Abordagem Transversalizada do Tema em Estudo
Lucas 7.36-50
Reflexão: Falar de Cristo às prostitutas, criminosos e viciados
também faz parte da missão evangelizadora.
Jesus
assume o peso e a carga moral do mundo, oferecendo alívio aos pecadores aflitos
e oprimidos (Mt 11.25-27).
A
esta passagem bíblica alguns Teólogos denominam de um tríplice convite de Jesus
aos pecadores.
O
primeiro convite de Jesus aos pecadores é: “Vinde
a mim todos.” Este convite é universal.
É
para todas as criaturas humanas, indistintamente e em todos os tempos. Desde
que sintam a necessidade de serem aliviados de seus pecados e da opressão e da
escravidão que lhes causam.
Jesus
não disse: Vinde à lei, vinde aos santos, vinde ás virgens, mas disse: “Vinde a Mim”.
O
que crê em mim, de maneira nenhuma o lançarei fora; porque sem mim, nada podeis
fazer (Jo 6.35-37; 14.5).
Sim,
Jesus convida para irmos a ele como enfermos física, moral e espiritualmente,
com plena confiança, para receber dele para descanso, graça e vida eterna, pois a sua
promessa é: “E achareis descanso para
vossas almas.”
O
segundo convite de Jesus é: “Tomai sobre
vós o meu jugo.”
Jesus
usa a metáfora do jugo, que é colocado no pescoço dos bois, pela inteligência
do homem, e não para a sua força, para o duro trabalho de arar a terra.
Mas,
o jugo de Jesus sobre o homem é suave, porquanto não é o jugo da lei, nem o
jugo da religião, nem o jugo da subserviência. O jugo de Jesus é o jugo da
liberdade, da obediência e do amor.
Jesus
não governa rigorosamente, asperamente, violentamente, mas, suave, dócil e
amorosamente.
O
terceiro convite de Jesus é: “aprendei de mim”.
Jesus
é o nosso supremo, infalível e divino mestre. Ele nos ordena: “aprendei de
mim”, a mansidão e a humildade, porque “sou manso e humilde de coração”.
“Aprendei de mim”
O
evangelho da graça de Deus que vos arrancará das trevas
do
pecado, da ignorância e da perdição.
Aprendi
de mim os mandamentos do Senhor e obedecei-os, para que possais encontrar a
verdade que vos libertará do jugo do pecado.
“E aprendei
de mim” o
amor infinito de Deus, que se manifestou na dádiva de seu Filho Unigênito, para
vos salvar da perdição eterna e salvar vossa vida, para utilizá-la para a glória
de Deus.
Uma
mulher pecadora unge os pés de Jesus em casa de Simão o leproso, na Galiléia
(Lc 6.37-50).
O
quadro de Jesus, à mesa, comendo em casa de família não crente (Lc 7.36). Jesus
estava no mundo, mas não era do mundo. Os atos sociais de Jesus traziam a marca
da sinceridade e da simpatia.
O
fato de Jesus combater o pecado não significa que ele combatia o pecador; antes
o pecador é por ele amado, embora ele condene o pecado.
Ganhar
a simpatia do pecador é cristão, mais os métodos que usamos deve ser
exclusivamente lícitos, não compremetendo o caráter e a consciência.
Usar
de meios ilícitos, indignos, com o objetivo de granjear simpatia, é sumamente
condenável e pecaminoso.
O
crente, pois, pode, à semelhança de Jesus, estar em qualquer lugar, desde que
possa dizer, com plena consciência cristã, Jesus está comigo.
Outro quadro é o de uma mulher de vida moral
duvidosa que pratica um ato agradável a Jesus.
Esta
mulher pecadora não é Maria Madalena (Lc 8.12), nem Maria, irmã de Lázaro (Jo
11.1).
Nem,
a mulher. apanhada em adultério (Lc 8.3). Jesus foi ungido duas vezes: a
primeira em casa de um certo fariseu, Simão (Lc 7.37,38,40).
A
segunda vez, por Maria irmã de Lázaro, o que podemos identificar com o relato
de Jo 12.1-3 e Mt 26.6-13 onde se diz que foi em Betânia, em casa de um certo
Simão, que fora curado de lepra por Jesus.
Portanto
não podemos identificar a mulher de Lc 7 com Maria Madalena, nem com Marta, irmã
de Lázaro.
Que
seria que levou essa mulher a praticar aquele tocante ato de ungir o Mestre?
