Total de visualizações de página

sexta-feira, 13 de abril de 2012

ÉFESO, A IGREJA DO AMOR ESQUECIDO - Lição 03 - 2º. Trimestre 2012 - EBD-CPAD – Esboço

Apocalipse 2.1-7
                               pastorjoaobarbosa@gmail.com

Assessoria literária redacional e pedagógica da Mssª. Laudicéa Barboza da Silva  laudiceabarboza@hotmail.comhttp://nasendadacruz.blogspot.com  Visite-nos e confira nossas produções bíblico-literárias e pedagógicas contextualizadas com os temas
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
1.   Identificar a singularidade da Igreja de Éfeso.
2.   Compreender seu grave problema.
3.   Conscientizar-se que devemos voltar ao primeiro amor.

Esboço
Amor.... Intenso afeto por outra pessoa;
devoção e dedicação.

A gloriosa igreja de Éfeso fundada pelo apóstolo Paulo em sua segunda viagem missionária, sob a poderosa manifestação do Espírito Santo de Deus e maravilhas jamais vistas; a igreja que em poucas décadas evangelizou o mundo e levou multidões a se decidirem pela palavra da cruz e pelo amoroso Salvador, é, por fim, acusada da perda do primeiro amor. Não é o caso que a igreja não amasse mais a Deus, a Jesus e a Sua Verdade.
É certo que havia nela ainda amor, mas já não era aquele amor primitivo que a tudo excedia em seu meio. As cartas apostólicas evidenciam que em vida dos apóstolos aquele glorioso e primeiro amor já manifestava sintomas de fraqueza, até que, afinal, desapareceu.
A princípio, a igreja de Éfeso se distinguia por sua simplicidade e fervor. Os crentes tratavam seriamente de obedecer à cada palavra de Deus, e suas vidas revelavam um firme e sincero amor a Cristo. Regozijavam-se em fazer a vontade de Deus porque o Salvador morava constantemente em seus corações. Cheios de amor para com seu Redentor, seu mais alto propósito era ganhar almas para Ele. Não pensaram em entesourar para si o precioso tesouro da graça de Cristo.
Sentiam a importância de sua vocação e, responsabilizados pela mensagem: “Paz na terra; entre os homens de boa vontade” ardiam no desejo de levar as boas novas de salvação aos recantos mais remotos da terra. E o mundo conheceu que eles haviam estado com Jesus.
Os membros da igreja estavam unidos em sentimento e ação. O amor a Cristo era a cadeia de ouro que os unia. Prosseguiam em conhecer ao Senhor cada vez mais perfeitamente, e em suas vidas se revelavam o gozo e a paz de Cristo. Visitavam os órfãos e as viúvas em sua aflição, e se guardavam sem mácula, do mundo; sentiam que se não fizessem assim, contradiriam a sua responsabilidade e negariam o seu Redentor.
A obra era levada avante e as almas que se convertiam, por sua vez, sentiam que era seu dever falar a outros acerca do inestimável tesouro recebido. Multidões de incrédulos aceitaram a razão da esperança cristã. Faziam ferventes e inspiradas súplicas pessoais pelos errantes, os perdidos e os que, ainda que professassem conhecer a verdade, eram mais amantes dos prazeres do que de Deus.
Depois de certo tempo, porém, o zelo dos crentes começou a diminuir, e seu amor para com Deus e seu amor mútuo decresceu. A frialdade começou a sentir-se na igreja. Alguns se olvidaram da maneira maravilhosa como receberam a verdade. Um após outro, os velhos porta-estandartes caíram em seu posto. Alguns dos obreiros mais jovens, que podiam haver levado as cargas dos soldados da vanguarda, e assim haver-se preparado para dirigir sabiamente a obra se haviam enfastiado das verdades tão a miúdo repetidas.
Em seu desejo de algo novo e surpreendente, intentaram introduzir novas fases de doutrinas, mais prazenteiras para muitas mentes, porém em desarmonia com os princípios fundamentais do Evangelho.
Desse modo identificamos o grave problema da igreja de Éfeso – a presença de membros da igreja que seguiam ou eram simpatizantes dos nicolaítas, uma seita de natureza libertina que procurava solapar o imperativo moral do evangelho. As obras odiadas dos nicolaítas eram justamente suas obras pervertidas e imorais semeando a contenda e a confusão na igreja.
