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sábado, 21 de abril de 2012

ESMIRNA, A IGREJA CONFESSANTE E MÁRTIR - Lição 04 - 2º. Trimestre 2012 - EBD-CPAD – Esboço

              
                                  Apocalipse 2.8-11
               pastorjoaobarbosa@gmail.com

Assessoria literária redacional e pedagógica da Mssª. Laudicéa Barboza da Silva  laudiceabarboza@hotmail.comhttp://nasendadacruz.blogspot.com  Visite-nos e confira nossas produções bíblico-literárias e pedagógicas contextualizadas com os temas
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
1.   Identificar as principais características da igreja de Esmirna (confessante e mártir).
2.   Descrever como Jesus se apresentou à igreja de Esmirna.
3.   Saber as condições da cidade de Esmirna.

Nem a morte pode separar-nos do amor de Deus
(Romanos 8.35)
Esboço
Esmirna – uma igreja ameaçada no tempo, apresenta Jesus como a própria eternidade (Ap 2.8). Cada uma das sete cartas do Apocalipse contém um nome e uma descrição

de Cristo, singularmente apropriada para a igreja que estava sendo endereçada. Em Esmirna vemos os mártires que morrendo, viverão eternamente.

Cristo – O primeiro e o último, o Alfa e o Ômega. Cristo é o primeiro quanto ao tempo e á importância, o que equivale à declaração

que ele é o Alfa. E o fato de ser o último, equivale a ser ele o Ômega, no tocante a Deus Pai e a Deus Filho.

No que diz respeito à sua existência terrena, ele vivia, e isso desde o princípio; e também morreu, mas então tornou-se o último, porquanto reviveu mediante a ressurreição.

Foi ele o primeiro a ressuscitar para nunca mais morrer, motivo pelo qual foi feito “as primícias dos que dormem” (1Co 15.20).


Na qualidade de último podemos dizer de Cristo:
1.   Ele é a razão de toda existência;
2.   Ele é o princípio da vida após a morte;
3.   Ele é o alvo de toda existência, o Ômega.

Embora tivesse morrido, tornou a viver, de modo a não ser meramente o primeiro, mas igualmente o último. Outro tanto, por conseguinte, sucederá aos mártires cristãos.

A carta a igreja de Esmirna relaciona-se com o segundo período da igreja cristã, que se estendeu desde o ano 100 até 313 A.D.

A definição da palavra Smirna é “Mirra”, que significa “perfume ou cheiro suave”.
Mirra, porém, em si mesma, é uma pequena planta, que quando esmagada, despreende uma resina aromática de cheiro agradável e de sabor amargo e um pouco azedo.

Na Arábia e na Abissínia há muita mirra, é e onde se extrai boa porção do seu óleo que é célebre por seu suave perfume desde a mais remota antiguidade.

Davi e Salomão, empregaram a mirra como figura da agradável fragrância emanante do caráter de Cristo – “O meu amado é para mim um ramalhete de mirra” (Ct 1.13).

Um dos presentes de natal que Jesus recebeu dos Magos, ao nascer, foi mirra, que aqueles dignatários consideravam um dos melhores dons do Oriente, e que serviu para unção do menino.

E na sua morte foi Jesus ungido com mirra para a sua sepultura. O caráter de sua igreja que não pode ser dessemelhante do seu, é também simbolizado pelo perfume de mirra.

Policarpo  - cujo nome significa muito fruto – o discípulo pessoal do apóstolo João, homem muito consagrado,
foi o principal pastor da igreja de Esmirna (69-155), cujo, diante do carrasco romano não negou a fé em Cristo.

Desconhecemos os primórdios da igreja em Esmirna, embora se tenha conjecturado que resultou dos labores de Paulo na Ásia Menor,

atual porção ocidental da Turquia; direta ou indiretamente, conforme afirma alguns historiadores, Paulo teria visitado Esmirna à caminho de Éfeso.

O trecho de Atos 19.10 mostra que, em resultado do ministério paulino na Ásia Menor, muitas cidades foram evangelizadas naquela área, sem que disso haja

qualquer menção específica no livro de Atos. Esmirna provavelmente, se contava entre elas. Alguns discípulos de Paulo, talvez convertidos em Éfeso,
possivelmente tenham sido os primeiros crentes evangelistas a levar o Evangelho a Esmirna.

Cognominada confessional e mártir, essa igreja professava a Cristo, demonstrava estar disposta a sustentar-lhe o testemunho até o fim; sua fidelidade ao Senhor era inegociável (Ap 2.10).

Há um fenômeno paradoxal entre a igreja de Esmirna – o rosto do Cristo humilhado e ferido de Deus, e a igreja de Laodicéa – a cara do mundo.

A seguir um paralelo entre a igreja de Esmirna e a igreja de Laodicéa).
ESMIRNA - (Ap 2.8-10)
LAODICÉA - (Ap 3.14-22).
1. Fervorosa e espiritual (v.9)
1. Morna (v.17)
2. Pobre materialmente (9)                             
2. Rica materialmente (v 17)
3. Dependente de Deus (v.10)
3. Auto suficiente (v.17)

·        De Esmirna Jesus disse:
“Nada temas das coisas que hás de padecer. Sê fiel até a morte e dar-te-ei a coroa da vida” (v.10)

·        De Laodicéa Jesus disse:
“Assim, porque és morno e não és frio nem quente, vomitar-te-ei da minha boca; aconselho-te que de mim compres ouro provado no fogo, para que te enriqueças, e vestes brancas, para que te vistas, e não apareça a vergonha da tua nudez; e que unjas os olhos com colírio, para que vejas” ( v.16,18).

