Subsídios
Teológicos e Bibliológicos para Estudo sobre:
Lição 06 - A DOUTRINA DO CULTO LEVÍTICO - 05.08.2018
Texto Bíblico: Levítico 9.1-14
Por: Pr. João Barbosa
CULTO
São sistemas particulares de adoração
religiosa com referências especiais a rituais e cermônias. O culto é o ponto
central de uma religião e eventualmente assume formas e símbolos que revelam
mais claramente o caráter distinto da religião.
Como foco da vida religiosa o culto se
torna o momento onde o senso do sagrado é mais concentrado e mais real, e assim
serve como um indicador da qualidade mais profunda da religião.
VERIFICAÇÃO DO CULTO DIVINO
A palavra cultus que tem sua origem no verbo “colere” descreve o esmero que o
lavrador da antiga Roma dispensava a terra, a fim de torná-la arável. Esta etmologia
com o tempo, os romanos associaram o cultivo do solo com as questões religiosas
e cultuais.
Quando Deus pôs o homem no jardim do Éden
ele estabeleceu dois objetivos: Uma linha de governo, simbolizado na palavra “guardar”,
e uma linha de sacerdote, adoração e louvor simbolizado na palavra “lavrar” (Gn
2.15).
Teologicamente o culto pode ser
definido como as honras e louvores que o homem já cultivado ou transformado
pela Palavra de Deus lhe rende. No culto o homem externa ou reconhece a Deus
como o seu Criador e Senhor em todas as coisas e o único Deus a quem o homem
deve adorar.
Para que o culto possa ser considerado
verdadeiro, o culto a Deus é fundamentado na doutrina dos apóstolos e dos
profetas (Ef 20.20).
DOUTRINA
É um conjunto de ensinos específicos. O
termo é derivado de um verbo latino, “docere”, que significa, “ensinar”. Apesar
de referir-se aos ensinos de Cristo e outros ensinos religiosos, o termo pode
ser usado para definir qualquer tipo de ensino forma dos parâmetros religiosos.
Jesus falou contra os fariseus que
ensinavam doutrinas que eram de preceitos de homens (Mt 15.9). As pessoas
ficavam maravilhadas com a doutrina de Jesus (Mt 7.28). Jesus condenou a
doutrina dos fariseus (Mt 16.12). Paulo exortou os crentes contra os ventos de
doutrina (Ef 4.14).
E escreveu a Timóteo pedindo que este tivesse
cuidado com a sã doutrina (Tm 4.16). E advertiu os crentes da igreja primitiva
e dos dias atuais do perigo das doutrinas de demônios (1Co 4.1).
Na teologia de Levítico o objetivo mais sublime é levar o crente israelita a reconhecer três verdades acerca da pessoa de Deus:
1. Todo israelita precisava saber que tudo quanto existe foi criado por
Deus (Gn 1.1-3).
2. Saber que sendo Deus o criador de todas as coisas, toda adoração e louvor deve ser exclusivamente a ele.
3. Reconhecer que tudo quanto temos deve ser consagrado ao único e verdadeiro Deus.
2. Saber que sendo Deus o criador de todas as coisas, toda adoração e louvor deve ser exclusivamente a ele.
3. Reconhecer que tudo quanto temos deve ser consagrado ao único e verdadeiro Deus.
Esses objetivos tinham a finalidade de
manter os israelitas livres de quaisquer resquícios da idolatria do Egito e ao
mesmo tempo os advertindo quanto as abominações de Canaã para onde estavam
caminhando.
Este estudo tem o objetivo de que a essência
do culto levítico era conduzir os israelitas na antiga dispensação e os crentes
da igreja na nova dispensação, a consagrar tudo o que têm a Deus (Rm 12.1-3; Sl
24.1; Dt 10.14).
Deus trouxe à existência do nada e de
maneira instantânea, pela sua soberana e livre vontade. E tudo faz parte do seu
eterno propósito na eternidade (1Pe 1.18-20; Ap 13.8; Tt 1.1,2).
COMO DEUS SE REVELA AOS HOMENS
Deus estabeleceu duas formas através
das quais os homens pudesse conhecê-lo: A revelação geral e a revelação
especial. Estas duas formas ou marcos são chamados de revelação geral e revelação
especial (Sl 19.1-6; 8.3-9).
Na primeira forma de revelação, a geral
ou original, Deus deixou gravado em todas as obras criadas o testemunho da sua
revelação, inclusive na vida dos animais (Sl 104.9-30; 42.1,2).
Na revelação especial, Deus se revelou
como Senhor e Redentor da humanidade através do seu eterno filho Jesus Cristo
(Ef 2.8-10).
