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quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Lição 09 – Não Adulterarás -  01.03.2015
Abordagem de Conteúdos Transversalizados com o Tema em Estudo
1º. Trimestre / 2015
                                             Exodo 20.14; Números 22.22-30    

Reflexão: “Não adulterarás”. (Ex 20.14).


O adultério é a relação sexual extraconjugal de pessoas casadas. É sexo com o cônjuge de outra pessoa.

A proibição contra o adultério era aplicável tanto a homens quanto a mulheres, e foi dada para proteger a sexualidade do casamento.

A penalidade por infidelidade no relacionamento conjugal era a morte (Lv 18.20; 20.10).
Considerava-se que o adultério era “grande culpa [pecado]” (Gn 20.9 BJ) e “grande mal e pecado contra Deus” (Gn 39.9; Mt 5.27; Tg 2.11).

Deus instituiu o casamento e oficiou o primeiro casamento. O sexo não foi criado apenas porque Deus fez os seres humanos como “homem e mulher” (Gn 1.27).
Foi também ordenado como meio de propagação da raça. “Frutificai e multiplicai-vos” (Gn 1.28).

A união entre um homem e uma mulher em casamento é um modo de cumprir uma ordenança divina quanto ao mandamento de crescer, multiplicar e povoar a terra.

Entretanto, os limites para a prática de relações sexuais foram restringidos ao casamento.
O primeiro abuso do padrão divino para o casamento aconteceu em Gênesis 4, quando “Lameque tomou para si duas mulheres” (V.19).

Deus ordenara apenas uma mulher para Adão. Até mesmo os Dez Mandamentos (Ex 20.17) falam de uma só “mulher” (singular) quando afirma: “Não cobiçarás a mulher do teu próximo” (singular).

Poligamia, à semelhança do divórcio, era permitida por causa da dureza do coração [deles] [...], mas não foi assim desde o princípio (Mt 19.8).

De fato, Moisés advertiu contra o casamento com esposas múltiplas, dizendo: “não tomará para si mulheres” (Dt 17.17).

Salomão pagou caro por sua poligamia, pois, “suas mulheres desviaram o seu coração” de Deus e fizeram-no voltar para os ídolos (1Re 11.4-6).

Deus entregou muitas leis referentes à sexualidade adequada e inadequada – Essas leis foram entregues para revelar e eliminar as abominações e práticas pagãs daquela terra.

Em Levítico 18.6-18, Deus proíbe os casamentos ilícitos; Lv 18.19-23; 20.10-20; Deus proíbe as uniões abomináveis e Dt 22.13-20, Deus estabelece penas para os abusos sexuais.

O adultério era proibido. Êxodo 20.14; Dt 5.18 declaram: “Não adulterarás”.
Incesto era também proibido – Levítico 18.6-18 condena o incesto, ou seja, relações sexuais com algum parente.

Diz-se que o parente não deve “descobrir a nudez” de outro parente ou membro da família nos seguintes casos:

Próprio pai (18.7); própria mãe (18.7); madrasta ou esposa do próprio pai (18.8; 1Co 5.1; Gn 49.3,4;); própria irmã (18.9); irmã do próprio pai (18.9); meia-irmã (18.11);

irmã ou enteada do próprio pai (18.12); mãe da irmã (18.13); irmão do pai (18.14); tia, ou esposa do irmão do pai (18.14); neta, ou esposa do filho (18.15);

uma mulher e sua filha (18.17); bem como a filha do filho e a filha da filha (18.17); irmã da esposa, enquanto a esposa estiver viva (18.18).

“Não adulterarás” – O que significa isso? “Devemos temer e amar a Deus, de maneira que vivamos vida casta e decente em palavras e ações, e cada qual ame e honre o seu consorte”.

Podemos apreciar o mandamento “não adulterarás” sob a ótica de dois aspectos diferentes:
1. A pureza sexual:

A pureza sexual envolve ações, palavras e pensamentos. O salmista responde a pergunta: “De que maneira poderá o jovem guardar puro o seu caminho?” (Sl 119.9) com as palavras: “Guardo no coração as tuas palavras, para não pecar contra ti” (Sl 119.11).

E Jesus ensinou que os limpos de coração são bem-aventurados porque verão a Deus (Mt 5.8).

O que contamina as ações é aquilo que está dentro do coração: “... do coração procedem maus desígnios” (Mt 15.19; Mc 7.21).

Tiago aprendeu que nossas tentações têm origem na própria cobiça, que atrai e seduz o homem. A cobiça, por sua vez, dá a luz o pecado, e o pecado gera a morte (Tg 1.14,15).

A impureza sexual começa nos pensamentos, evolui nas palavras e culmina em ações erradas (pecado) que geram a morte.

Para reverter este ciclo, é preciso vigiar para manter puro os pensamentos. É evidente que na medida em que nos inclinarmos para a carne cogitaremos da carne, e na medida em que nos inclinarmos para o Espírito cogitaremos das coisas do Espírito (Rm 8.5).

