1Coríntios 7.12-16
OBJETIVOS DE
APRENDIZAGEM:
- Explicar como
deve ser o procedimento do crente quando um dos cônjuges não é crente.
- Conscientizar-se de que quando um dos cônjuges não é crente é preciso agir com muita
sabedoria.
3. Compreender o valor da evangelização no lar.
Resenha Crítica
O lar é aquele lugar do
aconchego nas horas difíceis onde cada pessoa é ela própria. Nele as famílias
se encontram física e espiritualmente dentro de um clima de amor, confiança,
respeito e dignidade.
A casa é o abrigo do lar transformado
no paraíso do casal pelos laços sacramentais do matrimônio, o lugar onde através
do amor conjugal a família é constituída e se expande.
Dependendo do direcionamento
espiritual levado a efeito pelos dois ou simplesmente um dos cônjuges, a vida
familiar prossegue com menor ou maior dificuldade, haja vista um casal ser
formado por pessoas de naturezas diferentes.
Embora segundo a Bíblia, no
casamento ambos tornam-se uma só carne (Gn 2.24; Mt 19.5,6), existem as questões
humanas de visão de mundo, intelecto, situação financeira e educação doméstica
entre inúmeros fatores que muitas vezes levam o casal a carregarem um jugo
desigual.
Metaforicamente uma casa
pode indicar a linhagem de uma pessoa (Lc 1.27; 2.4). Também aponta para a
descendência de uma pessoa (Js 24.15; Sl 113.9;). Pode indicar uma família ou
clã (Gn 43.16). O corpo humano é a casa da alma enquanto ela estiver neste
mundo (2Co 5.1).
A Bíblia nos fala de “jugo
desigual” (Dt 22.8-10) – “Quando
edificares uma casa nova, farás no telhado um parapeito, para que não ponha
culpa de sangue na tua casa, se alguém de alguma maneira cair dela. Não semearás
a tua vinha de diferentes espécies de semente, para que se não profane o fruto
da semente que semeares e a novidade da vinha. Com bois e com jumentos
juntamente não lavrarás”.
Nessa passagem bíblica é vedada
a combinação de animais de diferentes raças em várias formas de trabalho. Por
exemplo, um boi não podia ser atrelado ao arado juntamente com um jumento. Deus
tornou distintas as espécies de animais e o homem não deve juntar-se àquilo que
naturalmente é separado.
O jugo desigual não se
refere a alguma forma de “desigualdade”, como se o crente, em qualquer associação,
fosse o elemento “melhor” do par, e assim tivesse a necessidade de dar a essa
associação a sua superior qualidade, ao passo que o lado incrédulo,
naturalmente, corrompesse a associação de alguma maneira. É possível que assim realmente
aconteça, em muitas oportunidades, mas não é isso o que está em foco nestes versículos.
O jugo desigual no casamento
implica em uma distinção natural entre o crente e o incrédulo. No crente existe
a implantação da natureza moral divina, o que o incrédulo não possui; por isso mesmo,
certas formas de associação com os incrédulos pode corromper a expressão de
justiça dos crentes.
O crente representa a luz
mas o incrédulo representa as trevas. Há certas modalidades de associação que
requerem comunhão íntima. Tais associações um crente não pode estabelecer com
um incrédulo, porquanto não existe base firme para comunhão necessária a tais
relações.
O crente e o incrédulo são
representantes de reinos diferentes e opostos um ao outro, é impossível de
serem reconciliados. Portanto, não podem associar-se com certa intimidade sem
provocar conflitos.
Os crentes em cristo não
podem concordar sobre as questões mais importantes da fé com os incrédulos, os
quais não recebem e nem respeitam a Jesus de Nazaré como Senhor e Salvador.
A comunhão entre o crente e
o espírito de Deus é tão íntima que o Senhor faz do crente um templo seu. O Espírito
Santo habita nos crentes, individualmente, e coletivamente.
