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sexta-feira, 29 de junho de 2012

No Mundo Tereis Aflições- Lição 01 - 3º. Trimestre 2012 - EBD CPAD - 01.07.12


João 16.20, 21, 25-33
                                             pastorjoaobarbosa@gmail.com

Assessoria literária redacional e pedagógica da Mssª. Laudicéa Barboza da Silva  laudiceabarboza@hotmail.comhttp://nasendadacruz.blogspot.com  Visite-nos e confira nossas produções bíblico-literárias e pedagógicas contextualizadas com os temas
                          
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
  1. Descrever as aflições do tempo presente.
  2. Responder “por que o crente sofre?”
  3. Conscientizar-se de que podemos crescer e desfrutar da paz do Senhor no sofrimento.
Esboço:
Conforme ensinou Jesus em Jo 16.33, “as aflições do tempo presente” são uma realidade inevitável até mesmo na vida do crente mais fiel.
De maneiras diversas elas se apresentam na vida humana, podendo ser de ordem natural, econômica e física, sobrevindo de igual modo tanto na vida do ímpio quanto na vida dos servos de Deus.
Os veículos de informação diariamente estão a colocar às nossas vistas a realidade do tempo presente manifesta através de crises econômicas e sociais não poupando sequer a instituição familiar; tragédias naturais, estruturais, físicas e até mesmo de ordem moral, social e espiritual.
Sendo tudo isto um legado da “Queda humana”, o que tornou o sofrimento como algo comum a todos os homens, ímpios ou justos.
Deus fez o homem perfeito, mas a transgressão de Adão e Eva trouxe a tristeza, a dor e a morte (Gn 3.16-19; Rm 5.12), tornando assim, todos, sujeitos ao sofrimento (Rm 2.12; 8.22).
A humanidade acha-se em permanente rebelião contra Deus (Rm 3.23).
Dentro desse contexto de mundo o cristão está envolvido num combate espiritual com o mal.
Esse combate é descrito como o combate da fé (2Co 10.4; 1Tm 1.18,19; 6.12), que continua até o crente galgar a vida do porvir (2Tm 4.7,8).
A vitória do crente foi obtida pelo próprio Cristo, mediante a sua morte na cruz.
Jesus travou uma batalha triunfante contra Satanás, desarmou as potências e potestades malignas (Cl 2.15; Mt 12.28,29; Lc 10.18; Jo 12.31), levou os cativos com Ele (Ef 4.8) e redimiu o crente do domínio do maligno (Ef 1.7; At 26.18; Rm 3.24; Cl 1.13,14).
Da mesma forma como Ele padeceu, porém triunfou, nós também poderemos vencer todas as batalhas.
A Bíblia mostra perfeitamente o processo de corrupção humana e o envolvimento do homem em violências, guerras, vícios, prostituições, e todo tipo de degeneração conforme observa-se nesses tempos modernos onde os valores morais já se confundem e onde o certo e o errado são ambos medidos e pesados pela sociedade em uma mesma escala conforme relata Is 6.5.
 – “Ai dos que ao mal chamam bem e ao bem, mal! Que fazem da escuridade luz, e da luz escuridade, e fazem do amargo doce e do doce amargo!”
Inúmeras são as distorções sociais e o descaso dos governantes que agrava a situação da população de baixa renda levando-os a viver abaixo da linha da pobreza, quando todos poderiam viver com qualidade.
Tais negligências ou desmandos afligem quase que de forma geral a sociedade na esteira do nosso século atual.
Visivelmente vê-se o cumprimento de Rm 8.22 – “Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora”.

Eis então um dos motivos do sofrimento do crente.
Por viverem num mundo pecaminoso que entristece o seu espírito, continuam experimentando a imperfeição, a dor e a tristeza.
Os gemidos do crente expressam a sua profunda tristeza sentida ante essas circunstâncias (2Co 5.2-4).
Por que o crente sofre é o grande questionamento que deixa incautos inquietos por falta de conhecimento da Palavra de Deus.
A Bíblia apresenta com propriedade tais motivos, razão pela qual utilizamo-nos do Estudo Bíblico Doutrinário – “O Sofrimento dos Justos” trazido pela Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD, em apreciação, com algumas considerações em torno do explícito, através de comentários bíblicos expositivos:

Texto Base: “Então, saiu Satanás da presença do Senhor e feriu a Jó de uma chaga maligna, desde a planta do pé até ao alto da cabeça. E Jó tomando um pedaço de telha para raspar com ele as feridas, assentou-se no meio da cinza” (Jó 2.7,8)
No Estudo Bíblico em apreciação várias causas são delineadas em relação ao questionamento “Por que os crentes sofrem?”
                     
