem assistência na comunidade.
Encorajado por aqueles que o ajudavam, Joel Carlson fundou o Orfanato Betel, o primeiro das Assembleias de Deus no Brasil.
Na Convenção de ministros realizada na AD de Belém em 1927, foi criada a Caixa das Viúvas dos Pastores. E em 1940, numa convenção realizada na cidade paraense de São Luís, fundou-se a caixa que em 1953 sofreu várias reformas, ganhando em 1954, estatuto e forma jurídica – Caixa de Beneficência do Pará.
II.1 - Semente que germina – No ano de 1927, um homem de Deus por nome Israel Carneiro de Amorim, trouxe as primeiras “fagulhas” do fogo pentecostal que já ardia no coração dos irmãos na cidade de Recife desde 1918, às “terras do Paulista”.
Este nobre irmão que era mascate, por onde passava impulsionado pelo Espírito Santo, lançava anonimamente a semente do evangelho. Neste mesmo ano de (1927), a semente brotou no povoado de Maricota (nome da atual cidade de Abreu e Lima), e eis os primeiros frutos: Maria do Carmo, o esposo e os filhos, aceitaram a Cristo como Salvador.
A próxima família a abrir o coração para Deus, foi a do irmão Xavier (tio da irmã Maria do Carmo), que posteriormente abrira as portas de sua casa para a realização do primeiro culto na inóspita terra de Maricota.
2. O primeiro culto oficial em Maricota – Conhecedor do que ocorria em Paulista, e especialmente em Maricota, o missionário Joel Carlson visitou ali os primeiros irmãos e designou oficialmente o irmão Israel Carneiro de Amorim, para assisti-los no desenvolvimento da fé em Cristo.
O primeiro culto pentecostal da História das Assembleias de Deus em Abreu e Lima, deu-se no final do ano de 1927, na residência do irmão Xavier, onde compareceram 10 pessoas, entre adultos e crianças.
Conforme o cenário das pessoas menos abastadas, o culto aconteceu à luz de candeeiro alimentado por querosene que iluminava aquele humilde cômodo; com acentos rústicos, isto é, bancos de madeira e como púlpito, uma simples mesa; no meio do mato, o casebre com paredes de barro e madeira, piso de barro batido e teto de palha.
O que faltava em matéria de conforto e comunidade, sobejava na incontida alegria do Espírito Santo, que contagiava os que ali se encontravam, pois, a presença auspiciosa do Espírito Santo era real e quase palpável. Era como se ecoasse no ar as suas palavras: “Porque onde estiverem dois ou três reunidos em meu nome, aí estou no meio deles”.
3 - 1928: Um marco para a Igreja em Abreu e Lima – O ano de 1928 se tornou singular para a posteridade, pois, três fatos marcantes datam como nascedouro da Assembleia de Deus em Abreu e Lima:
1. O missionário Joel Carlson realizou o primeiro batismo de 25 novos crentes. A profissão de fé desses irmãos caracterizada pela imersão nas águas do Rio Timbó, apontava para o crescimento futuro do “pequeno rebanho”, que estava apenas começando.
2. A irmã Maria do Carmo, a primeira pessoa a aceitar Jesus em Maricota, também seria a primeira pessoa a receber o batismo com o Espírito Santo, tendo o seu coração preenchido de indizível alegria dos céus, evidenciando a indelével marca do pentecostalismo: falar em outras línguas.