Portanto, um crente não pode
ter qualquer conexão com a idolatria, em nenhuma de suas variadas formas; a
presença permanente do Espírito do Senhor na vida do crente requer desta forma
de santidade que não pode ser mantida se o crente insistir em suas associações
más com os incrédulos.
O templo de Deus é
corrompido por essas associações íntimas com os incrédulos. O crente faz parte
do povo de Deus. Isso fala sobre possessão e direitos diversos. Não pertencemos
a nós mesmos, mas antes, fomos comprados por grande preço; e isso requer uma
conduta agradável ao proprietário dos templos, que são os remidos (1Co
6.19,20).
O apóstolo Paulo aconselha: “Não vos prendais a um jugo desigual com os
incrédulos; pois que sociedade tem a justiça com a injustiça? Ou que comunhão
tem a luz com as trevas? Que harmonia há entre Cristo e Belial? Ou que parte tem
o crente com os incrédulos? E que consenso tem o santuário de Deus com os ídolos?
Pois nós somos santuários do Deus vivo, como Deus disse; Neles habitarei, e
entre eles andarei; e eu serei o seu Deus e eles serão o meu povo” (2 Co
6.14-16).
Havia na igreja de Corinto,
muitos crentes casados onde a mulher era pagã e outros casos em que a mulher
era cristã e o homem pagão. Mas ambos haviam constituído famílias antes de
conhecerem a Cristo.
A questão era se eles
deveriam continuar juntos ou separarem-se. Entretanto, como haviam se conhecido
antes de aceitarem a Cristo, o apóstolo Paulo aconselha a ambos não se separarem.
“Para os que já estão casados tenho um
mandamento que não é meu, mas do Senhor: que a mulher não se separe do seu
marido. Porém, se ela se separar, que não se case de novo, ou então que faça as
pazes com o marido e que o homem não se divorcie da sua esposa.
Aos outros digo eu mesmo, e não o Senhor: Se um
homem cristão é casado como uma mulher que não é cristã, e ela concorda em
continuar vivendo com ele, que ele não se divorcie dela. E, se uma mulher cristã
é casada com um homem que não é cristão, e ele concorda em continuar vivendo
com ela, que ela não se divorcie dele.
Pois, Deus aceita o homem que não é cristão
por ele estar unido com sua esposa cristã; e aceita a mulher que não é cristã
por ela está unida com o seu marido cristão. Se não fosse assim, os filhos
deles não pertenceriam a Deus. Mas sendo assim eles pertencem”. (Bíblia
de Estudo Despertar. NTLH.S.B.Brasil).
Deus estabeleceu o casamento
para o bem estar e felicidade da família, o que somente será possível pelo
amor.
Os gregos tinham pelo menos
quatro palavras que definiam o amor em suas várias formas.
O “phileo” = amor fraternal relacionado á amizade entre duas pessoas
a exemplo da amizade que havia entre Davi e Jônatas.
O “storge” = sentimento de afeição como o amor
entre pais e filhos.
O “eros” = amor desejo; trata-se do amor
entre pessoas de sexos opostos.
O “ágape” = amor na sua dimensão mais
elevada e mais pura, o amor de Deus.
Entre
os cônjuges deve existir o amor nas suas quatro dimensões. O amor puro sincero
e verdadeiro acompanhado de atenção, carinho, cavalheirismo, paciência, tato e
compreensão, são essenciais para perpetuar o amor entre os cônjuges (Ef 5.25;
Cl 3.19; 1Pe 3.7).
A Bíblia
ensina que marido e mulher devem se agradar mutuamente (1Co 7.33,34). E a
mulher deve ao marido, tanto agrado como a obediência. Amor e obediência são deveres
(Rm 3.8). O agrado é um fruto que brota espontaneamente do amor, da gratidão e
do contentamento.
