2Reis 4.1-7
OBJETIVOS DE
APRENDIZAGEM:
- Compreender que
a fé em Deus nos ajuda a lutar contra os imprevistos.
- Conscientizar-se de que Deus age segundo aquilo que temos.
- Explicar a providência divina no Antigo e Novo Testamento.
Esboço:
Mesmo com as grandes conquistas sociais do nosso tempo ainda existem milhões de famílias que vivem abaixo da linha da pobreza passando por privações e escassez de alimentos básicos, vestuário, moradia, saúde, higiene e educação.
Muitas são as causas que podem levar uma família a viver essa vida
precária, tudo acontecendo desde o descaso dos poderes constituídos, a outros
fatores como desemprego, indisposição para o trabalho, falta de capacitação
para se inserir no competitivo mercado de trabalho e até mesmo desinteresse de
parentes e amigos próximos àquele grupo.
A providência de Deus é suficientemente vigorosa para excluir a
possibilidade de um fracasso final.
O plano de Deus encerra muitos retrocessos, mas ele jamais
desiste.
Algumas vezes ele pode recuperar-se usando os restos que homens e
mulheres deixaram para trás, os seus equívocos, seus ataques e seus
sacrifícios.
O propósito da providência de Deus consiste em preservar a vida,
não somente a duração da vida terrena, mas também a boa qualidade dessa vida.
Há ocasiões em que enfrentamos situações por mais difíceis para
nós as vencermos sozinhos, e isso faz necessária a ajuda divina ou a
intervenção divina.
A tribulação, embora nos pareça sempre tão desagradável, com
freqüência nos serve de ajuda em nosso progresso espiritual, e não de
empecilho, porque, em seu desenrolar, vamos obter as porções apropriadas e
necessárias de vitórias e felicidades.
O Antigo Testamento relata o caso de uma mulher que ficou viúva
com dois filhos e uma dívida para ela considerada impagável. Embora tivesse uma
casa para morar, não era detentora de outros bens, senão os dois filhos e uma
botija de azeite (2Re 4.1-7).
À pobre viúva sobraram dívidas assumidas por seu marido, e os abutres estavam à sua caça.
O caso era tão sério que um credor tinha ameaçado vender os dois
filhos da mulher á servidão, para que a dívida fosse saldada.
Isso ele acabaria fazendo, sem dúvida. A viúva então apelou para o
profeta Eliseu intervir no caso, da forma que Yahweh o instruísse a agir.
Eliseu perguntou a mulher o que ela tinha em casa; e esta
respondeu: Tua serva não tem nada em casa, senão uma botija de azeite (2Re
4.2).
Ela tinha em casa um bem precioso e de grande valor comercial –
uma botija de azeite. Produto esse que colocado à venda não haveria nenhuma
dificuldade de comercialização, haja vista, todos precisarem de azeite, pois
ele possuía utilidades incontáveis.
O azeite figurava entre os principais artigos do comércio,
juntamente com os cereais e o vinho (Nm 18.12; Dt 7.13).
Era largamente negociado (Ez 27.17; Lc 16.6).
As riquezas de uma pessoa eram parcialmente calculadas em termos
de azeite. Óleo batido (que era o melhor azeite) formava parte do pagamento
anual do rei Salomão a Irão rei de Tiro (1Re 5.11).
O azeite era um produto de valor suficiente para que Eliseu
aconselhasse à viúva a pagar sua dívida mediante a venda do azeite (2Re 4.7).
Ao tomar conhecimento de que a mulher possuía uma botija de azeite
e conhecendo o seu alto valor comercial a instruiu a pedir muitos vasos
emprestados aos seus vizinhos.
A mulher procedeu de acordo com as instruções do profeta e em
seguida pediu uma nova instrução ao homem de Deus; que lhe mandou vender o
azeite, pagar as dívidas e junto com os filhos viver do restante que lhe
sobrasse.
Pela sua preciosidade, o azeite era guardado nos tesouros reais
juntamente com o ouro, a prata e outras especiarias (2Re 20.13).
E também o azeite era usado como pagamento de tributos (Os 12.1).
