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segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

UMA IGREJA VERDADEIRAMENTE PRÓSPERA - Lição 10 - 1º. Trimestre 2012 - EBD-CPAD – Esboço

Efésios 2.11-13; Romanos 11.1-5
ADM - Lisboa-PT - 2008 -
CONGRESSO MISSIONÁRIO INFANTIL
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Escola Dominical em Lisboa-PT
Assessoria literária redacional e pedagógica da Mssª. Laudicéa Barboza da Silva  laudiceabarboza@hotmail.comhttp://nasendadacruz.blogspot.com  Visite-nos e confira nossas produções bíblico-literárias e pedagógicas contextualizadas com os temas.
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OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
1.   Analisar alguns aspectos do povo de Deus na Velha e na Nova Aliança.
2.   Compreender qual é a verdadeira natureza da Igreja.
3.   Conscientizar-se de que a Igreja tem como missão a adoração, a instrução, a edificação e a proclamação.
Esboço
Desde a criação do mundo, o relacionamento entre Deus e o homem tem sido feito por promessas e requisitos específicos.

A Bíblia contém vários tratados a respeito das provisões que definem as diferentes formas de relacionamento entre Deus e o home que ocorrem nas Escrituras, e frequentemente chama esses tratados de “alianças” e que podem ser definidas como “um acordo imutável e divinamente imposto entre Deus e o homem, que estipula as condições do relacionamento entre as partes”.

Apesar da existência de muitos outros detalhes especificados nas alianças que Deus fez com o homem através da história bíblica, o elemento essencial no âmago de todas elas é a promessa: “....serei o seu Deus, e eles serão o meu povo” (Jr 31.33).

Quando especificamos que o relacionamento é uma “aliança” vemos claramente os paralelos entre os relacionamentos tanto na Velha quanto na Nova Aliança que Deus teve com o seu povo.

Assim, a Velha Aliança que contrasta com a Nova Aliança, é a integralidade do Antigo Testamento, pois as alianças com Abraão e Davi jamais são chamadas “velhas” no Novo Testamento.

Pelo contrário, apenas a aliança sob Moisés, a aliança feita no monte Sinai (Ex 19 – 24) é chamada “velha aliança” (2 Co 3.14; Hb 8.6,13), a ser substituída pela “nova aliança em Cristo” (Lc 22.20; 1Co 11.25; 2Co 3.6; Hb 8.8,13; 9.15; 12.24).

Apesar de o sistema sacrificial da aliança mosaica, “velha aliança”, não remover realmente os pecados (Hb 10.1-4), prefigurava o fato de que Cristo levou os pecados, sendo o sumo sacerdote perfeito que também foi um sacrifício perfeito (Hb 9.11-28).

Contudo, a aliança mosaica em si mesma, com todas as suas leis detalhadas, não poderiam salvar as pessoas.
Não que as leis em si fossem erradas, visto que foram dadas por um Deus santo, mas elas não possuíam o poder de dar ás pessoas uma nova vida, e as pessoas não eram capazes de obedecer a elas perfeitamente: 

É porventura, a lei contrária às promessas de Deus? De modo nenhum! Porque, se fosse promulgada uma lei que pudesse dar vida, a justiça, na verdade, seria procedente da lei” (Gl 3.21).

Paulo percebeu que o Espírito Santo operando dentro de nós pode nos dar o poder de obedecer a Deus de uma maneira que a lei mosaica jamais poderia, pois ele declara sobre Deus

“....o qual nos habilitou para sermos ministros de uma nova aliança, não da letra, mas do Espírito; porque a letra mata, mas o Espírito vivifica” (2 Co 3.6).

A nova aliança em Cristo, então, é muito melhor porque cumpre as promessas feitas em Jeremias e citadas em Hebreus 8, o qual mostra o antigo pacto que era um símbolo transitório e descreve o novo, apresentando a pessoa de Cristo como o mediador de um pacto melhor e eterno.

“Eis que dias vêm, diz o Senhor, em que farei um concerto novo com a casa de Israel e com a casa de Judá.
Não conforme o concerto que fiz com seus pais, no dia em que os tomei pela mão, para os tirar da terra do Egito, porquanto eles invalidaram o meu concerto, apesar de eu os haver desposado, diz o Senhor.

Mas este é o concerto que farei com a casa de Israel depois daqueles dias, diz o Senhor: porei a minha lei no seu interior e a escreverei no seu coração: e eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo.

