Igreja Evangélica
Assembleia de Deus em Abreu e Lima Pernambuco
Pr Presidente Roberto José do Santos
Subsídios Bibliológicos
para o Tema: A razão da nossa Fé – Assim cremos e assim vivemos:
Apocalipse 21.1-5
Por: Pr. João Barbosa
O
mundo conhecerá o reinado de Jesus durante o Milênio. Será um tempo de paz e
harmonia jamais visto.
O Milênio envolverá o reinado espiritual e literal de Cristo.
Alguns estudiosos pensam que Cristo reinará visivelmente em Jerusalém.
Grande
parte das Escrituras Profética é dedicada ao Reino Milenar de Cristo. Essa Era
Milenar, na qual os propósitos de Deus serão totalmente realizados na Terra,
exige atenção considerável.
O Milênio não é um fim, mas, somente um meio para que se chegue ao Estado Eterno. Será um período de
preparação para o Estado Eterno, uma transição do mundo antigo para o novo
mundo – da antiga criação para a nova (Ap 21 – 22).
A terra
inteira será renovada (Is 11.6-9). A paz e a santidade governarão juntas (Is
2.3,4). Toda a vida em seus aspectos científico, social e espiritual terão
progressos impressionantes. O mal, só esporadicamente aparecerá e será
duramente punido (Is 65.20).
A duração
da vida dos homens será grandemente aumentada, e o mal retornará uma vez mais
por um breve espaço de tempo, sendo rapidamente punido (Is 65.20).
O Juízo – Todos os ímpios terão de prestar contas dos
seus atos perante o Supremo Juiz.
A Bíblia
nos fala de uma eternidade passada e uma eternidade futura (Sl 90.2; Hb 13.8).E
antes desta nova eternidade ter início, a Era atual deve acabar. Is 51.6,
declara que os céus desaparecerão como fumaça, e a terra envelhecerá como se
fosse uma roupa (Is 13.10,13, 34.4; Sl 102.26; Ez 32.7,8; Jl 2.10).
Em Rm
8.18-22 fala do gemer da criação por causa da sua escravidão e decadência e seu
profundo desejo de ser liberta dessa condição.
Em 2Pe
3.7,10, temos ali uma indicação de como ocorrerá essa libertação da criação: Os
céus passarão com grande estrondo e as obras que nela há serão descobertas.
A
decadência que mantém a criação escravizada deve ser destruída, para que a
criação se uma aos filhos de Deus, no Novo Céu e na Nova Terra.
João nos fala
que a Terra e os Céus fugiram da presença de Cristo. E não foram achados lugar
para eles.
A ideia de
fugir da presença de Deus retrata um julgamento. Moisés não podia olhar para a
face de Deus e permanecer vivo (Ex 33.20).
A criação
igualmente fugirá da sua presença. Aqui temos a mesma ideia de Ap 16.20 e Ap
6.14 em que todas as ilhas fugiram, e os montes desapareceram com o
abalo do Céu no sétimo juízo das taças, há uma conotação de destruição total.
A
segunda declaração: e não foi achado lugar para eles é igual a Ap 12.8, onde
afirma que Satanás e os anjos caídos perderam seu lugar no Céu.
O Destino Final dos Mortos – Os salvos que morreram em Cristo aguardam a ressurreição
no céu e os ímpios a esperam no Hades, em sofrimento indizível.
A palavra
portuguesa inferno vem do termo latino infernus,
que significa “o que está abaixo”, “inferior”, “subterrâneo”.
No
imaginário mitológico dos gregos e dos romanos, o Hades e o Infernus
referiam-se a alegadas prisões subterrâneas onde as almas ficariam encerradas,
após a morte física.
De acordo
com o pensamento hebraico e grego, o Hades, originalmente, não era um lugar
onde habitavam seres conscientes sofrendo tormento.
Gradualmente,
porém, foram sendo atribuída as almas do Hades (a qualidade) um estado de
consciência e, juntamente com isso, as ideias de recompensa para as almas boas
e de castigo para as almas más.
Posteriormente
os hebreus passaram a dividir o Sheol, que é equivalente ao Hades dos gregos,
em compartimentos para os bons e outros compartimentos para os maus, além de
dar o nome de Paraíso para o compartimento das almas boas.
