Texto da Lição: 1 Reis 18.1-8
I - OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
- Explicar o porquê da
longa estiagem.
- Relatar as
consequências e lições deixadas pela seca.
- Conscientizar-se de que Deus é soberano.
II - INTRODUÇÃO: Elias predisse uma severa escassez de chuva
com a qual Israel ia ser castigado por seus pecados. Proclamou ante o rei, em
cujas mãos estavam o poder de reformar o país e evitar o castigo. A menos que
se arrependesse e se reformasse, haveria de sobrevir sobre o país este castigo.
Não haveria chuva nem orvalho
nesses anos afirmou o profeta, senão segundo a sua palavra(1 Re 17.1). “Orou
fervorosamente para que não chovesse”, e os céus se fizeram duro como o bronze,
até que “outra vez orou, e o céu deu chuva” (Tg 5.17,18).
III – DESENVOLVIMENTO
1. O PORQUÊ DA SECA:
1.1 – Disciplinar a nação – Quando Jezabel veio Para Israel ela trouxe
consigo a sua religião, os seus sacerdotes, os seus profetas e os seus deuses e uma obstinada determinação de
abolir o verdadeiro culto a Jeová e em seu lugar estabelecer a adoração a Baal
e ao poste-ídolo chamado de Aserá, principal divindade dos sidônios (1Re
16.30-33). As consequências desse ato foi uma decadência total moral e
espiritual no reino do norte.
Baal era considerado o deus
do trovão, do raio e da fertilidade, e supostamente possuía poder sobre os
fenômenos naturais. A grande seca sobre o reino do norte tinha por objetivo
demonstrar que Baal não tinha domínio sobre as forças da natureza e criar as
condições necessárias para que o profeta Elias pudesse desafiar os profetas de
Baal e provar que o mesmo não passa de um deus falso (1Re 17.1,2; 2Re 18.1,2;
21.39).
1. 2 – Revelar a divindade verdadeira – Ao anunciar uma estiagem no nome do Senhor,
Elias demonstrou claramente:
1. Que Yahweh e não Baal era o Deus supremo.
2. Que
Jeová a quem Acabe havia abandonado era o Deus de Israel.
3. Que Jeová era um Deus vivo e não como o
deuses que Acabe adorava, que eram deuses mudos e mortos.
4. Que ele, Elias, era um servo de Deus em
missão e um mensageiro enviado por Ele.
5. Que apesar da atual prosperidade e paz de
Israel, Deus estava irado com eles por causa da sua idolatria e ia castigá-los
com a falta de chuvas, com que se lhes mostraria a impotência deles e a
insensatez de quem havia deixado o Deus vivente para prestar serviços de adoração
a um deus que nada podia realizar.
6. Fazer saber a Acabe o poder
que Deus pôs na palavra do profeta Elias “Não haverá chuva por esses anos senão
segundo a minha palavra”.
2. OS EFEITOS DA SECA:
2.1 – Escassez e fome – No terceiro ano da seca predita, é com base
na referência de 1Re 18.1 que ficamos sabendo por quanto tempo durou tal
circunstância. Só que agora era propósito de Yahweh permitir que as chuvas
retornassem à terra de Israel.
Mas antes disso, Elias
precisava enfrentar Baal e seu quatrocentos e cinquenta profetas e também os
quatrocentos profetas do poste-ídolo. Nesse contexto chamado de Aserá (1Re
18.22) em obediência a palavra do Senhor mesmo em perigo de morte, Elias partiu
para apresentar-se a Acabe onde somente a graça de Deus poderia poupá-lo da ira
de Jezabel.
O texto bíblico nos diz com
muita clareza que a fome “era tremenda em Samaria”, ou melhor, conforme diz
literalmente o hebraico, “segurava firmemente a terra”. Ou seja, a fome era
feroz e devastadora; a cidade de Samaria não ficava isenta da calamidade.
2. 2 – O endurecimento ou arrependimento – É importante observar que quando os efeitos da
grande seca se fizeram sentir no palácio, ao invés de refletir sobre as
palavras que o profeta Elias lhe havia falado três anos antes; à semelhança de
Faraó, Acabe endureceu também o seu coração, e tanto o rei quanto a sua ímpia
esposa Jezabel não fizeram caso algum do juízo divino.
O ódio estava no coração de
Acabe, porquanto, em sua estupidez ele pensava que Elias era a causa de tamanha
calamidade. Ele nunca procurou entender que a idolatria era a causa da grande
calamidade pela qual o seu reino era assolado. Até a ração dos cavalos do rei tinha
escasseado.
