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sexta-feira, 1 de setembro de 2017

Lição 10 – As Manifestações do Espírito Santo - 03.09.17 - EBD CPAD

Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Abreu e Lima Pernambuco
 Pr Presidente Roberto José do Santos
Subsídios Bibliológicos para o Tema: A razão da nossa Fé – Assim cremos e assim vivemos:
Atos 2.1-6; 1Coríntios 12.1-7
                                                        Por: Pr. João Barbosa                                                         
O batismo no Espírito Santo é distinto da salvação. Os discípulos de Jesus já estavam com os seus nomes escritos no livro da vida quando receberam o batismo no Espírito Santo:
“Mas não vos alegreis porque se vos sujeitem os espíritos; Alegrai-vos, antes, por estar os vossos nomes escritos nos céus (Lc 10.20).
Eles já estavam purificados pela Palavra no Dia de Pentecostes: “Vós já estais limpos pela palavra que vos tenho falado” (Jo 15.3).
Quando o consolador desceu sobre os discípulos no Dia de Pentecostes, eles já tinham o Espírito Santo. Jesus disse-lhes: “Recebei o Espírito Santo” (Jo 20.22).
Na experiência da salvação, o Espírito Santo passa a habitar no novo crente. Todos os crentes em Jesus já têm o Espírito Santo, pois ele mesmo é quem conduz o pecador a Cristo.
O batismo no Espírito Santo é algo distinto do novo nascimento; significa o recebimento de poder espiritual para realizar a obra da expansão do evangelho em todo mundo, para uma vida cristã vitoriosa e também uma adoração mais profunda.
Nomes e expressões para “batismo no Espírito Santo”: A descida do Espírito Santo é um evento que chamamos de batismo no Espírito Santo.
João Batista anunciou ser o Senhor Jesus aquele que batiza no Espírito Santo. A preposição grega para “batismo” é en, “em”.
É por isso que nós empregamos “batismo no Espírito Santo”, da mesma forma que fazemos para a expressão “batismo em águas”.
A versão Almeida atualizada tem esta nota “com; ou em”, ficando assim a tradução: “porque João, na verdade, batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo, não muito depois destes dias” (At 1.5 - ARA).
Fraseologia similar aparece em Mt 3.11. O apóstolo Pedro afirma que estas palavras referem-se à descida do Espírito Santo no Dia de Pentecostes.
O batismo no Espírito Santo é chamado a “promessa do Pai” (At 1.4) ou “do meu Pai”. E o “revestimento de poder” ou “poder do alto” (Lc 24.49).
E ainda “dom do Espírito Santo” (At 2.38;10.45) e “virtude do Espírito Santo” (At 1.8).
A Bíblia descreve esta experiência de diversas maneiras: “E todos foram cheios do Espírito Santo” (At 2.4), “derramarei o meu Espírito” (Jl 2.28) ou “derramarei do meu Espírito” (At 2.17).
“Caiu o Espírito Santo sobre todos que ouviam a Palavra” (At 10.44); “Veio sobre eles o Espírito Santo e falavam línguas e profetizavam” (At 19.6).
O derramamento do Espírito Santo veio com um sinal específico, o falar em línguas: (At 2.4; 10.46; 19.6).
“Porque a promessa vos diz respeito a vós, a vossos filhos e a todos que estão longe e a tantos quanto Deus o nosso Senhor chamar” (At 2.39).
O falar em Línguas – “E todos foram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito Santo lhes concedia que falassem” (At 2.4).
O falar noutras línguas ou a glossolalia era entre os crentes do NT, um sinal da parte de Deus para evidenciar o batismo no Espírito Santo.
Esse padrão bíblico para o viver na plenitude do Espírito continua o mesmo para os dias de hoje.
O verdadeiro falar em línguas:
a) As línguas como manifestação do Espírito – Falar noutras línguas é uma manifestação sobrenatural do Espírito; uma expressão vocal inspirada pelo Espírito Santo, mediante o qual o crente fala numa língua que nunca aprendeu (At 2.4; 1Co 14,15).
Estas línguas podem ser humanas, atualmente faladas (At 2.6), ou desconhecidas na terra (1Co 13.1).
b) Línguas como sinal externo inicial do batismo no Espírito Santo – Falar noutras línguas é uma expressão verbal inspirada mediante a qual o espírito do crente e o Espírito Santo se unem em louvor e/ou profecia.
Desde o início, Deus vinculou o falar noutras línguas ao batismo no Espírito Santo (At 2.4), de modo que os primeiros cento e vinte crentes no dia de Pentecostes e os demais batizados a partir de então tivessem uma confirmação física de que realmente receberam o batismo no Espírito Santo (At 10.45,46).
Desse modo, essa experiência podia ser comprovada quanto a tempo e local de recebimento.
No decurso da história da igreja sempre que as línguas como sinal, foram rejeitadas, ou ignoradas, a verdade e a experiência do Pentecostes foram distorcidas, totalmente suprimidas.
