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sábado, 18 de agosto de 2012

A Rebeldia dos Filhos - Lição 08 - 3º. Tri. 2012 - EBD CPAD - 19.08.12


 Texto da Lição: 1Samuel 2.12-14, 17, 22-25
                          
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM:
  1. Compreender que a disciplina evita a rebeldia.
  2. Discutir a respeito de alguns exemplos bíblicos de filhos que foram rebeldes.
  3. Conscientizar-se de que mesmo diante da rebeldia de um filho os pais devem demonstrar um amor incondicional.
Resenha Crítica – Escrita por: Pr. João Barbosa da Silva
Apoio literário e pedagógico: Profª. Laudicéa Barboza
Introdução: Salomão caracteriza os filhos como herança do Senhor (Sl 127.3). No antigo concerto, uma família numerosa era tida como bênção, ao passo que o não ter filhos era tido como maldição (Gn 30 2.18; 33.5; 48.9; Dt 7.13). No novo concerto, ter muitos filhos não é precisamente um evidência do favor divino, e não poder tê-los não deve ser tido como maldição.
Uma família grande pode tornar-se um pesadelo se os filhos não forem devidamente criados e se não conhecerem a salvação em Cristo.

Desenvolvimento: Só quando os pais e os filhos ensinam, aceitam e seguem os caminhos e os mandamentos do Senhor é que desfrutarão a plena bênção de Deus “....os teus filhos, como planta de oliveira, à roda da tua mesa.....”(Sl 128).

No livro dos Provérbios (22.6), encontramos a diretriz para os pais que desejam ter sucesso na criação de seus filhos – “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele”.
Os pais devem comprometer-se a ensinar e disciplinar seus filhos de modo agradável a Deus.

A palavra hebraica para “instruir” significa “dedicar”.
Assim sendo, o ensino bíblico no lar tem como propósito a dedicação dos nossos filhos a Deus, o que é possível, separando-os das influências malignas deste mundo e instruindo-os nas coisas de Deus.

A mesma palavra original também pode significar “gostar de”. Os pais devem pois, motivar seus filhos a buscarem a Deus, e assim desfrutarem de experiências espirituais que nunca esquecerão.

A disciplina é de grande importância na criação dos filhos, pois a mesma conduz a criança ao caminho da obediência; e os pais que a negligenciam cometem grave pecado diante de Deus.

No entanto não se deve confundir disciplina com castigo ou punição.
Disciplinar é dar limites e estabelecer parâmetros; não castigar.
O texto bíblico de (Pv 23.3) é um alerta para os pais: “Não retires a disciplina da criança”.

A disciplina não pode ser retirada porque é imprescindível para a formação moral dos filhos. Quando administrada com sabedoria transmite segurança, aceitação e faz com que a criança se sinta amada.

Muitos são os fatores que podem levar os filhos a agirem com rebeldia contra Deus e contra os pais. Questões de ordem emocional ou ausência física dos pais, uma doença, exagero nas expectativas em torno deles, cobrança excessiva devido o seu limite de faixa etária, entre muitos outros componentes da realidade.

A Bíblia ensina que as crianças não são boas por natureza; elas não são uma folha de papel em branco na qual podemos escrever nossos valores.
Elas não são inocentes nem estão predispostas a ser geneticamente boas.

Na realidade a Bíblia ensina que elas estão predispostas para serem geneticamente más, porque toda criança nasce com o pecado original e uma natureza rebelde – “

A imaginação do coração do homem é má desde a sua meninice” (Gn 8.21).
É o que se vê desde o início do mundo, e assim escreveu o Salmista: “Eis que em iniquidade fui formado, e em pecado me concebeu minha mãe” (Sl 51.5).

À medida que os filhos forem crescendo, a verdadeira natureza emergirá.
Por isso devemos como pais crentes ensinar-lhes o caminho em que devem andar. “Instrui o menino no caminho em que deve andar, e, até quando envelhecer, não se desviará dele” (Pv 22.6).

Se a Bíblia for o manual de formação dos arquivos mentais de nossos filhos desde o ventre, dificilmente as influências da mídia que inevitavelmente – e porque não dizer louvado seja Deus, pelo desenvolvimento tecnológico e pela globalização disponível ás novas gerações – trazem na sua esteira os efeitos intencionais da arte, dependendo de quem criou, direcionou, consagrou e pôs em ação os objetivos de seu fazer pedagógico, que encaminhará ou determinará os rumos também do fazer daquela criança que o assiste, que o lê e que pode transformá-lo no seu herói.

