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sábado, 21 de abril de 2012

A CIDADE ESMIRNA: UMA IGREJA DO CONTEXTO DE ÉPOCA DOS SÉCULOS II E III d.C - SUBSÍDIO CULTURAL PARA A LIÇÃO 04 - 2º. Trimestre 2012 - EBD-CPAD


Assessoria literária redacional e pedagógica da Mssª. Laudicéa Barboza da Silva  laudiceabarboza@hotmail.comhttp://nasendadacruz.blogspot.com  Visite-nos e confira nossas produções bíblico-literárias e pedagógicas contextualizadas com os temas

A cidade de Smirna foi edificada na costa ocidental da Ásia Menor em 1312, por Tesêo, que a batizou com o nome de sua esposa. A cidade veio a ser famosa por sua beleza.
Antígono chamou-a a “bela” e, em suas medalhas declarava-a “a primeira pela beleza”. Ao tempo de João era chamada – ornamento da Ásia. E também fora chamada – a cidade da vida.
De uma história muito acidentada a cidade de Smirna tem entretanto sobrevivido através de milênios.
Encontrando-se na linha divisória entre a Jônia e a Eólia, a quarenta milhas do norte de Éfeso, foi alternadamente possuída por elas durante a célebre guerra de Tróia.
O rei de Sardis, Alliates, a saqueou e destruiu em 628 A.C., sendo os planos de sua reedificação planejados séculos mais tarde por Alexandre o Grande e executados por seus sucessores.
Daí em diante Smirna  fez-se preponderante entre as cidades da Ásia Menor e tornou-se um grande centro comercial, retendo sua importância sob o domínio dos romanos.
No século I, Dolabela destruiu-a, erguendo-se com rapidez de suas ruínas.
Seis vezes Smirna foi destruída por terremotos e muito sofreu por incêndios, mas sempre se ergueu de suas ruínas. Sob o domínio bizantino Smirna passou por muitas vicissitudes.
Foi conquistada pelos seldjúcidas em 1084 e retomada pelos gregos em 1097; caiu nas mãos dos otomanos em 1322;  nas dos hospitaleiros, nas dos cipriotas e nas das tropas da Santa Sé em 1341; foi saqueada em 1402 pelas tropas de Tamerlão e por fim conquistada vinte anos mais tarde pelos turcos.
Nenhuma cidade sofreu mais de cercos, massacres, terremotos, fogo e praga, que Smirna. Mas ela subsiste em nossos dias como uma florescente e populosa cidade da Turquia, importante por sua exportação e importação de numerosos produtos através de suas redes marítimas, ferroviárias e rodoviárias.
Em face disto, Smirna é sede de várias missões cristãs na Ásia Ocidental, sendo uma forte cidade de cerca de 250.000 habitantes aproximadamente.
Mais cristãos são encontrados hoje em Smirna do que em qualquer outra cidade da Turquia. Em Smirna nem tudo, porém, era prosperidade.
O culto de Baco, com suas festas contribuiu deveras para sua corrupção. Sob o poder dos romanos, a cidade tornou-se fiel ao culto imperial, celebrando periodicamente honras aos Augustos.
Foi em Smirna que Policarpo, avançado em anos, sofreu o martírio por recusar honrar a César, preferindo honrar a Jesus.
Levado ao tribunal, o procônsul o exortou, dizendo: “Tem piedade de tua idade avançada: jura pela fortuna de César; arrepende-te e dize: fora os ateus (os cristãos)”.
Policarpo mirava solenemente a assistência e, levantando a sua mão, alçou os olhos aos céus e disse: “Fora com estes ateus (os que o rodeavam”.
O procônsul presuadio-o ainda e disse: “Jura e soltar-te-ei; renuncia a Cristo”. O venerado cristão respondeu: “Oitenta e seis anos eu O tenho servido e nunca me fez mal algum, e como posso blasfemar do meu Rei que me tem salvado?
“Tenho feras e te exporei a elas se não te arrependeres” disse ainda o magistrado. “Trazei-as, disse o mártir”. “Suavizarei o teu espírito com fogo” continuou o romano. “Amenizai-o”, respondeu Policarpo, “com o fogo que me queima um só momento, mas lembrai-vos do fogo do castigo eterno, reservado para os ímpios”.
Na hora do seu martírio dava graças a Deus porque se contava entre os mártires de Cristo.


Transcrito de:
A. S.Melo. AS VERDADES SOBRE AS PROFECIAS DO APOCALIPSE – 1959 – S.Paulo – págs. 60,61 

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