São diversas as razões por que os crentes sofrem.

1.     O crente experimenta sofrimento com uma decorrência da queda de Adão e Eva.
Quando o pecado entrou no mundo, entrou também a dor, a tristeza, o conflito, e, finalmente, a morte sobre o ser humano (Gn 3.16-19).
A Bíblia afirma o seguinte: “Pelo que, como por um homem entrou o pecado no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens, por isso que todos pecaram” (Rm 5.12).
Realmente, a totalidade da criação geme sob os efeitos do pecado, e anseia por um novo céu e nova terra (Rm 8.20-23; 2Pe 10.3-13)
É nosso dever sempre recorrermos à graça, fortaleza e consolo divino (1.Co10.13).

2.    Certos crentes sofrem pela mesma razão que os descrentes sofrem – conseqüência de seus próprios atos.
A lei bíblica “Tudo o que o homem semear; isso também ceifará” (Gl 6.7), aplica-se a todos de modo geral.
Se guiarmos com imprudência o nosso automóvel, poderemos sofrer graves danos.
Se não formos comedidos em nossos hábitos alimentares, certamente vamos ter graves problemas de saúde.
É nosso dever proceder com sabedoria e de acordo com a Palavra de Deus e evitar tudo que nos privaria do cuidado providente de Deus.
3.    O crente também sofre, pelo menos no seu espírito, por habitar num mundo pecaminoso e corrompido. Por toda parte ao nosso redor estão os efeitos do pecado. Sentimos aflição e angústia ao vermos o domínio da iniqüidade sobre tantas vidas (Ez 9.4; At 17.16; 2Pe 2.8).
É nosso dever orar a Deus para que Ele suplante vitoriosamente o poder do pecado.

4.    Os crentes enfrentam ataque do diabo. As Escrituras claramente mostram que Satanás, como “o deus deste século” (2Co 4.4), controla o presente  século mau (1Jo 5.19; Gl 1.4; Hb 2.14).
Ele recebe permissão para afligir crentes de várias maneiras (1Pe 5.8,9).
Jó, um homem reto e temente a Deus, foi atormentado por Satanás por permissão de Deus (Jó 1 – 2).
Jesus afirmou que uma das mulheres por ele curada estava presa por Satanás há dezoito anos (Lc 13.11,16).
Paulo reconhecia que o seu espinho na carne era “um mensageiro de Satanás para me esbofetear” (2 Co 12.7).
À medida em que travamos guerra espiritual contra o “príncipe das trevas deste século” (Ef 6.12), é inevitável a ocorrência de adversidades.
Por isso, Deus nos proveu de armadura espiritual (Ef 6.10-18), e armas espirituais (2Co 10.3-6).
É nosso dever revestir-nos de toda armadura de Deus,  e orar (Ef 6.10-18), decididos a permanecer fiéis ao Senhor, segundo a força que Ele nos dá.
Satanás e seus seguidores se comprazem em perseguir os crentes.
Os que amam ao Senhor Jesus e segue os seus princípios de verdade e retidão serão perseguidos por causa da sua fé.
Evidentemente, esse sofrimento por causa da justiça pode ser uma indicação da nossa fiel devoção a Cristo (Mt 5.10).
É nosso dever, uma vez que todos os crentes também são chamados a sofrer perseguições e desprezo por causa da justiça, continuar firme, confiando naquele que julga com justiça (Mt 5.10,11; 1Co 15.58; 1Pe 2.21-23).
De um ponto de vista essencialmente bíblico o crente também sofre porque  “nós temos a mente de Cristo” (1Co 2.16).
