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terça-feira, 26 de junho de 2012

Porque o Crente Sofre - Interação 03 - Lição 01 EBD CPAD - 01.07.12


                         
Assessoria literária redacional e pedagógica da Mssª. Laudicéa Barboza da Silva  laudiceabarboza@hotmail.comhttp://nasendadacruz.blogspot.com  Visite-nos e confira nossas produções bíblico-literárias e pedagógicas contextualizadas com os temas

Porque o Crente Sofre – Tópico 2

I   - Para Ler e Analisar:
Apesar de ter nascido de novo, o crente em Jesus não deixa de experimentar o sofrimento.
Experimentamos o sofrimento porque habitamos um corpo que ainda não foi transformado, mas que espera a sua plena glorificação (1Co 15.35-58).
O Comentarista da Lição aponta três indicativos para o sofrimento da humanidade:

1.    A Queda – O sofrimento é algo comum a todos os homens, quer sejam ímpios, quer sejam justos.
Uma razão para a existência do mal é a queda humana.
Deus fez um mundo perfeito – “E viu Deus tudo quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde a manhã: o dia sexto” (Gn 1.31), mas a transgressão de Adão trouxe a tristeza, a dor e a morte (Gn 3.16-19; Rm 5.12).
Por isso, todos estão igualmente sujeitos ao sofrimento (Rm 2.12; 8.22).

2.    A Degeneração Humana – Com a queda no Éden, o homem sofreu um processo de degeneração moral, social e espiritual.
Tal degradação observada na vida de Caim (Gn 4.8-16), Lameque (Gn 4.23,24) e de toda aquela geração, levou Deus a destruir o mundo pelo dilúvio (Gn 6.1 – 7.24).
O relato bíblico mostra claramente a corrupção humana e o aparecimento do ódio, da violência, das guerras e de todos os atos que contrariam a vontade divina.
Não é exatamente essa a situação da sociedade atual?
A humanidade acha-se em franca rebelião contra Deus – “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm 3.23).

3.    O Novo Nascimento e o Sofrimento – A experiência pessoal e genuína do novo nascimento gera no crente uma natureza oposta á queda (1Jo 5.1,19).
Entretanto, apesar de ter nascido de novo, o crente em Jesus não deixa de experimentar o sofrimento, pois, como disse Agostinho de Hipona:
“A permanência da concupiscência em nós é uma maneira de provarmos a Deus o nosso amor a Ele, lutando contra o pecado por amor ao Senhor; é, sobretudo, no rompimento radical com o pecado que damos a Deus a prova real do nosso amor”.
Assim, experimentamos o sofrimento porque habitamos um corpo que ainda não foi transformado, mas que espera a sua plena glorificação (1Co 15.35-58).

Conclusão:
A Queda e a degeneração humana são as chaves para se compreender a realidade do sofrimento.

 II  - Para Ler e Memorizar: Leitura Diária da Terça-Feira 26.06.12
Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora (Rm 8.22).