Uma
palavra de sentido mais profundo era Geena, que se referia a um lugar de
chamas; e foi em ligação a esta palavra que a ideia de punição eterna tornou-se
proverbial.
O Antigo e
o Novo Testamento usam dezoito símbolos diferentes para discorrer sobre o
Inferno. Cada um contribui um pouco para uma compreensão do ensino bíblico
acerca do assunto.
Mesmo com
estas dezoito descrições, nosso conhecimento sobre o Inferno é muito limitado.
1. O
primeiro termo que descreve simbolicamente o local de sofrimento é Sheol, que é utilizado por sessenta e
seis vezes no AT, sendo traduzido por inferno, trinta e uma vezes (Dt 32.22; Sl
9.17; 18.5; Is 14.9), e por sepultura também trinta e uma vezes (1Sm 2.6; Jó
7.9; 14.13), e três vezes traduzido por abismo (Nm 16.30.33; Jó 17.16).
Esta era a
denominação do AT para a habitação dos mortos. Não se tratava apenas de um
estado de existência, mas de existência consciente (Dt 18.11; 1Sm 28.11-15; Is
14.9).
Deus era
soberano sobre aquele lugar (Dt 32.22; Jó 26.6). Era considerado um destino
temporário e os justos anteviam sua ressurreição e remoção daquele lugar para a
vida no milênio (Jo 14.13-14, 19, 25, 27; Sl 16.9-11, 17.15; 49.15; 73.24).
2. Hades – Os tradutores da Septuaginta
grega, utilizavam a palavra Hades para traduzir Sheol.
Hades
também designava “o além” no pensamento grego. A palavra grega Hades representa
o mundo inferior, o reino dos mortos nas obras clássicas.
Na
septuaginta, é quase sempre utilizada para traduzir Sheol, e no NT, tem quase
sempre um relevo negativo. É utilizada exclusivamente para descrever o lugar de
castigo dos ímpios.
Na
descrição do Hades, a principal passagem do NT é Lc 16.19-31, que descreve a
condição de um homem rico e ímpio e um homem pobre e piedoso (Lázaro).
O homem
pobre morreu e foi levado pelos anjos para o Seio de Abraão, mas o rico ao
morrer foi sepultado (Lc 16.22).
O castigo
no Hades inclui ser queimado, separação e solidão, condenação em função das
lembranças, sede, deterioração – mal cheiro.
O homem
rico e ímpio podia ver sobre “um grande abismo” (Lc 16.26), o local onde
ficavam os salvos; porém o homem rico não tinha como escapar de seus tormentos.
A relativa
proximidade entre o mendigo e o homem rico sugere que, originalmente, o Hades e
o Paraíso – o Seio de Abraão – ficavam no mesmo lugar.
Ao morrer,
na cruz, Cristo desceu “as regiões inferiores da terra” e “levou cativo o
cativeiro”. Ele, em seguida, subiu daquele lugar (Ef 4.8-10).
Muitos
comentaristas acreditam que o Paraíso foi, naquele momento, separado do Hades e
levado ao Terceiro Céu.
Novos
Céus e Nova Terra – Os crentes viverão
eternamente com Jesus Cristo na cidade santa, a Nova Jerusalém.
O Céu na
era presente é o lugar em que Deus habita. O Senhor diz “O céu é o meu trono”
(Is 66.1). E Jesus nos ensina a orar “Pai nosso, que estás nos céus” (Mt 6.9).
Depois de
consumada a sua obra na cruz e subir aos céus, Jesus está a destra de Deus.
O Céu pode
ser definido da seguinte maneira: Céu é o lugar em que Deus torna conhecida da
forma mais completa a sua presença abençoadora.
A Bíblia fala de três Céus – 1º. O céu atmosférico – Que é o espaço visível, ou
troposfera: Região atmosférica respirável que envolve o nosso planeta. Gn
7.11,12 diz: “As janelas dos céus se abriram, e houve chuva sobre a terra
quarenta dias e quarenta noites”.
