Total de visualizações de página

terça-feira, 28 de agosto de 2012

A Mordomia Cristã das Finanças - Estudo Bíblico


Escrito por Laudicéa Barboza
Consultor Teológico: Pr. João Barbosa da Silva
            http://nasendadacruz.blogspot.com
                                Texto Bíblico: 2 Re 12.4-15                            
Em família celebrando 68 anos do Pr. João Barbosa
ANO 2011
Reflexão: “Minha é a prata, e meu é o ouro, disse o Senhor dos Exércitos”. (Ageu 2.8)

Introdução: A mordomia do Evangelho em seus vários ramos inclui a mordomia do dinheiro porque tudo que o homem tem, seja prata ou ouro, tudo pertence a Deus (Ag 2.8).

O que fazemos com o nosso dinheiro mostra a nossa mordomia na prática. O verdadeiro cristão deve ter critérios para administrar não somente o dinheiro pessoal como o dinheiro público.

Desenvolvimento:
Quem conhece o Evangelho entende que a pregação do Evangelho visa o homem na sua totalidade, incluindo a administração do seu dinheiro, do seu tempo e da própria vida.

Mordomia vem da palavra grega “oikonomia” que em português significa “economia”, isto é, utilização responsável dos recursos que o Senhor colocar em nossas mãos incluindo talentos naturais, espirituais, bem como nossos haveres materiais. Existe uma relação vital entre a vida material e a espiritual do crente.

O rei Davi entendia que não devia oferecer nada a Deus que não tivesse lhe custado coisa alguma. Em outras palavras Davi compreendia que tudo que ele possuía vinha de Deus, e portanto, só podia oferecer-lhe o que lhe tivesse sido dado por Deus.

Quando Davi quis comprar a eira de Araúna a fim de edificar um altar ao Senhor para que o castigo cessasse sobre o povo de Israel; Araúna simplesmente se dispôs a vender a eira por qualquer preço que o rei oferecesse e ainda trouxe todo o material necessário para o sacrifício.

Porém Davi não aceitou a oferta e pagou muito bem não somente o terreno mas todo o material oferecido, pagando 680 ciclos de ouro, ou seja, cerca de 6,81 gramas de ouro. E isso dá à propriedade considerável valor. Ele deu a Araúna o que ele merecia (2 Sm 24.24).

De igual modo procedeu Abraão no dia em que sua esposa Sara, morreu em Quiriate-Arba, que é Hebrom, na terra de Canaã, quando Abraão chorou e lamentou por ela. “Depois, se levantou Abraão de diante do seu morto e falou aos filhos de Hete, dizendo:
Estrangeiro e peregrino sou entre vós; dai-me possessão da sepultura convosco, para que eu sepulte o meu morto de diante da minha face; e responderam os filhos de Hete a Abraão dizendo-lhe:

Ouve-nos, meu Senhor: príncipe de Deus és no meio de nós; enterra o teu morto na mais escolhida de nossas sepulturas; nenhum de nós te vedará a sua sepultura, para enterrares o teu morto;

Então, se levantou Abraão e inclinou-se diante do povo da terra, diante dos filhos de Hete. E falou com eles dizendo; Se é de vossa vontade que eu sepulte o meu morto de diante da minha face, ouvi-me e falai por mim a Efrom, filho de Zoar. Que ele me dê a cova de Macpela, que tem no fim do seu campo; que ma dê pelo devido preço em posse de sepulcro no meio de vós”. (Gn 23.1-9).

E respondeu Efrom a Abraão dizendo-lhe:
Meu senhor; ouve-me: a terra é de quatrocentos ciclos de prata; que é isto entre mim e ti? Sepulta o teu morto. E Abraão deu ouvidos a Efrom e Abrarão pesou a Efrom a prata de que tinha falado aos ouvidos dos filhos de Hete, quatrocentos ciclos de prata, correntes entre mercadores.

Assim, o campo de Efrom, que estava em Macpela, em frente de Manre, o campo e a cova que nele estava e todo o arvoredo que no campo havia, que estava em todo o seu contorno ao redor, se confirmaram a Abraão em possessão diante dos filhos de Hete, de todos que entravam pela porta de sua cidade. E depois, sepultou Abraão a Sara, sua mulher, na cova do campo de Hebrom, na terra de Canaã” (Gn 23.14-19).


Ao chegar o tempo de os filhos de Israel deixar o Egito, no primeiro encontro de Moisés com o povo, depois de sua chegada de Midiã, ele transmitiu para o povo uma palavra da parte de Deus de acordo com sua promessa feita a Abraão.

“E eu darei graça a esse povo aos olhos dos egípcios; e acontecerá que, quando sairdes não saireis vazios, porque cada mulher pedirá à sua vizinha e à sua hóspeda vasos de prata, e vasos de ouro, e vestes, os quais poreis sobre vossos filhos e sobre vossas filhas; e despojareis ao Egito” (Ex 3.21,22).

