Abordagem
de Conteúdos Transversalizados com o Tema em Estudo
4º.
Trimestre2015
Gênesis
45.1-8
Reflexão: Escravo, ou
Senhor, José sempre se destacou por uma vida de excelência e fidelidade a Deus.
O patriarca José, décimo primeiro filho de Jacó e primeiro filho de Raquel sua
esposa predileta, nasceu mais ou menos no ano 1915 a.C., e morreu provavelmente
no ano de 1805 a.C.;aproximadamente 380 anos antes do nascimento de Moisés.
Este é o primeiro
grande período do silêncio provedor de Deus no AT., o outro grande período do
silêncio provedor de Deus, encontramos entre a morte do profeta Malaquias, última
voz profética do AT. E o aparecimento de João – o Batista, no deserto da
Judéia, falando da vinda de um, o qual ele não era digno de nem mesmo
desatar-lhe as sandálias.
Esse segundo período
é de aproximadamente 400 anos, chamado pelos historiadores de Período Inter Bíblico
ou Intertestamentário.
A
história de José – Tendo José 17 anos apascentava os rebanhos com seus
irmãos; sendo ainda jovem, acompanhava os filhos de Bila e os filhos de Zilpa, mulheres
de seu pai. E trazia más notícias deles a seu pai (Gn 37.2,3).
Os filhos de Bila segundo
a ordem de nascimento eram Dã e Naftali, quinto e sexto e os filhos de Zilpa,
Gade e Aser, seguindo a ordem de nascimento, sétimo e oitavo.
Bila, era ama de Léa e Zilpa era ama
de Raquel, que se tornaram concubinas de Jacó.
O patriarca Jacó
amava a José, mais do que a todos seus filhos porque era o filho da sua
velhice, e fez-lhe uma túnica de várias cores como prova de seu amor para com
José.
Enquanto Jacó amava
mais a José e dava-lhe presentes, seus irmãos o odiavam. Quando
José completou 17
anos, seus irmãos não o suportavam mais.
Quando ele contou um
sonho que tivera em que, estavam todos atando molhos no meio do campo, quando o
seu molho se levantou e ficava em pé, e os molhos dos seus irmãos o rodeavam e
se inclinavam ao seu molho.
Seus irmãos
entenderam que José queria reinar sobre eles (Gn 37.5-8). Teve ainda José um
segundo sonho, em que o Sol, e a Lua, e onze Estrelas se inclinavam a
ele. Com a revelação desse sonho, o próprio Jacó entendeu que o menino, tinha ido
longe demais. “Quer dizer que eu, tua mãe e teus irmãos, vamos nos
inclinarmos a ti?” (Gn 37.9-11).
Seus irmãos
entenderam que deviam destruir os sonhos de José, e combinaram em matá-lo (Gn
37.18-20). Mas Judá não permitiu que seus irmãos matassem José, então, eles
lhe venderam por 20 ciclos de prata, menos de um mês de trabalho.
No decurso dos
acontecimentos, José se tornou o Superintendente da casa de Potifar, alto oficial
egípcio. Mas a mulher de Potifar, tentou seduzir a José que fugiu dela várias
vezes, até que ela o acusou falsamente de ter tentado violentá-la, mas, Deus
era com José. Então Potifar mandou colocá-lo na prisão.
A Bíblia nos diz que
Deus tem seus caminhos na tormenta e na tempestade, e as nuvens são o pó de
seus pés. Na prisão, José mostrou que era um vidente, e isso chegou aos ouvidos
de Faraó, que precisou que seus estranhos sonhos fossem interpretados.
Então tendo interpretado
os sonhos de Faraó, José livrou o Egito, e as nações vizinhas da fome.
Referindo-se a esse período, o Salmista se expressou da seguinte forma:
“...
chamou a fome sobre a terra; fez mirrar toda planta do pão. Mandou adiante um
varão que foi vendido por escravo: José, cujos pés apertaram com grilhões e a
quem puseram em ferro, até ao tempo em que chegou a sua palavra; a Palavra do
Senhor, o provou. Mandou o
Rei, e
o fez soltar; o Dominador dos povos o soltou. Fê-lo Senhor da sua casa e Governador
de toda a sua fazenda, para, a seu gosto, sujeitar os seus príncipes e
instruir os seus anciãos.Então, Israel entrou no Egito, e Jacó peregrinou na
terra de Cam” (Sl 105.16-23).
Enquanto José
cumpria suas tarefas na prisão, o rei do Egito é turbado, por dois sonhos, que,
constituíam um aviso único da parte de Deus (Gn 41.1-7), sete vacas gordas
subiram do Rio Nilo, e sete vacas magras a devoraram.
Depois, o soberano
teve um outro sonho, em que de uma única haste brotavam sete espigas graúdas
e cheias. Em seguida, apareciam outras sete espigas: secas, miúdas e queimadas
do vento oriental brotaram após elas.
E as sete espigas
miúdas devoravam as espigas boas. Na manhã seguinte, Faraó convoca seus
sábios, magos e adivinhos que não conseguiram interpretar seus sonhos. Foi
então que o copeiro-mor, contou ao rei que na prisão havia um hebreu que
decifrava seus sonhos e com certeza interpretaria os sonhos de Faraó.
