Assessoria
literária redacional e pedagógica da Mssª. Laudicéa Barboza da Silva laudiceabarboza@hotmail.com
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bíblico-literárias e pedagógicas contextualizadas com os temas
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
- Compreender o que é a
Jerusalém Celeste.
- Elencar
as
principais características da Nova Jerusalém.
- Conscientizar-se
de
que a Nova Jerusalém será um Estado perfeito e eterno.
Esboço:
Antes de analisarmos o estado
eterno, precisamos pontuar de forma breve o evento do Juízo Final.
O Juízo Final ocorrerá
depois do Milênio e da rebelião que ocorrerá no final desse período.
Em Ap. 20.1-6, João
descreve o reino milenar e a retirada de Satanás da posição que exercia influenciando
a ação dos homens, em todas as épocas, sobre a terra.
“Quando, porém, se completarem os mil anos, Satanás
será solto da sua prisão e sairá a seduzir as nações, a fim de reuni-las para a
peleja contra o Deus Todo-Poderoso e a Cidade Santa” (Ap 20.7,8).
O apóstolo João descreve
que depois de Deus vencer essa rebelião final de maneira decisiva (Ap 20.9,10):
virá o Julgamento Final:
“E vi um grande trono branco e aquele que nele se assenta” (Ap 20,11).
O apóstolo Paulo fala de Cristo
Jesus, que há de julgar os vivos e os mortos (2Tm 4.1).
O apóstolo Pedro diz que Cristo
Jesus foi constituído por Deus, juiz dos vivos e dos mortos (At 10.42, 17.31;
Mt 25.31-33).
Esse direito de agir como
juiz sobre todo o universo é algo que o Pai deu ao Filho:
O Pai lhe deu autoridade
para julgar, porque é o Filho do Homem (Jo 5.26,27). Todos os ímpios desde Caim
estarão em pé diante do Senhor Jesus Cristo para serem julgados, pois esse
julgamento inclui “os mortos, os grandes e os pequenos” (Ap 20.12).
E Paulo diz que no “Dia da
ira e da revelação do justo juízo de Deus”, este “retribuirá a cada um segundo
o seu procedimento: Ira e indignação aos ímpios, que desobedecem a verdade e
seguem a injustiça” (Rm 2.5-8).
Esse julgamento dos incrédulos
incluirá graus de punição, pois lemos que os mortos serão julgados “segundo as
suas obras” (Ap 20.12,13).
Esse juízo será de acordo
com o que as pessoas tiverem feito, portanto, envolverá uma avaliação das obras
que as pessoas tiverem praticado (Mt 11.22; Lc 20.47).
Após o Juízo Final, os
crentes salvos em Cristo entrarão para sempre no pleno gozo da vida na presença
de Deus. Jesus nos dirá: “Vinde, benditos
de meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação
do mundo” (Mt 25.34).
Entraremos em um reino
onde nunca mais haverá maldição. Na Nova Jerusalém, estará o trono de Deus e do
Cordeiro. E os seus servos o servirão (Ap. 22.3).
Quando nos referimos a
este lugar, os crentes em Cristo geralmente falam em viver para sempre com Deus
“no Céu”. Mas na verdade, o ensino bíblico é muito mais rico.
Ele nos diz que haverá
novos céus e uma nova terra, uma criação inteiramente renovada, e viveremos ali
com Deus para todo sempre.
Assim diz o Senhor através
do profeta Isaias: “Eis que crio novos céus e nova terra; e não haverá
lembrança das coisas passadas, nem recordações” (Is 65.17).
Não teremos mais lembrança
das coisas passadas, mas haverá o registro da memória, haja vista ser a memória
nossa própria identidade.
Quando consideramos o fato
de que a presente criação é temporária e que nossa vida na nova criação durará
para toda eternidade, temos uma forte motivação para viver de maneira piedosa,
e acumular tesouros no céu.
Ao refletirmos sobre o
fato de que o céu e a terra serão destruídos, o apóstolo Pedro diz o seguinte: Visto
que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que
vivem em santo procedimento e piedade, esperando e apressando a vinda do Dia de
Deus, por causa do qual, os céus, incendiados serão desfeitos e os elementos
abrasados se derreterão.
Nós, porém, segundo a sua
promessa, esperamos novos céus e nova terra, onde habita a justiça (2Pe
3.11-13).
