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quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

A longa Seca sobre Israel - Lição 03 - 1º. Tri. 2013 - EBD CPAD – 20.01.13

Esboço: Escrito por Pr. João Barbosa da Silva
            http://nasendadacruz.blogspot.com
 Texto da Lição: 1 Reis 18.1-8
                          
I   -  OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
  1. Explicar o porquê da longa estiagem.
  2. Relatar as consequências e lições deixadas pela seca.
  3. Conscientizar-se de que Deus é soberano.

II  - INTRODUÇÃO: Elias predisse uma severa escassez de chuva com a qual Israel ia ser castigado por seus pecados. Proclamou ante o rei, em cujas mãos estavam o poder de reformar o país e evitar o castigo. A menos que se arrependesse e se reformasse, haveria de sobrevir sobre o país este castigo.

Não haveria chuva nem orvalho nesses anos afirmou o profeta, senão segundo a sua palavra(1 Re 17.1). “Orou fervorosamente para que não chovesse”, e os céus se fizeram duro como o bronze, até que “outra vez orou, e o céu deu chuva” (Tg 5.17,18).

III – DESENVOLVIMENTO

1.    O PORQUÊ DA SECA:
  
1.1 – Disciplinar a nação – Quando Jezabel veio Para Israel ela trouxe consigo a sua religião, os seus sacerdotes, os seus profetas e os  seus deuses e uma obstinada determinação de abolir o verdadeiro culto a Jeová e em seu lugar estabelecer a adoração a Baal e ao poste-ídolo chamado de Aserá, principal divindade dos sidônios (1Re 16.30-33). As consequências desse ato foi uma decadência total moral e espiritual no reino do norte.

Baal era considerado o deus do trovão, do raio e da fertilidade, e supostamente possuía poder sobre os fenômenos naturais. A grande seca sobre o reino do norte tinha por objetivo demonstrar que Baal não tinha domínio sobre as forças da natureza e criar as condições necessárias para que o profeta Elias pudesse desafiar os profetas de Baal e provar que o mesmo não passa de um deus falso (1Re 17.1,2; 2Re 18.1,2; 21.39).


1. 2 – Revelar a divindade verdadeira – Ao anunciar uma estiagem no nome do Senhor, Elias demonstrou claramente:

   1. Que Yahweh e não Baal era o Deus supremo.
   2. Que Jeová a quem Acabe havia abandonado era o Deus de Israel.
   3. Que Jeová era um Deus vivo e não como o deuses que Acabe adorava, que eram deuses mudos e mortos.
   4. Que ele, Elias, era um servo de Deus em missão e um mensageiro enviado por Ele.
 5. Que apesar da atual prosperidade e paz de Israel, Deus estava irado com eles por causa da sua idolatria e ia castigá-los com a falta de chuvas, com que se lhes mostraria a impotência deles e a insensatez de quem havia deixado o Deus vivente para prestar serviços de adoração a um deus que nada podia realizar.
6. Fazer saber a Acabe o poder que Deus pôs na palavra do profeta Elias “Não haverá chuva por esses anos senão segundo a minha palavra”.

2.    OS EFEITOS DA SECA:
 
2.1 – Escassez e fome – No terceiro ano da seca predita, é com base na referência de 1Re 18.1 que ficamos sabendo por quanto tempo durou tal circunstância. Só que agora era propósito de Yahweh permitir que as chuvas retornassem à terra de Israel.

Mas antes disso, Elias precisava enfrentar Baal e seu quatrocentos e cinquenta profetas e também os quatrocentos profetas do poste-ídolo. Nesse contexto chamado de Aserá (1Re 18.22) em obediência a palavra do Senhor mesmo em perigo de morte, Elias partiu para apresentar-se a Acabe onde somente a graça de Deus poderia poupá-lo da ira de Jezabel.

O texto bíblico nos diz com muita clareza que a fome “era tremenda em Samaria”, ou melhor, conforme diz literalmente o hebraico, “segurava firmemente a terra”. Ou seja, a fome era feroz e devastadora; a cidade de Samaria não ficava isenta da calamidade.

2. 2 – O endurecimento ou arrependimento – É importante observar que quando os efeitos da grande seca se fizeram sentir no palácio, ao invés de refletir sobre as palavras que o profeta Elias lhe havia falado três anos antes; à semelhança de Faraó, Acabe endureceu também o seu coração, e tanto o rei quanto a sua ímpia esposa Jezabel não fizeram caso algum do juízo divino.

O ódio estava no coração de Acabe, porquanto, em sua estupidez ele pensava que Elias era a causa de tamanha calamidade. Ele nunca procurou entender que a idolatria era a causa da grande calamidade pela qual o seu reino era assolado. Até a ração dos cavalos do rei tinha escasseado.