E não ensinará alguém mais a seu próximo, nem alguém mais a seu irmão, dizendo: conhecei ao Senhor; porque todos me conhecerão, desde o menor deles até ao maior, diz o Senhor; porque perdoarei a sua maldade e nunca mais me lembrarei dos seus pecados” (Jr 31. 31-34).

Por intermédio de Jesus, Deus renovou a aliança com o seu povo, mas os judeus, devido à sua incredulidade e dureza de coração vieram a rejeitar a Jesus como o mediador do novo concerto (Hb 9.15; 12.24; Jo 1.12).

Por causa disso, o propósito de Deus ter um povo que o representasse continuou com a Igreja de Cristo – “o Israel do Novo Testamento” – o povo de Deus formado agora, tanto por judeus como por gentios (Cl 6.16; Rm 2.28,29; Ef 2.14-22; Fp 3.3; 1 Pe 2.9).

A igreja é o “Israel de Deus” e, como tal, tem a missão de representá-lo nessa  terra, e o seu grande foco de atuação além da adoração, instrução e edificação é a proclamação do evangelho, motivo de sua incomparável prosperidade.

A missão da igreja é colocar em prática a Grande Comissão e a Comissão Cultural pelo viés da Missão Integral (Mt 28.19), pois fomos chamados para sermos proclamadores das boas novas do Reino de Deus (1 Pe 2.9).

A nossa cosmovisão sobre a missão da Igreja, para compreender sua verdadeira natureza como igreja local e visível, e universal e invisível que é o corpo místico de Cristo, é importante não somente para o cumprimento da Grande Comissão, mas também para o cumprimento da Comissão Integral que é a chamada para criar uma cultura debaixo do Senhorio de Cristo como resultado da Grande Comissão e Comissão Cultural.

Deus se importa não só com a redenção das almas, mas também com a restauração de sua criação. Ele nos chama para sermos agentes não apenas da sua graça salvadora, ou seja, somente para pregar o Evangelho caracterizado na Grande Comissão – mas também para sua graça comum, isto é, levar adiante o trabalho de Deus de manter a criação através da promoção da justiça e retenção do mal, desenvolvendo assim a Comissão Cultural.

Em suma – Na Grande Comissão cumprimos o Ide da graça salvadora. “E disse-lhes: Ide por todo o mundo, e pregai  o Evangelho a toda criatura.” (Mc 16.15).

Na Comissão Cultural cumprimos a graça comum que é o processo de mudança da sociedade para uma cosmovisão segundo o padrão estabelecido por Deus na sua Palavra. 

“Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que vos tenho mandado; e eis que estou convosco todos os dias, até à consumação dos séculos.”  (Mt 28.19,20)

Nosso trabalho não é somente construir a Igreja (Grande Comissão), mas também construir uma sociedade para a glória de Deus, (Comissão Cultural).

A Missão Integral é uma ordenança divina, caracterizada por uma responsabilidade que vai além da evangelização.
Devemos distinguir, portanto, a diferença entre o trabalho da Grande Comissão – a salvação das almas, e o trabalho de Deus através da Comissão Cultural – o exercício da autoridade sobre todas as coisas criadas por Deus. 

“E disse Deus; façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo o réptil que se move sobre a terra.” (Gn 1.26).

“Fazes com que ele tenha domínio sobre as obras das tuas mãos; tudo puseste debaixo de seus pés: todas as ovelhas e bois, assim como os animais do campo; as aves dos céus, e os peixes do mar, e tudo que passa pelas veredas dos mares.” (Sl 8.6-8).

Situando-se dentro da Comissão Integral, Tiago escreveu no cap.2, vers.15,16. “E, se o irmão ou irmã estiverem nus e tiverem falta de mantimento cotidiano, e alguns de vós lhes disser: ide em paz, aquietai-vos e fartai-vos; e lhes não derdes as coisas necessárias para o corpo, que proveito virá daí?”

A Comissão Cultural é uma Convocação à Igreja: Nosso chamado vai além do  pautar os princípios divinos, mas também se comprometer em transformar o mundo; devemos cumprir a Grande Comissão e a Comissão Cultural. 
Somos ordenados a pregar as Boas Novas e a trazer todas as coisas à submissão da ordem de Deus, defendendo e vivendo a verdade de Deus nas condições históricas e culturais únicas de nossa Era.

Comprometer-nos com o mundo, todavia, requer que entendamos as grandes idéias que competem pelas mentes e pelos corações das pessoas.
Segundo o filósofo Richard Weaver, em seu livro – Idéias Have Consequencias – “São as grandes idéias que informam a mente, incendeiam a imaginação, movem o coração e dão forma à cultura”.