As Escrituras retratam de
maneira coerente essa nova criação como um lugar de grande beleza e alegria
indizível. Na descrição do Céu em Ap caps. 21 e 22, esse tema é afirmado
repetidas vezes. É a “Cidade Santa” (Ap 21.2), um lugar “preparado como noiva
adornada para o seu esposo” (Ap 21.2b), nesse
lugar “a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor” (Ap
21.4).
Lá poderemos beber “de
graça da fonte da água da vida” (Ap 21.6).
É uma cidade que “tem a glória
de Deus” e cujo “fulgor” é “semelhante a uma pedra preciosíssima, como pedra de
jaspe cristalino” (Ap 21.11).
É uma cidade de tamanho
imenso, não importa se entendemos as medidas de modo literal ou simbólico.
Seu comprimento é de “12.000
estadios” (Ap 21.16), isto é: igual a 1.400 milhas ou 2.250 km, e seu
cumprimento, largura e altura são iguais (Ap 21.16).
A cidade é quadrangular,
de comprimento, largura e altura iguais.
“Se a nova Jerusalém existisse hoje literalmente, ocuparia até dois
terços do território brasileiro. Se estenderia do Rio Grande do norte até o Rio
de Janeiro, e da costa do Oceano Atlântico até as fronteiras com a Bolívia e a
Ilha de Marajó”, conforme afirma Thomas Ice e Thimothy Deme
em sua obra “A Verdade sobre Jerusalém na
Profecia Bíblica”, pg 65.
O Antigo Testamento representa
a Jerusalém celestial como “o monte” e o “santuário” celestial.
Ezequiel refere-se ao “monte
santo de Deus” e a “santuários” no céu (Ez 28.14,16).
O Salmista menciona “aquele
que habita nos céus” e “ o meu santo monte Sião”(Sl 2.4,5).
A primeira expressão diz
respeito ao lugar no céu onde Deus está entronizado. A segunda refere-se à
Jerusalém terrestre, onde Deus dará o trono a seu reino, após derrotar as nações
na batalha do Armagedom.
Os salmos davídicos também
aludem a Deus em sua “casa” ou “Templo” (Sl 11.4, 23.6, 26.8, 27.4, 138.2), apesar
de o Templo ter sido erguido somente após a morte de Davi.
Tais referências são,
portanto, relativas ao Templo Celestial, como vemos em um dos salmos de forma
explícita: “O Senhor está no seu santo templo;
o trono do Senhor está nos céus” (Sl 11.4).
Nesse paralelismo
hebraico, “santo Templo” e “trono” devem referir-se á mesma coisa.
Tanto Moisés (Ex 25.9,40),
quanto Davi (1Cr 28.11-19) viram o Templo celestial e usaram-no como modelo na
construção do santuário terrestre ( o Tabernáculo e o Primeiro Templo).
Se existe um Templo
celestial, não haveria de existir também uma Jerusalém celestial, visto que as
estruturas do que está na terra foram copiadas da que está no céu? (Hb 9.23).
As Escrituras descrevem a
Nova Jerusalém como “a Jerusalém que é de cima” (Gl 4.26), “a cidade do Deus
vivo, a Nova Jerusalém celestial” (Hb 12.22), e “ a santa cidade” que “de Deus
descia do céu” (Ap 21.2.10).
O Antigo Testamento
refere-se a ela como a habitação de Deus. No Novo Testamento, ela é também a
morada celestial dos santos.
As sagradas estruturas da
cidade celestial contribuíram para o projeto do Tabernáculo e do Templo na
terra.
Quando a Nova Jerusalém
descer do céu como o Tabernáculo de Deus com os homens” (Ap 21.3), será um
templo tanto físico (Ap 21.12-21) como espiritual.
Partes da cidade são
construídas com imensas jóias preciosas de várias cores (Ap 21.18-21).
Será livre de todo o mal,
pois “nela, nunca jamais penetrará coisa alguma contaminada, nem o que pratica
abominação e mentira, mas somente os inscritos no Livro da Vida do Cordeiro”
(Ap 21.27).
Nessa cidade, os salvos
terão posição de domínio sobre toda a criação de Deus, pois “reinarão pelos séculos
dos séculos” (Ap 22.5).