3. Depois de ceder seu coração ao senhorio de Cristo, Maria do Carmo também cederia a sua humilde casa para realização dos cultos, ou seja, a primeira congregação onde se realizaram os cultos oficiais: oração, doutrina, santa ceia do Senhor, e pregação da Palavra de Deus. Ali, de fato, teve-se o início da igreja em Abreu e Lima – PE.
Hoje, em termos percentuais, a cidade de Abreu e Lima tem a maior população evangélica do Brasil.
III.1 – Fundação do Mensageiro da Paz: O terceiro ponto da pauta da primeira Convenção Geral em 1930, foi a unificação dos dois jornais das Assembleias de Deus existente na época: O jornal Boa Semente, que era publicado pela Assembleia de Deus em Belém do Pará, dirigido pelos missionários Samuel Nystron e Nels Nelson; e o jornal O Som Alegre, que era publicado pela Assembleia de Deus do Rio de Janeiro, e dirigido pelos missionários Gunnar Vingren e sua esposa, Frida Vingren.
Como mais uma manifestação de unidade que tomava conta das reuniões naquela convenção, todos decidiram pela suspensão dos dois periódicos e a criação de um novo jornal que fosse o órgão oficial das Assembleias de Deus no Brasil.
A proposta aprovada foi feita pelo missionário Gunnar Vingren. Foi assim que, em 1930, foi criado o jornal Mensageiro da Paz, de circulação nacional, com redação no Rio de Janeiro e a direção de seu idealizador e fundador, Vingren, auxiliado por Samuel Nystron.
Sobre a importância dessa decisão, escreveu Emílio Conde em sua obra “História das Assembleias de Deus no Brasil, relançada pela CPAD em 2000:
“A unificação dos jornais Boa Semente e O som Alegre, dando lugar ao aparecimento do jornal Mensageiro da Paz, unificou um trabalho que estava sendo realizado com forças divididas”.
2. Em 1937 começa a funcionar a Casa Publicadora das Assembleias de Deus – Em 1937, foi fundada a redação do “Mensageiro da Paz” funcionando ao lado do salão de cultos das Assembleia de Deus de São Cristovão – RJ, era o embrião da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD).
Em 13 de março de 1940, foi fundada a Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD), no Rio de janeiro, e tornou-se proprietária do jornal Mensageiro da Paz, fundado em 1930.
Na Convenção Geral de 1946, em Recife – PE, a CPAD tornou-se propriedade da CGADB, J.P.Kolenda foi autorizado pela CGADB a levantar recursos financeiros e técnicos, na América do Norte, para dotar a CPAD de instalações próprias, e foi lançada a “Campanha Nacional de Hum Milhão de Cruzeiros para a CPAD”, a cargo de N. Lawrence Olson e Gustavo Kessler.
Em outubro de 1948, foram inauguradas oficialmente a primeira sede própria e tipográfica da CPAD, à Rua Olímpio de Melo 581, atual São Luiz Gonzaga 1951, São Cristovão, Rio de Janeiro. Com o trabalho de construção e montagem sob a direção de N. Lawrence Olson e Hargrave, técnicos vindos da América do Norte especialmente para este trabalho.
O jornal Mensageiro da Paz passou então a ser impresso na própria CPAD. Em maio de 1949, a redação do Mensageiro da Paz foi transferida da Assembleia de Deus de São Cristovão para a sede da CPAD.