Na educação dos filhos para um futuro que lhes proporcione identificação com Cristo e com os exemplos dos personagens da Bíblia cujas vidas foram pautadas sob o temor de Deus, é definitivo que desde a primeira infância, Deus seja o expoente de suas aprendizagens em relação a tudo que o cerca, desde a formação do seu próprio corpinho até a forma de contemplar o mundo, a ciência, as pessoas que o cercam e o modo como devem se relacionar com tudo isso.

A criança deve entender que como pessoa ele é da forma como Deus o fez (ou homem ou mulher). Ele não precisa procurar ser diferente porque essa é a vontade de Deus para a vida dele – “E criou Deus o homem à sua imagem à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou”. (Gn 1.27).

Para isto quatro coisas são indispensáveis e a primeira delas é o exemplo dos pais. “Exemplo, Exemplo e Exemplo....”, é o que devemos aos nossos filhos se quisermos que os cuidados descritos funcionem.

Em segundo lugar vem o ensino, preenchendo o intelecto da criança: a mente e o coração – de forma a não deixar o mínimo espaço para o mal que anda comprando e vendendo as almas de nossas crianças através de recursos artísticos, haja vista toda arte ser intencional para o bem ou para o mal.

A mente e o coração da criança, devem regularmente, tal qual o alimento e os cuidados pessoais, serem ocupados por louvores de adoração e ensinos sobre Deus, através de ritmo e som adequados à idade da criança, adicionados a ensinamentos também devidamente transmitidos através dos mais variados e avançados recursos artísticos e tecnológicos que nos são disponíveis em nosso tempo.

Deus, a sua vontade, o seu agir na vida do ser humano e o seu plano de salvação para a humanidade deve ser conhecido da criança, ainda mesmo quando ela não está na idade da compreensão subjetiva que só começa a partir dos oito anos.

Sem sombra de dúvida essas ações pedagógicas serão de um valor insubstituível se aplicadas desde a mais tenra idade. E ao serem elas a ocupante da casinha espiritual da criança, tornar-se-ão uma muralha para os insultos do mal, que anda a espreita de pais e educadores céticos e descuidosos.

Como pais e educadores nossa responsabilidade é ensiná-los no temor do Senhor. Entretanto, sabemos que após adquirirem uso de razão, cada filho assume responsabilidade por seus próprios atos e é confortante termos a consciência de que cumprimos o nosso dever – “....amarás, pois, o Senhor, teu deus, de todo teu coração, e de toda tua alma, e de todo teu poder. E estas palavras que hoje te ordeno estarão no teu coração; e as intimarás a teus filhos e delas falarás assentado em tua casa, e andando pelo caminho, e deitando-te, e levantando-te. Também as atarás por sinal na tua mão, e te serão por testeiras entre os teus olhos. E as escreverás nos umbrais da tua casa e nas tuas portas” (Dt 6.5-8).

Em terceiro lugar buscar ajuda do Senhor em oração – Orar pelos filhos e com os filhos. “Se o Senhor não edificar a casa, em vão trabalham os que edificam; se o senhor não guardar a cidade, em vão vigia a sentinela” (Sl 127.1).

Em quarto lugar os pais devem abençoar seus filhos. Jacó é um dos maiores exemplos de um pai que abençoava seus filhos e netos.

No livro de Gênesis encontramos Jacó abençoando a José e aos seus filhos com uma tríplice bênção: “E abençoou a José e disse: O Deus, em cuja presença andaram os meus pais Abraão e Isaque, o  Deus que me sustentou, desde que eu nasci até este dia, o anjo que me livrou de todo mal, abençõe estes rapazes; e seja chamado neles o meu nome e o nome de meus pais Abraão e Isaque; e multipliquem-se como peixes em multidão, no meio da terra” (Gn 48.15,16).

Jacó tinha a bênção de Isaque – “E disse-lhe Isaque, seu pai: Ora, chega-te e beija-me, filho meu. E chegou-se e beijou-o. Então, cheirou o cheiro das suas vestes, e abençoou  e disse: Eis que o cheiro do meu filho é como o como o cheiro do campo, que o Senhor abençoou. Assim, pôs, te dê Deus, do orvalho dos céu, e da gordura da terra, e abundância de trigo e de mosto. Sirvam-te povos, e nações se encurvem a ti; sê senhor de teus irmãos, e os filhos da tua mãe se encurvem a ti; maldito sejam os que te amaldiçoarem, e bendito sejam os que te abençoarem” (Gn 27.27-29).

