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segunda-feira, 8 de junho de 2015

AULA 2 DO CURSO DE BACHARELADO DA ETEADALPE – HISTÓRIA DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS -

Monitor: Pr. João Barbosa - Capelão

Desenvolvimento da Obra de Evangelização nos Estados Brasileiros
I.1 – A experiência Pentecostal e a chamada missionária de Daniel Berg e Gunnar Vingren – Qualquer “Agência Missionaria” moderna exige que o participante faça um curso de missões transculturais, estude a língua do povo, aprenda o idioma, informe-se sobre as condições climáticas, tenha endereços para onde vai, etc.

Mas, dois suecos chegam ao Brasil sem dinheiro, sem falar uma palavra em Português, vindo na terceira classe do navio sem ter nenhum conhecido esperando-os – apenas uma “visão”.

Era, aliás, a forma “natural” de se fazer missões no início do século a partir da Rua Azuza. As denominações tradicionais já tinham estabelecido organismos de missões, mas o pentecostalismo era considerado apenhas “um movimento”.
2. Vida de Daniel Berg (1888 –1963) – Daniel Berg nasceu em 19 de abril de (1884 – 1963) em Vargon, Suécia. De família muito pobre, segundo relata sua biografia, sofreu na infância a marginalização de ser pagão (só foi batizado aos 15 anos), numa sociedade que batizava as crianças e, em que, a Igreja Luterana, estatal, controlava escolas e igrejas.

Aos 18 anos, Berg foi para a Inglaterra e de lá para os EUA. Chegou ao Brasil em 1910, aos 26 anos de idade, onde viveu por 52 anos, e vindo a falecer em 1963, na Suécia.
Operário de fundição, apenas alfabetizado, no Brasil nunca assumiu qualquer igreja, cargo, ou exerceu qualquer outra forma de influência.

Chegou a admitir que pretendia “servir ao Senhor no futuro com sua força física” (Berg, 1995:16). No Brasil, trabalhou na Companhia Porto of Pará, para sustentar seu amigo Vingren, enquanto ele estudava a língua portuguesa.

Enfim, este homem que é o fundador da Assembleia de Deus, morreu no ostracismo. Não há qualquer registro de Daniel Berg ter recebido uma consagração oficial como pastor.
Seu nome desaparece dos jornais da denominação e há apenas dois artigos assinados por ele (alguns entrevistados têm certeza de que não foi ele quem escreveu).

Já no final da vida, foi homenageado no Cinquentenário da Igreja. A partir da década de 1960 a terceira fase, quando a assembleia de Deus lançava a sua primeira história e já era uma denominação nacional querendo afirmação institucional houve todo um discurso elogioso sobre “dois heróis suecos”,   provavelmente, uma tentativa de “compensação” pelos anos que foi relegado ao esquecimento.
3. Vida de Gunnar Vingren (1879–1933) – O líder Vingren era o dirigente principal (Vingren 1973:8 – O Diário do Pioneiro). Ele é o antônimo de Berg. Líder, com formação teológica no Seminário Teológico Batista Sueco de Chicago (1909). Nasceu em 08 de agosto de 1879, em ostra Husby, na Suécia. Era cinco anos mais velho que Berg.

Em 1903, já com 24 anos foi para os EUA e, depois de formado, iniciou seu ministério pastoral na primeira Igreja Batista de Chicago. Viveu 22 anos no Brasil (1910-32), e além do pastorado na igreja-mãe, em Belém-PA, também pastoreou a Igreja do Rio de Janeiro (capital federal, na época) por nove anos, vindo a morrer em 29 de junho de 1993, na Suécia.

Vingren escreveu 25 diários durante vinte, dos anos que viveu no Brasil, mas foi publicado apenas um livro baseado neles (Vingre: 1973.8).
Samuel Nystron e Nels Nelson, que chegam em 1916 e 1921, respectivamente, são os que mais se destacam, inclusive, por assumirem igrejas e a liderança das convenções nos primeiros anos. No entanto, não imprimiram suas marcas pessoais ou assumiram qualquer status a mais.
4. Despertamento Pentecostal em Estocolmo – Suécia: Enquanto acontecia o avivamento nos Estados Unidos – 1901 em Topeka, Kansas e em 1906, Rua Azuza em Los Angeles, EUA, paralelamente, o fogo pentecostal começava a arder nas igrejas batistas de Estocolmo, Suécia.