IV.1 – Lançamento das primeiras Revistas para as Escolas Dominicais – Em 1930 começou a ser comentada e publicada a “Revista Lições Bíblicas para Jovens e Adultos”, alunos da Escola Dominical.
Em 1943, a CPAD lançou sua primeira revista de Escola Dominical para Crianças. As autoras foram Nair Solares e Cacilda de Brito.
Em 1938 quando a Assembleia de Deus de São Cristovão se transferiu para o seu templo próprio na Rua Marechal Deodoro 338, a redação do Mensageiro da Paz passou a funcionar ali. Não havia um corpo de redatores fixo, mas um grupo de crentes voluntários que em virtude de suas ocupações profissionais, não podiam trabalhar exclusivamente para o periódico, editado, na época, em gráfica particular.
2. Organização e Crescimento da CPAD – Um novo ministério na área da literatura evangélica começa a nascer e exercer seus primeiros atrativos. Em 1937, o missionário Nils Kastberg, então pastor da assembleia de Deus de São Cristovão, convidou Emílio Conde para trabalhar em tempo integral na redação do Mensageiro da Paz.
Conde começou imediatamente a trabalhar, e nos anos de 1939 a outubro de 1940, aparece como redator-secretário do jornal, e a partir de novembro de 1940 até 1946, como seu redator.
Sua admissão oficial como funcionário, data de 15 de março de 1940, na função de jornalista. Foi, portanto, o primeiro redator fixo do jornal, e, por mais de 30 anos dedicou à CPAD, sua impressionante capacidade de trabalho, que encarava não como profissão mas como sacerdócio.
Edísio Moreira e Silva, em março de 1938, deixou seu emprego de apontador, no Arsenal de Marinha, para servir a redação como expedidor do Mensageiro da Paz e permaneceu funcionário da CPAD por 52 anos ininterrupto, até falecer aos 79 anos de idade em janeiro de 1991.
A redação do Mensageiro da Paz serviu, por muitos anos, mesmo depois da fundação da CPAD, como a redação única para correções e revisões das Escolas Dominicais, livros e outras literaturas para as Assembleias de Deus. Com o tempo, foram sendo montadas as redações próprias para cada uma dessas áreas.
As Assembleias de Deus não contavam com oficinas próprias, e seus periódicos eram modestos graficamente. Em 1938, Emílio Conde escreveu, em sua coluna “Atualidades”, publicada no Mensageiro da Paz, segunda quinzena, p.5:
“Nos grandes países como a Inglaterra, América do Norte e mesmo a Suécia, o povo pentecostal têm suas Casas Publicadoras próprias, onde imprimem toda a literatura, jornais, livros, revistas. Quando chegará a nossa vez de possuirmos oficinas gráficas próprias?
Em 1940, os pastores e missionários suecos se reuniram em Salvador-BA, numa Assembleia Geral da CGADB, em caráter de urgência, para deliberar acerca das medidas que deveriam tomar em prol do jornal Mensageiro da Paz.
Essas medidas foram tomadas em decorrência de um decreto presidencial publicado naquele ano que forçou os líderes assembleianos a adiantar o seu projeto de criar a Casa Publicadora das Assembleias de Deus.
O decreto do Presidente Getúlio Vargas exigia que todos os jornais do país se registrasse imediatamente no D.I.P., um organismo controlador das imprensa, e que somente entidades com personalidade jurídica poderiam possuir jornais. Para se enquadrar a essas exigências a Convenção Geral teve que criar a Casa Publicadora.
Para atender à urgência em 1940, foi feito um estatuto simples e provisório. Foi redigido pelo advogado José Cândido de Pimentel Duarte, a pedido de Lauro Soares de Albuquerque Arraes.
O registro da Casa foi feito em nome de Arquimedes Pinto de Vasconcelos, Lauro Soares, Sansão Batista, Cícero Canuto de Lima, Samuel Nystron e Francisco Leopoldo Coelho. Os três primeiros assinaram o estatuto, e o último foi nomeado gerente da CPAD, função hoje equivalente a de diretor executivo. O registro do estatuto foi feito em 13 de março de 1940, no Rio de Janeiro, então capital da república.
O registro no D.I.P., foi imediato. Ocorreu ainda em 1940. A recém criada CPAD passou, então, a ser proprietária imediata do Mensageiro da Paz. Também em 1940, foi criado o Conselho Editorial. No final dos anos 40, esse Conselho também chamado de Comissão de Literatura, foi substituído pelo Conselho Administrativo da CPAD, órgão existente até hoje.
De 1934 até a edição da segunda quinzena de outubro de 1940, é o Dr. Carlos Brito quem aparece como diretor responsável do Mensageiro da Paz. A partir da primeira quinzena de novembro o pastor Francisco Leopoldo Coelho assumiu a direção do jornal, como gerente da recém criada CPAD, e Emílio Conde era o seu redator.
Na Convenção Geral de 1943, na AD do Rio de Janeiro, Francisco Coelho, gerente da CPAD e diretor do Mensageiro da Paz leu o relatório do movimento financeiro da Casa, e a convenção foi cientificada de dificuldades internas na CPAD.
Motivo pelo qual, “foi nomeada uma comissão para tratar sobre questões relativas a redação”. A Comissão apresentou a seguinte resolução, que foi aprovada pelos convencionais: “o diretor do Mensageiro da Paz e redator continuam os mesmos, sob três conselheiros espirituais: os irmãos Samuel Nystron, Cícero Camilo de Lima e Paulo Macalão, e eles juntos, resolverão se deve ou não chamar outro irmão para ajudar a redação”.





