As três
Dimensões do Sangue de Jesus
Por: Pr. João Barbosa
Entender a morte de Jesus Cristo e seu
sangue derramado não se trata somente de curiosidade ou de um conhecimento histórico.
As consequências da morte e da ressurreição de Jesus atravessaram os séculos e
estão disponíveis a nós hoje.
Muitos ainda não reconheceram como o
sangue de Jesus deve ser aplicado em todos os aspectos da nossa vida – como ele
pode trazer cura, proteção e libertação para nós e para os que amamos – nossos filhos,
nossos irmãos em Cristo, nossos parentes e amigos.
Esse sangue coloca à nossa disposição
mais liberdade, poder e libertação do que somo capazes de imaginar. Quando
aplicamos a verdade do sangue em nossa vida, podemos viver na plenitude do
poder que Jesus conquistou para nós quando deu a sua vida na cruz do Calvário.
A primeira dimensão do sangue é a histórica – Essa dimensão
refere-se a um período no tempo, de dois mil anos atrás, durante o qual Jesus
viveu na terra e sofreu insultos, foi ferido e teve seu sangue derramado.
Esse relativamento curto espaço de tempo
de sua vida aqui na terra é o período mais significante ocorrido na história do
mundo; quando Jesus levou sobre si os pecados da humanidade no Calvário – de uma
vez por todas – a humanidade recebeu a condição para reconciliar-se com o seu Criador
e Senhor.
Recebemos o dom concedido por Deus de
poder proximar-mo-nos de Deus através do seu amado Filho Jesus Cristo, em um
relacionamento de amor com Ele como Ele sempre desejou.
A segunda dimensão do sangue é a eterna – Os sofrimentos de
Jesus também existem de alguma forma na dimensão eterna. Quando a Bíblia diz
que Jesus Cristo é o mesmo ontem, hoje e, para sempre (Hb 13.8); o escritor
mostra que há uma dimensão eterna no sangue de Jesus. Ele é o Cordeiro de Deus
que foi morto desde a fundação do mundo (Ap 13.8).
Em seu discurso no Dia de Pentecostes o
apóstolo Pedro disse aos seus ouvintes, muitos dos quais tinham consentido na
morte cruel na cruz do Calvário, falando acerca de Jesus - “A este
que vos foi entregue pelo determinado conselho e presciência de Deus, tomando vós,
o crucificastes e matastes pelas mãos de injustos” (At 2.23).
E o mesmo apóstolo em sua primeira
carta falando da morte de Cristo e do eterno propósito para com os homens disse
aos crentes da região da Capadócia –
“Sabendo que não foi com coisas corruptíveis, como prata ou ouro que
fostes resgatados da vossa vã maneira de viver que, por tradição, recebestes de
vossos pais, mas com o precioso sangue de Cristo, como de um cordeiro imaculado
e incontaminado, o qual, na verdade, em outro tempo, foi conhecido, ainda antes
da fundação do mundo, mas manifestado, nestes últimos tempos, por amor de vós” (1Pe 1.18-20).
A terceira dimensão do sangue é a contínua – Há uma dimensão
contínua no sangue de Cristo. O sangue derramado de Jesus é uma provisão
constante para os que confiarem nele; ainda pode e deve ser aplicado na vida
dos que creem em todo o mundo, em todos os tempos e em todos os lugares.
Tal provisão deve continuar sendo real
para nós. Devemos nos lembrar da razão pela qual seu sangue foi derramado. Somos
o povo remido de Deus e precisamos proclamar o sacrifício único e perfeito de
Jesus e seu sangue, derramado para livrar a humanidade da ignorância e de seus
pecados.
Em 1Co 11.23-26, o apóstolo Paulo
mostra aos crentes de Coríntios que a morte de Cristo deve ser no ato da Santa
Ceia celebrado em sua memória até que Ele venha. O sangue de Cristo não deve
ser tratado como algo comum ou ordinário, pois é precioso para Deus e para nós.
Sem o sangue, nenhum de nós poderia ter
um relacionamento com o Pai Celestial e viver uma vida de vitória sobre a
tentação, o pecado e o inimigo de nossas almas.
No Evangelho de Mateus 26.26-29, referindo-se
à instituição da Santa Ceia, narra o evangelista que: “Enquanto comiam, Jesus tomou o pão, e, abençoando-o, o partiu, e o deu
aos discípulos, e disse: Tomai, comei, isto é o meu corpo. E, tomando o calíce
e dando graças, deu-lho dizendo: Bebei dele todos. Porque isto é o meu sangue,
o sangue do Novo Testamento, que é derramado por muitos, para remissão dos
pecados”.
Em 1Co 11.24 Paulo diz que Jesus disse
as seguintes palavras acerca do pão e do vinho. “Fazei isto todas as vezes que comerdes ou todas as vezes que beberdes
em memória de mim”.
A comemoração contínua da morte de Cristo
e do seu sangue derramado nos foi dado na última Ceia que compartilhou com os seus
discípulos.
Bibliografia:
BAXTER Mary K. A Divina Revelação do
Sangue. Propósito Eterno Editora. Rio de Janeiro 2008
WYCLIFFE. Dicionário Bíblico. CPAD. Rio
de Janeiro, 2016
ADMACHER. Early D. O Novo Comentário
Bíblico – Antigo Testamento. Com recursos adicionais. Editora Gospel. Rio de
Janeiro, 2010
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