Nessa época, nas igrejas evangélicas tradicionais de Estocolmo, o movimento pentecostal despontava. O despertamento foi intenso e com grande sucesso na capital sueca.
Quase todos os membros das igrejas batistas agradeciam as visitações espirituais com alegria. Muitos deles também receberam o batismo com o Espírito Santo.

Em 1909, a situação em que muitos crentes batistas estavam se afastando de suas igrejas por aceitarem o batismo com o Espírito Santo, o comerciante batista Albert Engzell mobiliou um salão em sua residência, na Rua Uppsala 11, em Estocolmo, tendo como pregador E. W. Olsson, da Escola Missionária de Orebro, que era totalmente a favor do despertamento pentecostal. Assim, aconteceu com os membros que se associaram à igreja.

E. W. Olsson, pouco tempo depois, desejou regressar a Órebro, a fim de dar prosseguimento a seus estudos. Assim, a igreja, que contava com 70 membros, considerou a necessidade de um pregador cheio do poder de Deus e com seriedade para continuar o trabalho.

A escolha recaiu sobre o jovem Lewi Pethrus, que ainda servia como pregador na Igreja Batista de Lidikoping. Ele recebeu o convite em 14 de setembro de 1910, e assumiu o trabalho da igreja no ano seguinte, em 8 de janeiro de 1911, aos 26 anos de idade. Durante muito tempo, o movimento pentecostal sueco permaneceu dentro das igrejas batistas, embora houvesse fortes oposições.

No final de maio de 1907, os batistas realizaram uma conferência anual em Goteborg, e o despertamento pentecostal dividiu opiniões. John Ongman vinha realizando trabalhos ligados aos movimentos pentecostais em Orebro há mais de cinco anos, e nesse período havia uma linha divisória marcante entre os batistas.

Em seu Seminário e nas conferências. Ongman mantinha sua opinião sobre essa linha que não era totalmente pelos líderes batistas tradicionais. Muitos estavam na expectativa de que a conferência em Goteborg tomaria uma posição, mas evidentemente os líderes das igrejas acharam melhor não discutir o assunto.
5. Formação da Igreja Batista Filadélfia de Estocolmo com o Pr. Lewi Petrhus (1913) – Em 29 de abril de 1913, a União Batista Sueca excluiu a Sétima Igreja batista de Estocolmo, curiosamente por causa da atitude da igreja quanto à comunhão livre, ou seja, a celebração da Ceia do Senhor a crentes de quaisquer denominações evangélicas, e não somente aos batistas.
O motivo principal, portanto, não foi o fato de o seu pastor e membros serem fortemente pentecostais, como poderia ser alegado.A partir de então, deu-se o início oficial do movimento pentecostal na Suécia, com a Sétima Igreja Batista de Estocolmo passando a ser conhecida somente como Igreja Filadélfia de Estocolmo, com cerca de 500 membros.

Em 1910, enquanto Frida vivia sua juventude na Suécia, Gunnar Vingren já havia sido ordenado pastor pela Convenção Sueca nos EUA e também tinha recebido a experiência do batismo com o Espírito Santo no ano anterior em Chicago. Ele tinha deixado o pastorado da Igreja Batista Sueca de Menominiee, e fora acolhido pela Igreja Batista Sueca de South Bend, Indiana, que recebera de bom grado a novidade pentecostal.

Ali, em um determinado dia, Deus colocou no coração do jovem pastor Vingren que deveria se reunir num sábado à noite, para orar na casa de um irmão da igreja que tinha sido batizado com o Espírito Santo.

Enquanto oravam, o Espírito do Senhor veio de maneira poderosa sobre eles. Houve comentários sobre aquela reunião e várias pessoas passaram a se reunir ali com eles durante diversos sábados para orar e todas as vezes o Espírito do Senhor vinha sobre eles de maneira poderosa.

Durante aquelas semanas de oração, sentiram o poder de Deus vir sobre eles como uma pressão como um forte peso, de tal maneira que muitas vezes não conseguiam sentar à  mesa para comer.

Caiam no chão, dobravam os joelhos e em alta voz louvavam o nome do Senhor. Estavam tão cheios de gozo do Espírito Santo que clamavam com voz elevada, cada um onde estava.

Em uma daquelas reuniões, durante esse período de oração, notaram que um dos irmãos foi arrebatado em espírito de maneira especial, como um arrebatamento profético. Outro irmão, Adolfo Uldin, recebeu do Espírito Santo palavras maravilhosas e vários mistérios sobre o futuro de Gunnar Vingren, lhes foram revelados.

