Esboço: Escrito por Pr. João Barbosa da Silva
Texto da Lição: 1 Reis 18.36-40
I - OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
- Destacar a
importância de se confrontar os falsos deuses.
- Explicar quais são os
perigos de dar crédito aos falsos deuses.
- Conscientizar-se da necessidade de confrontar a falsa adoração.
II - INTRODUÇÃO: Elias desafiou o povo a fazer uma escolha
definitiva entre seguir a Deus ou a Baal. “Então
Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois
pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; e, se Baal, segui-o. Porém o
povo não lhe respondeu nada” (1Re 18.21).
Os israelitas achavam que
podiam adorar o Deus verdadeiro e também a Baal. O pecado deles era o de ter o
coração dividido querendo servir a dois senhores. Na caminhada do deserto para
a terra prometida, um dos ensinamentos muito evidenciado foi o de que o Senhor
é o nosso único Deus, e este deve ser o
motivo exclusivo de todo nosso amor e de
toda nossa adoração – “Ouve, Israel, o
Senhor, nosso Deus, é o único Senhor” (Dt 6.4).
III – DESENVOLVIMENTO
- CONFRONTANDO OS FALSOS DEUSES:
1.1 – Conhecendo o falso deus Baal – A palavra hebraica para Baal significa “proprietário,
senhor ou marido”. É usado em 1Cr 5.5; 8.30 e 9.36, como um nome pessoal; e de
modo geral designa a divindade cananéia desse nome. A adoração a Baal era, essencialmente
uma religião da natureza, cuja ênfase principal era a fertilidade.
O oriente próximo exibiu
várias formas de religião da fertilidade, e essa religião dos cananeus era a
mais desenvolvida entre elas, quanto a esse aspecto. Israel deixou-se arrastar
pela influência do baalismo, por meio de sincretismo; Tendo havido grande
reação dos profetas contra esses elementos corruptores.
A fim de promover o
sentimento religioso dos povos e honrar os deuses, foram instituídas festas que
apelavam ao impulso procriador e à licenciosidade, incluindo a prostituição
masculina e feminina, que se tornou um acompanhamento indispensável nesses
cultos de fertilidade.
Essa religião exerceu grande
influência sobre Israel, especialmente no reino do norte. Ali as idéias e as
culturas pagãs tornaram-se parte, mais rapidamente da perspectiva religiosa dos
israelitas. Isso provocou os protestos dos profetas. Foi nesse cenário que Deus
levantou o profeta Elias e que postularam a pergunta: ”Se o Senhor é Deus segui-o, se Baal, segui-o, mas o povo nada lhe
respondeu (1Re 18.21).
1. 2 – Identificando a falsa divindade Aserá – (Astarte ou Astarote) é uma palavra usada
como um título, usualmente com o sentido de minha senhora ou minha deusa. Uma
deusa-mãe, consorte de Baal. Os dois usualmente eram adorados formando um par.
No tempo dos juízes, essa
combinação tornou-se uma praga para Israel, produzindo idolatria e apostasia
(1Sm 7.4; 12.1). Sendo essa uma das razões pela qual Israel foi derrotado certa
ocasião em suas campanhas militares.
- CONFRONTANDO OS FALSOS PROFETAS:
2. 1 – Profetizavam sob encomenda – Os profetas do reinado de Acabe eram
profetas, mas profetizavam apenas o que o rei e a rainha queriam ouvir, pois
faziam parte do sistema estatal de governo, tinham seus ministérios alugados
para Acabe e sua esposa.
Esses profetas comiam da
mesa de Jezabel. Estavam debaixo de sua influência. Ainda hoje o espírito de
Jezabel atua e atua com grande força. Nenhum homem de Deus, nem tampouco a
igreja, pode ficar comprometido com qualquer sistema religioso ou político. Se
assim o fizerem, perdem suas vozes proféticas (1Re 22.13).
- CONFRONTANDO A FALSA ADORAÇÃO:
3.1 – Em que ela imita a verdadeira – Ao encontrar-se com Acabe Elias diz a ele: “Agora, pois manda ajuntar a mim todo Israel
no monte Carmelo como também os quatrocentos e cinquenta profetas de Baal e os
quatrocentos profetas do poste-ídolo que come da mesa de Jezabel” (1Re 18.19).
“Então, enviou Acabe mensageiro a todos os
filhos de Israel a se reunirem no monte Carmelo” (1Re 18.20).
A platéia que se reuniu no
monte Carmelo para testemunhar o grande duelo era composta de dois grupos: Os
profetas e sacerdotes dos falsos deuses, Baal e Aserá, e “os filhos de Israel”
– ou seja, o público em geral, ou um grupo representativo do povo da terra.
Os profetas e sacerdotes de
Baal e Aserá haviam instigado e promovido a adoração de ídolos, sendo esta a
razão de Elias se referir diretamente a eles na maior parte deste notável
evento.
Mas muitos israelitas estavam seguindo deliberadamente sua liderança
idólatra e ímpia. O que motivava Elias a trazer outra vez o povo para o único e
verdadeiro Deus e também remover da terra os falsos profetas e sacerdotes.
Mas Elias estava convicto que aquela religião
apesar de suas crenças e rituais eram falsas. Disse Elias ao povo: “Só eu
fiquei dos profetas do Senhor, e os profetas de Baal são quatrocentos e
cinquenta homens.
“Dêem-se-nos pois, dois novilhos; escolham eles
para si um dos novilhos e, dividindo-o em pedaços o ponham sobre a lenha, porém
não lhe metam fogo; eu prepararei o outro novilho, e o porei sobre a lenha, e
não lhe meterei fogo.