II - Para Ler e Avaliar: Considerações Gerais
“Porque sabemos que toda a criação geme...”. No vocábulo criação não está
em foco apenas a natureza inanimada, embora tenha sido incluída nessa afirmação do apóstolo.
O quadro falado neste caso, foi extraído da idéia do nascimento de uma criança; esse ato leva a mãe a passar por certos sofrimentos necessários, bem como por certa angústia; mas, o resultado final é a satisfação e a alegria: ela trouxe um filho ao mundo.
Assim, por semelhante modo, se dá com a angústia que envolve o problema do mal, descrito neste texto.
Serve-nos de grande consolo sabermos que essa angústia da criação inteira, a qual abarca em seus tentáculos os homens, os anjos e até a natureza inanimada, não é realmente inútil, porque resultará em um surpreendente e exaltado benefício, o nascimento dos “filhos de Deus”.
Por causa deles virá a lume uma nova criação, um novo mundo e uma nova ordem cósmica, que beneficiará a todos.
É por essa razão, pois, que o Senhor Jesus declarou: “a mulher quando está para dar à luz, tem tristeza, porque a sua hora é chegada; mas, depois de nascido o menino, já não se lembra da aflição, pelo prazer que tem de ter nascido ao mundo, um homem” (Jo 16.21).
No versículo 20 – – “Na verdade, na verdade, vos digo que vós chorareis e vos lamentareis, mas o mundo se alegrará; vós estareis tristes, mas a vossa tristeza se converterá em alegria”, podemos comprovar que a criação inteira está esperando, com grande expectação a revelação dos “filhos de Deus”.
Por causa deles, virá a lume uma nova criação, um novo mundo e uma nova ordem cósmica, que beneficiará a todos.
O 20°. versículo deste capítulo foi escrito a fim de confirmar a afirmativa feito no 19°. – “Conheceu pois, Jesus que o queriam interrogar e disse-lhes: Indagais entre vós acerca disto que disse: um pouco, e não me vereis, e outra vez um pouco, e ver-me-eis?”. Do mesmo, de que a criação inteira está esperando, com grande expectação, a revelação dos filhos de Deus.
Que tal é verdade se sabe pelo fato que a presente vaidade é realmente um instrumento de esperança.
Por sua vez, a afirmativa que há no versículo 20 é comprovada pelo que Paulo disse no 21°. Versículo – “A mulher, quando está para dar à luz, sente tristeza porque é chegada a sua hora; mas, depois de ter dado à luz a criança, já não se lembra da aflição, pelo prazer de haver nascido um homem no mundo”.
E assim, o que talvez pareça ser fútil, na realidade não o é, porquanto existe aquela glória para a qual se encaminham os filhos de Deus, onde desfrutarão de perfeita liberdade; esse clímax da redenção é que garante o cumprimento dos pontos secundários.
Essa série de pensamentos e afirmações leva o apóstolo ao “...sabermos...”, que aparece no 22°. Versículo – “Assim também vós, agora, na verdade, tendes tristeza, mas outra vez vos verei, e o vosso coração se alegrará, e a vossa alegria, ninguém vo-la tirará”, e que resulta de outras considerações.
E assim somo capacitados a ver as “dores de parto” da criação inteira; e, pela fé, sabemos que isso inaugurará, finalmente, a dispensação da eternidade.
As dores de nascimento são necessárias, embora sejam extremamente desagradáveis.
A natureza, os homens, a criação inteira, terá de sofrer por causa do mal; e, através de tais sofrimentos receberão todos não apenas retribuição, mas também a disciplina necessária para aprenderem corretamente a redenção que há em Cristo.

“...sabemos...”  Como é que nós, os crentes, sabemos?
Consideremos os quatro pontos abaixo descriminados:

1.    Sabemos da verdade do plano divino para os séculos através da mensagem dos profetas.
2.    Também sabemos do plano eterno de Deus mediante a mensagem que nos foi dado por meio do Messias, o Senhor Jesus.
3.    A própria consciência humana universal nos ajuda nesse particular, sendo identificada pelo testemunho do Espírito Santo, o qual esclarece o porquê dos sofrimentos, da angústia que atualmente predomina no mundo.
4.     É possível que parte desse testemunho se devesse á participação do apóstolo Paulo no espírito de revelação.
O próprio Paulo era profeta, tendo transmitido aos remidos de todos os séculos e ao mundo algumas de suas idéias espirituais mais profundas.
Os rabinos costumavam referir-se ás “dolores messiae”, isto é, àquelas dores pelas quais o mundo precisa passar, antes da vinda do messias, como que dando nascimento ao Messias.
De certo modo, o tema de Paulo, no 22°. versículo deste capítulo é similar ao que os rabinos diziam, embora o ponto de vista dos cristãos, acerca dos filhos de Deus, que estão sendo conduzidos à glória seja um pensamento tão avançado que os judeus nunca o imaginaram.
Porém, a verdade é que sem o advento do Messias não poderia haver qualquer promessa de uma nova dispensação ou era, nem os “filhos de Deus” ser conduzidos á glória.

Consultas:
Lições Bíblicas EBD-CPAD - 3º. Trimestre 2012 – (Comentarista: Eliezer de Lira e Silva)
Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
CHAMPLIN. R. N. O NOVO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.


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