O universo narra a grandeza de Deus,
revelação geral (Sl 8.1; Is 40.12-17). Mas apenas Jesus Cristo, a revelação
especial revela a graça redentora (Jo 1.14; Tt 2.11-13).
A REVELAÇÃO GERAL
A natureza não é Deus, mas a natureza
revela a existência de um Deus Criador, Soberano, Todo-Poderoso. Os céus declaram
a glória de Deus e o firmamento a obra de suas mãos (Sl 19.1-4).
O Salmista escreveu: Os céus, a sua
justiça e todos os povos contemplam a sua glória (Sl 97.6). Jó acrescentou: Pergunte,
porém aos animais, e eles os ensinarão, ou as aves do céu e elas lhe contarão;
fale com a terra e ela a instruirá, deixe que os peixes do mar o informem. Quem
de todos eles ignora que a mão do Senhor fez isso (Jo 12.7-9).
O apóstolo Paulo falou sobre o Deus
vivo que fez o céu, a terra, o mar e tudo que neles há. No passado permitu que
todas as nações seguissem seus próprios caminhos.
Contudo, Deus não ficou sem testemunha;
mostrou sua bondade dando-lhe chuva do céu e colheitas no tempo certo,
concedendo-lhes sustento com fartura e um coração cheio de alegria (At
14.15-17).
REVELAÇÃO ESPECIAL
É a revelação de sua Palavra escrita, as
Escrituras sagradas, em contraste com a revelação geral. Originalmente a
revelação especial foi dada oralmente ou de alguma outra maneira (Hb 1.1; Jo
1.18).
Mas foi mais tarde descrita e agora
encontrada apenas na Palavra escrita de Deus, a Bíblia sagrada (2Tm 3.16,17; 2Pe 1.19-21).
Só a Bíblia é infalível e inerrante, a
Bíblia é normativa para todo ensinamento cristão. É a revelação de Cristo (Mt
5.17; Lc 24.27,44; Jo 5.39; Hb 10.7).
A tarefa do cristão, então, é levar cativo todo pensamento para torná-lo
obediente a Cristo (2Co
10.5). Como revelado nas Escrituras
devemos centralizar nossos pensamentos e também nossas vidas em Cristo (Gl
2.20; Fp 1.21).
Só a Bíblia revela Deus como Redentor –
embora a revelação geral manifeste Deus como Criador, ela não revela como
Redentor. Só a Bíblia tem a mensagem da salvação.
À luz da revelação geral todos são
indesculpáveis (Rm 1.20). Pois todo aquele que pecar (sem a lei escrita) também
perecerá (Rm 2.12).
A revelação geral é a base suficiente
para condenação. No entanto, não é suficiente para salvação. A revelação geral
pode explicar como o céu se move, mas não como ir ao céu. Mas a revelação especial
mostra o caminho para chegar ao céu (Jo 14.6).
“Debaixo do céu nenhum outro nome é
dado aos homens pelo qual devamos ser salvos” (At 4.12). Para ser salvo, é
preciso confessar que Jesus é o Senhor e crê que Deus o ressuscitou dos mortos
(Rm 10.9).
Mas não se pode confessar alguém sobre
quem nunca se ouviu falar. “E como ouvirão se não há quem pregue e como pregarão
se não forem enviados?” (Rm 10.14).
Consultas:
ANDRADE,
Claudionor de.Comentarista da Lição Bíblica do 3º. Trimestre. Adoração, Santidade e Serviço – Os princípios
de Deus para a sua Igreja em Levítico.
ANDRADE,
Claudionor de. Adoração, Santidade e
Serviço – Os princípios de Deus para a sua Igreja em Levítico. CPAD. Rio de
Janeiro, 2018
WICLIFFE.
Dicionário Bíblico. CPAD Rio de Janeiro, 2016.
SILVA,
João Barbosa. Subsídio Teológico do Estudo Bíblico: A Origem do Universo. Em
Lisboa – PT, Maio de 2007
DOCKERY,
David S. Manual Bíblico Vida Nova. Editora Vida Nova. São Paulo 2001
ADMACHER. Early D.O Novo
Comentário Bíblico – Novo Testamento. com recursos adicionais. Editora C
Gospel. Rio de Janeiro 2010
DAVIS John. Novo Dicionário da Bíblia. Editora Hagnus. São Paulo, 2008
DAVIS John. Novo Dicionário da Bíblia. Editora Hagnus. São Paulo, 2008
ADMACHER.
Early D.O Novo Comentário Bíblico – Antigo Testamento. com recursos adicionais.
Editora C Gospel. Rio de Janeiro 2010
Nenhum comentário:
Postar um comentário