E Isaque tinha a bênção de Abraão. Deus aparece a Isaque em Gerar – “E apareceu-lhe o Senhor e disse: não desças ao Egito. Habita na terra que eu te disser; peregrina nesta terra, e serei contigo e te abençoarei; porque a ti e á tua semente darei todas estas terras e confirmarei o juramento que tenho jurado a Abraão, teu pai. E multiplicarei a tua semente como as estrelas dos céus e darei á tua semente todas estas terras. E em tua semente serão benditas todas as nações da terra, porquanto Abraão obedeceu à minha voz e guardou o meu mandado, os meus preceitos, os meus estatutos e as minhas leis. Assim, habitou Isaque em Gerar” (Gn 26.2-6).

E Abraão tinha as bênçãos de Deus – “Ora, o Senhor disse a Abrão: Sai-te da tua terra, e da tua parentela, e da casa de teu pai, para a terra que eu te mostrarei. E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome, e tu serás uma bênção. E abençoarei os que te abençoarem e amaldiçoarei os que te amaldiçoarei; e em ti serão benditas todas as famílias da terra” (Gn 12.1-3).

Entre os variados exemplos descritos na Bíblia sobre filhos rebeldes, podemos citar o exemplo de Eli o sumo-sacerdote de Israel e seus dois filhos: Hofni e Finéias. Os quais lamentavelmente tiveram um pai que de alguma forma deixou de exercer o seu papel de ensinador e disciplinador:

Em sua época as pessoas faziam rebeldemente o que era reto aos seus próprios olhos, e talvez isso tenha influenciado no comportamento da família do sacerdote, que não recebera a devida correção quando eram ainda crianças – “Naqueles dias, não havia rei em Israel, porém cada um fazia o que parecia reto aos seus olhos” (Jz 21.25).
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A Bíblia cognomina os filhos de Eli, como “filhos de Belial”, eles não conheciam o Senhor” (1 Sm 2.12). O significado literal da palavra hebraica beliya’al no Antigo Testamento é traduzido como inútil, sem valor; logo, essa palavra está associada ao mal.

Deus usa de seus profetas para falar com Eli. Deus fala da forma como Hofni e Finéias tratavam a oferta de manjares, e acusa Eli de honrar mais seus filhos do que ao Senhor, e ainda engordar com as ofertas.

A ira do Senhor é apresentada contra Eli, porque de forma passiva, ele participava dos pecados de seus filhos. Eli não roubava a carne dedicada ao Senhor, mas comia a carne roubada por seus filhos, a tal ponto de se tornar um homem gordo! (1Sm 2.29).
Podemos entender que isso durou muito tempo, ou seja, não foi um fato isolado que ocorreu apenas uma vez.

A palavra de Deus adverte: “A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará a maldade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele, e a injustiça do ímpio cairá sobre ele” (Ez 18.20).

Dura foi a sentença de Deus para Eli e seus filhos – “E isto te será por sinal, a saber, o que sobrevirá a teus dois filhos, a Hofni e a Finéias: que ambos morrerão no mesmo dia (1 Sm 2.34; 4.11).

ConclusãoDeixar de corrigir os filhos não é uma expressão ou ato de amor. Se os filhos estão rebeldes precisamos usar de sabedoria no trato com eles, se o queremos ganhar para Cristo – antes de tudo corrigindo-nos a nós mesmos.

Em Efésios 6.1-4, Paulo adverte a pais e filhos:
Vós, filhos, sede obedientes a vossos pais no Senhor, porque isso é justo.

Honra a teu pai e a tua mãe, que é o primeiro mandamento com promessa, para que te vá bem e vivas muito tempo sobre a terra.

vós, pais, não provoqueis a ira a vossos filhos, mas criai-os na doutrina e admoestação do Senhor”.

Consultas:
Lições Bíblicas EBD-CPAD - 3º. Trimestre 2012 – (Comentarista: Eliezer de Lira e Silva)

Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD
CHAMPLIN. R. N. O ANTIGO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.
CHAMPLIN. R. N. O ANTIGO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.

ALEXANDER, T. Desmond. Novo Dicionário de Teologia Bíblica. Editora Vida.

DAVIS, John. Novo Dicionário da Bíblia – Ampliado e Atualizado. Editora Hagnos.
CHAMPLIN, R. N e BENTES, M.J. Ph.D. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Editora Hagnos.
COELHO, Alexander e DANIEL, Silas. Vencendo as Aflições da Vida. CPAD-2012.

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