E fizeram os filhos de Israel conforme a palavra de Moisés e pediram aos egípcios vasos de prata, e vasos de ouro, e vestes. E o Senhor deu graça ao povo em os olhos dos egípcios, e estes emprestavam-lhes, e eles despojavam os egípcios” (Ex 12.35,36).

Mais à frente, encontramos Deus pedindo de volta ao povo parte daquela fortuna que eles haviam adquirido na saída do Egito, por ocasião da construção do Tabernáculo com todos os seus filatérios. “Então toda congregação dos filhos de Israel saiu de diante de Moisés e todo o homem a quem o seu coração se moveu e todo aquele cujo espírito voluntariamente, o impeliu, e trouxeram a oferta alçada ao Senhor para a obra da tenda da congregação  e para todo o seu serviço e para as vestes santas” (Ex 35.20,21).

E o povo trouxe muito mais do que bastava para o serviço da obra do Senhor, de forma tal que sobejava sobremaneira que os sábios que trabalhavam na construção pediram que parassem de trazer ofertas. (Ex 36.4-7). Isto nos mostra que tudo que temos pertence a Deus, portanto, devemos saber como administrar.

Paulo ao escrever sua segunda carta a Timóteo diz: “O amor do dinheiro é a raiz de toda espécie de males e nessa cobiça alguns se desviaram da fé e se traspassaram a si mesmo com muitas dores” (1Tm 6.10).

O jovem rei Joás nos dá um grandioso exemplo de como se deve administrar as finanças para o crescimento da obra de Deus. Ele entendia que o primeiro lugar deve ser a preocupação em dar o melhor para Deus, seja com relação às coisas espirituais ou materiais (2 Re 12.4-15).

O apóstolo Paulo exortava às igrejas, para que aqueles que cuidavam da doutrina, dessem tempo integral à pregação do Evangelho e ao ensino da Palavra e que tivessem seu sustento custeado pela igreja (1Tm 5.17,18).

No encontro com o jovem rico, o Senhor Jesus mostra que aquele homem tinha o seu coração voltado para o dinheiro e não tinha condições de servir a Deus (Mt 19.21-23).

Deus condena a avareza. Por isso o apóstolo Paulo advertiu aos irmãos em sua 1ª. Carta à Igreja de Corinto, “Não erreis: nem os devassos, nem os idólatras, nem os adúlteros, nem os efeminados, nem os sodomitas, nem os ladrões nem os avarentos, nem os bêbados, nem os maldizentes, nem os roubadores herdarão o reino de Deus” (1 Co 6.10).

O vocábulo avareza (do latim avaritia) é um dos sete pecados capitais, um sinônimo de ganância, e é descrito como o apego excessivo e descontrolado pelos bens materiais e pelo dinheiro, priorizando-os acima de tudo.

É comum confundir esse pecado com sovinice, (pão-duro), porque a palavra Avareza em português é usada mais comumente como sinônimo de sovinice do que de ganância. Mas no Latim, a palavra avaritia, é usada mais comumente como sinônimo de ganância.

Conclusão: No Cristianismo a avareza é a vontade exagerada de possuir qualquer coisa, mais caracteristicamente, é um desejo descontrolado, uma cobiça por bens materiais e dinheiro. Mas existe também avareza por informação, poder, status ou por indivíduos, por exemplo.

O avarento prefere os bens materiais ao convívio com Deus. Neste sentido, o pecado da avareza conduz à idolatria, que significa tratar algo, que não é Deus, como se fosse Deus.

Para o ávaro, os bens materiais deixam de ser um meio para aquisição de bens e serviços e para a satisfação das necessidades, mas um fim em si. A avareza opõe-se à virtude da generosidade.  

Consultas:
Lições Bíblicas EBD-CPAD - 4º. Trimestre 2003
COELHO, Alexandre e DANIEL, Silas. Vencendo as Aflições da Vida. CPAD – Rio de Janeiro, 2012.

Bíblia de Estudo Pentecostal – CPAD

CHAMPLIN. R. N. O ANTIGO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.

CHAMPLIN. R. N. O ANTIGO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.

ALEXANDER, T. Desmond. Novo Dicionário de Teologia Bíblica. Editora Vida.

DAVIS, John. Novo Dicionário da Bíblia – Ampliado e Atualizado. Editora Hagnos.
CHAMPLIN, R. N e BENTES, M.J. Ph.D. Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Editora Hagnos.
Wikpédia – A Enciclopédia Lvre
WHITE, Ellen. Patriarcas e Profetas. CPAD – S.Paulo – 1976.
ANGUS, Joseph. História, Doutrina e Interpretação da Bíblia. Editora Hagnos – S.Paulo – 2003.

Nenhum comentário:

Postar um comentário