Porque o Crente Sofre
– Tópico 2
I - Para Ler e
Analisar:
Apesar
de ter nascido de novo, o crente em Jesus não deixa de experimentar o
sofrimento.
Experimentamos
o sofrimento porque habitamos um corpo que ainda não foi transformado, mas que
espera a sua plena glorificação (1Co 15.35-58).
O
Comentarista da Lição aponta três indicativos para o sofrimento da humanidade:
1.
A Queda – O sofrimento é
algo comum a todos os homens, quer sejam ímpios, quer sejam justos.
Uma
razão para a existência do mal é a queda
humana.
Deus
fez um mundo perfeito – “E viu Deus tudo
quanto tinha feito, e eis que era muito bom; e foi a tarde a manhã: o dia
sexto” (Gn 1.31), mas a transgressão de Adão trouxe a tristeza, a dor e a
morte (Gn 3.16-19; Rm 5.12).
Por
isso, todos estão igualmente sujeitos ao sofrimento (Rm 2.12; 8.22).
2.
A Degeneração Humana – Com a queda no
Éden, o homem sofreu um processo de degeneração moral, social e espiritual.
Tal
degradação observada na vida de Caim (Gn 4.8-16), Lameque (Gn 4.23,24) e de
toda aquela geração, levou Deus a destruir o mundo pelo dilúvio (Gn 6.1 –
7.24).
O
relato bíblico mostra claramente a corrupção humana e o aparecimento do ódio,
da violência, das guerras e de todos os atos que contrariam a vontade divina.
Não
é exatamente essa a situação da sociedade atual?
A
humanidade acha-se em franca rebelião contra Deus – “Porque todos pecaram e destituídos estão da glória de Deus” (Rm
3.23).
3.
O Novo Nascimento e o
Sofrimento – A
experiência pessoal e genuína do novo nascimento gera no crente uma natureza
oposta á queda (1Jo 5.1,19).
Entretanto,
apesar de ter nascido de novo, o crente em Jesus não deixa de experimentar o
sofrimento, pois, como disse Agostinho de Hipona:
“A
permanência da concupiscência em nós é uma maneira de provarmos a Deus o nosso
amor a Ele, lutando contra o pecado por amor ao Senhor; é, sobretudo, no
rompimento radical com o pecado que damos a Deus a prova real do nosso amor”.
Assim,
experimentamos o sofrimento porque habitamos um corpo que ainda não foi
transformado, mas que espera a sua plena glorificação (1Co 15.35-58).
Conclusão:
A
Queda e a degeneração humana são as chaves para se compreender a realidade do
sofrimento.
II - Para Ler e Memorizar:
Leitura Diária da Terça-Feira 26.06.12
Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores
de parto até agora (Rm 8.22).
II - Para Ler e Avaliar: Considerações Gerais
“Porque sabemos que toda a criação geme...”. No vocábulo criação não
está
em
foco apenas a natureza inanimada, embora tenha sido incluída nessa afirmação do
apóstolo.
O quadro falado neste caso, foi extraído da idéia do nascimento de
uma criança; esse ato leva a mãe a passar por certos sofrimentos necessários,
bem como por certa angústia; mas, o resultado final é a satisfação e a alegria:
ela trouxe um filho ao mundo.
Assim, por semelhante modo, se dá com a angústia que envolve o
problema do mal, descrito neste texto.
Serve-nos de grande consolo sabermos que essa angústia da criação
inteira, a qual abarca em seus tentáculos os homens, os anjos e até a natureza
inanimada, não é realmente inútil, porque resultará em um surpreendente e
exaltado benefício, o nascimento dos “filhos de Deus”.
Por causa deles virá a lume uma nova criação, um novo mundo e uma
nova ordem cósmica, que beneficiará a todos.
É por essa razão, pois, que o Senhor Jesus declarou: “a mulher
quando está para dar à luz, tem tristeza, porque a sua hora é chegada; mas,
depois de nascido o menino, já não se lembra da aflição, pelo prazer que tem de
ter nascido ao mundo, um homem” (Jo 16.21).
