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segunda-feira, 12 de março de 2012

PARABÉNS RECIFE POR 475 ANOS

VENEZA BRASILEIRA
O Recife é uma cidade que encanta à primeira vista.
História e beleza misturam-se em um cenário plantado à beira-mar e cortado por extensos rios e pontes.
A exemplo de outras cidades portuárias, nasceu e se desenvolveu em torno do seu porto. 
Como descreve o escritor Josué de Castro, "é este um dos seus aspectos mais singulares: em regra, constrói-se um porto para servir a uma cidade; no caso, levantaram os holandeses uma cidade para servir a seu porto".
Seu nome é uma variação da antiga forma arrecife, que do árabe ar-cif significa dique, alusão aos rochedos de corais abundantes ao longo do litoral.
No dia 12 de março, a cidade comemora 475 anos.
A mais antiga referência sobre o Recife é de 1537, no documento Foral de Olinda, no qual está determinado o estatuto jurídico da propriedade da terra.
Ponte Duarte Coelho
Um pequeno mundo, um povoado, não muito distante de Olinda (apenas 6km ao Norte), que era o lugar central do poder e da riqueza da capitania de Pernambuco, governada nos primeiros tempos, por Duarte Coelho.
Nesta época, o Recife era apenas parte do território de Olinda, o que durou até 1709. 
Recife já apresentava sinais de prosperidade no século 16 e iria expandir ainda mais no século 17. 
Marco Zéro
O seu porto - mais uma vez ele - consolidava-se como espaço privilegiado. O chamado sítio urbano se alargava e o rico açúcar produzido na região despertava a cobiça de outros povos, como os holandeses que, em 1630, desembarcaram na região com 67 navios e sete mil homens.
Teatro Santa Isabel
Os novos conquistadores dominaram a região por 24 anos e a fizeram prosperar. O conde Maurício de Nassau trouxe para o Recife os pintores Frans Post e Albert Eckout e cientistas como Willem Piso e Jorge Marcgrav.
Iniciava-se, sem dúvida, um período de prosperidade e o Recife começava a tomar ares de uma cidade moderna. 
Palácio da Justiça
Os tempos de Nassau ficaram na história como gloriosos e marcaram o processo de urbanização da cidade, que esteve sob domínio holandês até 1654.
Ocupando o espaço deixado pelos holandeses, comerciantes vindos de Portugal vêm para o Recife. 
Páteo de São Pedro
A prosperidade do povoado, impulsionada pela ascenção econômica dos portugueses, chamados com desprezo de 'mascates', é vista com desconfiança pelos olindenses, senhores de engenhos arruinados pelas dívidas.
Palácio das Princesas
O conflito entre a nobreza açucareira pernambucana e os novos burgueses desencadeia a Guerra dos Mascates. Os novos moradores do povoado saem vitoriosos e elevam Recife à categoria de vila independente, em 1710, com um governo municipal instalado.
No século 19, a história da cidade é marcada por conflitos políticos: a Revolução de 1817; a Confederação do Equador, de 1824; a Revolução Praieira, de 1848.
Alfândega do Recife
Recife vivia com inquietações constantes e não se subordinava ao poder central, desafiando as ordens vindas do Rio de Janeiro. Não era mais uma vila, nem estava subordinado a Olinda.
Tornou-se cidade em 1823 e capital pernambucana, em 1827. 
Parque da Jaqueira
De uma vila de pescadores, o Recife tornou-se uma cidade rica em história, cultura e monumentos.
São igrejas seculares, pontes, fortificações, ruas antigas e estreitas que convivem, atualmente, com amplas avenidas.
Praia de Boa Viagem
Hoje é uma metrópole com cerca de 1,5 milhão de habitantes, ocupando um território de 221km². Continua "serena (...) metade roubada ao mar, metade à imaginação", como recitou um de seus poetas mais ilustres, Carlos Pena Filho. Nasceu do sonho dos homens e se inventa a cada dia.

Bibliografia:
"O Recife, histórias de uma cidade" - coletânea da Prefeitura da Cidade - 2000 "Arruando pelo Recife" - Leonardo Dantas


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