Entre outras coisas, o Espírito Santo falou através desse irmão que Gunnar Vingren deveria ir para o Pará. Fora revelado também que o povo para quem Gunnar Vingren testificaria de Jesus era de um nível social muito simples.
Vingren deveria ensinar-lhes os primeiros rudimentos da doutrina do Senhor. Naquela ocasião Gunnar Vingren teve o imenso privilégio de ouvir por intermédio do Espírito Santo, a linguagem daquele povo, o idioma português.

Uldin profetizou também que Vingren, comeria uma comida muito simples, mas Deus lhe daria tudo o que fosse necessário. O Espírito Santo disse também que Vingren se casaria com uma moça chamada Strandberg.

Deus disse outras coisas que, mais tarde, Gunnar Vingren teve a oportunidade de ver a confirmação. Deus tinha falado, e ele compreendera que havia recebido a chamada divina para o seu futuro campo missionário no Brasil.
6. Chegada a Belém dos missionários Otto e Ondina Nelson (1914) – Em 25 de outubro de 1914, chegaram a Belém do Pará, o casal de suecos Otto e Andina Nelson, procedentes dos EUA para se juntarem a Vingren e Berg. Em 8 de novembro de 1914, a igreja que se reunia na Rua São Gerônimo 224, seu segundo endereço depois da casa de Celina Albuquerque, se mudou para a travessa 9 de janeiro,75.
7. Daniel Berg viaja para Suécia (1914), onde estabeleceu contato com Lewi Phetrus, seu amigo de infância e Pr. da Sétima Igreja Batista de Estocolmo que poucos anos antes se tornara pentecostal e se organizou como igreja Filadélfia de Estocolmo em 1913. A partir deste ano, Daniel Berg e Gunnar Vingren passaram a constar no registro dessa igreja como seus missionários.
8. Vingren faz viagem de férias à Suécia – No ano seguinte, 1915, Gunnar Vingren também seguiu para a Suécia. Era a primeira viagem à sua terra natal depois que veio para o Brasil. Ali, conheceu a enfermeira Frida Maria Strandberg.

9. Em 18 de agosto de 1916, chegaram a Belém, os suecos Samuel e Lina Nystron, os primeiros missionários oficialmente enviados pela igreja Filadélfia de Estocolmo para se juntar a Daniel Berg e Otto Nelson que ficaram no Brasil.

10. Em 3 de junho de 1917, Frida Vingren chegou a Belém, como missionária também enviada pela igreja Filadélfia de Estocolmo. Ela foi morar na casa que ficava no mesmo endereço da igreja, onde residiam os missionários.
Dois dias depois em 5 de julho, escreveu sua primeira carta para a Suécia. Por meio dessa carta, descobre-se que o nome Assembleia de Deus já era utilizado.

11.Em 6 de agosto de 1917, Gunnar Vingren chega a Belém retornando de sua primeira viagem a Suécia.

12. No dia 16 de outubro do mesmo ano, Vingren e Frida se casam em Belém, numa cerimônia oficiada pelo missionário Samuel Nystron.
13 Edição do primeiro jornal – Voz da Verdade (11.1917): Pode-se observar que nessa época ainda se empregava o nome “Missão da fé apostólica”, mas já estava em uso o novo nome Assembleia de Deus. O grande interesse de Frida era o trabalho com crianças, o trabalho social e também o trabalho na igreja. 
Com os conhecimentos de enfermagem que possuía, ela também fazia o trabalho de parteira. Era então o começo de sua longa e fiel atuação missionária junto com seu marido.
14. Pessoas que primeiro levaram a mensagem Pentecostal nos estados brasileiros – Avivamento Pentecostal
Estado
Nome
Data
1. Pará
Gunnar Vingren e Daniel Berg
1911
2.Ceará
Maria Nazaré
1914
3.Alagoas
Gunnar Vingren e Otto Nelson
1914
4.Paraíba
Manoel Francisco Dubu
1914
5.Roraima
Cordulino Teixeira Bastos
1915
6.Pernambuco
Adriano Nobre
1916
7.Amapá
Clímaco Bueno Aza
1916
8.Amazonas
Severino Moreno de Araújo
1917
9.Rio G. Norte
Pregadores Desconhecidos e Adriano Nobre

1918
10.Maranhão
Clímaco Bueno Aza
1921
11.Esp. Santo
Galdino Sobrinho e esposa
1922
12.Rondônia
Paul John Aenis
1922
13.Rio Janeiro
Diversos crentes vindo do Pará
1923
14.São Paulo
Diversos crentes vindo de Pernambuco