Ser cristão significa estar em Cristo, estar em união com ele; nisso, compartilhamos dos seus sofrimentos (1Pe 2.21).
Por exemplo, assim como Cristo chorou em agonia por causa da cidade ímpia de Jerusalém, cujos habitantes se recusavam a arrepender-se e a aceitar a salvação (Lc 19.41), também devemos chorar pela pecaminosidade e condição perdida da raça humana.
Paulo incluiu na lista de seus sofrimentos por amor a Cristo (2Co 11.23-32); a sua preocupação diária pelas igrejas que fundara: “quem enfraquece que eu também não enfraqueça? Quem se escandaliza, que eu não me escandalize?” (2Co 11.29).
Semelhante angústia mental por causa daqueles que amamos em Cristo deve ser uma parte natural da nossa vida: “chorai como s que choram” (Rm 12.15).
Realmente, compartilhar dos sofrimentos de Cristo é uma condição para sermos glorificados com Cristo (Rm 8.17).
É nosso dever dar graças a Deus, pois, assim como os sofrimentos de Cristo são nossos, assim também, nosso é o seu consolo (2Co 1.5).
Deus pode usar o sofrimento como catalizador para o nosso crescimento ou melhoramento espiritual.
Frequentemente, ele emprega o sofrimento a fim de chamar a si o seu povo desgarrado, para arrependimento de seus pecados e renovação espiritual.
É nosso dever confessar nossos pecados conhecidos, e examinar nossa vida para ver se há alguma coisa que desagrade o Espírito Santo.
Deus, ás vezes, usa o sofrimento para testar nossa fé, para ver se permanecemos fiéis a ele.
A Bíblia diz que as provações que enfrentamos são “a prova da nossa fé” (Tg 1.3); elas são um meio de aperfeiçoamento da nossa fé em Cristo (Dt 8.3; 1Pe 1.7).
É nosso dever reconhecer que uma fé autêntica resultará em “louvor, e honra, e glória na revelação de Jesus Cristo” (1Pe 1.7).
Deus emprega o sofrimento, não somente para fortalecer a nossa fé, mas também para nos ajudar no fortalecimento do caráter cristão e da retidão.
Segundo vemos nas cartas de Paulo e Tiago, Deus quer que aprendamos a ser pacientes mediante o sofrimento (Rm 5.3-5; Tg 1.3).
No sofrimento, aprendemos a depender menos de nós mesmos e mais de Deus e da sua graça (Rm 5.3; 2Co 12.9).
É nosso dever estarmos afinados com aquilo que Deus quer que aprendamos através do sofrimento.
Deus também pode permitir que soframos dor e aflição para que possamos melhor consolar e animar outros que estão a sofrer (2Co 1.4).
É nosso dever usar nossa experiência advinda do sofrimento para encorajar e fortalecer outros crentes.
Finalmente, Deus pode usar, e usa mesmo, o sofrimento dos justos para propagar o seu reino e seu plano redentor.
Por exemplo; toda injustiça por que José passou nas mãos dos seus irmãos e dos egípcios faziam parte do plano de Deus “para conservar a sucessão na terra e para guardá-los em vida por um grande livramento”.
O principal exemplo aqui é o sofrimento de Cristo “o Santo e o Justo” (At 3.14), que experimentou perseguição, agonia e morte para que o plano divino da salvação fosse plenamente cumprido.
Isso não exime da iniqüidade aqueles que o crucificaram (At 2.23), mas, indica sim, como Deus pode usar o sofrimento dos justos pelos pecadores, para seus próprios propósitos e sua própria glória.

