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sábado, 18 de fevereiro de 2012

O PERIGO DE QUERER BARGANHAR COM DEUS - Lição 08 - 1º. Trimestre 2012 - EBD-CPAD – Esboço

Mateus 4.1-11
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OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
     1.   Conscientizar-se de que as Escrituras condenam a barganha.
2.   Descrever alguns pressupostos da Teologia da barganha.
3.   Explicar qual é o perigo de se tentar barganhar com Deus.
EBD- Lugar de aprender para a vida e celebrá-la á cada dia
Na EBD - Você e sua Família recebem as bênçãos do Pai, do Filho e
do Espírito Santo
Esboço
Parte do Corpo Docente da EBD 
A séria e dura advertência de que Deus não se deixa escarnecer, tem um de seus muitos registros na Palavra de Deus, através do apóstolo Paulo em Gálatas 6.7,8 – “Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo que o homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne da carne ceifará corrupção; mas o que semeia no Espírito do Espírito ceifará a vida eterna”.
Em notas de rodapé do citado versículo na Bíblia de Estudo Pentecostal comenta-se que aqueles que afirmam ser nascidos de novo, os seguidores de Cristo e que têm o Espírito Santo (Gl 6.3), mas ao mesmo tempo deliberadamente semeiam na carne, ...e , satisfazendo seus desejos pecaminosos (Gl 5. 19.21), são culpados de zombar de Deus e desprezá-Lo.
Que ninguém se engane: tais pessoas não ceifarão “a vida eterna” mas a corrupção (Gl 6.8), e a morte eterna – “Porque, quando éreis servos do pecado, estáveis livres da justiça.
E que fruto tínheis, então, das coisas de que agora vos envergonhais? Porque o fim delas é a morte. Mas, agora, libertados do pecado e feitos servos de Deus, tendes o vosso fruto para santificação, e por fim, a vida eterna” (Rm 6.20-23).
Em Pv 1.22, encontramos uma exortação e chamamento à sabedoria – “Até quando, ó néscios, amareis a necessidade? E vós, escarnecedores, desejareis o escárnio? E vós, loucos, aborrecereis o conhecimento?”
Estes serão reduzidos a nada e consumidos é o que diz o Senhor através do profeta Isaias “Porque o tirano é reduzido a nada, e se consome o escarnecedor, e todos os que se dão a iniqüidade são desarraigados” (Is 29.20).
Esta vilipendiosa atitude que está tão em moda entre os adeptos da Teologia da Prosperidade – a barganha, não possui respaldo bíblico, haja vista, as bênçãos de Deus em nossa vida ser única e exclusivamente o resultado do amor e da grandiosa misericórdia de Deus.
A barganha tem sua fundamentação no poder terreno, e o apóstolo Paulo escrevendo aos Romanos declara: “Porque o Reino de Deus não é comida nem bebida, mas justiça, e paz, e alegria no Espírito Santo” (Rm 14.17).
Barganhar é o ato de trocar, de forma fraudulenta ou não, um objeto por outro, sendo considerados bons negociadores àqueles que nada tendo para negociar, são hábeis, e, numa espécie de chantagem, barganham objetos ou posição social, política ou econômica e até mesmo eclesiástica na sociedade, por outros objetos ou por vantagens.
Em alguns casos, a barganha é simples componente psicológico, segundo a “Wikipédia – Enciclopédia Livre”, em que através de pressão emocional consegue-se que um a determinada atitude seja tomada ou uma vantagem seja conseguida.
Deve-se, contudo, tomar o cuidado de diferenciar barganha de chantagem, vez que o segundo é um ato de extorsão em troca de dinheiro, sendo este conseguido sob ameaça; enquanto o ato de barganhar envolve geralmente negociação, lícita ou não, favorável a apenas uma das partes.
 Dentre os muitos sinônimos atribuídos ao vocábulo barganha na língua portuguesa, destacamos “desprezo, escárnio e zombaria”.
Se partirmos para a análise de cada um desses termos de forma mais ampliada veremos com admiração os vergonhosos caminhos daqueles que tentam negociar com Deus suas bênçãos a ponto de trocar o Criador pela criatura, e em contrapartida transformarem-se em iníquos homens pela sua paixão desenfreada pelas coisas materiais, consideradas por Deus como imorais e imundas ao transformarem o viver cristão em uma relação comercial.
O subsídio teológico trazido pelo Manual do Mestre, compartilha conosco, através do tópico “Uma Teologia de Supermercado”, em um comentário de Luis Alexandre Solano Rossi (2008, p.75), as seguintes considerações:
“.....Quando fórmulas, técnicas ou quaisquer outros meios substituem a comunhão do crente com o seu Deus, então o caminho para uma fé deformada, está aberto.
Esse modelo teológico que ignora a existência humana e não leva em conta a soberania de Deus sobre a história tem produzido uma geração de crentes superficiais.
E o que é pior – tem se tornado quase que exclusivamente o único tipo de fé conhecida. O cristianismo ortodoxo tem sido empurrado para a periferia da fé.