No versículo 20 – – “Na
verdade, na verdade, vos digo que vós chorareis e vos lamentareis, mas o mundo
se alegrará; vós estareis tristes, mas a vossa tristeza se converterá em
alegria”, podemos comprovar que a criação inteira está esperando, com
grande expectação a revelação dos “filhos de Deus”.
Por causa deles, virá a lume uma nova criação, um novo mundo e uma
nova ordem cósmica, que beneficiará a todos.
O 20°. versículo deste capítulo foi escrito a fim de confirmar a
afirmativa feito no 19°. – “Conheceu
pois, Jesus que o queriam interrogar e disse-lhes: Indagais entre vós acerca
disto que disse: um pouco, e não me vereis, e outra vez um pouco, e ver-me-eis?”.
Do mesmo, de que a criação inteira está esperando, com grande expectação, a
revelação dos filhos de Deus.
Que tal é verdade se sabe pelo fato que a presente vaidade é
realmente um instrumento de esperança.
Por sua vez, a afirmativa que há no versículo 20 é comprovada pelo
que Paulo disse no 21°. Versículo – “A
mulher, quando está para dar à luz, sente tristeza porque é chegada a sua hora;
mas, depois de ter dado à luz a criança, já não se lembra da aflição, pelo
prazer de haver nascido um homem no mundo”.
E assim, o que talvez pareça ser fútil, na realidade não o é,
porquanto existe aquela glória para a qual se encaminham os filhos de Deus,
onde desfrutarão de perfeita liberdade; esse clímax da redenção é que garante o
cumprimento dos pontos secundários.
Essa série de pensamentos e afirmações leva o apóstolo ao “...sabermos...”, que aparece no 22°. Versículo
– “Assim também vós, agora, na verdade,
tendes tristeza, mas outra vez vos verei, e o vosso coração se alegrará, e a
vossa alegria, ninguém vo-la tirará”, e que resulta de outras
considerações.
E assim somo capacitados a ver as “dores de parto” da criação
inteira; e, pela fé, sabemos que isso inaugurará, finalmente, a dispensação da
eternidade.
As dores de nascimento são necessárias, embora sejam extremamente
desagradáveis.
A natureza, os homens, a criação inteira, terá de sofrer por causa
do mal; e, através de tais sofrimentos receberão todos não apenas retribuição,
mas também a disciplina necessária para aprenderem corretamente a redenção que
há em Cristo.
“...sabemos...” Como é
que nós, os crentes, sabemos?
Consideremos os quatro pontos abaixo descriminados:
1.
Sabemos da verdade do plano divino para os séculos através da
mensagem dos profetas.
2.
Também sabemos do plano eterno de Deus mediante a mensagem que nos
foi dado por meio do Messias, o Senhor Jesus.
3.
A própria consciência humana universal nos ajuda nesse particular,
sendo identificada pelo testemunho do Espírito Santo, o qual esclarece o porquê
dos sofrimentos, da angústia que atualmente predomina no mundo.
4.
É possível que parte desse
testemunho se devesse á participação do apóstolo Paulo no espírito de
revelação.
O
próprio Paulo era profeta, tendo transmitido aos remidos de todos os séculos e
ao mundo algumas de suas idéias espirituais mais profundas.
Os
rabinos costumavam referir-se ás “dolores
messiae”, isto é, àquelas dores pelas quais o mundo precisa passar, antes
da vinda do messias, como que dando nascimento ao Messias.
De
certo modo, o tema de Paulo, no 22°. versículo deste capítulo é similar ao que
os rabinos diziam, embora o ponto de vista dos cristãos, acerca dos filhos de
Deus, que estão sendo conduzidos à glória seja um pensamento tão avançado que
os judeus nunca o imaginaram.
Porém,
a verdade é que sem o advento do Messias não poderia haver qualquer promessa de
uma nova dispensação ou era, nem os “filhos de Deus” ser conduzidos á glória.
Consultas:
Lições Bíblicas EBD-CPAD
- 3º. Trimestre 2012 – (Comentarista: Eliezer de Lira e Silva)
Bíblia de Estudo
Pentecostal – CPAD
CHAMPLIN. R. N. O NOVO
TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.
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