Por causa da sua confiança em si mesmo e sua cegueira espiritual não podiam discernir que esses sofismas seriam causa de que muitos pusessem em dúvida as experiências anteriores, produzindo assim confusão e incredulidade.
Ao insistir-se nessas doutrinas falsas e aparecerem diferenças, os olhos de muitos foram desviados de Jesus, como o autor e consumador da fé.
A discussão de assuntos de doutrina sem importância, e a contemplação de agradáveis fábulas de invenção humana, ocuparam o tempo que devia ser usado para pregar o Evangelho. A piedade minguou rapidamente e Satanás pareceu ter ascendência sobre os que pretendiam ser seguidores de Cristo.
Foi nessa hora crítica da Igreja que o apóstolo João foi sentenciado ao desterro. Nunca antes a igreja havia necessitado tanto da sua voz como agora. Quase todos os seus anteriores companheiros no ministério haviam sofrido o martírio.
Mesmo que a igreja de Éfeso não amasse como deveria, pelo menos o Senhor podia dizer que ela odiava as obras dos nicolaítas, os quais eram um grupo ateísta que perturbavam as congregações em Éfeso e Pérgamo (Ap 2.15). Aparentemente, os ensinamentos e as práticas eram imorais, talvez até mesmo idólatras. Alguns pais da igreja associam esses grupos a Nicolau, um dos sete líderes da igreja de Jerusalém (At 6.5).
A perda do primeiro amor foi tão gravíssima que pôs em risco toda estrutura da igreja. O precioso castiçal de ouro fino corrompeu-se perigosamente. Aos olhos do amante Salvador era uma falta dolorosa, pois a igreja assim privava o mundo das bênçãos da salvação cujo infinito preço a tudo sobrepujou.
Sim, a perda do primeiro amor trouxe o maior desastre para a igreja – o abandono dos princípios morais do evangelho do Senhor Jesus. E, até aos nossos dias, o cristianismo está com falta do primeiro amor – do primeiro zelo, da primeira dedicação, do primeiro fervor, do primeiro entusiasmo. A história ainda se repete. O entusiasmo se extingue e as idéias humanas começam a tomar o lugar das idéias divinas.
Deus não estava alheio à gravidade do perigo que envolvia a igreja. Em sua mensagem de infinita ternura revelou-lhes o seu amor e o Seu desejo quanto a fazerem uma obra segura para a eternidade. “Lembra-te – rogou-lhe – donde caíste, e arrepende-te e pratica as primeiras obras.....” (Ap 2.5). Nesta mensagem apela-lhe o Senhor ansiosamente que fizesse três coisas: Lembrar-se do seu glorioso estado primitivo; arrepender-se e praticar as primeiras obras de fé e fervor. Nenhum outro esforço a reabilitaria a não ser seguindo este irrevogável e positivo conselho de seu Senhor, pois nada poderia substituir o seu “primeiro amor”. Um regresso a ele pelo arrependimento e prática das “primeiras obras”, era a única solução pró-reabilitação.
A amorosa admoestação do Salvador foi acompanhada de uma séria advertência. Se a igreja não atendesse à admoestação – não volvesse arrependida às “primeiras obras” – “brevemente a ti virei, advertira-a o Senhor “e tirarei do seu lugar o teu castiçal, se não te arrependeres”.
 A tirada do castiçal significa que Jesus privaria a igreja da luz e das bênçãos do evangelho, que até ali estavam ao seu alcance, para confiá-las à outras mãos. Nenhuma outra igreja, exceto a de Jerusalém teve tão excelentes obreiros quanto Éfeso.
No entanto, ela possuía um sério problema: era rica em obras e pobre em amor. Embora teológica e biblicamente ortodoxa, era atrofiada na prática do amor, o que entra em dissonância com a palavra de Deus. Se as obras sem fé de nada valem, o que delas restam sem o amor? Assim escreve o apóstolo Paulo “E ainda que distribuísse toda a minha fortuna para sustento dos pobres, e ainda que entregasse o meu corpo para ser queimado e não tivesse amor, nada disso me adiantaria” (1Co 13.3).