1923
15. Rio G. Sul
Gustav Nordlund
1924
16.Bahia
Joaquim de Souza Carvalho
1926
17.Piauí
Raimundo Prudente de Almeida
1927
18.Minas Gerais

Clímaco Bueno Aza

1927
19.Sergipe
Sargento Armínio
1927
20.Paraná
Bruno Skolimowski
1928
21.Santa Catarina

André Bernardino da Silva

1931
22.Acre
Manoel Pirabas
1932
23.Goiás
Crentes vindos da Ass. de Madureira (RJ) e Antônio Moreira

1936
24.Mato Grosso
Eduardo Pablo Joerck

1936
25.Mato Grosso do Sul

Juvenal Roque de Andrade

1944
26.Distrito Federal
Grupo de pastores do ministério de Madureira em Goiás

1956

15. Lugares do Pará que primeiro receberam a mensagem Pentecostal nesse período (1911 – 1919)
Soure e Mosqueiro na Ilha de Marajó
Daniel Berg
1911
Bragança
Daniel Berg
1912
Xarapucu e Katipuru

Daniel Berg

1913
Estrada de Ferro, Belém-Bragança, Igarapé-Assu, Benevides, Capanema,Timboteua, Peixe Boi e Bragança





Clímaco Bueno Aza





1913
Afuá, Ilha de Marajó
Gunnar Vingren e Daniel Berg

1914
São Luís do Pará
xxxxxxx
1915
Assaisal (Bonito)
Joaquim Amaro do Nascimento, Francisco Santos Carneiro e João Paraense



1919
Em continuação, vários outros lugares foram sendo visitados pelos primeiros missionários e crentes da AD de Belém, incendiado com a chama pentecostal.

16. Primeiros pastores e evangelistas nacionais (1912 – 1913) – Antes de a Assembleia de Deus haver completado dois anos, a falta de obreiros já era sentida em várias localidades onde igrejas e congregações se haviam estabelecido.

O primeiro crente da Assembleia de Deus separado para o ministério pastoral foi Isidoro Filho. Foi ordenado pelo missionário Gunnar Vingren no princípio de 1912, para pastorear a igreja em Soure, na Ilha de Marajó.

O segundo pastor foi Absalão Piano, ordenado também por Vingren no princípio de 1913, em Rio Preto, Tajapuru do Norte.

O terceiro, foi Crispiniano de Melo, que serviu nas Ilhas Paraenses; o quarto chamava-se Pedro Trajano e o quinto foi Adriano Nobre, quando já se haviam passado cinco anos desde a fundação da Assembleia de Deus.

Em 1918, Clímaco Bueno Aza, que até então era evangelista, foi separado para servir como pastor. Para atender a necessidade sempre crescente de obreiros, a igreja reuniu-se no dia 15 de novembro de 1919, com o objetivo de separa José Paulino Estumano de Morais para servir como pastor.

O reforço de missionários suecos de 1921, não foi suficiente para atender aos apelos que chegavam dos campos de trabalho. A igreja necessitava de muitos obreiros. Atendendo a esses reclamos, a Assembleia de Deus de Belém, separou no dia 2 de março de 1921, Bruno Skolimowski para servir como pastor.

Logo a igreja de Belém recebeu a cooperação do pastor Plácido Aristóteles, homem de reconhecida capacidade literária e do pastor Pedro Trajano.
Em 1926, intensificaram-se os cultos em Niterói tendo como pregadores Gunnar Vingren, Paulo Leivas Macalão, Palatino dos Santos, Napoleão de Oliveira, José Teixeira rego e outros.

Além desses, vieram os pastores José Felinto de Oliveira, Antônio Rego Barros, Vicente Sales Bastos, Cícero Canuto de Lima, Francisco Gonzaga da Silva, José Bezerra Cavalcanti, José Marcelino da Silva, João Pedro da Silva, José Trigueiro da Silva e José Menezes.

As Assembleias de Deus no Brasil que recebia missionários, passou a enviar missionários para outras terras. Assim, José Plácido da Costa foi o primeiro missionário transcultural brasileiro das Assembleias de Deus enviado para Portugal em 1913, e José Matos, também enviado para Portugal em 1921.