3. A Casa Publicadora na sua primeira sede – Rua Olímpio de Melo 581, Benfica-RJ 1947-1970. A partir de 1946, o missionário Lawrence Olson e o presbítero Gustavo Kessler começaram a “Campanha de Hum Milhão” entre as igrejas do Norte ao Sul do país. Ressalte-se ainda a operosidade do missionário Nels Julius Nelson, que realizou viagem por todo o brasil traduzindo de cidade em cidade as necessidades da Casa.

4. Segunda sede da Casa Publicadora – Estrada Vicente de Carvalho 1083 – Vicente de Carvalho, Rio de Janeiro.  Na gestão de Deolando Almeida, teve início a campanha para construção de uma nova sede para a CPAD, resolução tomada pelos convencionais em Recife-PE, no ano de 1962.
Na Covenção Geral realizada na AD de Curitiba PR em 1964, o Conselho Administrativo escolheu o pastor e empresário Altamir Sotero da Cunha para o cargo de gerente. Na Convenção geral de 1968, na AD de Fortaleza CE, foi aprovado o nome do pastor e jornalista Alcebíades Pereira de Vasconcelos para assumir a direção do Mensageiro da Paz.
Alcebíades Vasconcelos assumiu a direção do Mensageiro da Paz, devido ao pedido de demissão do diretor Emílio Conde que estava com sua saúde muito debilitada, vindo a falecer três anos depois.
Conde foi escolhido, na mesma convenção, diretor honorário do Mensageiro da paz. Havia mais de vinte anos que ele dirigia o jornal. Atuando como secretário-adjunto da CGADB desde 1979, Lemuel Kessler assumiu em 1984 a diretoria de publicações.
O pastor Antônio Gilberto, que já havia trabalhado na CPAD, na década de 70 como chefe da divisão de educação cristã, ocasião em que criou o CAPED, assumiu em 1989 a diretoria de publicações, permanecendo até 1993.
5. A terceira sede da Casa Publicadora – Avenida Brasil 34.401, Bangu-RJ, a partir de 1992. Em 25 de janeiro de 1992, a CAPAD foi transferida para o novo endereço na Av. Brasil. Em 4 de março de 1993, Ronaldo Rodrigues de Sousa, administrador de empresas foi empossado diretor administrativo da CPAD.
A partir deste ano a CPAD entrou em um período de sólida prosperidade administrativa, editorial e financeira que nunca experimentara em toda a sua história, bem diferente de décadas anteriores em que a Casa precisava apelar para ajuda das igrejas afim de continuar sobrevivendo financeiramente e economicamente.
Ronaldo Rodrigues de Sousa, que assumiu em 4 de março de 1993, permanece até hoje como diretor executivo. Em 1997 a casa modernizou sua gráfica com aquisição de máquinas de alta qualidade. Ainda em 1997 foi fundada a Editorial Patmus, braço editorial da CPAD para os países de fala hispânica e latino morando nos EUA, estabelecendo-se sua sede na Flora. A CPAD ocupa atualmente a posição de maior editora evangélica do Brasil e da América Latina.
6. Harpa Cristã: A primeira edição foi lançada na cidade de Recife em 1922 – Hinário oficial das Assembleias de Deus no Brasil, a Harpa Cristã completa em 2012 noventa anos de existência. A primeira edição foi lançada em 1922, na AD em Recife (PE), com hinos para culto público, Santa Ceia, batismo, casamento, apresentação de crianças funeral, entre outros.

No início, a Assembleia de Deus utilizava o hinário Salmos e Hinos, que também era usado por outras igrejas evangélicas históricas. Em 1921, os pioneiros decidiram criar um hinário destacando também as doutrinas pentecostais da denominação. Foi criado, então, o Cantor Pentecostal, sob a orientação editorial de Almeida Sobrinho, com 44 hinos e dez corinhos, impressos pela tipografia Guajarina.

A primeira edição da Harpa Cristã, em 1922, teve uma tiragem inicial de mil exemplares. A segunda edição, em 1923, foi impressa no Rio de Janeiro e tinha 300 hinos. Já em 1932, a Harpa Cristã contava com 400 hinos.

A primeira Harpa Cristã com letra e música começou a ser elaborada em 1937. Com o passar dos anos, foram acrescentados outros hinos até que o hinário oficial chegou a 524. Até o ano de 1981, todos os hinos já haviam sido revisados.

Em 1979, o Conselho Administrativo da Casa Publicadora das Assembleias de Deus (CPAD), cumprindo resolução da Assembleia Geral da CGADB, nomeou uma comissão para proceder a revisão geral da música e letra dos hinos da Harpa Cristã. A proposta foi apresentada pelo pastor Adilson Soares da Fonseca. As análises tiveram o apoio técnico e especializado de João Pereira, na correção e adaptação da música; e Gustavo Kessler, na revisão das letras.

Hinos cantados e amados em todo o país

A Harpa Cristã tem sido o instrumento de consolidação nacional da hinologia pentecostal, principalmente por meio do cântico congregacional. Um dos motivos que contribuiu para isso foi o fato de cada crente assembleiano ter que possuir o seu próprio exemplar do hinário e levá-lo para a igreja, diferentemente das igrejas das denominações tradicionais no Brasil, América do Norte e Europa, onde são os templos que possuem exemplares dos seus hinários disponíveis para os fiéis usarem em seus cultos. 

Após 90 anos de existência, muitos dos belos e edificantes hinos da Harpa Cristã, ultrapassam as fronteiras assembleianas, tocando os corações de milhares de crentes de outras denominações evangélicas brasileiras, alcançando o honrado posto de hinário mais conhecido e amado em todo o país.

Fontes de Pesquisa:
ALENCAR, Gedeon. Assembleias de Deus – Origem Implantação e Militância (1911-1946). Arte Editorial. São Paulo, 2010
SYNAN, Vinson. O Século do Espírito Santo. 100 anos de avivamento pentecostal e carismático. São Paulo, 2009
ARAUJO, Isabel de. Dicionário Movimento Pentecostal. CPAD. Rio de Janeiro, 2007
ARAUJO. Isael de. VINGREN, Frida - Biografia de Pioneiros das Ass. de Deus no Brasil. CPAD. Rio de Janeiro, 2014 / SANTOS, Roberto José do. Síntese Histórica Ass. De Deus em Abreu e Lima Pe. 80 Anos – 1908 – 2008

ALENCAR, Gedeon. Assembleias de Deus – Origem, implantação e Militância (1911-1946). Art Editorial São Paulo, 2010

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