Monitor: Pr. João Barbosa - Capelão
Desenvolvimento da Obra de Evangelização nos Estados Brasileiros
I.1 – A experiência Pentecostal e
a chamada missionária de Daniel Berg e Gunnar Vingren – Qualquer “Agência Missionaria” moderna exige que o participante faça um
curso de missões transculturais, estude a língua do povo, aprenda o idioma,
informe-se sobre as condições climáticas, tenha endereços para onde vai, etc.
Mas, dois
suecos chegam ao Brasil sem dinheiro, sem falar uma palavra em Português, vindo
na terceira classe do navio sem ter nenhum conhecido esperando-os – apenas uma
“visão”.
Era, aliás,
a forma “natural” de se fazer missões no início do século a partir da Rua
Azuza. As denominações tradicionais já tinham estabelecido organismos de
missões, mas o pentecostalismo era considerado apenhas “um movimento”.
2. Vida de Daniel Berg (1888
–1963) – Daniel Berg nasceu em 19 de abril de (1884 –
1963) em Vargon, Suécia. De família muito pobre, segundo relata sua biografia,
sofreu na infância a marginalização de ser pagão (só foi batizado aos 15 anos),
numa sociedade que batizava as crianças e, em que, a Igreja Luterana, estatal,
controlava escolas e igrejas.
Aos 18
anos, Berg foi para a Inglaterra e de lá para os EUA. Chegou ao Brasil em 1910,
aos 26 anos de idade, onde viveu por 52 anos, e vindo a falecer em 1963, na
Suécia.
Operário de
fundição, apenas alfabetizado, no Brasil nunca assumiu qualquer igreja, cargo,
ou exerceu qualquer outra forma de influência.
Chegou a
admitir que pretendia “servir ao Senhor no futuro com sua força física” (Berg,
1995:16). No Brasil, trabalhou na Companhia
Porto of Pará, para sustentar seu amigo Vingren, enquanto ele estudava a
língua portuguesa.
Enfim, este
homem que é o fundador da Assembleia de Deus, morreu no ostracismo. Não há
qualquer registro de Daniel Berg ter recebido uma consagração oficial como
pastor.
Seu nome
desaparece dos jornais da denominação e há apenas dois artigos assinados por
ele (alguns entrevistados têm certeza de que não foi ele quem escreveu).
Já no final
da vida, foi homenageado no Cinquentenário da Igreja. A partir da década de
1960 a terceira fase, quando a assembleia de Deus lançava a sua primeira
história e já era uma denominação nacional querendo afirmação institucional
houve todo um discurso elogioso sobre “dois heróis suecos”, provavelmente, uma tentativa de “compensação”
pelos anos que foi relegado ao esquecimento.
3. Vida de Gunnar Vingren
(1879–1933) – O líder Vingren era o dirigente principal
(Vingren 1973:8 – O Diário do Pioneiro). Ele é o antônimo de Berg. Líder, com
formação teológica no Seminário Teológico Batista Sueco de Chicago (1909).
Nasceu em 08 de agosto de 1879, em ostra Husby, na Suécia. Era cinco anos mais
velho que Berg.
Em 1903, já
com 24 anos foi para os EUA e, depois de formado, iniciou seu ministério
pastoral na primeira Igreja Batista de Chicago. Viveu 22 anos no Brasil
(1910-32), e além do pastorado na igreja-mãe, em Belém-PA, também pastoreou a
Igreja do Rio de Janeiro (capital federal, na época) por nove anos, vindo a
morrer em 29 de junho de 1993, na Suécia.
Vingren
escreveu 25 diários durante vinte, dos anos que viveu no Brasil, mas foi
publicado apenas um livro baseado neles (Vingre: 1973.8).
Samuel
Nystron e Nels Nelson, que chegam em 1916 e 1921, respectivamente, são os que
mais se destacam, inclusive, por assumirem igrejas e a liderança das convenções
nos primeiros anos. No entanto, não imprimiram suas marcas pessoais ou
assumiram qualquer status a mais.
