João 15.1-11
Classe dos Juniores - EBD-Sede-COMADALPE |
Assessoria literária redacional e pedagógica da Mssª. Laudicéa Barboza da Silva laudiceabarboza@hotmail.com – http://nasendadacruz.blogspot.com Visite-nos e confira nossas produções bíblico-literárias e pedagógicas contextualizadas com os temas
UMADENE-União de Ministros das Assembléia de Deus no Nordeste Realizada em Abreu e Lima PE-2011 na Igreja Sede da COMADALPE |
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
1. Entender que a vida abundante consiste no equilíbrio.
2. Explicar quais são os erros acerca da pobreza.
3. Conscientizar-se de que a vida abundante não superestima o corpo nem nega a alma.
Esboço
A verdadeira prosperidade emana de uma série de valores espirituais porque fundamenta-se em uma vida de santidade e íntima comunhão com Deus.
Manter-se ativo espiritualmente com propósitos definidos, metas a serem alcançadas e um espírito de vitorioso independente das circunstâncias materiais é um dos grandes desafios para aqueles que têm certeza de sua decisão e opção por um viver equilibrado, confiando na suficiência divina.
Em Provérbios 30.8, encontramos um pedido equilibrado quanto a ansiedade do “ter”, algo inerente a todo ser humano: “....não me dês nem a pobreza, nem a riqueza; mantém-me do pão da minha porção acostumada....”
Segundo a ótica de muitas pessoas, só conseguiremos viver plenamente se formos ricos e saudáveis, já para outras existe a visão extremista de que só conseguiremos agradar a Deus se vivermos em completa pobreza, mas a Bíblia nos mostra que a resposta para esse conflito passa por um entendimento correto acerca do verdadeiro valor das realidades material e espiritual.
Logo, a busca do equilíbrio entre ambas as visões se faz necessário, haja vista o ser humano apresentar tanto necessidades materiais quanto espirituais por ser um composto de espírito, alma e corpo (1 Ts 5.23).
No equilíbrio podemos encontrar a chave da verdadeira prosperidade, pois, este torna o homem capaz de ver e sentir a vida abundante que Cristo proporciona àqueles que vivendo no mundo material priorizam o reino de Deus e uma vida de íntima comunhão com Ele sem alienar-se da realidade que o circunda.
Em nossa sociedade moderna, é imposta às pessoas um estilo de vida em que acumular bens e riquezas e correr atrás da prosperidade material é o que interessa. Pode-se perceber abertamente a influência que o dinheiro exerce sobre as pessoas, e como a ganância e a cobiça as dominam. Os que seguem essa filosofia logo se deparam com as conseqüências dessa escolha.
Os relacionamentos com Deus, as pessoas, a família, a ética e a moral, o bom senso e, muitas vezes, os princípios e valores fundamentais são sacrificados porque a ganância por riquezas foi colocada em primeiro lugar.
Quem ama o dinheiro jamais terá o suficiente; quem ama as riquezas jamais ficará satisfeito com o quanto ganha.
E cedo ou tarde, com sucesso ou sem sucesso na ganância de acumular dinheiro e bens, descobrem que estão correndo em vão, atrás de um objetivo sem significação alguma.
E cedo ou tarde, com sucesso ou sem sucesso na ganância de acumular dinheiro e bens, descobrem que estão correndo em vão, atrás de um objetivo sem significação alguma.
Muitos cristãos mesmo conscientes de que devem buscar primeiro o Reino de Deus e viver uma vida abundante em Cristo através de uma íntima comunhão com ele a exemplo de verdadeiros discípulos de Jesus, facilmente esquecem isso e colocam à busca do dinheiro e prosperidade material como prioridade das suas vidas, tornando infrutífera a sua vida cristã.
A história é prodiga em mostrar que a realidade material sozinha não foi e nem é capaz de garantir o bem-estar do ser humano. Somos seres espirituais e materiais, ou seja, somos seres integrais que necessitam da ajuda divina em todos os aspectos.
Por isso, a prosperidade bíblica leva em conta a realidade tanto espiritual como material. Em sua terceira epístola, verso 2, o apóstolo João ressalta: “Amado, desejo que te vá bem em todas as coisas e que tenhas saúde, assim como bem vai a tua alma”.
Em geral é da vontade de Deus que o crente tenha saúde e que tenha uma vida abençoada e próspera. Ele quer que tudo esteja bem conosco e que os nossos negócios, trabalho, família, planos, propósitos e ministério estejam de acordo com a sua vontade e direção.