O anjo da igreja de Esmirna sabia perfeitamente que a tribulação era um legado que recebemos do Senhor Jesus: “Tenho-vos dito isso, para que em mim tenhais paz;

no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo; eu venci o mundo” (Jo 16.33). Tranquilizado por essa promessa, o pastor de Esmirna refugiava-se na paz que excede todo entendimento. (Fp 4.7).

Enquanto a igreja de Laodicéa de nada tinha falta, a igreja de Esmirna carecia de tudo. O próprio Senhor reconhece-lhe a extrema pobreza: “Conheço a tua (...) pobreza”. (Ap 2.9).

Essa pobreza, todavia era rica. Complementa Cristo: ”Mas tu és rico”. Sim, ela era rica, pois fora comprada por um elevadíssimo preço, o sangue de Jesus (1 Pe 1.18,19).

A pobreza de Esmirna não era evidenciada por negligência deles no trabalho não, a pobreza deles resultava, da perseguição que sofriam, pois suas propriedades

foram confiscadas ou destruídas e eles sofreram encarceramento. Foram reduzidos a nada, pela ira do imperador. A simples sobrevivência física tornou-se um problema, pela falta de alimentos.

Conta-se a história de um certo Nicodemos, cuja família possuía uma décima parte da indústria de estanho em Roma. Mas tendo a família abraçado o cristianismo,

depois da ressurreição de Cristo, foi reduzida a uma pobreza extrema, e as filhas da família podiam ser vistas a revirar os monturos, atrás de detritos, para com isso matar a fome.

É inegável que a igreja primitiva se compunha, principalmente, de pessoas pobres. Mas a alusão neste ponto é de pobreza forçada e crítica – produzida pela perseguição,
não se tratando de pobreza normal e crônica das classes inferiores de onde provinham quase todos os convertidos cristãos.

A igreja de Laodicéa era rica quanto ás riquezas materiais, porém, inteiramente paupérrima quanto as riquezas da alma.

De tudo apreciado sobre a mirra, significado de Smirna, pode-se compreender, que a igreja no segundo período de sua história, seria esmagada por perseguições de seus adversários:

porém, para com o seu amado e o céu, desprenderia de si, na opressão, o suave perfume simbólico da mirra da fidelidade e do amor a seu Salvador.

Ainda que a igreja de Esmirna fosse figurada por um castiçal de puríssimo ouro e seus ministros por uma luzente estrela, o modo como Jesus se introduz,

era-lhe presságio de que graves ocorrências estavam no caminho de sua história.

A morte dos mártires de Esmirna configura a prova dos que não consideravam suas vidas caras a si mesmos, mas antes, estavam dispostos a fazer o sacrifício terreno final em prol da causa de Cristo, neste mundo ímpio.

Esmirna foi, acima de todas as outras a igreja dos mártires. Em certo sentido, ela representa os mártires em todos os tempos. Essa morte tão temível em seu aspecto é imediatamente aclarada como o portal para a vida eterna.

Esmirna foi perseguida desde o reinado de Nero até ao de Diocleciano. E as perseguições movidas por este último
foram as mais severas de todas, perdurando exatamente, dez anos.

Durante esse tempo, a matança de cristãos foi tremenda.
Em uma só catacumba de Roma foram encontrados os remanescentes ósseos de cento e setenta e quatro mil cristãos, calculadamente.
Os cristãos sofreram sobre os imperadores Nero, Domiciano, Trajano, Marco Aurélio, Severo, Máximo Décio, Valeriano, Aurélio e Diocleciano.

No local ocupado por Esmirna, desde tempos remotos havia uma cidade. Os judeus a colonizaram em tempos recuados, tendo exercido a hegemonia sobre a região por longo tempo.

Foi destruída uma antiga cidade ali existente, no princípio do século VI A.C. Desse tempo em diante, Esmirna tornou-se uma das mais prósperas cidades da Ásia Menor, aliando-se fielmente à Roma, desde os tempos

quando os romanos começaram a intervir nos negócios do Oriente Próximo, e muito antes de ter-se estabelecido como um império mundial.

Esmirna possuía um dos grandes anfiteatros da Ásia Menor, onde eram efetuados os jogos olímpicos. Nenhum vencedor recebeu ali uma coroa que se possa comparar àquela que Cristo Jesus nos oferece.

Fontes de Consultas:
ANDRADE. Claudionor de. Lição EBD-CPAD – 2º. Trimestre 2012. Manual do Mestre
CHAMPLIN, R. N e BENTES, M.J. Ph.D. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Editora Hagnos.

CHAMPLIN. R. N. O NOVO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.

CHAMPLIN. R. N. O ANTIGO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.

Novo Comentário Bíblico do Novo Testamento – Eds: READMACHER, Earl D; ALLEN, Ronald B; HOUSE, H. Wayne

GILBERTO. Antonio. Daniel e Apocalipse – Compreendendo o Plano de Deus para os Últimos Dias – CPAD – 13ª Edição.1997
Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD

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