Escrito por Laudicéa Barboza
Consultor Teológico: Pr. João Barbosa da Silva
Texto Bíblico: 2 Re 12.4-15
Em família celebrando 68 anos do Pr. João Barbosa ANO 2011 |
Reflexão: “Minha
é a prata, e meu é o ouro, disse o Senhor dos Exércitos”. (Ageu 2.8)
Introdução: A mordomia do Evangelho em seus vários ramos inclui a mordomia do
dinheiro porque tudo que o homem tem, seja prata ou ouro, tudo pertence a Deus
(Ag 2.8).
O que fazemos com o nosso
dinheiro mostra a nossa mordomia na prática. O verdadeiro cristão deve ter
critérios para administrar não somente o dinheiro pessoal como o dinheiro
público.
Desenvolvimento:
Quem conhece o Evangelho
entende que a pregação do Evangelho visa o homem na sua totalidade, incluindo a
administração do seu dinheiro, do seu tempo e da própria vida.
Mordomia vem da palavra
grega “oikonomia” que em português
significa “economia”, isto é, utilização responsável dos recursos que o Senhor
colocar em nossas mãos incluindo talentos naturais, espirituais, bem como nossos
haveres materiais. Existe uma relação vital entre a vida material e a
espiritual do crente.
O rei Davi entendia que não
devia oferecer nada a Deus que não tivesse lhe custado coisa alguma. Em outras
palavras Davi compreendia que tudo que ele possuía vinha de Deus, e portanto,
só podia oferecer-lhe o que lhe tivesse sido dado por Deus.
Quando Davi quis comprar a
eira de Araúna a fim de edificar um altar ao Senhor para que o castigo cessasse
sobre o povo de Israel; Araúna simplesmente se dispôs a vender a eira por
qualquer preço que o rei oferecesse e ainda trouxe todo o material necessário
para o sacrifício.
Porém Davi não aceitou a
oferta e pagou muito bem não somente o terreno mas todo o material oferecido,
pagando 680 ciclos de ouro, ou seja, cerca de 6,81 gramas de ouro. E isso dá à
propriedade considerável valor. Ele deu a Araúna o que ele merecia (2 Sm 24.24).
De igual modo procedeu Abraão
no dia em que sua esposa Sara, morreu em Quiriate-Arba, que é Hebrom, na terra
de Canaã, quando Abraão chorou e lamentou por ela. “Depois, se levantou Abraão de diante do seu morto e falou aos filhos
de Hete, dizendo:
Estrangeiro e peregrino sou entre vós; dai-me
possessão da sepultura convosco, para que eu sepulte o meu morto de diante da
minha face; e responderam os filhos de Hete a Abraão dizendo-lhe:
Ouve-nos, meu Senhor: príncipe de Deus és no
meio de nós; enterra o teu morto na mais escolhida de nossas sepulturas; nenhum
de nós te vedará a sua sepultura, para enterrares o teu morto;
Então, se levantou Abraão e inclinou-se diante
do povo da terra, diante dos filhos de Hete. E falou com eles dizendo; Se é de
vossa vontade que eu sepulte o meu morto de diante da minha face, ouvi-me e
falai por mim a Efrom, filho de Zoar. Que ele me dê a cova de Macpela, que tem
no fim do seu campo; que ma dê pelo devido preço em posse de sepulcro no meio
de vós”. (Gn 23.1-9).
E respondeu Efrom a Abraão dizendo-lhe:
Meu senhor; ouve-me: a terra é de quatrocentos
ciclos de prata; que é isto entre mim e ti? Sepulta o teu morto. E Abraão deu
ouvidos a Efrom e Abrarão pesou a Efrom a prata de que tinha falado aos ouvidos
dos filhos de Hete, quatrocentos ciclos de prata, correntes entre mercadores.
Assim, o campo de Efrom, que estava em
Macpela, em frente de Manre, o campo e a cova que nele estava e todo o arvoredo
que no campo havia, que estava em todo o seu contorno ao redor, se confirmaram
a Abraão em possessão diante dos filhos de Hete, de todos que entravam pela
porta de sua cidade. E depois, sepultou Abraão a Sara, sua mulher, na cova do
campo de Hebrom, na terra de Canaã” (Gn 23.14-19).
Ao chegar o tempo de os filhos
de Israel deixar o Egito, no primeiro encontro de Moisés com o povo, depois de
sua chegada de Midiã, ele transmitiu para o povo uma palavra da parte de Deus
de acordo com sua promessa feita a Abraão.
“E eu darei graça a esse povo aos olhos dos egípcios;
e acontecerá que, quando sairdes não saireis vazios, porque cada mulher pedirá à
sua vizinha e à sua hóspeda vasos de prata, e vasos de ouro, e vestes, os quais
poreis sobre vossos filhos e sobre vossas filhas; e despojareis ao Egito” (Ex 3.21,22).