O azeite era utilizado como cosméticos, para ungir a pele do
corpo, os cabelos, ou simplesmente para efeito de beleza (Dt 28.40; 2Sm 12.20;
14.2; Rt 3.3).
Na medicina da época o azeite servia de medicamento, sendo
esfregado no corpo quando a pessoa estava febril, ou era usado em banhos e na
unção de ferimentos (Is 1.6; Lc 10.34).
A mulher de que trata o episódio era a esposa de um dos discípulos
dos profetas. Ela tinha acabado de perder seu marido. O homem tinha sido servo
de Eliseu, ou seja, era alguém que estava debaixo de suas instruções, visto ser
ele, o cabeça das escolas dos profetas; uma escola que acredita-se ter sido
Samuel o seu fundador (1Sm 10.1,5; 19.20).
Alguns estudiosos entendem que esse homem filho ou discípulo dos
profetas, esposa desta mulher tenha sido Obadias, um homem de influência nos
dias de Acabe e que escondeu cem homens dos profetas em uma caverna para que
escapasse da fúria da rainha Jezabel, esposa do rei Acabe; e os alimentou com
pão e água durante os três anos e seis meses de fome nos dias de Elias (1Re
18.8-13).
Seja como for este era um homem digno que tinha observado a lei de
Yahweh e não estava envolvido na idolatria. Pela sua condição digna, sua viúva
mereceu ajuda de Eliseu que foi o responsável por essas escolas de profetas
durante o seu ministério tendo em vista ser Eliseu o substituto do profeta
Elias (2Re 2.14-16).
Essas escolas, posteriormente, foram mais firmemente estabelecidas
por Elias e Eliseu no reino do norte ou das dez tribos. Elas seguiam o modelo
ideal hebreu, da relação entre professor e aluno.
Eles viviam em comunidades e o ensinamento era bíblico, místico e
através do exemplo pessoal. Transmitiam a seus discípulos conhecimentos e
instruções acerca do ofício profético.
Várias escolas de profetas foram estabelecidas em Ramá e Gibeá
(1Sm 19.20; 10.5,10). Também havia centros dessas atividades em Gilgal, Betel e
Jericó (2Re 4.38; 2.3,5,7,15; 4.1; 9.1).
Cem estudantes de uma dessas escolas acompanhavam Eliseu nas
refeições em Gilgal (2 Re 4.38, 42, 43).
Cinquenta desses discípulos
achavam-se com Elias e Eliseu quando eles foram até o rio Jordão (2Re
2.7.16,17).
Acredita-se que eles viviam em uma casa comum na companhia dos
profetas, ou, em uma mesma comunidade (2Re 6.1).
Alguns desses profetas eram casados, e tinham seus próprios lares
(2 Re 4.1).
A profecia e seus poderes acompanhantes, e o ministério, eram
dádivas da parte de Deus.
Comumente, alguns desses homens tiravam proveito de sua associação
com os grandes homens de Deus.
Há indicação de que a música sacra e a poesia fazia parte do
curriculum, ou, pelo menos, pessoas habilidosa nesse campo se associavam com os
estudantes daquela escola (1Sm 10.5).
A música espiritual de boa qualidade tem efeitos benéficos sobre o
espírito dos homens, da mesma maneira que a música de má qualidade corrompe.
Consultas:
Lições
Bíblicas EBD-CPAD - 3º. Trimestre 2012 – (Comentarista: Eliezer de Lira e
Silva)
Bíblia
de Estudo Pentecostal – CPAD
CHAMPLIN.
R. N. O ANTIGO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.
CHAMPLIN.
R. N. O ANTIGO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.
ALEXANDER,
T. Desmond. Novo Dicionário de Teologia Bíblica. Editora Vida.
DAVIS, John. Novo Dicionário da Bíblia –
Ampliado e Atualizado. Editora Hagnos.
CHAMPLIN, R. N e BENTES, M.J. Ph.D.
Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Editora Hagnos.
Assessoria literária redacional e pedagógica da Mssª.
Laudicéa Barboza da Silva em http://nasendadacruz.blogspot.com Visite-nos e confira nossas produções
bíblico-literárias e pedagógicas contextualizadas com os temas.
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