4. Despertamento Pentecostal em
Estocolmo – Suécia: Enquanto acontecia o avivamento
nos Estados Unidos – 1901 em Topeka, Kansas e em 1906, Rua Azuza em Los
Angeles, EUA, paralelamente, o fogo pentecostal começava a arder nas igrejas
batistas de Estocolmo, Suécia.
Nessa
época, nas igrejas evangélicas tradicionais de Estocolmo, o movimento
pentecostal despontava. O despertamento foi intenso e com grande sucesso na
capital sueca.
Quase todos
os membros das igrejas batistas agradeciam as visitações espirituais com
alegria. Muitos deles também receberam o batismo com o Espírito Santo.
Em 1909, a
situação em que muitos crentes batistas estavam se afastando de suas igrejas
por aceitarem o batismo com o Espírito Santo, o comerciante batista Albert
Engzell mobiliou um salão em sua residência, na Rua Uppsala 11, em Estocolmo,
tendo como pregador E. W. Olsson, da Escola Missionária de Orebro, que era
totalmente a favor do despertamento pentecostal. Assim, aconteceu com os
membros que se associaram à igreja.
E. W. Olsson,
pouco tempo depois, desejou regressar a Órebro, a fim de dar prosseguimento a
seus estudos. Assim, a igreja, que contava com 70 membros, considerou a
necessidade de um pregador cheio do poder de Deus e com seriedade para
continuar o trabalho.
A escolha
recaiu sobre o jovem Lewi Pethrus, que ainda servia como pregador na Igreja
Batista de Lidikoping. Ele recebeu o convite em 14 de setembro de 1910, e
assumiu o trabalho da igreja no ano seguinte, em 8 de janeiro de 1911, aos 26
anos de idade. Durante muito tempo, o movimento pentecostal sueco permaneceu
dentro das igrejas batistas, embora houvesse fortes oposições.
No final de
maio de 1907, os batistas realizaram uma conferência anual em Goteborg, e o
despertamento pentecostal dividiu opiniões. John Ongman vinha realizando
trabalhos ligados aos movimentos pentecostais em Orebro há mais de cinco anos,
e nesse período havia uma linha divisória marcante entre os batistas.
Em seu
Seminário e nas conferências. Ongman mantinha sua opinião sobre essa linha que
não era totalmente pelos líderes batistas tradicionais. Muitos estavam na
expectativa de que a conferência em Goteborg tomaria uma posição, mas
evidentemente os líderes das igrejas acharam melhor não discutir o assunto.
5. Formação da Igreja Batista
Filadélfia de Estocolmo com o Pr. Lewi Petrhus (1913) – Em 29 de abril de 1913, a União Batista Sueca excluiu a Sétima Igreja
batista de Estocolmo, curiosamente por causa da atitude da igreja quanto à
comunhão livre, ou seja, a celebração da Ceia do Senhor a crentes de quaisquer
denominações evangélicas, e não somente aos batistas.
O motivo principal,
portanto, não foi o fato de o seu pastor e membros serem fortemente
pentecostais, como poderia ser alegado.A partir de então, deu-se o início
oficial do movimento pentecostal na Suécia, com a Sétima Igreja Batista de
Estocolmo passando a ser conhecida somente como Igreja Filadélfia de Estocolmo,
com cerca de 500 membros.
Em 1910,
enquanto Frida vivia sua juventude na Suécia, Gunnar Vingren já havia sido
ordenado pastor pela Convenção Sueca nos EUA e também tinha recebido a
experiência do batismo com o Espírito Santo no ano anterior em Chicago. Ele
tinha deixado o pastorado da Igreja Batista Sueca de Menominiee, e fora
acolhido pela Igreja Batista Sueca de South Bend, Indiana, que recebera de bom
grado a novidade pentecostal.
