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sábado, 16 de setembro de 2017

Lição 12 – O Mundo Vindouro - 17.09.17

Igreja Evangélica Assembleia de Deus em Abreu e Lima Pernambuco
 Pr Presidente Roberto José do Santos
Subsídios Bibliológicos para o Tema: A razão da nossa Fé – Assim cremos e assim vivemos:
Apocalipse 21.1-5
Por: Pr. João Barbosa
                                         
 O mundo conhecerá o reinado de Jesus durante o Milênio. Será um tempo de paz e harmonia jamais visto.
O Milênio envolverá o reinado espiritual e literal de Cristo. Alguns estudiosos pensam que Cristo reinará visivelmente em Jerusalém.

Grande parte das Escrituras Profética é dedicada ao Reino Milenar de Cristo. Essa Era Milenar, na qual os propósitos de Deus serão totalmente realizados na Terra, exige atenção considerável.

O Milênio não é um fim, mas, somente um meio para que se chegue ao Estado Eterno. Será um período de preparação para o Estado Eterno, uma transição do mundo antigo para o novo mundo – da antiga criação para a nova (Ap 21 – 22).

A terra inteira será renovada (Is 11.6-9). A paz e a santidade governarão juntas (Is 2.3,4). Toda a vida em seus aspectos científico, social e espiritual terão progressos impressionantes. O mal, só esporadicamente aparecerá e será duramente punido (Is 65.20).

A duração da vida dos homens será grandemente aumentada, e o mal retornará uma vez mais por um breve espaço de tempo, sendo rapidamente punido (Is 65.20).

 O Juízo –  Todos os ímpios terão de prestar contas dos seus atos perante o Supremo Juiz.

A Bíblia nos fala de uma eternidade passada e uma eternidade futura (Sl 90.2; Hb 13.8).E antes desta nova eternidade ter início, a Era atual deve acabar. Is 51.6, declara que os céus desaparecerão como fumaça, e a terra envelhecerá como se fosse uma roupa (Is 13.10,13, 34.4; Sl 102.26; Ez 32.7,8; Jl 2.10).

Em Rm 8.18-22 fala do gemer da criação por causa da sua escravidão e decadência e seu profundo desejo de ser liberta dessa condição.
Em 2Pe 3.7,10, temos ali uma indicação de como ocorrerá essa libertação da criação: Os céus passarão com grande estrondo e as obras que nela há serão descobertas.

A decadência que mantém a criação escravizada deve ser destruída, para que a criação se uma aos filhos de Deus, no Novo Céu e na Nova Terra.
João nos fala que a Terra e os Céus fugiram da presença de Cristo. E não foram achados lugar para eles.

A ideia de fugir da presença de Deus retrata um julgamento. Moisés não podia olhar para a face de Deus e permanecer vivo (Ex 33.20).

A criação igualmente fugirá da sua presença. Aqui temos a mesma ideia de Ap 16.20 e Ap 6.14 em que todas as ilhas fugiram, e os montes desapareceram com o abalo do Céu no sétimo juízo das taças, há uma conotação de destruição total. 

A segunda declaração: e não foi achado lugar para eles é igual a Ap 12.8, onde afirma que Satanás e os anjos caídos perderam seu lugar no Céu.

 O Destino Final dos Mortos – Os salvos que morreram em Cristo aguardam a ressurreição no céu e os ímpios a esperam no Hades, em sofrimento indizível.

A palavra portuguesa inferno vem do termo latino infernus, que significa “o que está abaixo”, “inferior”, “subterrâneo”.

No imaginário mitológico dos gregos e dos romanos, o Hades e o Infernus referiam-se a alegadas prisões subterrâneas onde as almas ficariam encerradas, após a morte física.

De acordo com o pensamento hebraico e grego, o Hades, originalmente, não era um lugar onde habitavam seres conscientes sofrendo tormento.

Gradualmente, porém, foram sendo atribuída as almas do Hades (a qualidade) um estado de consciência e, juntamente com isso, as ideias de recompensa para as almas boas e de castigo para as almas más.

