Subsídios
Teológicos e Bibliológicos para Estudo sobre:
A Família e sua Natureza
A Família e sua Natureza
Texto Bíblico: Gênesis 2.8-14
Por: Pr. João Barbosa
I - INTRODUÇÃO: Denomina-se família a um grupo de pessoas ligadas
por casamento filiação ou adoção. A família é uma instituição divina.
Ela é a
base da sociedade e tem como modelo idealizado pelo Senhor conforme está
escrito em Gn 2.22, um homem e uma mulher, unidos pelo matrimônio.
Muitos são os
desafios para a família e por isso, precisamos da sabedoria divina para poder
vencê-los, haja vista os exacerbados ataques do inimigo para exterminá-la.
II – DESENVOLVIMENTO
1. A FAMÍLIA NO
PLANO DIVINO:
1. 1 – O propósito de Deus – “...Não é bom que o homem esteja só,
far-lhe-ei uma adjutora, que esteja como adiante dele” (Gn 2.18).
A
expressão adiante dele implica em companhia. As pessoas casadas vivem por mais
tempo; elas são dotadas de uma melhor psicologia; os seus sistemas vitais
funcionam melhor; há menos frustração sexual; há amor e companheirismo nelas.
Temos aí os primórdios da instituição do matrimônio, uma das bases do
desenvolvimento mútuo.
1. 2 – Um lugar de proteção e sustento – O lar deve ser o melhor lugar do mundo para
o ser humano estar. É ele um lugar de proteção e sustento.
Deus que é perfeito
escolheu o melhor lugar do mundo que criou para receber a primeira família – o
jardim do Éden, aquele local especial de acolhimento, proteção e provisão (Gn
1.29,30).
O casal desfrutava da
companhia de Deus e nada lhe faltava. Sabemos que a escassez e as privações
trazem conflitos para a vida em família, por isso é desejo de Deus que cada
família tenha a sua provisão diária (Mt 6.11).
1. 3 – A primeira família – Vendo que o homem não poderia viver sozinho,
Deus retirou uma costela de Adão e criou Eva, sua companheira (Gn 2.22).
Após
criar a mulher o Senhor ordenou o casamento, estabelecendo então a mais
importante instituição de uma sociedade, a família (Gn 2.24).
Este foi o modelo idealizado pelo Senhor para o casamento, conforme está
escrito em Gn 2.22, um homem e uma mulher, unidos pelo matrimônio.
2. A QUEDA E AS SUAS CONSEQUÊNCIAS PARA A FAMÍLIA:
2.1 – O ataque do inimigo – Iludida, seduzida e tentada pelo Maligno, Eva
caiu no pecado da desobediência (Gn 3.1-5).
Adão sem questionar, entrou pelo
mesmo caminho (Gn 3.6). O casal poderia ter recusado a sugestão do Diabo, mas
não o fizeram e depois de pecarem, caíram na condenação divina.
Como se pode observar desde
a sua instituição, a família foi alvo dos ataques do inimigo.
Porém Deus é
soberano Senhor e jamais seus propósitos serão frustrados (Jó 4.22). O
propósito do inimigo é matar, roubar e destruir, mas Jesus veio ao mundo para
destruir os intentos do maligno (Jo 10.10).
2.2 – Os resultados da queda no relacionamento
familiar – Depois da queda (o pecado)
podemos ver sentimentos como o medo, a
culpa e a vergonha, perturbando a vida do casal (Gn 3.8-12).
A vida de Adão e
Eva era perfeita, porém o pecado trouxe a disfunção para o seio da família. O
pecado sempre faz o relacionamento familiar adoecer.
2.3 – A vida familiar depois da queda – A partir da queda a vida familiar já não foi a
mesma. A mulher passou a ter filhos com
muitas dores (Gn 3.16), e o seu desejo, ou seja, a sua vontade estaria submetida
à vontade do seu marido.
O homem passaria a comer e manter sua família com o
suor do seu rosto, também com dores (Gn 3.17). Dessa forma a subsistência da
família seria bem mais difícil. A terra também foi afetada pelo pecado
produzindo espinhos e cardos (Gn 3.19).
E finalmente a morte física - uma
consequência da transgressão do homem (Gn 3.19). Como punição pela
desobediência Adão e Eva foram expulsos do jardim do Éden (Gn 3.20-24).
Entre
tantas desilusões trazidas pelo pecado podemos saber que Jesus veio ao mundo
para resgatar as famílias da maldição do pecado. Cristo se fez pecado por nós,
e na cruz levou as nossas iniquidades sobre si (Is 53.4). Deus deseja abençoar
nossas famílias.
3. A CONSTITUIÇÃO FAMILIAR AO LONGO DOS SÉCULOS:
3.1 – Família patriarcal – Ao
longo dos séculos, seguindo os estilos de épocas, tivemos muitas
mudanças na constituição familiar, o que não altera o princípio estabelecido
por Deus – um homem e uma mulher (Gn 22.22-24).