Ali, em um
determinado dia, Deus colocou no coração do jovem pastor Vingren que deveria se
reunir num sábado à noite, para orar na casa de um irmão da igreja que tinha
sido batizado com o Espírito Santo.
Enquanto
oravam, o Espírito do Senhor veio de maneira poderosa sobre eles. Houve
comentários sobre aquela reunião e várias pessoas passaram a se reunir ali com
eles durante diversos sábados para orar e todas as vezes o Espírito do Senhor
vinha sobre eles de maneira poderosa.
Durante
aquelas semanas de oração, sentiram o poder de Deus vir sobre eles como uma
pressão como um forte peso, de tal maneira que muitas vezes não conseguiam
sentar à mesa para comer.
Caiam no
chão, dobravam os joelhos e em alta voz louvavam o nome do Senhor. Estavam tão
cheios de gozo do Espírito Santo que clamavam com voz elevada, cada um onde
estava.
Em uma
daquelas reuniões, durante esse período de oração, notaram que um dos irmãos
foi arrebatado em espírito de maneira especial, como um arrebatamento
profético. Outro irmão, Adolfo Uldin, recebeu do Espírito Santo palavras
maravilhosas e vários mistérios sobre o futuro de Gunnar Vingren, lhes foram
revelados.
Entre
outras coisas, o Espírito Santo falou através desse irmão que Gunnar Vingren
deveria ir para o Pará. Fora revelado também que o povo para quem Gunnar
Vingren testificaria de Jesus era de um nível social muito simples.
Vingren
deveria ensinar-lhes os primeiros rudimentos da doutrina do Senhor. Naquela
ocasião Gunnar Vingren teve o imenso privilégio de ouvir por intermédio do
Espírito Santo, a linguagem daquele povo, o idioma português.
Uldin
profetizou também que Vingren, comeria uma comida muito simples, mas Deus lhe
daria tudo o que fosse necessário. O Espírito Santo disse também que Vingren se
casaria com uma moça chamada Strandberg.
Deus disse
outras coisas que, mais tarde, Gunnar Vingren teve a oportunidade de ver a
confirmação. Deus tinha falado, e ele compreendera que havia recebido a chamada
divina para o seu futuro campo missionário no Brasil.
6. Chegada a Belém dos
missionários Otto e Ondina Nelson (1914) – Em 25 de
outubro de 1914, chegaram a Belém do Pará, o casal de suecos Otto e Andina
Nelson, procedentes dos EUA para se juntarem a Vingren e Berg. Em 8 de novembro
de 1914, a igreja que se reunia na Rua São Gerônimo 224, seu segundo endereço
depois da casa de Celina Albuquerque, se mudou para a travessa 9 de janeiro,75.
7. Daniel Berg viaja para Suécia
(1914), onde estabeleceu contato com Lewi Phetrus, seu amigo de infância e Pr. da
Sétima Igreja Batista de Estocolmo que poucos anos antes se tornara pentecostal
e se organizou como igreja Filadélfia de Estocolmo em 1913. A partir deste ano,
Daniel Berg e Gunnar Vingren passaram a constar no registro dessa igreja como
seus missionários.
8. Vingren faz viagem de férias à
Suécia – No ano seguinte, 1915, Gunnar Vingren também
seguiu para a Suécia. Era a primeira viagem à sua terra natal depois que veio
para o Brasil. Ali, conheceu a enfermeira Frida Maria Strandberg.
9. Em 18 de agosto de 1916, chegaram
a Belém, os suecos Samuel e Lina Nystron, os primeiros missionários oficialmente enviados pela igreja Filadélfia
de Estocolmo para se juntar a Daniel Berg e Otto Nelson que ficaram no Brasil.
10. Em 3 de junho de 1917, Frida
Vingren chegou a Belém, como
missionária também enviada pela igreja Filadélfia de Estocolmo. Ela foi morar
na casa que ficava no mesmo endereço da igreja, onde residiam os missionários.