3.    A PROVISÃO DIVINA NA SECA:
  
3.1 – Provisão pessoal – Podemos destacar no ministério do profeta Elias dois momentos distintos da provisão de Deus em sua vida. “Vai-te daqui, e vira-te para o oriente, e esconde-te junto ao ribeiro de Querite, que está diante do Jordão. E há de ser que beberás do ribeiro;e eu tenho ordenado aos corvos que ali te sustentem” (1 Re 17.3,4).

No caminho de Orebe: “E deitou-se e dormiu debaixo de um zimbro; e eis que, então, um anjo o tocou e lhe disse: levanta-te e come. E olhou, e eis que à sua cabeceira estava um pão cozido sobre as brasas e uma botija de água; e comeu, e bebeu, e tornou a deitar-se. E o anjo do Senhor tornou segunda vez, e o tocou, e disse: levanta-te e come, porque mui comprido te será o caminho.” (1Re 19.5-7).

3.1 –A provisão coletiva – O salmista reconhece que Deus chamou a fome sobre a terra; fez mirrar toda planta do pão (Sl 105.16). E falando da forma como Deus provê a subsistência de toda sua criação incluindo homens e animais afirmou: “Todos esperam de ti que lhes dês o seu sustento em tempo oportuno: dando-lho tu, eles o recolhem; abres a tua mão, e enchem-se de bens” (Sl 104.27,28).

  1. AS LIÇÕES DEIXADAS PELA SECA:
 4.1 – A majestade divina – Numa leitura atenciosa da passagem de 1Re 17, podemos descobrir três atributos de Deus apresentados na grande seca sobre Israel. Em primeiro lugar o texto nos mostra que Jeová é quem governa a natureza. Ele é onipotente. A falsa crença no deus cananeu Baal, ensinava que ele era quem controlava a natureza e as estações do tempo.

Em segundo lugar Yahweh é o Deus que conhece todas as coisas, ele é onisciente. O profeta previu que por quarenta e dois meses não haveria chuva sobre a terra de Israel (1Re 17.1; Tg 5.17). Em terceiro lugar Deus não é limitado nem pelo tempo nem pelo espaço. Ele é onipresente. Ele pode estar ao mesmo tempo em todos os lugares. “Eis que estou convosco todos os dias até a consumação dos séculos” (Mt 28.20b).

4.1 – O pecado tem o seu preço – Durante a longa estiagem Acabe confrontou-se com o profeta Elias e o acusou: “És tu o perturbador de Israel?” Os hebraístas dizem que a forma nominal do verbo hebraico, que significa “perturbar, trazer calamidade”, é aqui traduzida como “perturbador”. Há ocasiões em que esta palavra hebraica é usada com o sentido de “víbora, áspide ou cobra”.

Portanto, “perturbador” é uma maneira de dizer “é você, sua víbora rastejante?” Em outras palavras, Acabe não deixa dúvida de como ele se sentia em relação a Elias. Para ele, o profeta era uma cobra e era ele quem estava por trás de todos os problemas da terra. Elias responde ao rei: Eu não tenho perturbado a Israel, mas tu e a casa de teu pai, porque deixaste os mandamentos do Senhor e seguiste os baalis (1Re 18.18).

 IV – CONCLUSÃO:

A seca é um dos piores distúrbios ecológicos da natureza. A despeito de todo o seu avanço científico, o homem continua muito dependente das condições atmosféricas, porquanto a água é a origem de toda a vida biológica. O mundo tem aprendido o quanto depende da chuva.

As culturas antigas dispunham de um elaborado sistema de cerimônias e sacrifícios a fim de induzir os deus, bem como os poderes espirituais de todos os tipos, para garantir chuvas suficientes, para ue houvesse boas colheitas.

Quando a seca persiste por tempo suficiente, seguem-se a escassez e a fome (1Re 17.1). A Bíblia refere-se à seca como uma das maneiras pelas quais Deus castiga os homens por seus pecados.

Consultas:
Lições Bíblicas EBD-CPAD - 1º. Trimestre 2013 – (Comentarista: José Gonçalves).
Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD

GONÇALVES, Josué. Porção Dobrada (Uma análise bíblica, teológica e devocional sobre os ministérios proféticos de Elias e Eliseu). Rio de Janeiro 2012. 1ª. Edição. CPAD

SWINDOLL, Charles R. Elias – Um homem de heroísmo e humildade. São Paulo, 2001.  10ª. reimpressão 2012. Editora Mundo Cristão

WISEMAN, Donald J. 1 e 2Reis – Introdução e Comentário. Inglaterra, 1993. Brasil, 2006. Série Cultura Bíblica – Editora Vida Nova.

CHAMPLIN. R. N. O Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo.. Editora Hagnos.

CHAMPLIN. R. N. Dicionário do Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo.. Editora Hagnos

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