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sexta-feira, 6 de abril de 2012

A VISÃO DO CRISTO GLORIFICADO - Lição 02 - 2º. Trimestre 2012 - EBD-CPAD – Esboço

                       
                                  Apocalipse 1.9-18
               pastorjoaobarbosa@gmail.com

Assessoria literária redacional e pedagógica da Mssª. Laudicéa Barboza da Silva  laudiceabarboza@hotmail.comhttp://nasendadacruz.blogspot.com  Visite-nos e confira nossas produções bíblico-literárias e pedagógicas contextualizadas com os temas
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
1.   Explicar o conceito e o objetivo da encarnação de Jesus.
2.   Reconhecer que Cristo é o humilhado e ferido de Deus.
3.   Compreender os eventos que abarcaram o Cristo crucificado.

Esboço
Estando na Ilha de Patmos o apóstolo João teve uma revelação do Cristo glorificado. O Espírito Santo, colocou João em estado de ver o sobrenatural. Corporeamente ele não saiu da Ilha de Patmos.
Outros profetas passaram também por experiência idêntica. O apóstolo Pedro diz duma visão que teve: “Sobreveio-me um arrebatamento de sentidos”  (At 10.10). Paulo também declara: “Fui arrebatado para fora de mim” ( At 22.17). Ambos, Pedro e Paulo como João foram colocados pelo Espírito Santo em estado de poder ver o sobrenatural, sem saírem fisicamente do lugar onde se encontravam.
De um dos antigos profetas lemos o seguinte: “Então alçou a sua parábola e disse: Fala Balaão, filho de Beor, e fala o homem de olhos abertos; fala aquele que ouviu os ditos de Deus, o que sabe a ciência do Altíssimo; o que viu a visão do Todo-poderoso, caído com êxtases, e de olhos abertos (Nm 24.4).
Foi este o estado em que João recebeu as visões do Apocalipse, isto é, em êxtases, ou sob o controle do Espírito Santo. Nada em torno devia perturbar a atenção do profeta ao contemplar as gloriosas cenas, sendo, portanto, indispensável um perfeito êxtase sob o Espírito de Deus.
Ao fazer menção do “dia do Senhor” em que fora tomado em visão, João sabia, indubitavelmente, qual era o “dia do Senhor”. As Escrituras Sagradas com a qual João estava familiarizado, definem-nos com irrecusável exatidão sobre o “dia do Senhor” em que o Apocalipse foi revelado ao profeta.
Em uma voz como de trombeta, o Cristo glorificado – o seu amado Mestre – foi identificado por João. Sua meiga e adorável voz era-lhe agora diferente da do tempo em que com ele andava pessoalmente na terra.
E a voz lhe dizia: “O que vês escreve-o num livro e envia-o ás sete igrejas que estão na Ásia. A Èfeso, e a Smirna, e a Pérgamo, e a Tiatira, e a Sardo, e a Filadélfia, e a Laodicéa.
O amado João não foi desobediente a esta sagrada incumbência. Devia escrever a mensagem que lhe seria mostrada, num único livro, e enviá-lo às sete igrejas. Não um livro para cada igreja, mas um só para todas elas. Isto comprova mais uma vez que as sete igrejas compreendem o todo da igreja cristã desde os apóstolos até a vinda de Cristo.
Em sua visão João viu glorificado aquele que esteve morto, revelando-se não apenas em glória, mas como o Senhor de toda a glória e já entronizado à destra do Pai.
Fazendo-se Filho do homem, o Filho de Deus, Jesus Cristo,  manifestou plenamente o amor do Pai (Jo 3.16), e assim revelou-nos a sua graça (1Jo 4.9), através da fusão da sua divindade e da sua humanidade identificando-se plenamente com os homens a fim de que , na eternidade, mediante um processo eterno, os homens pudessem identificar-se plenamente com ele.
 A encarnação foi o ato pelo qual a Segunda pessoa da Santíssima Trindade, foi concebida virginalmente, no ventre de Maria (Is 7.14; Lc 1.27). Neste ato sobrenatural levado a efeito por obra e graça do Espírito Santo, o Filho de Deus fez-se Filho do homem, e veio habitar entre nós (Jo 1.14).
Em Filipenses 2.5, Paulo enfatiza como o Senhor Jesus deixou a sua incomparável glória do céu e humilhou-se como um servo, sendo obediente até a morte para o benefício dos outros. A humildade integral de Cristo deve haver nos seus seguidores, os quais foram chamados para viver com sacrifício e renúncia, cuidando dos outros e fazendo-lhes o bem.
Jesus sempre foi Deus pela sua própria natureza e igual ao Pai antes, durante e depois da sua permanência na terra (Jo 1.1; 8.58; 17.24; Cl 1.15,17). Cristo, no entanto, não  se apegou  aos seus direitos divinos, mas abriu mão dos seus privilégios e glória no céu, a fim de que nós, na terra, fôssemos salvos.
Ele se esvaziou, deixando de lado sua glória celestial (Jo 17.4), posição (Jo 5.30; Hb 5.8), riquezas (2Co 8.9), direitos (Lc 22.27; Mt 20.28) e o uso de prerrogativas divinas (Jo 5.19; 8.28; 14.10). Esse “esvaziar-se” importava não somente em restrição voluntária dos seus atributos e privilégios divinos, mas também na aceitação do sofrimento, da incompreensão, dos maus tratos, do ódio, e finalmente da morte de maldição (Fp 2.5-11).