Posteriormente os hebreus passaram a dividir o Sheol, que é equivalente ao Hades dos gregos, em compartimentos para os bons e outros compartimentos para os maus, além de dar o nome de Paraíso para o compartimento das almas boas.

Uma palavra de sentido mais profundo era Geena, que se referia a um lugar de chamas; e foi em ligação a esta palavra que a ideia de punição eterna tornou-se proverbial.

O Antigo e o Novo Testamento usam dezoito símbolos diferentes para discorrer sobre o Inferno. Cada um contribui um pouco para uma compreensão do ensino bíblico acerca do assunto.
Mesmo com estas dezoito descrições, nosso conhecimento sobre o Inferno é muito limitado.


1. O primeiro termo que descreve simbolicamente o local de sofrimento é Sheol, que é utilizado por sessenta e seis vezes no AT, sendo traduzido por inferno, trinta e uma vezes (Dt 32.22; Sl 9.17; 18.5; Is 14.9), e por sepultura também trinta e uma vezes (1Sm 2.6; Jó 7.9; 14.13), e três vezes traduzido por abismo (Nm 16.30.33; Jó 17.16).

Esta era a denominação do AT para a habitação dos mortos. Não se tratava apenas de um estado de existência, mas de existência consciente (Dt 18.11; 1Sm 28.11-15; Is 14.9).

Deus era soberano sobre aquele lugar (Dt 32.22; Jó 26.6). Era considerado um destino temporário e os justos anteviam sua ressurreição e remoção daquele lugar para a vida no milênio (Jo 14.13-14, 19, 25, 27; Sl 16.9-11, 17.15; 49.15; 73.24).

2. Hades – Os tradutores da Septuaginta grega, utilizavam a palavra Hades para traduzir Sheol.
Hades também designava “o além” no pensamento grego. A palavra grega Hades representa o mundo inferior, o reino dos mortos nas obras clássicas.

Na septuaginta, é quase sempre utilizada para traduzir Sheol, e no NT, tem quase sempre um relevo negativo. É utilizada exclusivamente para descrever o lugar de castigo dos ímpios.

Na descrição do Hades, a principal passagem do NT é Lc 16.19-31, que descreve a condição de um homem rico e ímpio e um homem pobre e piedoso (Lázaro).

O homem pobre morreu e foi levado pelos anjos para o Seio de Abraão, mas o rico ao morrer foi sepultado (Lc 16.22).

O castigo no Hades inclui ser queimado, separação e solidão, condenação em função das lembranças, sede, deterioração – mal cheiro.

O homem rico e ímpio podia ver sobre “um grande abismo” (Lc 16.26), o local onde ficavam os salvos; porém o homem rico não tinha como escapar de seus tormentos.

A relativa proximidade entre o mendigo e o homem rico sugere que, originalmente, o Hades e o Paraíso – o Seio de Abraão – ficavam no mesmo lugar.

Ao morrer, na cruz, Cristo desceu “as regiões inferiores da terra” e “levou cativo o cativeiro”. Ele, em seguida, subiu daquele lugar (Ef 4.8-10).
Muitos comentaristas acreditam que o Paraíso foi, naquele momento, separado do Hades e levado ao Terceiro Céu.

Novos Céus e Nova Terra – Os crentes viverão eternamente com Jesus Cristo na cidade santa, a Nova Jerusalém.

O Céu na era presente é o lugar em que Deus habita. O Senhor diz “O céu é o meu trono” (Is 66.1). E Jesus nos ensina a orar “Pai nosso, que estás nos céus” (Mt 6.9).
Depois de consumada a sua obra na cruz e subir aos céus, Jesus está a destra de Deus.

O Céu pode ser definido da seguinte maneira: Céu é o lugar em que Deus torna conhecida da forma mais completa a sua presença abençoadora.

A Bíblia fala de três Céus – 1º. O céu atmosférico – Que é o espaço visível, ou troposfera: Região atmosférica respirável que envolve o nosso planeta. Gn 7.11,12 diz: “As janelas dos céus se abriram, e houve chuva sobre a terra quarenta dias e quarenta noites”.