A história é um pouco mais do que o registro do surgimento e queda das grandes idéias; as cosmovisões que formam nossos valores e nos levam à ação.

No período de 16 a 25 de Julho de 1974, foi realizado na cidade Lausanne, Suíça, o Congresso Internacional para Evangelização Mundial sob o Tema: “Que a terra ouça a Voz de Deus”: 

O objetivo do Congresso era discutir o rumo das Missões Cristãs Mundiais. No final dos trabalhos, foi divulgado um documento denominado O Pacto de Lausanne. Composto de quinze artigos, a seguir:

01.               O Propósito de Deus
02.               A Autoridade e o Poder da Bíblia
03.               A Unicidade e a Universalidade de Cristo
04.               A Natureza da Evangelização
05.               A responsabilidade Social Cristã
06.               A Igreja e a Evangelização
07.               Cooperação na Evangelização
08.               Esforço Conjugado de Igrejas na Evangelização
09.               Urgência da Tarefa Evangelística
10.               Evangelização e Cultura
11.               Educação e Liderança
12.               Conflito Espiritual
13.               Liberdade e Perseguição
14.               O Poder do Espírito Santo
15.               O Retorno de Cristo.

A Grande Comissão tem a responsabilidade de proclamar o Evangelho ao Mundo: O Senhor Jesus comissionou-nos, a pregar, a batizar e a fazer discípulos em todo o mundo (Mc 16.15; Mt 28.19).

Esta ordenança é conhecida como a Grande Comissão. E tem como objetivo:
a) Proclamar o Evangelho em palavras e ações a toda criatura;
b) Discipular os novos conversos, tornando-os fiéis seguidores de Cristo;
c) Integrá-los espiritualmente e socialmente na Igreja local, a fim de que cresçam na graça e no conhecimento por intermédio da ação do Espírito Santo em sua vida, desfrutando sempre da comunhão dos santos.

O “Ide” de Jesus significa também atravessar fronteiras.
Anunciar o Evangelho em uma cultura diferente é o grande desafio da obra missionária. 
Não podemos desprezar a cultura de um povo a quem pretendemos evangelizar e estabelecermos a nossa. 
“E eu, irmãos, quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria. Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificado” (1 Co 2.1,2).
Uma de nossas falhas, é que estamos enfrentando Conflitos Culturais de todos os lados, sem nos dar conta de que a própria guerra está ao nosso redor.

Precisamos identificar as cosmovisões que jazem na raiz do Conflito Cultural.

A Guerra Cultural não é sobre o aborto, novas formas de união no casamento ou declínio na educação de nossas crianças. Esses são apenas os conflitos.

A verdadeira guerra é uma luta cósmica entre a cosmovisão cristã e as várias cosmovisões seculares e espirituais, que estão em ordem de batalha contra a Igreja de Cristo.

A base da cosmovisão cristã, é a revelação de Deus nas Escrituras, sobre qualquer aspecto da vida familiar, educacional, política, científica, artística e até a mesmo na cultura popular.

Isso é o que devemos entender se vamos ser efetivos tanto em evangelizar nosso mundo hoje, como transformá-lo para refletir a sabedoria do Criador. 

A Comissão Integral engloba esses dois propósitos: evangelizar o mundo e trazê-lo à obediência e ao senhorio de Cristo através da promoção da justiça e retenção do mal.
"E este evangelho do Reino será pregado por todo o mundo, e em testemunho de todas as gentes..."(Mt 24.14).


Fontes de Consultas:
GONDIM, Ricardo. O Evangelho da Nova Era – Uma análise e refutação bíblica da chamada Teologia da Prosperidade. Press Aba
GONÇALVES, José. Lição EBD-CPAD – 1º. Trimestre 2012. Manual do Mestre
CHAMPLIN, R. N e BENTES, M.J. Ph.D. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Editora Hagnos.
OLSON, Roger. História da Teologia Cristã – 2000 Anos de Tradição e Reformas. Vida Acadêmica
Novo Comentário Bíblico do Novo Testamento – Eds: READMACHER, Earl D; ALLEN, Ronald B; HOUSE, H. Wayne
COLSON, Charles – E Agora como Viveremos? – Edições CPAD
DESMOND, T. Alexander e ROSNER, Brian. S – Novo Dicionário de Teologia Bíblica – Editora Vida.
PENTECOST, J. Dwight. Manual de Escatologia. Editora Vida Acadêmica
CHAFER. Teologia Sistemática. SPERRY, Lewis. (vl 1,2). Editora Hagnus
GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática Atual e Exaustiva. Editora Vida Nova.
Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
Bíblia de Estudo Scofield 

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