c) As línguas como dom – Falar noutras línguas também é descrito como um dos dons concedidos ao crente pelo Espírito Santo (1Co 12.4-10).
Este dom tem dois propósitos principais: 1. O falar noutras línguas seguido de interpretação, também pelo Espírito, em culto público como mensagem verbal à congregação para sua edificação espiritual (1Co 14.5,6, 13-17). 2.
O falar noutras línguas pelo crente para dirigir-se a Deus nas suas devoções particulares e, desse modo, edificar sua vida espiritual (1Co 14.4).
Significa falar no nível do Espírito (1Co 14.2.14), com o propósito de orar (1Co 14.2; 14.15,28). Dar graças (1Co 14.16,17) ou cantar (1Co 14.15).
d) Outras línguas, porém falsas – O simples fato de alguém “falar noutras línguas” ou exercitar outra manifestação natural não é evidência irrefutável da obra e da presença do Espírito Santo.
O ser humano pode imitar as línguas estranhas como o fazem os demônios. A Bíblia nos adverte a não crermos em todo espírito, e averiguarmos se nossas experiências espirituais procedem realmente de Deus (1Jo 4.1).
Somente devemos aceitar as línguas se elas procederem do Espírito Santo, como em (At 2.4). Esse fenômeno, segundo o livro de Atos, deve ser espontâneo e resultado do derramamento inicial do Espírito Santo.
Não é algo aprendido nem ensinado, como por exemplo, instruir crentes a pronunciar sílabas sem nexo. O Espírito Santo nos adverte claramente que nos últimos dias surgirá apostasia dentro da igreja (1Tm 4.1,2).
Se alguém afirma que fala noutras línguas, mas não é dedicado a Jesus Cristo, nem aceita a autoridade da igreja, sendo um adorador de imagens de escultura.
Nem aceita a Palavra de Deus, qualquer manifestação sobrenatural que nele ocorra não provém do Espírito Santo (1Jo 3.6-10; 4.1-3; Gl 1.9; Mat 24.11-14; Jo 8.31).
Dom de Profecia – (1Co 12.10,11). Como manifestação do Espírito, a profecia está potencialmente disponível a todo cristão cheio do Espírito (At 2.16-18).
Quanto a profecia como manifestação do Espírito, devemos observar o seguinte: Trata-se de um dom que capacita o crente a transmitir uma palavra ou revelação diretamente de Deus, sobre o impulso do Espírito Santo (1Co 12.24,25,29-31).
Aqui, não se trata da entrega de sermão previamente preparado. Tanto no Antigo como no NT, profetizar não é predizer o futuro, mas proclamar a vontade de Deus e exortar a levar o povo a retidão, a fidelidade, e a paciência (1Co 14.3).
A mensagem profética pode desmascarar a condição do coração de uma pessoa (1Co 14.25) ou prover edificação, exortação, consolo, advertência e julgamento (1Co 14.3, 25,26,31).
A igreja não deve ter como infalível toda profecia desse tipo, porque muitos falsos profetas podem estar no meio da igreja (1Jo 4.1).
Daí, toda profecia deve ser julgada quanto a sua autoridade e conteúdo (1Co 14.29-33; 1Ts 5.20,21).
Ela deverá enquadrar-se na Palavra de Deus (1Jo 4.1), contribuir para a santidade de vida dos ouvintes, e ser transmitida por alguém que de fato vive submissa a Cristo (1Co 12.3).
O dom de profecia manifeste-se segundo a vontade de Deus e não a do homem. A igreja primitiva não buscava orientação de Deus através de profecia.
A mensagem profética ocorria na igreja somente quando Deus tomava a profecia para isto (1Co 12.11).
O dom de variedade de línguas – (1Co 12.10). No tocante as “línguas” como manifestação sobrenatural do Espírito, notemos os seguintes fatos: Essas línguas podem ser humanas e vivas (At 2.4-6) ou uma língua desconhecida na terra “língua dos anjos” (1Co 13.1).
A língua falada através deste dom não é aprendida e quase sempre não é entendida tanto por quem fala (1Co 14.14), como pelos que ouvem (1 Co 14.16).
Bibliografia
Lições Bíblicas EBD CPAD - 3º. Trimestre 2017. Comentarista: Pr. Esequias Soares
SOARES Esequias. A Razão da nossa Fé – Assim cremos, assim vivemos. CPAD RJaneiro 2017
ELWELL Walter A. Enciclopédia Histórico-Teológica da Igreja Cristã. Editora Vida Nova. SPaulo, 2009
CARDON. D. A. As manifestações do Espírito. Editora Vida Nova. SPaulo, 2013.
CONVENÇÃO GERAL DAS ASSEMBLEIAS DE DEUS. Declaração de Fé das Assembleias de Deus. CPAD. 2017
MARTINS, Jeziel Guerreiro. Manual do Pastor e da Igreja. Santos Editora. Curitiba, Paraná, 2002
HORTON, Stanley M. Teologia Sistemática – Uma perspectiva Universal. CPAD. RJaneiro 1996
Bíblia de Estudo Pentecostal – Estudos O falar em línguas (At 2) e Dons espirituais para o crente (1Co 12).


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