Ela
havia sido despertada em sua consciência pelas boas novas anunciadas por Jesus.
Podia, auxiliada pelo Espírito Santo,
considerar as verdades que Jesus pregava, sua simpatia pelos pecadores, seu
amor, seu caráter e suas obras poderosas, como também, seu amorável convite aos
pecadores, para crerem nele e aceita-lo como seu Salvador e Senhor.
Cremos
que esta pecadora, quando ungiu Jesus, já era uma das centenas de pecadores que
tocados pelo Espírito de Deus, em seu coração, se arrependeram e aceitaram a
Jesus como Filho de Deus e seu Salvador pessoal.
Apesar
de o não declararem publicamente, à semelhança de Nicodemos e José de
Arimateia.
No
coração desta pecadora já havia germinado a Palavra de Deus semeada pelo
próprio Jesus ou por seus apóstolos, produzindo a fé genuína, a fé salvadora.
É
exatamente o precioso fruto do amor e da gratidão para com o seu amado Salvador
e Deus.
Enquanto
esta pobre pecadora expressa o fruto de sua fé, o fariseu que convidara o
Senhor, no seu interior começa a pensar algo mal contra a pessoa de Jesus (Lc
7.39).
E,
aqui, se nos apresenta um terceiro quadro, que é um dialogo entre Jesus e o
fariseu Simão.
O
convite deste fariseu não foi sincero, porquanto mão deu a Jesus as atenções
devidas ou costumeira. Ele tinha intenções de submeter o mestre a algumas
provas capciosas, para constatar se de fato ele era profeta, como se dizia.
Jesus,
porém, não rejeitou o convite, porque havia dito: “O filho do homem veio para
buscar e salvar o que se havia perdido”.
Na
verdade, aquela mulher de cabelos compridos e soltos e sem véu na cabeça, era
indício extremo de mulher pecadora e indigna.
Dai,
Simão tirar sua conclusão falsa, tanto da mulher quanto de Jesus.
Julgar
meramente pela aparência, sem pleno conhecimento dos fatos, é cair, muitas
vezes em grave pecado.
Muitas
vezes Deus revelou a seus santos profetas o que se passava no coração de seus
ouvintes (2Sm 12.7; 2Re 5.26; At 5.1-11).
Mas,
essa verdade particular não é necesariamente a prova única e suficiente, de que
alguém é profeta.
Pois
Deus pode vocacionar um servo seu para entregar uma mensagem ao coração daquele
a quem fala (Jn 3; Jr 1).
Mas
nosso Senhor Jesus era Deus humanizado por isso podia responder ao fariseu e o
fez através de uma parábola impressionante (Lc 7.40-42).
“Simão:
Vês tua essa mulher? Entrei em tua casa e não me deste água para os pés; mas
esta com suas lágrimas regou os meus pés; e com seus cabelos o enxugou.
Não
me deste ósculos; ela porém, desde que entrei não tem cessado de beijar-me os
pés.
Não
me ungiste a cabeça com óleo; mas esta com bálsamo ungiu-me os pés. Por isso te
digo:
Perdoados
lhes são os pecados, que são muitos; porque ela muito amou; mas aquele a quem
pouco se perdoa, pouco ama.
E
disse a ela, perdoados são os teus pecados; vai-te em paz”.
O
maior pecador pode arrepender-se e ser salvo.
A
fé genuína em Cristo Jesus no coração do pecador, é o segredo da salvação.
A
salvação que Jesus dá ao pecador produz no coração a paz, o amor e a gratidão.
Se
amarmos realmente o Salvador, então manifestaremos pelos nossos atos de fé amor
e gratidão a Deus e ao próximo independente da sua condição.
O
genuíno amor é fruto da fé; por isso, as boas obras são o fruto da fé, não é o
amor nem as boas obras que produzem a fé, mas é a fé que produz o amor e as
boas obras.
Aquele
a quem é perdoada uma grande dívida, esse tem grande amor para quem o perdoou,
pois quanto maior é o pecado tanto maior é a necessidade do perdão.
Bibliografia:
Lições Bíblicas EBD CPAD
- 3º. Trimestre 2016. Comentarista: Pr.Claudionor de Andrade
ANDRADE, Claudionor de.
O Desafio da Evangelização – Obedecendo ao Ide do Senhor Jesus de levar as Boas
Novas a toda Criatura. CPAD. RJaneiro 2016
GIOIA Egídio. Notas e
Comentários à Harmonia dos Evangelhos.Editora JUERP. RjANEIRO, 1981
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