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quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Elias e os Profetas de Baal -Lição 04 - 1º. Tri. 2013 - EBD CPAD – 27.01.13


Esboço: Escrito por Pr. João Barbosa da Silva
            http://nasendadacruz.blogspot.com
 Texto da Lição: 1 Reis 18.36-40
                          
I   -  OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
  1. Destacar a importância de se confrontar os falsos deuses.
  2. Explicar quais são os perigos de dar crédito aos falsos deuses.
  3. Conscientizar-se da necessidade de confrontar a falsa adoração.                                                                                  
II  - INTRODUÇÃO: Elias desafiou o povo a fazer uma escolha definitiva entre seguir a Deus ou a Baal. “Então Elias se chegou a todo o povo e disse: Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o; e, se Baal, segui-o. Porém o povo não lhe respondeu nada” (1Re 18.21).

Os israelitas achavam que podiam adorar o Deus verdadeiro e também a Baal. O pecado deles era o de ter o coração dividido querendo servir a dois senhores. Na caminhada do deserto para a terra prometida, um dos ensinamentos muito evidenciado foi o de que o Senhor é o nosso único Deus, e  este deve ser o motivo exclusivo de todo nosso amor e  de toda nossa adoração – “Ouve, Israel, o Senhor, nosso Deus, é o único Senhor” (Dt 6.4).

 III – DESENVOLVIMENTO

  1. CONFRONTANDO OS FALSOS DEUSES:
  
1.1 – Conhecendo o falso deus Baal – A palavra hebraica para Baal significa “proprietário, senhor ou marido”. É usado em 1Cr 5.5; 8.30 e 9.36, como um nome pessoal; e de modo geral designa a divindade cananéia desse nome. A adoração a Baal era, essencialmente uma religião da natureza, cuja ênfase principal era a fertilidade.

O oriente próximo exibiu várias formas de religião da fertilidade, e essa religião dos cananeus era a mais desenvolvida entre elas, quanto a esse aspecto. Israel deixou-se arrastar pela influência do baalismo, por meio de sincretismo; Tendo havido grande reação dos profetas contra esses elementos corruptores.

A fim de promover o sentimento religioso dos povos e honrar os deuses, foram instituídas festas que apelavam ao impulso procriador e à licenciosidade, incluindo a prostituição masculina e feminina, que se tornou um acompanhamento indispensável nesses cultos de fertilidade.
Essa religião exerceu grande influência sobre Israel, especialmente no reino do norte. Ali as idéias e as culturas pagãs tornaram-se parte, mais rapidamente da perspectiva religiosa dos israelitas. Isso provocou os protestos dos profetas. Foi nesse cenário que Deus levantou o profeta Elias e que postularam a pergunta: ”Se o Senhor é Deus segui-o, se Baal, segui-o, mas o povo nada lhe respondeu (1Re 18.21).

1.    2 – Identificando a falsa divindade Aserá – (Astarte ou Astarote) é uma palavra usada como um título, usualmente com o sentido de minha senhora ou minha deusa. Uma deusa-mãe, consorte de Baal. Os dois usualmente eram adorados formando um par.

No tempo dos juízes, essa combinação tornou-se uma praga para Israel, produzindo idolatria e apostasia (1Sm 7.4; 12.1). Sendo essa uma das razões pela qual Israel foi derrotado certa ocasião em suas campanhas militares.

  1. CONFRONTANDO OS FALSOS PROFETAS:
 2. 1 – Profetizavam sob encomenda – Os profetas do reinado de Acabe eram profetas, mas profetizavam apenas o que o rei e a rainha queriam ouvir, pois faziam parte do sistema estatal de governo, tinham seus ministérios alugados para Acabe e sua esposa.

Esses profetas comiam da mesa de Jezabel. Estavam debaixo de sua influência. Ainda hoje o espírito de Jezabel atua e atua com grande força. Nenhum homem de Deus, nem tampouco a igreja, pode ficar comprometido com qualquer sistema religioso ou político. Se assim o fizerem, perdem suas vozes proféticas (1Re 22.13).  