Aqui, a palavra “céu” diz respeito à cobertura atmosférica que envolve o mundo, que é onde ocorre o círculo da água. No Sl 147.8 está escrito: “Deus cobre o céu de nuvens”. Este é o primeiro céu.

2º. O céu estelar – É onde estão as estrelas, a lua e os planetas. As Escrituras usam esta palavra, “céu”, para descrever esta região (Gn 1.14-17). Este é o
segundo céu.

3º. O céu mencionado por Paulo em 2Co 12.2 – É onde habitam Deus, seus santos anjos e os santos que já partiram. Os outros dois céus passarão (2Pe 3.10), mas este é eterno.

As Escrituras revelam que o “céu” não é limitado por dimensões físicas, como altura, profundidade e largura. O céu parece ultrapassar todos esses conceitos e vai muito além (1Re 8.27).

Na mensagem de Cristo à Igreja de Filadélfia, ele fala sobre o reino eterno como “a Nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus” (Ap 3.12).

Nos últimos capítulos da Bíblia, o apóstolo João fala sobre “a Grande Cidade, a Nova Jerusalém, que de Deus descia do céu” (Ap 21.10). Novos Céus e Nova Terra combinados em um grande reino que engloba os dois domínios.

O paraíso da eternidade é deste modo revelado como um grandioso reino, que une o Céu e a Terra em tamanha grandiosidade e glória que ultrapassa todos os limites da imaginação humana e das dimensões da terra.

Onde está localizado o Céu – O Céu, portanto, não se encontra em um lugar específico determinado por limites físicos ou visíveis. Ele transcende o conceito de espaço-tempo.

É provável que o Céu faça parte do que lemos na Bíblia sobre Deus habitar na eternidade (Is 57.15). O local da habitação de Deus – o Céu – não está sujeito às dimensões finitas ou a limites normais.

Neste aspecto o reino dos céus invade e passa a governar a vida de cada crente em Cristo. 

Espiritualmente, o cristão torna-se parte do céu nesta vida, com todos os direitos de um cidadão celestial, aqui e agora. Era exatamente isso que Paulo dizia ao afirmar: “Mas a nossa cidade está nos céus”
 (Fp 3.20).


 Bibliografia:
Lições Bíblicas EBD CPAD - 3º. Trimestre 2017. Comentarista: Pr. Esequias Soares
SOARES Esequias. A Razão da nossa Fé – Assim cremos, assim vivemos. CPAD RJaneiro 2017
HOEKEMA. A. Anthony. A Bíblia e o Futuro – Escatologia Futura e Escatologia Realizada – 3ª. Edição. Editora Cultura Cristã. SPaulo,2012.
PENTECOST. J. Dwight. Manual de Escatologia – Uma análise detalhada dos eventos futuros. 8ª. Edição. Edit. Vida. São Paulo, 2010.
WALVOORD John F. Todas as Profecias da Bíblia. Edit. Vida, SPaulo, 2012
OLSON N. Lawrence. O Plano Divino Através dos Séculos. CPAD. RJaneiro, 1979.
HAYE. Tim. Bíblia de Estudo Profética. Editora Hagnus. São Paulo, 2005.
GEISLER Norman. Teologia Sistemática: Vl 2. Pecado – Salvação. A Igreja –As Últimas Coisas. SBB – Rio de Janeiro 2010
GRUDEM, Wayne. Teologia Sistemática – Atual e Exaustiva. Editora Vida Nova. SPaulo, 1999
Hamplin, R.N, Ph.D. Enciclopédia de Biblia, Teologia e Filosofia Vl 4. Edit. Hagnus, SPaulo.
COHEN.Armando C.Estudo sobre o Apocalipse. CPAD. RJaneiro
POHL, Adolf. Apocalipse de João – Comentário esperança. Vl II. Editora Ev. Esperança Curitiba, 2001
CHAFFER e Lewis Sperry. Teologia Sistemática Vl 3 & 4. Editora Hagnos. SPaulo, 2003
HINDSON T. Lahaye Ed. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica.  CPAD. RJaneiro, 2010.

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