Porém, mais importante do
que toda beleza material da cidade celestial, mais importante do que a comunhão
que gozaremos eternamente com o povo de Deus de todas as nações e de todos os
períodos da história, mais importante do que estar livre da dor, tristeza e
sofrimentos físicos, e mais importante do que reinar sobre o reino de Deus – muito
mais importante do que qualquer uma dessas coisas, será o fato de que estaremos
na presença de Deus gozando de comunhão,
sem nenhuma limitação.
“Eis o tabernáculo de Deus
com os homens. Deus habitará com eles.
Eles serão o seu povo, e Deus
mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda a lágrima (Ap 21.3,4).
No Antigo Testamento
quando a glória de Deus encheu o templo, os sacerdotes não conseguiam
permanecer ali e ministrar (2Cr 5.14).
No Novo Testamento, quando
a glória de Deus cercou os pastores no campo fora da cidade de Belém, “ficaram
tomados de grande temor” (Lc 2.9).
Mas aqui na cidade
celestial seremos capazes de suportar o poder e a santidade da presença da glória
de Deus, pois viveremos continuamente na atmosfera da glória de Deus.
“A cidade não precisa nem
do sol, nem da lua, para lhe darem claridade, pois a glória de Deus a iluminará,
e o Cordeiro será a sua lâmpada” (Ap 21.23).
Esse será o cumprimento do
propósito de Deus em nos chamar “para sua própria glória e virtude” (2Pe 1.3).
Então habitaremos
continuamente com exultação, imaculados diante da glória de Deus” (Jd 24; Rm
3.23, 8.18, 9.23; 1Co 15.43; 2Co 3.18, 4.17; Cl 3.4; 1 Ts 2.12; Hb 2.10; 1Pe
5.1,4,10).
Nessa cidade viveremos na
presença de Deus, pois, “nela, estará o
trono de Deus e do Cordeiro. E os seus servos o servirão” (Ap 22.3).
De tempos em tempos aqui
na terra experimentamos a alegria da genuína adoração a Deus e percebemos que o
nosso maior contentamento está em viver glorificando ao Senhor.
Mas na Nova Jerusalém essa
alegria será multiplicada muitas vezes mais, e conheceremos o cumprimento do
objetivo para o qual fomos criados.
Nossa maior alegria será
ver o próprio Senhor e estar com ele para sempre.
O ponto culminante dessas
bênçãos é expressa pelo apóstolo João quando afirma: “contemplarão a sua face” (Ap 22.4).
Quando finalmente virmos o
Senhor face a face, nosso coração não desejará mais nada. “Quem mais tenho eu no céu? Não há outro em que eu me compraza na
terra. Deus é a fortaleza do meu coração e a minha herança para sempre” (Sl
73.25,26).
Então com alegria nosso
coração e nossa voz se unirão com os remidos de todos os tempos e com os
poderosos exércitos do céu, cantando: “Santo, Santo, Santo é o Senhor Deus, o
Todo-Poderoso, aquele que era e que é e que há de vir (Ap 4.8).
Fontes de Consultas:ANDRADE. Claudionor
de. Lição EBD-CPAD – 2º. Trimestre 2012. Manual do Mestre-CHAMPLIN, R. N e
BENTES, M.J. Ph.D. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Editora Hagnos.-CHAMPLIN.
R. N. O NOVO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.-CHAMPLIN.
R. N. O ANTIGO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.-Novo Comentário
Bíblico do Novo Testamento – Eds: READMACHER, Earl D; ALLEN, Ronald B. HOUSE.
H. Wayne. -GILBERTO. Antonio. Daniel e Apocalipse – Compreendendo o Plano de
Deus para os Últimos Dias – CPAD – 13ª Edição.1997-Bíblia de Estudo Pentecostal
– CPAD. HAYE, Tim. Bíblia de Estudo Profética. Editora Hagnus. GEISLER, Norman.
Teologia Sistemática – Pecado, Salvação – A Igreja e as Últimas Coisas. Editora
CPAD. ANDRADE. Claudionor de. Dicionário de Profecia Bíblica – Editora CPAD.
LAN. Dong Yu. Daniel O Destino do Governo Humano na Economia de Deus – Edit.
Árvore da Vida. LAHAYE, Tim e HINDSON, Ed. Enciclopédia popular de Profecia Bíblica.
Edit. CPAD. GRUNDEM, Wayne. Teologia Sistemática Atual e Exaustiva. Edit. CPAD
A Paz do Senhor, Que benção de esboço vai me ajudar muito na minha aula!
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