3. A PROVISÃO DIVINA NA SECA:
3.1 – Provisão pessoal – Podemos destacar no ministério do profeta
Elias dois momentos distintos da provisão de Deus em sua vida. “Vai-te daqui, e vira-te para o oriente, e
esconde-te junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão. E há de ser
que beberás do ribeiro;e eu tenho ordenado aos corvos que ali te sustentem”
(1 Re 17.3,4).
No caminho de Orebe: “E deitou-se e dormiu debaixo de um zimbro;
e eis que, então, um anjo o tocou e lhe disse: levanta-te e come. E olhou, e
eis que à sua cabeceira estava um pão cozido sobre as brasas e uma botija de
água; e comeu, e bebeu, e tornou a deitar-se. E o anjo do Senhor tornou segunda
vez, e o tocou, e disse: levanta-te e come, porque mui comprido te será o
caminho.” (1Re 19.5-7).
3.1 –A provisão coletiva – O salmista reconhece que Deus chamou a fome
sobre a terra; fez mirrar toda planta do pão (Sl 105.16). E falando da forma
como Deus provê a subsistência de toda sua criação incluindo homens e animais
afirmou: “Todos esperam de ti que lhes dês o seu sustento em tempo oportuno:
dando-lho tu, eles o recolhem; abres a tua mão, e enchem-se de bens” (Sl
104.27,28).
- AS LIÇÕES DEIXADAS PELA SECA:
4.1 – A majestade divina – Numa leitura atenciosa da passagem de 1Re
17, podemos descobrir três atributos de Deus apresentados na grande seca sobre
Israel. Em primeiro lugar o texto nos mostra que Jeová é quem governa a
natureza. Ele é onipotente. A falsa crença no deus cananeu Baal, ensinava que
ele era quem controlava a natureza e as estações do tempo.
Em segundo lugar Yahweh é o
Deus que conhece todas as coisas, ele é onisciente. O profeta previu que por
quarenta e dois meses não haveria chuva sobre a terra de Israel (1Re 17.1; Tg
5.17). Em terceiro lugar Deus não é limitado nem pelo tempo nem pelo espaço.
Ele é onipresente. Ele pode estar ao mesmo tempo em todos os lugares. “Eis que estou convosco todos os dias até a
consumação dos séculos” (Mt 28.20b).
4.1 – O pecado tem o seu preço – Durante a longa estiagem Acabe
confrontou-se com o profeta Elias e o acusou: “És tu o perturbador de Israel?” Os hebraístas dizem que a forma nominal do
verbo hebraico, que significa “perturbar, trazer calamidade”, é aqui traduzida
como “perturbador”. Há ocasiões em
que esta palavra hebraica é usada com o sentido de “víbora, áspide ou cobra”.
Portanto, “perturbador” é uma maneira de dizer “é você, sua víbora rastejante?” Em
outras palavras, Acabe não deixa dúvida de como ele se sentia em relação a
Elias. Para ele, o profeta era uma cobra e era ele quem estava por trás de
todos os problemas da terra. Elias responde ao rei: Eu não tenho perturbado a
Israel, mas tu e a casa de teu pai, porque deixaste os mandamentos do Senhor e
seguiste os baalis (1Re 18.18).
IV – CONCLUSÃO:
A seca é um dos piores distúrbios
ecológicos da natureza. A despeito de todo o seu avanço científico, o homem
continua muito dependente das condições atmosféricas, porquanto a água é a
origem de toda a vida biológica. O mundo tem aprendido o quanto depende da
chuva.
As culturas antigas
dispunham de um elaborado sistema de cerimônias e sacrifícios a fim de induzir
os deus, bem como os poderes espirituais de todos os tipos, para garantir chuvas
suficientes, para ue houvesse boas colheitas.
Quando a seca persiste por
tempo suficiente, seguem-se a escassez e a fome (1Re 17.1). A Bíblia refere-se à
seca como uma das maneiras pelas quais Deus castiga os homens por seus pecados.
Consultas:
Lições
Bíblicas EBD-CPAD - 1º. Trimestre 2013 – (Comentarista: José Gonçalves).
Bíblia de Estudo
Pentecostal – CPAD
GONÇALVES, Josué. Porção
Dobrada (Uma análise bíblica, teológica e devocional sobre os ministérios
proféticos de Elias e Eliseu). Rio de Janeiro 2012. 1ª. Edição. CPAD
SWINDOLL, Charles R.
Elias – Um homem de heroísmo e humildade. São Paulo, 2001. 10ª. reimpressão 2012. Editora Mundo Cristão
WISEMAN, Donald J. 1 e
2Reis – Introdução e Comentário. Inglaterra, 1993. Brasil, 2006. Série Cultura
Bíblica – Editora Vida Nova.
CHAMPLIN. R. N. O Antigo
Testamento Interpretado Versículo por Versículo.. Editora Hagnos.
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