A humilhação de Cristo levou à sua suprema exaltação. Cristo possui natureza humana verdadeira, tendo sido exaltado por haver completado a sua missão como homem. Jesus não foi exaltado porque era divino, de modo a ter sido elevado acima de tudo, até a mão direita de Deus Pai, pelo contrário, foi ele assim exaltado porque completou com todo o sucesso a missão que viera cumprir como homem, a sua missão messiânica.
Isso concorda com o trecho de Hb 1.9 – “Amas-te a justiça e aborreceste a iniquidade; por isso, Deus, o teu Deus, te ungiu com óleo de alegria, mais do que a teus companheiros.”  – Vemos assim que, a exaltação de Cristo se alicerça sobre o fato de que ele amou a justiça e odiou a iniquidade; e essa foi a grande característica de sua missão terrena.
Nesse ensinamento nos é relembrado que Cristo se identificou conosco em nossa humanidade, a fim de que pudéssemos nos identificar com ele; em sua exaltação e em sua natureza divina, vindo assim a compartilhar da sua plenitude e da plenitude de Deus Pai (Rm 8.29; Ef 1.23; 3.19; 2Pe 1.4).
A glorificação de Cristo abrange os seguintes eventos:
1. Ressurreição: Devido a ressurreição de Cristo, a vida “necessária e independente” que é a própria vida de Deus, a autêntica imortalidade, é dada aos homens, e assim assumem a natureza de Cristo (Jo 5.25,26).
Paulo afirmou que sem a ressurreição de Cristo, nossa fé seria vã (1Co 15.14,17). É fundamental que se destaque que Cristo ressuscitou física e corporalmente, e assim recebeu do Pai todo o poder nos céus e na terra (Mt 28.18). Em suas mãos, a chave da morte e do inferno (Ap 1.18).
2. Ascenção aos céus: A ascenção explica a ausência de Jesus deste mundo. Cristo saiu vivo do sepulcro, para nunca mais morrer. Em certo ponto do tempo deixou de ser visto entre os homens. Fizera a sua transição para os lugares celestiais, tendo atravessado todas as dimensões inferiores e tendo entrado na augusta e santíssima presença de Deus Pai.
A ascenção significou para Cristo uma maior transformação e glorificação, não somente no que dizia respeito á sua posição, mas também no tocante à real transformação de seu próprio ser. Tornou-se um ser ainda mais espiritualizado, passando a pertencer a uma ordem de ser  ainda mais elevada, o primeiro homem-divino-imortal, o “Logos” eterno em uma nova forma (Ef 1.20-23).
A ascenção foi – uma prova a mais – de suas reivindicações messiânicas, porquanto, somente o grande Messias, que era também o “Logos” eterno, poderia ter entrado assim até à própria presença de Deus Pai, tendo dele recebido essa exaltação.
A ascenção de Cristo foi a grande evidência da aprovação final de Deus Pai, à sua missão terrena perfeitamente completada, na qual ele trouxe redenção aos homens.
Assunto aos céus, sentado à destra de Deus Pai, Jesus partilha daquela glória que sempre desfrutara ao seu lado desde a mais insondável eternidade (Jo 17.5; Hb 8.1).
4. A segunda vinda: Em glória Cristo virá arrebatar a sua igreja, quando em instantes antes, ocorrerá a ressurreição dos que morreram em Cristo (1Ts 4.16). Ao mesmo tempo que ocorre a ressurreição dos mortos em Cristo, os crentes vivos serão transformados; seus corpos se revestirão de imortalidade (1 Co 15.51,53). Isso acontecerá num instante, num abrir e fechar de olhos (1Co 15.52). Essa segunda vinda acontecerá em duas etapas: A primeira para o arrebatamento da igreja e a segunda para destruir o reino do Anticristo e implantar o seu Reino Milenial.
Tanto os crentes ressurretos como os que acabaram de ser transformados serão “arrebatados juntamente” (1 Ts 4.17), para encontrar-se com Cristo nos ares, ou seja: na atmosfera entre a terra e o céu.
Estarão literalmente unidos com Cristo (1 Ts 4.16,17), levados à casa do Pai, no céu (Jo 14.2,3) e reunidos aos queridos que tinha morrido (1 Ts 4.13-18). Estarão livres de todas as aflições (2Co 5.2,4; Fp 3.21), de toda perseguição e opressão (Ap 3.10), de todo dominio do pecado e da morte (1 Co 15. 51-56). O arrebatamento os livra da ira futura, ou seja, da grande tribulação.

Fontes de Consultas:
ANDRADE. Claudionor de. Lição EBD-CPAD – 2º. Trimestre 2012. Manual do Mestre
CHAMPLIN, R. N e BENTES, M.J. Ph.D. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Editora Hagnos.
Novo Comentário Bíblico do Novo Testamento – Eds: READMACHER, Earl D; ALLEN, Ronald B; HOUSE, H. Wayne

GILBERTO. Antonio. Daniel e Apocalipse – Compreendendo o Plano de Deus para os Últimos Dias – CPAD – 13ª Edição.1997
Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD

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