O amor é a mais elevada das obras. Não há obra tão elevada quanto amar a Deus: “Amarás, pois, o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração e de toda a tua alma e de todo o teu poder” (Dt 6.5).
A bíblia exorta-nos a amar e a lembrar de Deus independente das circunstâncias e tal qual Habacuque em sua oração, exclamarmos: “Porquanto, ainda que a figueira não floresça, nem haja fruto na vide; o produto da oliveira minta, e os campos não produzam mantimento; as ovelhas da malhada sejam arrebatadas, e nos currais não hajam vacas, todavia, eu me alegrarei no Senhor, exultarei no Deus da minha salvação” (Hc 3.17,18).
Habacuque em sua oração declarava que servia a Deus não por causa das suas dádivas, mas porque o Senhor é Deus mesmo em meio ao castigo divino derramado sobre Judá (Hc 3.16), o profeta opta por regozijar-se no Senhor. Deus seria a sua salvação e o manancial inesgotável de suas forças.
De forma geral, no dizer de Joseph A., as cartas escritas as sete igrejas da Ásia, se constituem exclusivamente das próprias palavras de Cristo. Mas, diferentemente das parábolas, foram ditadas dos céus, depois que Jesus foi ressuscitado e glorificado.
Talvez sejam os únicos registros não condensados de seus discursos que chegaram até nós. São apresentados de modo tão impressionante e são particularmente dirigidos às igrejas, de modo que fica entendido que há nessas cartas algo de solenidade e importância incomuns.
Chegam até nós com a admoestação, sete vezes reiterada, de que devemos ouvi-las e guardá-las no coração. Já que temos ouvidos para ouvir, nos é recomendado que ouçamos o que o Espírito diz às igrejas.
Essas cartas foram enviadas à igrejas locais reais da Ásia Menor, que havia naquela época, e nas quais imperavam as condições ali descritas. Essas cartas representam condições que se verificam em qualquer época da história da igreja, que talvez se devam arrumar como segue:
1.   Éfeso – a igreja apostólica (século I d.C.).
2.   Esmirna – a igreja perseguida (séculos II e III d.C.).
3.    Pérgamo – a igreja sob favor imperial (312 a 500 d.C.).
4.   Tiatira – a igreja da Idade das Trevas (500 d.C. ao século XVI).
5.   Sardes – a igreja da Reforma e da renascença (séculos XVI a XVIII).
6.   Filadélfia – igreja das missões modernas (séculos XIX até primórdios do século XX).
7.   Laodicéa, a igreja do tempo do fim (meados do século XX até a vinda de Cristo – sendo essa a igreja morna).
O amor a Cristo jamais deve morrer, mas renovar-se a cada manhã. Se já não amamos a Cristo como antes, arrependamo-nos desse pecado grave e evitemos que as conseqüências se agravem.
Voltar ao primeiro amor não significa voltar à imaturidade espiritual, mas ao ardor do início de nossa fé. Roguemos ao Pai que nos conduza á sala do banquete onde o Noivo está á nossa espera: “Levou-me á sala do banquete, e o seu estandarte em mim era o amor” (Ct 2.4).
Jesus exorta: “Lembra-te de onde caíste”. Noutras palavras, lembremo-nos de quando aceitamos a Jesus. Revivamos aquele sentimento inicial, quando realmente amávamos a Jesus.... (Steven J. Lawson).

Fontes de Consultas:
ANDRADE. Claudionor de. Lição EBD-CPAD – 2º. Trimestre 2012. Manual do Mestre
CHAMPLIN, R. N e BENTES, M.J. Ph.D. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Editora Hagnos.

CHAMPLIN. R. N. O NOVO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.

CHAMPLIN. R. N. O ANTIGO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.

Novo Comentário Bíblico do Novo Testamento – Eds: READMACHER, Earl D; ALLEN, Ronald B; HOUSE, H. Wayne

GILBERTO. Antonio. Daniel e Apocalipse – Compreendendo o Plano de Deus para os Últimos Dias – CPAD – 13ª Edição.1997
Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD

Nenhum comentário:

Postar um comentário