Dois dias
depois em 5 de julho, escreveu sua primeira carta para a Suécia. Por meio dessa
carta, descobre-se que o nome Assembleia de Deus já era utilizado.
11.Em 6 de agosto de 1917, Gunnar
Vingren chega a Belém retornando de sua primeira viagem a Suécia.
12. No dia 16 de outubro do mesmo
ano, Vingren e Frida se casam em Belém, numa
cerimônia oficiada pelo missionário Samuel Nystron.
13 Edição do primeiro jornal –
Voz da Verdade (11.1917): Pode-se observar
que nessa época ainda se empregava o nome “Missão da fé apostólica”, mas já
estava em uso o novo nome Assembleia de Deus. O grande interesse de Frida era o
trabalho com crianças, o trabalho social e também o trabalho na igreja.
Com os
conhecimentos de enfermagem que possuía, ela também fazia o trabalho de
parteira. Era então o começo de sua longa e fiel atuação missionária junto com
seu marido.
14. Pessoas que primeiro levaram a
mensagem Pentecostal nos estados brasileiros – Avivamento Pentecostal
Estado
|
Nome
|
Data
|
1. Pará
|
Gunnar Vingren e Daniel Berg
|
1911
|
2.Ceará
|
Maria Nazaré
|
1914
|
3.Alagoas
|
Gunnar Vingren e Otto Nelson
|
1914
|
4.Paraíba
|
Manoel Francisco Dubu
|
1914
|
5.Roraima
|
Cordulino Teixeira Bastos
|
1915
|
6.Pernambuco
|
Adriano Nobre
|
1916
|
7.Amapá
|
Clímaco Bueno Aza
|
1916
|
8.Amazonas
|
Severino Moreno de Araújo
|
1917
|
9.Rio G. Norte
|
Pregadores Desconhecidos e Adriano Nobre
|
1918
|
10.Maranhão
|
Clímaco Bueno Aza
|
1921
|
11.Esp. Santo
|
Galdino Sobrinho e esposa
|
1922
|
12.Rondônia
|
Paul John Aenis
|
1922
|
13.Rio Janeiro
|
Diversos crentes vindo do Pará
|
1923
|
14.São Paulo
|
Diversos crentes vindo de Pernambuco
|
1923
|
15. Rio G. Sul
|
Gustav Nordlund
|
1924
|
16.Bahia
|
Joaquim de Souza Carvalho
|
1926
|
17.Piauí
|
Raimundo Prudente de Almeida
|
1927
|
18.Minas Gerais
|
Clímaco Bueno Aza
|
1927
|
19.Sergipe
|
Sargento Armínio
|
1927
|
20.Paraná
|
Bruno Skolimowski
|
1928
|
21.Santa Catarina
|
André Bernardino da Silva
|
1931
|
22.Acre
|
Manoel Pirabas
|
1932
|
23.Goiás
|
Crentes vindos da Ass. de Madureira (RJ) e
Antônio Moreira
|
1936
|
24.Mato Grosso
|
Eduardo Pablo Joerck
|
1936
|
25.Mato Grosso do Sul
|
Juvenal Roque de Andrade
|
1944
|
26.Distrito Federal
|
Grupo de pastores do ministério de Madureira
em Goiás
|
1956
|
15. Lugares do Pará
que primeiro receberam a mensagem Pentecostal nesse período (1911 – 1919)
Soure e Mosqueiro na Ilha de Marajó
|
Daniel Berg
|
1911
|
Bragança
|
Daniel Berg
|
1912
|
Xarapucu e Katipuru
|
Daniel Berg
|
1913
|
Estrada de Ferro, Belém-Bragança,
Igarapé-Assu, Benevides, Capanema,Timboteua, Peixe Boi e Bragança
|
Clímaco Bueno Aza
|
1913
|
Afuá, Ilha de Marajó
|
Gunnar Vingren e Daniel Berg
|
1914
|
São Luís do Pará
|
xxxxxxx
|
1915
|
Assaisal (Bonito)
|
Joaquim Amaro do Nascimento, Francisco
Santos Carneiro e João Paraense
|
1919
|
Em
continuação, vários outros lugares foram sendo visitados pelos primeiros
missionários e crentes da AD de Belém, incendiado com a chama pentecostal.