Levaram José à
presença do Faraó. E ele disse ao Rei depois que tomou conhecimento dos sonhos.
O sonho é um só: As vacas gordas devoradas pelas vacas magras e
as espigas cheias consumidas pelo vento oriental, eram sete anos de
fartura seguidos por sete anos de fome.
E aconselhou o Rei
que colocasse um homem que pudesse administrar o Egito, de forma que, nos
anos de fartura se juntasse provisão para suprir os anos de fome. Pelo que
disse o Rei, acharíamos um homem como este, em quem há o Espírito de Deus? (Gn
41.8).
E voltando-se para
José disse: visto que Deus te fez saber, ninguém há tão entendido e sábio como
tu; administrarás minha casa, e à tua palavra obedecerá todo o meu povo.
Somente no trono
serei maior do que Tu (Gn 41.39,40).
E baixou um decreto:
Vês, te faço autoridade sobre toda a terra do Egito (Gn 41.41).
A família de Jacó
era contaminada pela inveja e pelo ciúme. Raquel invejava Léa, e Léa invejava
Raquel (Gn 30.1). Os filhos de Léa herdaram o ressentimento materno.
Eles invejaram tanto
José, que o venderam com escravo (Gn 37.28). Pode ser até mesmo que Rubem tenha
abusado de Bila, por causa de seu ciúme em relação a Benjamim. Depois de José
ter sido vendido com escravo, Judá deixou a família, juntou-se aos cananeu e
casou-se com uma mulher de Canaã (Gn 38.1-3).
Simeão seguiu os
passos do irmão e também tomou por esposa uma cananeia (Gn 46.10). Com todo
esse sentimento de inveja e dissociação, a família de Jacó – o clã da eterna
promessa divina (Gn 12.1-3) – estava tornando-se muito parecida com a
comunidade pagã que vivia bem ao lado dela.
Entretanto, o Senhor
não deixou que os problemas desta família impedissem seus bons propósitos. Ele
prometera formar uma grande nação desta família, uma nação que espalharia suas
bênçãos em toda a terras (Gn 12.1-3). A família de Jacó estava dividida, mas Deus
delineou os acontecimentos para que ela viesse a unir-se novamente. Mediante
uma série de eventos memoráveis, Deus elevou José da posição de escravo e
prisioneiro à administrador de toda a terra do Egito, a braço direito do Faraó.
O Senhor transformou
o perverso plano dos irmãos de José em algo extremamente bom (Gn 37.29-28;
50.20).Como o encarregado de elaborar o plano de sobrevivência do Egito durante
os anos de fome, José estava numa posição em que poderia salvar a vida de muitas
pessoas no Mundo Antigo.
Com seu novo nome,
Zafenate-Panéia, e sua maravilhosa história, José pode testemunhar ao povo a
respeito do poder e da bondade do Deus
vivo (Gn 41.45).
Contudo, os planos
divinos não acabaram por aqui. Deus usou a fome rigorosa para reunir a família
de Israel.
Quando os irmãos de
José o reconheceram, eles não somente expressaram arrependimento pelo mal que
causaram no passado (Gn 42.22; 45.5), como também demonstraram uma grande
lealdade ao irmão mais novo, Benjamim.
Judá, aquele que
havia deixado a família anois antes (Gn 38.31), implorou pela vida de Benjamim,
mesmo que isso lhe custasse sua própria liberdade (Gn 44. 18-34).
A reunião da família
e a escassez de alimento durante a fome fizeram com que Jacó se mudasse para as
cercanias do Egito, para a terra de Gósen. Deus usou as atitudes malignas dos
egípcios – principalmente o ódio por pastores – para isolar a família naquele
local (Gn 43.32; 46.34).
Longe Do povo
egípcio, o Senhor pode fazer com que o clã se dedicasse tranquilamente, à
adoração e à obediência.Em todos os excepcionais acontecimentos da história de
José, Deus permaneceu fiel á promessa feita a Abraão (Gn 12.1-3). Ele criou uma
grande nação usando a inveja humana, a dissociação da família e a segregação
racial (Gn 50.20).
Bibliografia:
Lições Bíblicas EBD CPAD - 4º. Trimestre 2015.
Comentarista: Pr.Claudionor de Andrade
ANDRADE Claudionor. O Começo de Todas as Coisas. CPAD.
RJaneiro 2015
CHAMPLIN. R.N. O Antigo Testamento Interpretado - Versículo
por Versículo vl 1. Editora Hagnus. SPaulo, 2001.
RADMACHER, Earl D. O
Novo Comentário Bíblico do Antigo Testamento – Com recursos Adicionais. Editora
Central Gospel. RJaneiro 2010.
RADMACHER, Earl D O Antigo
Testamento Interpretado - Versículo
por Versículo Vl 1 e Vl 6. Editora Hagnus. SPaulo, 2001.
Bíblia de Estudo de Genebra.
Bíblia Tradução K J A.
(Atualizada) Edição de Estudo – 400 anos.
BROADMAN. Comentário Bíblico. Vl. 1 Editora Juerpe,
RJaneiro, 1987.
LAUBACH. Fritz. Carta
aos Hebreus – Comentário Esperança. Editora Esperança. Curitiba, 2013
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