E fizeram os filhos de Israel conforme a
palavra de Moisés e pediram aos egípcios vasos de prata, e vasos de ouro, e
vestes. E o Senhor deu graça ao povo em os olhos dos egípcios, e estes
emprestavam-lhes, e eles despojavam os egípcios” (Ex 12.35,36).
Mais à frente, encontramos
Deus pedindo de volta ao povo parte daquela fortuna que eles haviam adquirido
na saída do Egito, por ocasião da construção do Tabernáculo com todos os seus
filatérios. “Então toda congregação dos
filhos de Israel saiu de diante de Moisés e todo o homem a quem o seu coração
se moveu e todo aquele cujo espírito voluntariamente, o impeliu, e trouxeram a
oferta alçada ao Senhor para a obra da tenda da congregação e para todo o seu serviço e para as vestes
santas” (Ex 35.20,21).
E o povo trouxe muito mais
do que bastava para o serviço da obra do Senhor, de forma tal que sobejava
sobremaneira que os sábios que trabalhavam na construção pediram que parassem
de trazer ofertas. (Ex 36.4-7). Isto nos mostra que tudo que temos pertence a
Deus, portanto, devemos saber como administrar.
Paulo ao escrever sua
segunda carta a Timóteo diz: “O amor do
dinheiro é a raiz de toda espécie de males e nessa cobiça alguns se desviaram
da fé e se traspassaram a si mesmo com muitas dores” (1Tm 6.10).
O jovem rei Joás nos dá um
grandioso exemplo de como se deve administrar as finanças para o crescimento da
obra de Deus. Ele entendia que o primeiro lugar deve ser a preocupação em dar o
melhor para Deus, seja com relação às coisas espirituais ou materiais (2 Re
12.4-15).
O apóstolo Paulo exortava às
igrejas, para que aqueles que cuidavam da doutrina, dessem tempo integral à
pregação do Evangelho e ao ensino da Palavra e que tivessem seu sustento
custeado pela igreja (1Tm 5.17,18).
No encontro com o jovem
rico, o Senhor Jesus mostra que aquele homem tinha o seu coração voltado para o
dinheiro e não tinha condições de servir a Deus (Mt 19.21-23).
Deus condena a avareza. Por
isso o apóstolo Paulo advertiu aos irmãos em sua 1ª. Carta à Igreja de Corinto,
“Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras,
nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões nem os
avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o
reino de Deus” (1 Co 6.10).
O vocábulo avareza (do
latim avaritia) é um dos sete pecados capitais, um sinônimo de ganância,
e é descrito como o apego excessivo e descontrolado pelos bens materiais e pelo
dinheiro, priorizando-os acima de tudo.
É comum confundir esse pecado com sovinice, (pão-duro),
porque a palavra Avareza em português é usada mais comumente como
sinônimo de sovinice do que de ganância. Mas no Latim, a palavra avaritia,
é usada mais comumente como sinônimo de ganância.
Conclusão: No Cristianismo
a avareza é a vontade exagerada de possuir qualquer coisa, mais
caracteristicamente, é um desejo descontrolado, uma cobiça por bens materiais e
dinheiro. Mas existe também avareza por informação, poder, status ou por
indivíduos, por exemplo.
O avarento prefere os bens materiais ao convívio com
Deus. Neste sentido, o pecado da avareza conduz à idolatria, que significa
tratar algo, que não é Deus, como se fosse Deus.
Para o ávaro, os bens materiais deixam de ser um meio para
aquisição de bens e serviços e para a satisfação das necessidades, mas um fim
em si. A avareza opõe-se à virtude da
generosidade.
Consultas:
Lições
Bíblicas EBD-CPAD - 4º. Trimestre 2003
COELHO,
Alexandre e DANIEL, Silas. Vencendo as Aflições da Vida. CPAD – Rio de Janeiro,
2012.
Bíblia
de Estudo Pentecostal – CPAD
CHAMPLIN.
R. N. O ANTIGO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.
CHAMPLIN.
R. N. O ANTIGO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.
ALEXANDER,
T. Desmond. Novo Dicionário de Teologia Bíblica. Editora Vida.
DAVIS, John. Novo Dicionário da Bíblia –
Ampliado e Atualizado. Editora Hagnos.
CHAMPLIN, R. N e BENTES, M.J. Ph.D.
Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Editora Hagnos.
Wikpédia – A Enciclopédia Lvre
WHITE, Ellen. Patriarcas e Profetas.
CPAD – S.Paulo – 1976.
ANGUS, Joseph. História, Doutrina e
Interpretação da Bíblia. Editora Hagnos – S.Paulo – 2003.
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