2.2 – Eram mais numerosos – O culto idólatra estava presente em toda a nação, de norte a sul e de leste a oeste. Dessa forma, para manter a presença da religião pagã na mente do povo, a casa real necessitava de um grande número de falsos profetas (1Re 18.19). Não havia verdade, autenticidade, nem tampouco qualidade no culto falso, mas apenas quantidade.

  1. CONFRONTANDO A FALSA ADORAÇÃO:
 3.1 – Em que ela imita a verdadeira – Ao encontrar-se com Acabe Elias diz a ele: “Agora, pois manda ajuntar a mim todo Israel no monte Carmelo como também os quatrocentos e cinquenta profetas de Baal e os quatrocentos profetas do poste-ídolo que come da mesa de Jezabel” (1Re 18.19).
“Então, enviou Acabe mensageiro a todos os filhos de Israel a se reunirem no monte Carmelo” (1Re 18.20).

A platéia que se reuniu no monte Carmelo para testemunhar o grande duelo era composta de dois grupos: Os profetas e sacerdotes dos falsos deuses, Baal e Aserá, e “os filhos de Israel” – ou seja, o público em geral, ou um grupo representativo do povo da terra.

Os profetas e sacerdotes de Baal e Aserá haviam instigado e promovido a adoração de ídolos, sendo esta a razão de Elias se referir diretamente a eles na maior parte deste notável evento. 

Mas muitos israelitas estavam seguindo deliberadamente sua liderança idólatra e ímpia. O que motivava Elias a trazer outra vez o povo para o único e verdadeiro Deus e também remover da terra os falsos profetas e sacerdotes.

3. 2 – No que ela se diferencia da verdadeira – O culto a Baal possuía alguns elementos que tinha certa semelhança com o culto hebreu. Usavam-se altar, animais para o sacrifício, sacerdotes que sacrificavam, músicas danças e etc.  

Mas Elias estava convicto que aquela religião apesar de suas crenças e rituais eram falsas. Disse Elias ao povo: “Só eu fiquei dos profetas do Senhor, e os profetas de Baal são quatrocentos e cinquenta homens.

“Dêem-se-nos pois, dois novilhos; escolham eles para si um dos novilhos e, dividindo-o em pedaços o ponham sobre a lenha, porém não lhe metam fogo; eu prepararei o outro novilho, e o porei sobre a lenha, e não lhe meterei fogo. 

Então, invocai o nome de vosso deus, e eu invocarei o nome do Senhor; e há de ser que o deus que responder por fogo esse é que é Deus. E todo o povo respondeu e disse: é boa esta palavra” (1Re 18.22-24)

  1. CONFRONTANDO O SINCRETISMO RELIGIOSO ESTATAL
  2. 4. 1 – O perigo do sincretismo religioso – Sincretismo é uma palavra derivada do grego, “sunkretizo”, “combinar”. Segundo o dicionário teológico de Claudionor Corrêa de Andrade, o termo corresponde ao amalgamar de doutrinas heterogêneas – fusão de elementos religiosos e culturais diferentes, e até antagônicos, num único culto.
4. 2 – A resposta divina ao sincretismo – O culto falso a Baal como já falamos anteriormente, tinha alguns aspectos idênticos ao culto a Yhaweh. Por isso Elias pediu aos profetas que escolhessem um dos novilhos para si, colocassem sobre o altar, mas não colocassem fogo. Até aí o falso culto era muito parecido com o culto verdadeiro.

Então os quatrocentos profetas de Baal e os quatrocentos de Aserá gritavam a Baal, se retalhavam, cortavam-se com lanças segundo seu costume, derramavam seu próprio sangue desde a manhã até ao meio dia e não tiveram resposta (1Re 18.28,29).

Assim, Elias ministra perante todo o povo o culto verdadeiro (1Re 18.30-35). Elias sabia que Deus sempre respondeu com fogo a oração de seus servos no passado, e que neste momento não seria diferente. Foi assim quando Deus aceitou a oferta de Abel (Gn 4.4). Foi com fogo do céu que Deus confirmou o seu pacto com Abraão (Gn 15.7-18).

Foi da mesma forma quando Arão e seus filhos ofereciam sacrifícios ao Senhor sobre o altar do holocausto (Lv 9.24). Na lei do holocausto era ordenado: O fogo arderá continuamente sobre o altar, não se apagará (Lv 6.13). Ainda tem uma resposta do Anjo do Senhor a Gideão quando ele trouxe carne e bolos asmos (Jz 6.20,21).