16. Primeiros
pastores e evangelistas nacionais (1912 – 1913) – Antes de a Assembleia de Deus haver completado
dois anos, a falta de obreiros já era sentida em várias localidades onde
igrejas e congregações se haviam estabelecido.
O primeiro
crente da Assembleia de Deus separado para o ministério pastoral foi Isidoro
Filho. Foi ordenado pelo missionário Gunnar Vingren no princípio de 1912, para
pastorear a igreja em Soure, na Ilha de Marajó.
O segundo
pastor foi Absalão Piano, ordenado também por Vingren no princípio de 1913, em
Rio Preto, Tajapuru do Norte.
O terceiro,
foi Crispiniano de Melo, que serviu nas Ilhas Paraenses; o quarto chamava-se
Pedro Trajano e o quinto foi Adriano Nobre, quando já se haviam passado cinco
anos desde a fundação da Assembleia de Deus.
Em 1918,
Clímaco Bueno Aza, que até então era evangelista, foi separado para servir como
pastor. Para atender a necessidade sempre crescente de obreiros, a igreja
reuniu-se no dia 15 de novembro de 1919, com o objetivo de separa José Paulino
Estumano de Morais para servir como pastor.
O reforço
de missionários suecos de 1921, não foi suficiente para atender aos apelos que
chegavam dos campos de trabalho. A igreja necessitava de muitos obreiros.
Atendendo a esses reclamos, a Assembleia de Deus de Belém, separou no dia 2 de
março de 1921, Bruno Skolimowski para servir como pastor.
Logo a
igreja de Belém recebeu a cooperação do pastor Plácido Aristóteles, homem de
reconhecida capacidade literária e do pastor Pedro Trajano.
Em 1926,
intensificaram-se os cultos em Niterói tendo como pregadores Gunnar Vingren,
Paulo Leivas Macalão, Palatino dos Santos, Napoleão de Oliveira, José Teixeira
rego e outros.
Além
desses, vieram os pastores José Felinto de Oliveira, Antônio Rego Barros,
Vicente Sales Bastos, Cícero Canuto de Lima, Francisco Gonzaga da Silva, José
Bezerra Cavalcanti, José Marcelino da Silva, João Pedro da Silva, José
Trigueiro da Silva e José Menezes.
As
Assembleias de Deus no Brasil que recebia missionários, passou a enviar
missionários para outras terras. Assim, José Plácido da Costa foi o primeiro
missionário transcultural brasileiro das Assembleias de Deus enviado para
Portugal em 1913, e José Matos, também enviado para Portugal em 1921.
17. Missionários
da missão sueca que chegaram ao Brasil nesse período (1910 – 1927) – Gunnar Vingren e Daniel Berg, 1910; Otto e
Andina Nelson, 1914; Samuel e Lina Nystron, 1916; Frida Strandeberg Vingren
1917; Joel e Signe Carlson, 1918; Nels Julius Nelson, 1921; Samuel e Tora
Hedlund, 1921; Ana Carlson, 1921; Augusta Andersson, 1921; Elisabeth Johansson,
1921, Ester Andersson, 1921; Ingrid Andersson, 1921, Simon e Agne Sjogren,
1921, Viktor e Anna Jansson, 1922, Gustavo e Elisabeth Nordlund 1924; Simon e
Linnea Lundgren, 1924; Algot e Rosa Svensson, 1927 e Beda Palm, 1927.
