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segunda-feira, 27 de agosto de 2012

A Ansiedade pelas Coisas Terrenas - Resenha Crítica:


   Escrito por Pr. João Barbosa da Silva
 Texto Bíblico: Mt 6.25-34
                            
Reflexão: “Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e o vosso Pai Celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?” (Mt 6.25)

Introdução: A Bíblia Sagrada nos mostra como Jesus tratou as questões das riquezas e da ansiedade, que é a fonte do problema do viver humano.
O mundo está envolto na ansiedade. No texto em apreciação Jesus ensina:
 Desenvolvimento: “Por isso, vos digo; não andeis cuidadosos quanto à vossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais do que o mantimento, e o corpo mais do que a vestimenta?

Olhai para as aves do céu, que não semeiam, nem segam, nem ajuntam em celeiros; e vosso Pai Celestial as alimenta. Não tendes vós muito mais valor do que elas?

E qual de vós poderá, com todos os seus cuidados, acrescentar um côvado à  sua estatura?

E quanto ao vestuário, porque andais solícitos?
Olhai para os lírios do campo como eles crescem; não trabalham nem fiam.
E eu vos digo que nem mesmo Salomão, em toda sua glória, se vestiu como qualquer deles.

Pois, se Deus assim veste a erva do campo, que hoje existe e amanhã é lançada no forno, não vos vestirá muito mais a vós, homens de pequena fé?
Não andeis, pois, inquietos, dizendo: Que comeremos ou que beberemos ou com que nos vestiremos?” (Mt 6. 25-31).

Compreenda-se que Jesus não está dizendo que é errado o cristão tomar providências para suprir suas futuras necessidades materiais, porém mostra com muita propriedade como deve ser o nosso comportamento (2Co 12.14).

O que ele realmente reprova aqui é a ansiedade ou a preocupação angustiosa da pessoa, revelando sua falta de fé no cuidado e no amor paternais de Deus. O apóstolo Pedro ensinou-nos a lançar sobre o Senhor toda a nossa ansiedade, lembrando-nos que Ele tem cuidado de nós (1Pe 5.7).

Ao focar as ervas do campo, Jesus confirma a promessa de Deus a todos os seus filhos nesta era da vida que nos proporciona tantas aflições e incertezas.

Deus prometeu tomar as providências pelo nosso alimento, vestuário e demais necessidades.

Não precisamos preocupar-nos nesse sentido, mas fazer a nossa parte, viver para Deus e deixá-lo reinar em nossa vida – “Mas buscai primeiro o Reino de Deus, e a sua justiça e todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6.33).

Aqueles que seguem a Cristo são conclamados a buscar acima de tudo o mais, o Reino de Deus e a sua justiça. O verbo “buscar” subentende estar continuamente ocupado na busca de alguma coisa ou fazendo um esforço vigoroso e diligente para obter algo (Mt 13.45).

Cristo menciona dois objetos da nossa busca:
1.    “O Reino de Deus” – Devemos buscar diligentemente a demonstração da soberania e do poder de Deus em nossa vida e em nossas reuniões.

Devemos orar para que o Reino de Deus se manifeste no grandioso poder do Espírito Santo para salvar pecadores, para destruir a influência demoníaca, para curar os enfermos e para engrandecer o nome do Senhor Jesus.

2.    “A sua justiça” – Com a ajuda do Espírito Santo, devemos procurar obedecer os mandamentos de Cristo, ter a sua justiça, permanecer separados do mundo e, demonstrar o seu amor para com todos, como exorta o apóstolo Paulo aos Fp 2.12,13.

De sorte que, meus amados, assim como sempre obedecestes, não só na minha presença, mas muito mais agora na minha ausência, assim também operai a vossa salvação com temor e tremor. Porque Deus é o que opera em vós tanto o querer como o efetuar; segundo a sua boa vontade”.

Em Mt 6.19-21, Jesus também nos ensina como deve ser o nosso comportamento em relação às riquezas – Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo consomem, e onde os ladrões minam e roubam.

Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam nem roubam. Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará também o vosso coração”.