Elias conhecia todos esses exemplos do passado e sabia que Deus era o mesmo. “Então disse Elias a todo o povo: Cegai-vos a mim, e todo povo se chegou a Elias; Então restaurou o altar do Senhor que estava em ruínas. 

Tomou doze pedras, segundo o número das tribos dos filhos de Jacó, ao qual vieram a palavra do Senhor dizendo: Israel será o teu nome. Com aquelas pedras edificou o altar em nome do Senhor; depois fez um rego em redor do altar tão grande como para semear duas medidas de semente...” (1Re 18.30-35).

No devido tempo, para se apresentar ofertas de manjares, aproximou-se o profeta Elias e disse: “Ó Senhor, Deus de Abraão, de Isaque e de Israel, fique, hoje, sabido que tu és Deus em Israel, e que eu sou teu servo e que, segundo tua palavra, fiz todas essas coisas. Responde-me, Senhor, responde-me, para que este povo saiba, Senhor, és Deus, e que a ti fizeste retroceder o coração deles.

Então, caiu fogo do Senhor, e consumiu o holocausto, e a lenha, e as pedras, e a terra, e ainda lambeu a água que estava no rego. O que vendo todo o povo caiu de rosto em terra e disse: Só o Senhor é Deus! Só o Senhor é Deus! E Elias disse: Lançai mão dos profetas de Baal, que  nenhum deles escape. E lançaram mão deles; e Elias os fez descer ao ribeiro de Quisom e ali os matou.

 IV – CONCLUSÃO
Esta é uma história inesquecível que nos deixa quatro lições eternas neste grande capítulo da vida de Elias:
1.    Quando temos certeza que estamos dentro da vontade de Deus somos invencíveis.

2.    Obediência dividida é tão errada quanto a idolatria declarada. As palavras mais duras proferidas nas cartas as Sete Igrejas mencionada nos capítulos 2 e 3 de Apocalipse são dirigidas a Igreja de Laodicéia. “Quem dera fosses frios ou quentes! Assim porque és morno e não és quente nem frio, estou a ponto de vomitar-te da minha boca”  (Ap 3.15,16).

3.    Nossa ferramenta mais eficiente é a oração de fé. Quando Baal falhou e Deus estava prestes a fazer sua obra, o único instrumento que Elias usou foi a oração. É impressionante como as pessoas usam muitas outras coisas, menos a oração. Por isso a recomendação de Paulo foi “Orai sem cessar”

4.     Nunca subestime o poder de uma vida totalmente dedicada a Deus. Todo aquele episódio gira em torno de uma vida dedicada: a vida de Elias. Ele era apenas um homem, cercado e suplantado em número por um rei ímpio, e por sua ímpia e poderosa esposa Jezabel.

Oitocentos e cinquenta profetas falsos e sacerdotes pagãos e um incontável número de israelitas descrentes. Todos eles foram silenciados e intimidados por aquele único homem dedicado a Deus. Elias travou uma batalha magnífica contra os profetas de Baal. Mas a maior de todas as batalhas aconteceu no Calvário, onde o arqui inimigo de Deus e inimigo dos homens foi derrotado pelo sacrifício do próprio filho de Deus.

Consultas:
Lições Bíblicas EBD-CPAD - 1º. Trimestre 2013 – (Comentarista: José Gonçalves).

Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD

GONÇALVES, Josué. Porção Dobrada (Uma análise bíblica, teológica e devocional sobre os ministérios proféticos de Elias e Eliseu). Rio de Janeiro 2012. 1ª. Edição. CPAD

SWINDOLL, Charles R. Elias – Um homem de heroísmo e humildade. São Paulo, 2001.  10ª. reimpressão 2012. Editora Mundo Cristão

WISEMAN, Donald J. 1 e 2Reis – Introdução e Comentário. Inglaterra, 1993. Brasil, 2006. Série Cultura Bíblica – Editora Vida Nova.

CHAMPLIN. R. N. O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo.. Editora Hagnos.

CHAMPLIN. R. N. Dicionário do Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo.. Editora Hagnos.


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