2. A bênção matrimonial:
O matrimônio é outro equivalente positivo contra o adultério. O sexo praticado dentro do casamento monogâmico é o modo de satisfazer aquilo que seria concupiscência e levaria à promiscuidade se fosse perpetrado fora do casamento.

Em 1Co 7.2, o apóstolo Paulo ensinou: “... por causa da impureza, cada um tenha a sua própria esposa e cada um o seu próprio marido”.

Além dessa recomendação preventiva, Paulo diz também o seguinte: “Caso, porém, não se dominem, que se casem; porque é melhor casar do que viver abrasado” (1Co 7.9).

Finalmente ele recomenda aos casais: “Não vos priveis um ao outro, salvo talvez por mútuo consentimento, por algum tempo, para vos dedicardes à oração e novamente vos ajuntardes, para que Satanás não vos tente por causa da incontinência (1Co 7.5).

Funções do casamento – O testemunho bíblico aponta cinco funções fundamentais do casamento:

A primeira função é a Unificação matrimonial – significa efetuar uma unidade íntima sem igual, entre duas pessoas do sexo oposto.

O casamento leva duas pessoas do sexo oposto à unificação mais estreita possível, nos âmbitos físico, emocional, moral e espiritual (Gn 2.24; Mt 19.5; 1Co 6.16; Ef 5.31).

O matrimônio é uma união espiritual para glorificar a Deus; uma união emocional para o deleite do amor puro; uma união física para a perpetuação da raça humana, uma união social para criação dos filhos num ambiente saudável e seguro, uma união preventiva contra a impureza sexual.

A segunda função do casamento é a Procriação – Os filhos são o resultado natural e biológico.

Entretanto, mesmo que os filhos não venham, o casamento é válido e não perde seu valor e caráter, embora perca o seu resultado biológico, neste caso.

No plano de Deus, a Recreação – é a terceira função do casamento. Não se pode negar a volúpia sexual.

A união física e o prazer sexual são “a reunião feliz daqueles que foram feitos um só pelo casamento.

A satisfação que o sexo fornece é o prazer obtido da reafirmação do preito original do mútuo amor.

Sem o prazer do sexo, sem a união física, o casamento se torna platônico, estéril e ilusório.

A verdadeira alegria vem somente com a união verdadeira, e a união verdadeira só existe onde há um relacionamento único, fiel, e permanente entre um homem e uma mulher que se unem pelos laços do amor e devotam amor, carinho e fidelidade um ao outro (1Tm 4.3; 6.17).

As vantagens e o prazer das relações sexuais são recomendadas sem rodeios nas Sagradas Escrituras (Pv 5.15-19; Ec 9.9; Ct 4.1; Ct 5.9; Ct 6.4)
.
O casamento é uma forma de Prevenção contra a imoralidade – O sexo praticado dentro do casamento monogâmico é a maneira de satisfazer aquilo que seria concupiscência e levaria à promiscuidade fora do matrimônio.

Dentro dessa perspectiva temos a recomendação do apóstolo Paulo aos corintos (1 Co 7.2,5,9).

A quinta função do casamento é especificamente cristã: A glorificação de Deus – A família cristã não existe para o seu próprio proveito e, sim, para trazer honra e glória a Deus.

O cristão não vive mais para si mesmo, mas para Aquele que por ele morreu e ressuscitou (2Co 5.15).

O casamento é um  estado propício para glorificar a Deus no corpo: “Porque fostes comprado por preço. Agora, pois, glorificai a Deus no vosso corpo” (1Co 6.20).

Assim, na unificação, procriação, recreação, prevenção e glorificação vemos um conjunto de funções para o bom funcionamento do lar.

Vale redescobrir, revalorizar e reviver estes princípios benéficos, para que a pureza moral seja mantida e o glorioso nome de Deus exaltado.

Fonte de pesquisa:
SOARES Esequias – Comentarista da Revista do Mestre – EBD CPAD – 1tri 2015
SOARES Esequias. Os Dez Mandamentos – Valores Divinos para uma Sociedade em Constante Mudança. CPAD. 1ª. Edição. RJaneiro, Outubro / 014
KASCHEL Wrner e ZIMMER Rudi. Dicionário da Bíblia de Almeida – 2Edição. SBB. SPaulo, 2013
REIFLER, Hans Ulrich. A Ética dos Dez Mandamentos. Soc. Rel. Edições Vida Nova. SPaulo, 1992
GEISLER Norman l. Ética Cristã – Opções e questões contemporâneas. Edit. Vida Nova. SPaulo, 2010
ALEXANDER T. Desmond e ROSNER Brian S. Novo Dicionário de Teologia Bíblica. Edit. Vida. SPaulo, 2009
FRAME, John M. A Doutrina da Vida Cristã. Editora Cultura Cristã. SPaulo, 2013
PORTELA, Solano. A Lei de Deus Hoje. Editora Os Puritanos. SPaulo, 2000
KEVAN, Ernest. A Lei Moral. Editora Os Puritanos. SPaulo, 2000
Bíblia de Estudo Macartur – Versão Almeida Revista e Atualizada
Bíblia B. K. J. Sociedade Bíblica Íbero-Americana., SPaulo 2012


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