A mulher
como esposa quer ser valorizada pelo que é, e por aquilo que ela proporciona ao
marido como sua auxiliadora idônea (Gn 2.18). Seu amor pelo marido manifesta-se
através do respeito, da dedicação, da solidariedade, das tarefas e dos cuidados
no dia a dia. Tudo pela motivação do amor (Ct 2.4).
As
relações na família têm sido fortemente influenciadas pelos efeitos da mídia. O
mundo globalizado encontra na mídia o seu mais forte aliado para uma comunicação
sem fronteiras, deixando sobre o livre arbítrio dos homens desse novo tempo a
seletividade e a capacidade crítica de abraçar todos os recursos e informações
disponíveis ou estabelecer critérios, limites e paradigmas a esse bojo de opções,
entre os quais ferve o caldeirão dos pecados que exala odor atrativo aos que
estão de olhos vendados pelo príncipe deste século.
Entretanto,
a família cristã, poderá encontrar na Palavra de Deus o verdadeiro antídoto
para resistir e enfrentar altaneiramente ás pressões do mundo moderno (1 Jo 2.16,17).
Os
meios de comunicação têm a capacidade de formar opiniões nas esferas social,
intelectual, financeira, sexual e educacional.
Entretanto,
de forma geral, as opiniões emitidas costumam ser adulteradas por interesses
malignos e tendenciosos, e nem sempre aquilo que se vê ou ouve nos meios de
comunicação representa a verdade do acontecido.
O mau
uso dos meios de comunicação prejudica o relacionamento familiar e a comunhão
com Deus, roubando-lhe o tempo da oração, da leitura bíblica, do culto doméstico
e até mesmo dos cultos regulares da igreja, destruindo os valores morais e espirituais.
Deus
disse a Moisés: “Não meterás, pois,
abominação em tua casa, para que não sejais anátema...” (Dt 7.26). Se
faltar rigor no controle desses meios de comunicação o prejuízo será irreparável
na vida conjugal, no desenvolvimento dos filhos e na manutenção do padrão ético
cristão estabelecido por Deus para a família.
Os homens
de Deus no passado fizeram uso dos meios de comunicação disponíveis no seu
tempo, sempre com o objetivo de usufruir o melhor daqueles recursos. Noé
sentindo a necessidade de saber como estava a situação da terra soltou um corvo
e depois soltou uma pomba para ver se já havia condições de descer da arca com
sua família. Aquelas aves iriam indicar a Noé as condições do tempo (Gn
8.7-14).
O rei
Ezequias se utilizou dos correios, o mais eficiente meio de comunicação de sua época,
para convidar os filhos de Israel a subirem a Jerusalém para celebrarem a Páscoa
(2Cr 30.6,10,13-16).
Entendemos
que o avanço tecnológico é uma grande bênção para os homens, porém o seu mau
uso é uma maldição, pois através destes meios o príncipe das potestades do ar
tem controlado a humanidade comprando e vendendo as suas almas. O apóstolo
Paulo bem nos adverte: “Examinai tudo e
retende o bem” (1Ts 5.21).
Consultas:
Lições
Bíblicas EBD-CPAD - 3º. Trimestre 2012 – (Comentarista: Eliezer de Lira e
Silva)
Bíblia
de Estudo Pentecostal – CPAD
CHAMPLIN.
R. N. O ANTIGO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.
CHAMPLIN.
R. N. O ANTIGO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.
ALEXANDER,
T. Desmond. Novo Dicionário de Teologia Bíblica. Editora Vida.
DAVIS, John. Novo Dicionário da Bíblia –
Ampliado e Atualizado. Editora Hagnos.
CHAMPLIN, R. N e BENTES, M.J. Ph.D.
Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Editora Hagnos.
Assessoria literária redacional e pedagógica da Mssª.
Laudicéa Barboza da Silva em http://nasendadacruz.blogspot.com Visite-nos e confira nossas produções
bíblico-literárias e pedagógicas contextualizadas com os temas.
Nenhum comentário:
Postar um comentário