18. Primeiras
convenções regionais (1921) – De 18 a 22
de agosto de 1921, realizou-se a primeira Convenção Regional das Assembleias de
Deus do Brasil e do estado do Pará. A convenção foi hospedada pela Assembleia
de Deus de São Luís, estando representadas as igrejas de: Bragança, Catipuru,
Tacari, Capanema, Abaeté, Bonito, Burrin, Cedro, Timboteua, Pau Amarelo, Peixe
Verde, Guamá, Belém e Aramá. (conforme Dicionário Pentecostal pág.44).
Em 1922
realizou-se a Segunda Convenção Regional na cidade de Afuá que reuniu os
obreiros de todo estado para estudarem a palavra de Deus.
19. Primeiras Escolas Bíblicas: Por sua posição de primeira igreja e centro
das atividades evangelísticas no Brasil, a Assembleia de Deus de Belém tinha a
responsabilidade de preparar os obreiros que dia a dia iam recebendo a chamada
divina.
Foi
considerando essa necessidade que a Assembleia de Deus de Belém organizou e
realizou a primeira Escola Bíblica Pentecostal. Os estudos bíblicos ministrados
pelo missionário Samuel Nystron, estenderam-se de 4 de março a 4 de abril de
1922.
Estes foram
os primeiros pastores presentes à primeira escola bíblica das Assembleias de
Deus: José Morais, Bruno Skolimowski, Isidoro Filho, José Felinto, Almeida
Sobrinho, Antônio Rego Barros, Julião Silva, Francisco Gonzaga, José da Penha,
Juvenal Roque de Andrade, João Queiroz, João Batista de Melo, Manoel Cezar,
Paulino Fontenele da Silva, Januário Soares e João Francisco Argemiro.
20. Segunda
Escola Bíblica (1924) – No período
de 24 de março a 28 de abril de1924, foi realizada a segunda Escola Bíblica de
Belém, cuja participação ultrapassou a casa dos quarenta, entre eles a presença
de Gunnar Vingren e representantes dos estados do Pará, Ceará, e Rio Grande do
Norte.
Uma das
decisões mais importantes foi a concessão de um auxílio às viúvas e filhos de
obreiros falecidos no exercício do cargo. De 24 de
outubro a 7 de novembro de 1927, realizou-se em Belém mais uma Escola Bíblica,
juntamente com a Convenção de Ministros do Evangelho.
21. Em 1927 chegaram em Recife-PE, os
norte americanos Orlando Spencer Boyer e esposa Ethel Beebe e Virgil Frank
Smith, enviados como
missionários pela Igreja de Cristo, que depois já na década de 30, batizados
com o Espírito Santo, tornaram-se missionários das Assembleias de Deus norte
americanas no Brasil, onde tiveram um marcante ministério.
Boyer foi
pioneiro das Assembleias de Deus em Alagoas, Ceará e Santa Catarina. E se
tornou o maior escritor pentecostal brasileiro. Virgil, além de desbravar
igrejas no sertão nordestino, tornou-se um dos líderes da Assembleia de Deus,
na década de 40.
Fontes
de Pesquisa:
ALENCAR, Gedeon. Assembleias
de Deus – Origem Implantação e Militância (1911-1946). Arte Editorial. São
Paulo, 2010
SYNAN, Vinson. O Século do
Espírito Santo. 100 anos de avivamento pentecostal e carismático. São Paulo,
2009
ARAUJO, Isabel de.
Dicionário Movimento Pentecostal. CPAD. Rio de Janeiro, 2007
ARAUJO. Isael de. VINGREN,
Frida - Biografia de Pioneiros das Ass. de Deus no Brasil. CPAD. Rio de
Janeiro, 2014 / SANTOS, Roberto José do. Síntese Histórica Ass. De Deus em
Abreu e Lima Pe. 80 Anos – 1908 – 2008
ALENCAR, Gedeon. Assembleias
de Deus – Origem, implantação e Militância (1911-1946). Art Editorial São
Paulo, 2010
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