Já tivemos a família
patriarcal, monogâmica, consanguínea, etc. Todavia, isso não altera o valor da
família.
O modelo patriarcal que é apreciado em todo o Antigo Testamento,
permite ao homem a vivência com mais de uma mulher. Não era este o modelo
permitido por Deus, que o tolerou, embora nunca fosse esta a sua vontade.
No
sistema patriarcal as esposas e os filhos não tinham liberdade de escolha, pois
a palavra final era sempre do patriarca.
3.2 – A família nuclear - monogâmica – Este foi
o modelo idealizado pelo Senhor. Um homem e uma mulher unidos pelo matrimônio.
A poligamia – palavra equivalente ao termo concubinato – vai contra o princípio
divino do marido e da esposa ser uma só carne (Gn 2.24; Mt 19.5).
3.3 – A família na atualidade –
Por estar inserida dentro de um contexto social, a família está
sujeita a mudanças.
No entanto, o propósito de Deus para a formação da família,
partindo da união através do casamento entre um homem e uma mulher continua
inalterado, haja vista os princípios divinos serem eternos e imutáveis (Mt
24.35).
Na atualidade contemplamos os exacerbados ataques do inimigo contra as
famílias. Resguardando-nos dos ataques externos dissertaremos apenas os de
nível espiritual:
a) A
carne: Referimo-nos aqui à natureza carnal que se opõe ao Espírito
Santo e volta-se para tudo que é contrário à vontade de Deus.
Esta luta é tão
intensa que nos leva a pensar que somos incapazes de vencer. Mas Deus, em
Cristo nos dá solução (Rm 7.15-24; 8.1,2;)
A família cristã precisa da direção
do Espírito Santo para combater a natureza carnal. Assim evitará o adultério, os vícios e todas
as mazelas que visam destruir a família.
b) O
mundo: Ou amamos a Deus ou amamos ao mundo (1Jo 2.15).
Não há a mínima
possibilidade de servirmos a dois senhores (Mt 6.24). Esteja certo de que
existe vitória para as famílias que escolherem amar a Deus.
E isto acontecerá a
partir do momento que depositarmos nossa fé nele (1Jo 5.4).
c) O
Diabo: Encontramos na Bíblia sagrada uma única forma de vencer o
Maligno. Se a família sujeitar-se a Deus e resistir o Diabo, este fugirá (Tg
4.7).
O segredo está em primeiro submeter-se a Deus. E quando resistir ao
adversário não esquecer-se de usar armadura
de Deus (Ef 6.10-17), em especial o escudo da fé, com o qual poderemos apagar
todos os dardos inflamados do maligno (Ef 6.16).
IV – CONCLUSÃO
O Senhor Jesus Cristo
durante o seu ministério valorizou a família. Ele veio ao mundo através de uma
família.
Tinha pai, mãe, irmãos e irmãs (Mt 13.55-57). Teve um crescimento
físico, social, intelectual e espiritual, no seio de uma família (Lc 2.52).
No
seu ministério nem sempre encontrava uma estalagem mas sempre tinha a hospitalidade de uma família –
a casa de Lázaro, Maria e Marta (Lc 10.38-42).
Em muitos milagres operados por Jesus ele
demonstrou um cuidado muito especial para com a família (Mt 8.14,15; Lc
7.12-16).
Seu primeiro milagre foi realizado em uma festa de casamento (Jo
2.12). Ensinou os discípulos a orar chamando Deus de Pai Nosso (Mt 6.9);
enfatizou o quarto mandamento mandando honrar pai e mãe (Mt 15.3-6; c 7.10-13).
Teve sempre um trato todo especial para com as crianças, abençoando-as e
acolhendo-as de maneira exemplar (Mt 10.13-16).
Consultas:
Bíblia
de Estudo Pentecostal – CPAD
SOARES
Esequias. A razão de Nossa Fé – Assim Cremos, assim vivemos. CPAD RJaneiro 2017
RICHARDS,
Lawrence O. Comentário Histórico-Cultural do Novo Testamento. 1. Ed. Rio de
Janeiro: CPAD, 2007
LIMA,
Elinaldo Renovato de. A Família Cristã e os Ataques do Inimigo. Rio de Janeiro
2013. 1ª. Edição. CPAD
VEITE
Jr. Gene Edwuard. Tempos Pós-Modernos –
Uma avaliação do pensamento cristão e da cultura de nossa época. São Paulo
1999. 1ª. Edição Editora Cristã.
KOSTENBERGER,
Andréas J. Deus, Casamento e Família – Reconstruindo o fundamento bíblico. São
Paulo 2011 – Editora Vida Nova
CHAMPLIN.
R. N. O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo Vl-1. Editora
Hagnos.
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