O homem que cuida das coisas espirituais procura apenas um tesouro, isto é, o tesouro dos céus. Também busca conservar uma boa visão – a visão espiritual, a visão do Reino de Deus. É totalmente impossível alguém que tenha visão dupla, querendo servir a dois senhores ter a mesma fidelidade para com ambos.

Ninguém pode servir a dois senhores, porque ou há de odiar um e amar a outro, ou há de dedicar-se a um e desprezar o outro. Não podeis servir a Deus e às riquezas” (Mt 6.24). Essa fidelidade inclui amor ou ódio da parte do homem.

A natureza humana não é capaz de servir totalmente, com todas as forças, ao mesmo tempo ao que é espiritual e ao que é carnal. O homem terá que escolher finalmente a que senhor prefere. O verdadeiro serviço ao Senhor implica em amor a este, porque, segunda as prerrogativas bíblicas, o verdadeiro serviço não pode ser prestado sem o requisito do amor. A falta do amor subentende, por si mesma, a existência de dois senhores.

Não é errado o salvo tomar providências para suprir suas necessidades futuras, o que o Senhor reprova é a ansiedade e a dedicação exclusiva às coisas terrenas (Mt 6.31-34).
A preocupação pode:
Prejudicar nossa saúde;
Reduzir nossa produtividade;
Afetar negativamente todo o modo como tratamos os outros;
Diminuir nossa confiança em Deus.

Ao orientar-nos a buscar primeiro o Reino de Deus e a sua justiça, Jesus está nos ensinando que devemos priorizar Deus em nossa vida, de modo que nossos pensamentos e ações estejam voltados para sua vontade e que sirvamos e obedeçamos a Deus em tudo.

A ansiedade pelas coisas humanas leva o homem à ambição é à cobiça. Ambição é um exagerado senso de superioridade pessoal, auto-estima desordenada, arrogância, altivez de espírito e presunção.

Ambição e orgulho andam juntos, são inseparáveis e suas origens vêm desde a rebelião na vida angélica – “Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filha da alva! Como foste lançado por terra, tu que debilitavas as nações.

E tu dizias no teu coração: Eu subirei ao céu, e, acima das estrelas de Deus, exaltarei o meu trono, e, no monte da congregação, me assentarei, da banda dos lados do Norte. Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo. E, contudo, levado serás ao inferno, ao mais profundo do abismo” (Is 14.12-15).

Davi rejeitava toda forma de ambição e orgulho (Sl 131.1-3). A cobiça é um pecado grave por ser um desejo desordenado por alguma coisa que é excessiva em seu grau ou um desejo por aquilo que por direito é de outrem.

No sentido geral cobiça significa todo desejo desordenado pelas posses mundanas tais como fama, riquezas, posição social, superioridade, ganhos desonestos, honrarias, avareza e amor incontrolável ao dinheiro.

Paulo compara a cobiça com a idolatria – “Mortificai, pois, os vossos membros que estão sobre a terra: a prostituição, a impureza, o apetite desordenado, a vil concupiscência e a avareza, que é idolatria” (Cl 3.5).

Em sua raiz a cobiça traz muitas formas de pecado. Esta é a razão porque Jesus fez advertências sérias acerca da cobiça, ao descrever a parábola do homem insensato (Lc 12.13-21).

Conclusão: Nenhum empreendimento que compromete o bem-estar espiritual, a integridade e a estabilidade da família deve merecer qualquer atenção do homem ou da mulher cristãos.
O Senhor perguntou ao rico insensato: “Louco, esta noite te pedirão a tua alma, e o que tens preparado, para quem será?” (Lc 12.20).

Consultas:
Lições Bíblicas EBD-CPAD - 2º. Trimestre 2004
COELHO, Alexandre e DANIEL, Silas. Vencendo as Aflições da Vida. CPAD – Rio de Janeiro, 2012.

Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD

CHAMPLIN. R. N. O ANTIGO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.

CHAMPLIN. R. N. O ANTIGO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.

ALEXANDER, T. Desmond. Novo Dicionário de Teologia Bíblica. Editora Vida.

DAVIS, John. Novo Dicionário da Bíblia – Ampliado e Atualizado. Editora Hagnos.
CHAMPLIN, R. N e BENTES, M.J. Ph.D. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Editora Hagnos.

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