Aqui, a
palavra “céu” diz respeito à cobertura atmosférica que envolve o mundo, que é
onde ocorre o círculo da água. No Sl 147.8 está escrito: “Deus cobre o céu de
nuvens”. Este é o primeiro céu.
2º. O
céu estelar – É onde estão as estrelas, a lua e os planetas. As Escrituras usam
esta palavra, “céu”, para descrever esta região (Gn 1.14-17). Este é o
segundo
céu.
3º. O
céu mencionado por Paulo em 2Co 12.2 – É onde habitam Deus, seus santos anjos e
os santos que já partiram. Os outros dois céus passarão (2Pe 3.10), mas este é
eterno.
As
Escrituras revelam que o “céu” não é limitado por dimensões físicas, como
altura, profundidade e largura. O céu parece ultrapassar todos esses conceitos
e vai muito além (1Re 8.27).
Na
mensagem de Cristo à Igreja de Filadélfia, ele fala sobre o reino eterno como
“a Nova Jerusalém, que desce do céu, do meu Deus” (Ap 3.12).
Nos
últimos capítulos da Bíblia, o apóstolo João fala sobre “a Grande Cidade, a
Nova Jerusalém, que de Deus descia do céu” (Ap 21.10). Novos Céus e Nova Terra
combinados em um grande reino que engloba os dois domínios.
O paraíso
da eternidade é deste modo revelado como um grandioso reino, que une o Céu e a
Terra em tamanha grandiosidade e glória que ultrapassa todos os limites da
imaginação humana e das dimensões da terra.
Onde está localizado o Céu – O Céu, portanto, não se encontra em um lugar específico
determinado por limites físicos ou visíveis. Ele transcende o conceito de
espaço-tempo.
É provável
que o Céu faça parte do que lemos na Bíblia sobre Deus habitar na eternidade
(Is 57.15). O local da habitação de Deus – o Céu – não está sujeito às
dimensões finitas ou a limites normais.
Neste
aspecto o reino dos céus invade e passa a governar a vida de cada crente em
Cristo.
Espiritualmente, o cristão torna-se parte do céu nesta vida, com todos
os direitos de um cidadão celestial, aqui e agora. Era exatamente isso que
Paulo dizia ao afirmar: “Mas a nossa
cidade está nos céus”
(Fp 3.20).
Lições Bíblicas EBD CPAD - 3º. Trimestre 2017. Comentarista:
Pr. Esequias Soares
SOARES Esequias. A Razão da nossa Fé – Assim cremos, assim
vivemos. CPAD RJaneiro 2017
HOEKEMA. A. Anthony. A Bíblia e o Futuro – Escatologia Futura
e Escatologia Realizada – 3ª. Edição. Editora Cultura Cristã. SPaulo,2012.
PENTECOST. J. Dwight. Manual de Escatologia – Uma análise
detalhada dos eventos futuros. 8ª. Edição. Edit. Vida. São Paulo, 2010.
WALVOORD John F. Todas as Profecias da Bíblia. Edit. Vida, SPaulo, 2012
OLSON N. Lawrence. O
Plano Divino Através dos Séculos. CPAD. RJaneiro, 1979.
HAYE.
Tim. Bíblia de Estudo Profética. Editora Hagnus. São Paulo, 2005.
GEISLER
Norman. Teologia Sistemática: Vl 2. Pecado – Salvação. A Igreja –As Últimas
Coisas. SBB – Rio de Janeiro 2010
GRUDEM,
Wayne. Teologia Sistemática – Atual e Exaustiva. Editora Vida Nova. SPaulo,
1999
Hamplin,
R.N, Ph.D. Enciclopédia de Biblia, Teologia e Filosofia Vl 4. Edit. Hagnus,
SPaulo.
COHEN.Armando
C.Estudo sobre o Apocalipse. CPAD. RJaneiro
POHL,
Adolf. Apocalipse de João – Comentário esperança. Vl II. Editora Ev. Esperança
Curitiba, 2001
CHAFFER
e Lewis Sperry. Teologia Sistemática Vl 3 & 4. Editora Hagnos. SPaulo, 2003
HINDSON T. Lahaye Ed. Enciclopédia
Popular de Profecia Bíblica. CPAD. RJaneiro, 2010.
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