Portanto as bênçãos de Deus mediante a redenção em Cristo, visam a suprir nossas necessidades materiais e espirituais. No tocante á prosperidade tanto física como espiritual, as Escrituras nos ensinam o seguinte:
1. A expressão “que te vá bem em todas as coisas”, literalmente significa que a oração do apóstolo era para que os crentes andem no caminho da salvação, que permaneçam na vontade e na verdade de Deus e desfrutem das suas bênçãos.
2. A vontade de Deus é que ganhemos o necessário para termos abrigo, alimento e roupa para toda nossa família e que tenhamos o suficiente para ajudar os outros e para promover a causa de Cristo. Em 2 Coríntios o apóstolo Paulo exorta aos irmãos: “Cada um contribua segundo propôs no seu coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama ao que dá com alegria.
E Deus é poderoso para tornar abundante em vós toda a graça, a fim de que, tendo sempre em tudo, toda suficiência, superabundeis em toda boa obra, conforme está escrito: Espalhou, deu aos pobres, a sua justiça permanece para sempre.
Ora, aquele que dá a semente ao que semeia, e pão para comer também multiplicará a vossa sementeira e aumentará os frutos da vossa justiça; para que em tudo enriqueçais para toda a beneficência, a qual faz que por nós se dêem graças a Deus” (2Co 9.7-11).
O crente que contribui com o que pode, para ajudar os necessitados, verá que a graça de Deus suprirá o suficiente para suas próprias necessidades, e até mais, a fim de que possa ser fecundo em toda boa obra (Ef 4.28).
3. Embora oremos para Deus suprir todas as nossas necessidades materiais, devemos reconhecer que haverá ocasiões em que Deus permite que seus filhos passem por necessidades. Passamos tempos de aflições ou de necessidades para sermos despertados a confiar mais nele e desenvolver nossa fé, nossa perseverança espiritual e nosso ministério (1 Pe 1.6,7).
Podemos experimentar problemas difíceis, quando por causa do nosso testemunho e do trabalho de Cristo, o mundo nos oprime e persegue (Lc 6.20-23). Podemos experimentar pobreza devido as circunstâncias nacionais ou naturais, tais como guerra, fome, seca ou más condições econômicas ou sociais (At 11.28-30).
4. A presença, ajuda e bênção de Deus na nossa vida física estão relacionadas à prosperidade da nossa vida espiritual. Devemos buscar a vontade de Deus (Mt 6.10; Hb 10.7-9); obedecer ao Espírito Santo (Rm 8.14); permanecer separados do mundo (Rm 12.1,2); amar a Palavra de Deus (1 Pe 2.2); buscar a sua ajuda em oração (Mt 6.11); trabalhar com afinco (2 Ts 3.6-12); viver segundo o princípio de buscar primeiro o reino de Deus e a sua justiça (Mt 6.33).
5. Mesmo estando bem a nossa alma, não estamos automaticamente isentos de dificuldades noutras áreas da vida. Devemos encarar as adversidades, aflições e necessidades com oração e confiança em Deus.
A Teologia da Prosperidade conseguiu semear a idéia de que o bem-estar espiritual é irreconciliável com qualquer espécie de sofrimento. Se o crente sofre é porque não é próspero. Assim, de acordo com essa ótica, sofrer em conseqüência de uma enfermidade ou de um aperto financeiro representa decadência espiritual e falta de fé. Mas a Palavra de Deus mostra que o sofrimento tem uma função pedagógica na vida do crente. Em outras palavras, Deus também nos ensina através das adversidades (Sl 119.71).
Jó, por exemplo, não sofreu em decorrência de um pecado pessoal ou por possuir uma fé debilitada, mas para conhecer melhor a Deus (Jó 1.1-3; 42.5). O apóstolo Paulo também tinha o sofrimento como um dois meios de Deus lapidar a sua vida (2 Co 12.7-10).
Concluindo, a verdadeira prosperidade vai além da saúde, da riqueza e da fama. Ela se manifesta por uma comunhão íntima e estreita com o Senhor Jesus, que nos promete uma vida abundante.
Fontes de Consultas:
GONÇALVES, José. Lição EBD-CPAD – 1º. Trimestre 2012. Manual do Mestre
CHAMPLIN, R. N e BENTES, M.J. Ph.D. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Editora Hagnos.
Novo Comentário Bíblico do Novo Testamento – Eds: READMACHER, Earl D; ALLEN, Ronald B; HOUSE, H. Wayne
COLSON, Charles – E Agora como Viveremos? – Edições CPAD
CHAFER. Teologia Sistemática. SPERRY, Lewis. (vl 1,2). Editora Hagnus
GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática Atual e Exaustiva. Editora Vida Nova.
Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
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