A química resultante da mistura desse modelo teológico com o princípio bíblico da retribuição tem originado uma excrescência dentro do protestantismo evangélico – a Teologia da Barganha.
Os pressupostos da Teologia da Barganha já são perceptíveis no Antigo Testamento, nos argumentos defendidos pelos amigos de Jó: Elifaz, Bildade, Zofar e Eliú.
É possível vermos na teologia desses homens uma relação distorcida entre pecado e punição. Em palavras mais simples, eles defendiam a tese de que por trás do sofrimento de Jó estava algum tipo de pecado cometido, porém, ainda não conhecido. Algo semelhante àquilo que é pregado por aí”.
Também em seu livro “A Prosperidade à Luz da Bíblia, o comentarista da lição pondera: “A teologia da retribuição está assumindo a sua forma e assim permanecerá durante o desenrolar de todo o livro de Jó. O homem pode, sim, ser conduzido a agir por interesse: se ele faz o bem, recebe a felicidade; se pratica o mal, recebe a infelicidade.
A vida de fé está a um passo de se transformar em uma relação comercial. A fé pode estar sendo vista a partir de uma prateleira de supermercado, ou seja, Deus se apresentaria como um negociante. A consagrada expressão brasileira do “toma lá, dá cá” se encaixa perfeitamente nessa situação [....].
Contra essa teologia da retribuição, ele (Jó) tem um único argumento: sua experiência pessoal e sua observação da história, na qual a injustiça permanece impune.
Sua observação e intuição são corretas: existem somente homens situados no espaço e no tempo, no sentido de que vivem em uma época precisa e em um contexto social, cultural e econômico preciso [.....] . Vejamos um resumo de seus discursos:
a)   Elifaz sugere que Jó é um pecador;
b)   Bildad diz abertamente que seus filhos morreram por seus pecados;
c)   Sofar assegura a Jó que seu sofrimento é menos do que ele merecia;
d)   Eliú afirma que o sofrimento tem um caráter pedagógico. Eles representam perfeitamente o modo mais comum de se mascarar a verdadeira fé bíblica [....].
Dois pressupostos tentam fundamentar a “Teologia da Barganha”:
1.   A falsa doutrina do direito legal do crente. Segundo essa crença exótica e antibíblica, Jesus Cristo, ao morrer na cruz, conquistou para os crentes muitos direitos.
Isto se refere àquela pessoa que aceita ao Senhor Jesus Cristo como seu único e suficiente Salvador e se submete ao seu senhorio e vontade.
Cabe agora ao crente conscientizar-se da existência desses direitos e reivindicar, para si, sua concretização.
Entretanto, a posse dessas bênçãos não é um direito líquido e certo, haja vista, as promessas de Deus serem condicionais e dependerem única e exclusivamente da vontade divina.
Ensinam os falsos mestres, que a doutrina do direito legal, deu amplos poderes aos crentes. E estes, agora, podem usá-los como moeda de troca sem levar em conta o querer divino.
Os tais ensinadores acreditam que Deus não tem direito de dizer “não” a quem Ele conferiu o direito de exigir.
Assim, segundo esse aleijão de ensino, procuram anular a soberania de deus sobre suas vidas. Ignoram estes ensinadores o fato de que o Deus Soberano não divide a sua glória com outrem (Is 42.8).
2. A famigerada prática do determinismo bastante conhecida, que ensina entre outras coisas, que não é mais preciso orar e sim, determinar. Para os que ensinam tal errada doutrina, a vontade divina pouco importa.
A verdade porém, é que Deus não é refém de lei alguma, pois ele é Soberano (Is 55.8). Ele criou todas as coisas e de todos é Senhor.
A expiação de Cristo proveu a benção da cura tanto da alma como do corpo (1 Pe 2.24; Mt 8.16,17).
Não obstante, isso não significa que o crente não passará por adversidades.
Não podemos cair na tentação de barganhar com Deus, pois nada temos de real valor para propor em troca e muito menos o direito de assim procedermos.
O profeta Isaias afirmou que até os nossos mais exaltados atos de justiça não passam de trapos de imundícia diante dele (Is 64.6). Estamos a precisar dele em todo o tempo e a todo o momento; e ele está pronto a abençoar-nos segundo a sua soberana e perfeita vontade (Mt 6.10; 26.42).

Fontes:
GONDIM, Ricardo. O Evangelho da Nova Era – Uma análise e refutação bíblica da chamada Teologia da Prosperidade. Press Aba
GONÇALVES, José. Lição EBD-CPAD – 1º. Trimestre 2012. Manual do Mestre
CHAMPLIN, R. N e BENTES, M.J. Ph.D. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Editora Hagnos.
OLSON, Roger. História da Teologia Cristã – 2000 Anos de Tradição e Reformas. Vida Acadêmica
DESMOND, T. Alexander e ROSNER, Brian. S – Novo Dicionário de Teologia Bíblica – Editora Vida.
CHAFER. Teologia Sistemática. (V.7,8) Editora Hagnus
HAGIN, E. Kenneth. Como Ser Dirigido Pelo Espírito de Deus. Graça Editorial
 Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD 

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