17. Missionários da missão sueca que chegaram ao Brasil nesse período (1910 – 1927) – Gunnar Vingren e Daniel Berg, 1910; Otto e Andina Nelson, 1914; Samuel e Lina Nystron, 1916; Frida Strandeberg Vingren 1917; Joel e Signe Carlson, 1918; Nels Julius Nelson, 1921; Samuel e Tora Hedlund, 1921; Ana Carlson, 1921; Augusta Andersson, 1921; Elisabeth Johansson, 1921, Ester Andersson, 1921; Ingrid Andersson, 1921, Simon e Agne Sjogren, 1921, Viktor e Anna Jansson, 1922, Gustavo e Elisabeth Nordlund 1924; Simon e Linnea Lundgren, 1924; Algot e Rosa Svensson, 1927 e Beda Palm, 1927.

18. Primeiras convenções regionais (1921) – De 18 a 22 de agosto de 1921, realizou-se a primeira Convenção Regional das Assembleias de Deus do Brasil e do estado do Pará. A convenção foi hospedada pela Assembleia de Deus de São Luís, estando representadas as igrejas de: Bragança, Catipuru, Tacari, Capanema, Abaeté, Bonito, Burrin, Cedro, Timboteua, Pau Amarelo, Peixe Verde, Guamá, Belém e Aramá. (conforme Dicionário Pentecostal pág.44).

Em 1922 realizou-se a Segunda Convenção Regional na cidade de Afuá que reuniu os obreiros de todo estado para estudarem a palavra de Deus.

19. Primeiras Escolas Bíblicas: Por sua posição de primeira igreja e centro das atividades evangelísticas no Brasil, a Assembleia de Deus de Belém tinha a responsabilidade de preparar os obreiros que dia a dia iam recebendo a chamada divina.

Foi considerando essa necessidade que a Assembleia de Deus de Belém organizou e realizou a primeira Escola Bíblica Pentecostal. Os estudos bíblicos ministrados pelo missionário Samuel Nystron, estenderam-se de 4 de março a 4 de abril de 1922.

Estes foram os primeiros pastores presentes à primeira escola bíblica das Assembleias de Deus: José Morais, Bruno Skolimowski, Isidoro Filho, José Felinto, Almeida Sobrinho, Antônio Rego Barros, Julião Silva, Francisco Gonzaga, José da Penha, Juvenal Roque de Andrade, João Queiroz, João Batista de Melo, Manoel Cezar, Paulino Fontenele da Silva, Januário Soares e João Francisco Argemiro.

20. Segunda Escola Bíblica (1924) – No período de 24 de março a 28 de abril de1924, foi realizada a segunda Escola Bíblica de Belém, cuja participação ultrapassou a casa dos quarenta, entre eles a presença de Gunnar Vingren e representantes dos estados do Pará, Ceará, e Rio Grande do Norte.

Uma das decisões mais importantes foi a concessão de um auxílio às viúvas e filhos de obreiros falecidos no exercício do cargo. De 24 de outubro a 7 de novembro de 1927, realizou-se em Belém mais uma Escola Bíblica, juntamente com a Convenção de Ministros do Evangelho.

21. Em 1927 chegaram em Recife-PE, os norte americanos Orlando Spencer Boyer e esposa Ethel Beebe e Virgil Frank Smith, enviados como missionários pela Igreja de Cristo, que depois já na década de 30, batizados com o Espírito Santo, tornaram-se missionários das Assembleias de Deus norte americanas no Brasil, onde tiveram um marcante ministério.

Boyer foi pioneiro das Assembleias de Deus em Alagoas, Ceará e Santa Catarina. E se tornou o maior escritor pentecostal brasileiro. Virgil, além de desbravar igrejas no sertão nordestino, tornou-se um dos líderes da Assembleia de Deus, na década de 40.

Fontes de Pesquisa:
ALENCAR, Gedeon. Assembleias de Deus – Origem Implantação e Militância (1911-1946). Arte Editorial. São Paulo, 2010
SYNAN, Vinson. O Século do Espírito Santo. 100 anos de avivamento pentecostal e carismático. São Paulo, 2009
ARAUJO, Isabel de. Dicionário Movimento Pentecostal. CPAD. Rio de Janeiro, 2007
ARAUJO. Isael de. VINGREN, Frida - Biografia de Pioneiros das Ass. de Deus no Brasil. CPAD. Rio de Janeiro, 2014 / SANTOS, Roberto José do. Síntese Histórica Ass. De Deus em Abreu e Lima Pe. 80 Anos – 1908 – 2008

ALENCAR, Gedeon. Assembleias de Deus – Origem, implantação e Militância (1911-1946). Art Editorial São Paulo, 2010

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