Então, invocai o nome de vosso deus, e eu invocarei o
nome do Senhor; e há de ser que o deus que responder por fogo esse é que é
Deus. E todo o povo respondeu e disse: é boa esta palavra” (1Re 18.22-24)
- CONFRONTANDO O SINCRETISMO RELIGIOSO ESTATAL
- 4. 1 – O perigo do sincretismo religioso – Sincretismo é uma palavra derivada do grego, “sunkretizo”, “combinar”. Segundo o dicionário teológico de Claudionor Corrêa de Andrade, o termo corresponde ao amalgamar de doutrinas heterogêneas – fusão de elementos religiosos e culturais diferentes, e até antagônicos, num único culto.
4. 2 – A resposta divina ao sincretismo – O culto falso a Baal como já falamos
anteriormente, tinha alguns aspectos idênticos ao culto a Yhaweh. Por isso Elias
pediu aos profetas que escolhessem um dos novilhos para si, colocassem sobre o
altar, mas não colocassem fogo. Até aí o falso culto era muito parecido com o
culto verdadeiro.
Então os quatrocentos
profetas de Baal e os quatrocentos de Aserá gritavam a Baal, se retalhavam,
cortavam-se com lanças segundo seu costume, derramavam seu próprio sangue desde
a manhã até ao meio dia e não tiveram resposta (1Re 18.28,29).
Assim, Elias ministra perante
todo o povo o culto verdadeiro (1Re 18.30-35). Elias sabia que Deus sempre
respondeu com fogo a oração de seus servos no passado, e que neste momento não
seria diferente. Foi assim quando Deus aceitou a oferta de Abel (Gn 4.4). Foi
com fogo do céu que Deus confirmou o seu pacto com Abraão (Gn 15.7-18).
Foi da mesma forma quando Arão e seus
filhos ofereciam sacrifícios ao Senhor sobre o altar do holocausto (Lv 9.24).
Na lei do holocausto era ordenado: O fogo arderá continuamente sobre o altar,
não se apagará (Lv 6.13). Ainda tem uma resposta do Anjo do Senhor a Gideão
quando ele trouxe carne e bolos asmos (Jz 6.20,21).
Elias conhecia todos esses
exemplos do passado e sabia que Deus era o mesmo. “Então disse Elias a todo o povo: Cegai-vos a mim, e todo povo se
chegou a Elias; Então restaurou o altar do Senhor que estava em ruínas.
Tomou
doze pedras, segundo o número das tribos dos filhos de Jacó, ao qual vieram a
palavra do Senhor dizendo: Israel será o teu nome. Com aquelas pedras edificou
o altar em nome do Senhor; depois fez um rego em redor do altar tão grande como
para semear duas medidas de semente...” (1Re 18.30-35).
No devido tempo, para se
apresentar ofertas de manjares, aproximou-se o profeta Elias e disse: “Ó
Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, fique, hoje, sabido que tu és
Deus em Israel, e que eu sou teu servo e que, segundo tua palavra, fiz todas
essas coisas. Responde-me, Senhor, responde-me, para que este povo saiba,
Senhor, és Deus, e que a ti fizeste retroceder o coração deles.
Então, caiu fogo do Senhor,
e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e a terra, e ainda lambeu a
água que estava no rego. O que vendo todo o povo caiu de rosto em terra e
disse: Só o Senhor é Deus! Só o Senhor é Deus! E Elias disse: Lançai mão dos
profetas de Baal, que nenhum deles
escape. E lançaram mão deles; e Elias os fez descer ao ribeiro de Quisom e ali
os matou.
IV – CONCLUSÃO
Esta é uma história inesquecível
que nos deixa quatro lições eternas neste grande capítulo da vida de Elias:
1.
Quando temos certeza que estamos dentro da vontade de Deus somos
invencíveis.
3.
Nossa ferramenta mais eficiente é a oração de fé. Quando Baal falhou e
Deus estava prestes a fazer sua obra, o único instrumento que Elias usou foi a
oração. É impressionante como as pessoas usam muitas outras coisas, menos a
oração. Por isso a recomendação de Paulo foi “Orai sem cessar”
4.
Nunca subestime o poder de uma
vida totalmente dedicada a Deus. Todo aquele episódio gira em torno de uma vida
dedicada: a vida de Elias. Ele era apenas um homem, cercado e suplantado em
número por um rei ímpio, e por sua ímpia e poderosa esposa Jezabel.
Oitocentos
e cinquenta profetas falsos e sacerdotes pagãos e um incontável número de
israelitas descrentes. Todos eles foram silenciados e intimidados por aquele
único homem dedicado a Deus. Elias travou uma batalha magnífica contra os
profetas de Baal. Mas a maior de todas as batalhas aconteceu no Calvário, onde
o arqui inimigo de Deus e inimigo dos homens foi derrotado pelo sacrifício do
próprio filho de Deus.
Consultas:
Lições
Bíblicas EBD-CPAD - 1º. Trimestre 2013 – (Comentarista: José Gonçalves).
Bíblia
de Estudo Pentecostal – CPAD
GONÇALVES,
Josué. Porção Dobrada (Uma análise bíblica, teológica e devocional sobre os
ministérios proféticos de Elias e Eliseu). Rio de Janeiro 2012. 1ª. Edição.
CPAD
SWINDOLL,
Charles R. Elias – Um homem de heroísmo e humildade. São Paulo, 2001. 10ª. reimpressão 2012. Editora Mundo Cristão
WISEMAN,
Donald J. 1 e 2Reis – Introdução e Comentário. Inglaterra, 1993. Brasil, 2006.
Série Cultura Bíblica – Editora Vida Nova.
CHAMPLIN.
R. N. O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo.. Editora
Hagnos.
CHAMPLIN.
R. N. Dicionário do Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo..
Editora Hagnos.
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