O relacionamento de Deus com o sofrimento do crente:
O primeiro fato a ser lembrado é este:
Deus acompanha o nosso sofrer. Satanás é o Deus deste século, mas ele só pode afligir um filho de Deus pela vontade permissiva de Deus (Jó 1 – 2).
Deus promete na sua palavra que Ele não permitirá sermos tentados além do que podemos suportar (1Co 10.13).
Temos também de Deus a promessa que Ele converterá em bem todos os sofrimentos e perseguições daqueles que o amam e obedecem aos seus mandamentos (Rm 8.28).
José verificou esta verdade na sua própria vida de sofrimento (Gn 50.20), e o autor de Hebreus demonstra como Deus usa os tempos de apertos da nossa vida para nosso próprio crescimento e benefício (Hb 12.5).
Além disso, Deus promete que ficará conosco na hora da dor; que andará conosco “pelo vale da sombra da morte” (Sl 23.4; Is 43.2).

Vitória sobre o sofrimento pessoal:
Se você está sob provações e aflições, o que deve fazer para triunfar sobre tal situação?

1.    Examinar as várias razões por que o ser humano sofre e ver em que sentido o sofrimento concerne a você.
Uma vez identificada a razão específica, você deve proceder conforme o contido em “É nosso dever”.

2.    Creia que Deus se importa sobremaneira com você, independente da severidade das suas circunstâncias (Rm 8.36; 2C0 1.8-10; Tg 5.11; 1 Pe 5.7).
Nenhum crente deve estranhar o fato de experimentar adversidades, perseguições, fome, pobreza ou perigo.
Aflições e calamidades não significam, decerto, que Deus nos abandonou, nem que Ele deixou de nos amar.
Pelo contrário, nosso sofrimento como crentes, abrir-nos-á o caminho pelo qual experimentamos mais do amor e consolo de Deus (2Co 1.4,5).
Paulo nos garante que venceremos em todas essas adversidades e que seremos mais que vencedores por meio de Cristo (Rm 8.37-39; Mt 5.10-12; Fp 1.29).
O crente fiel vivendo em obediência e comunhão com Cristo e amado por Ele, ainda assim pode passar por experiências envolvendo perigo, medo, ansiedade, desespero e desesperança; circunstâncias estas que nos oprimem além da nossa capacidade humana de resistir (2 Co 1.8).
Quando aflições severas ocorrem em nossa vida, não devemos pensar que Deus nos abandonou ou deixou de nos amar.
Ao invés disso, devemos lembrar-nos de que essas mesmíssimas coisas aconteceram aos fiéis servos de Deus, nos tempos do NT.
Deus permite essas provações desalentadoras a fim de que Cristo se aproxime de nós e, à medida que olhamos para Ele com fé, leve-nos á vitória completa (Rm 2.14; 12.7-10; 13.4).
Tal qual Jó, devemos perseverar em meio a todas as provações, sem perder a fé em Deus.
Essa paciência brota de uma fé que triunfa até ao fim entre sofrimentos (Jó 13.15).
O fim das provações que o Senhor enviou a Jó, revela que, em todas as suas aflições, Deus cuidava dele e o sustentava na sua misericórdia.
Tiago faz-nos saber que Deus tem cuidado de todo o seu povo e que, nos sofrimentos, Ele o susterá com amor e misericórdia.
Em Jó 6.4, pode-se observar a descrição de sua declaração: “Porque as flechas do Todo-Poderoso estão em mim....
Jó reconhecia que seu sofrimento provinha, em última análise, da parte de Deus, ou pelo menos com seu conhecimento e permissão.
Sua maior angústia era esta: Deus parecia estar contra ele, não sabendo ele porquê.
Quando o crente enfrenta o sofrimento enquanto se esforça sinceramente para agradar a Deus, não deve ceder a idéia de que Deus não se interessa mais por ele.
Podemos não saber por que Deus permite que tais coisas aconteçam. Mas podemos saber – como Jó – que por fim o próprio Deus nos fortalecerá, sustentará e nos fará vitoriosos (Rm 8.35-39; Tg 5.11; 1Pe 5.10).
O apóstolo Pedro em sua primeira carta nos aconselha “lançando sobre ele toda a vossa ansiedade, porque ele tem cuidado de vós” (1Pe 5.7)
O cuidado que Deus tem com os problemas de cada um dos seus filhos é uma verdade enfatizada através da sua Palavra (Sl 27.10; Mt 6.25-30).

3.    Recorra a Deus em oração sincera e busque a sua face. Espere nEle até que liberte você da sua aflição (Sl 27.8-14; 40.1-3; 130).

4.       Confie que Deus lhe dará a graça para suportar a aflição até chegar o livramento (1Co 10.13; 2Co 12.7-10).
Convém lembrar de que sempre “somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou” (Rm 8.37; Jo 16.33).
A fé cristã não consiste na remoção de fraquezas e sofrimento, mas na manifestação do poder divino através da fraqueza humana (2Co 4.7).

5.    Leia a Palavra de Deus, principalmente os salmos de conforto em tempos de lutas (Sl 11; 16; 23; 27; 40; 46; 61; 91; 121; 125; 138).
6.    Busque revelação e discernimento da parte de Deus referente à sua situação específica – mediante a oração, as Escrituras, a iluminação do Espírito Santo ou o conselho de um santo e experiente irmão.

7.    Se o seu sofrimento é de natureza física lembre-se que Deus prometeu saúde e cura ao seu povo, se este permanecesse fiel ao seu concerto e aos seus mandamentos.

Assim falou Moisés ao povo no Egito: “...se ouvires atento a voz do Senhor, teu Deus, e fizeres o que é reto diante dos seus olhos, e inclinares os teus ouvidos aos seus mandamentos, e guardares todos os seus estatutos, nenhuma das enfermidades porei sobre ti, que pus sobre o Egito; porque eu sou o Senhor, que te sara” (Ex 15.26).
Se os israelitas zelosamente obedecessem ao Senhor e o seguissem, Ele não permitiria que nenhuma das enfermidades ou pragas que Ele lançou sobre os egípcios os afligissem.
Essa promessa revela que o desejo primordial de Deus é curar o seu povo, e não infligir-lhes doenças e enfermidades.

8.    No sofrimento lembre-se da predição de Cristo, de que você terá aflições na sua vida como crente (Jó 16.33). Aguarde com alegria aquele ditoso tempo quando “Deus limpará de seus olhos toda lágrima, e não haverá mais morte, nem pranto, nem clamor” (Ap 21.4).

Consultas:
Lições Bíblicas EBD-CPAD - 3º. Trimestre 2012 – (Comentarista: Eliezer de Lira e Silva)
Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
CHAMPLIN. R. N. O NOVO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.

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