Texto da Lição: 1Timóteo 6.7-12
Esboço: Escrito por Pr. João Barbosa da Silva
OBJETIVOS DE
APRENDIZAGEM:
EBD Templo Central em Abreu e Lima COMADALPE Celebrando a Ceia comemorativa ao Centenário das Assembléias de Deus no Brasil - Ano 2011 |
- Compreender
quem é o dono do nosso dinheiro.
- Discutir
a respeito dos
efeitos materiais do consumismo e das dívidas.
- Saber que é
possível livrar-se das dívidas com sabedoria e planejamento.
As dívidas são, geralmente,
originadas do mau uso das nossas finanças. Embora alguém possa de vez em quando
se encontrar mergulhado em dívidas por situações completamente alheias ao seu
querer, apesar de tudo isso, não deixa de ser o resultado de má condução dos
recursos pessoais ou familiares.
A respeito do gasto abusivo
e desnecessário o livro de Provérbios adverte: “Tesouro desejável e azeite há na casa do sábio, mas o homem insensato
o devora” (Pv 20.22).
A Bíblia é clara quanto ás
dívidas e situações de pobreza, afirmando não serem necessariamente
correspondente à falhas pessoais e pecado – “Pois
nunca cessará o pobre do meio da terra; pelo que te ordeno, dizendo: livremente
abrirás a tua mão para o teu irmão, para o teu necessitado e para o teu pobre
na tua terra” (Dt 15.11).
Um contexto de guerra, uma
doença que pode consumir todo o equilíbrio financeiro de uma pessoa ou família
e até mesmo uma catástrofe natural como podemos acompanhar nesses últimos
tempos, pode levar ao endividamento ou á situação de pobreza de forma
indesejável.
No entanto, muitos entram em
tal calabouço por vivenciarem comportamentos pecaminosos como jogos de azar,
vícios como alcoolismo, prostituição e procedimentos indesejáveis diversos que
o mundo invisível vai manifestando àqueles que não conhecem a Cristo.
A Bíblia adverte para o
resultado desses incautos: “Não estejas
entre os beberrões de vinho, nem entre os comilões de carne. Porque o beberrão
e o comilão cairão em pobreza; e a sonolência faz trazer as vestes rotas”
(Pv 23.20-21).
Em Mateus 6.19.34, Jesus
ensina sobre como o cristão deve lidar com o dinheiro e acerca das solicitudes
da vida, e enfatiza que o dinheiro deve ser o nosso servo e não o nosso senhor.
Salomão, o homem mais rico de todos os tempos, deixou bem evidente que o poder,
a riqueza, a glória humana e os prazeres desta vida não são eficazes para
satisfazer a alma. A Bíblia afirma ser o amor ao dinheiro a raiz de todos os
males (1Tm 6.10).
Mt 16.26 faz um
questionamento forte e de grande relevância: “Pois que adianta o homem ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?
Não devemos por a nossa confiança nos bens materiais para não sermos consumidos
por ele. O tesouro que devemos considerar mais importante deve ser as riquezas
e os valores espirituais.
“Não ajunteis tesouros na terra, onde a traça e a ferrugem tudo
consomem, e onde os ladrões minam e roubam.
Mas ajuntai tesouros no céu, onde nem a traça
nem a ferrugem consomem, e onde os ladrões não minam, nem roubam.
Porque onde estiver o vosso tesouro, aí estará
também o vosso coração” (Mt 6.19,20).
A palavra riqueza,
corresponde a Mamon, um termo
aramaico significando dinheiro ou outros bens terrenos valiosos. Jesus deixou
bem claro que uma pessoa não pode ao mesmo tempo servir a Deus e às riquezas
(Mt 6.24).
Servir as riquezas é dar-lhe
um valor tão alto que:
- Colocamos nela nossa confiança e fé.
- Esperamos da parte dela nossa segurança
máxima e felicidade.
- Confiamos que ela garantirá o nosso
futuro.
- A buscamos mais do que o reino de Deus e
a sua justiça.
Acumular riquezas é um
trabalho tão envolvente, que logo passa a controlar a mente e a vida da pessoa,
até que a glória de Deus deixa de ser a primazia em seu ser (Lc 16.13).
A Bíblia também nos mostra
que não é somente o rico que pode ter Mamon
como o seu deus, mas até mesmo o pobre, que nem sabe de onde virá a próxima
refeição. Mostra assim que a ansiedade é uma forma de adoração a Mamon, porque demonstra a falta de
confiança em Deus.
Aquele que se deixa vencer
pelas ansiedades demonstra que está servindo a dois senhores, e essa idéia
mostra não só o poder desse deus do dinheiro, mas também a sua adoração quase
universal, chegando ao cúmulo de roubar o Deus verdadeiro. Mamon é sem dúvida um agente especial de Satanás, sendo o segundo
em poder e soberania no mundo das más influências.
Ao tomar essa atitude o homem
torna-se discípulo de Mamon e
consequentemente não pode também ser discípulo do reino, porquanto já perdeu a
confiança no verdadeiro Deus. Mt 6.26 nos fornece muitas razões porque não
devemos fazer da ansiedade um deus – “Olhai
para as aves do céu, que não semeiam, nem ceifam, nem ajuntam em celeiros; e
vosso Pai celestial as alimenta. Não valeis vós muito mais do que elas?”
Se quisermos ser bem
sucedidos financeiramente, priorizemos o reino de Deus, conforme descrito em
(Mt 6.33). Se formos fiéis na entrega dos dízimos e ofertas, fazendo uso do nosso
dinheiro com sabedoria veremos a bênção do Senhor sobre nossas finanças.
“Trazei todos os dízimos á casa do tesouro,
para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o
Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu e não derramar
sobre vós uma bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança.
E por causa de vós repreenderei o devorador,
para que não vos consuma o fruto da terra; e a vide no campo não vos será
estéril, diz o Senhor dos Exércitos”(Ml 3.10,11).
A décima parte do nosso
salário não nos pertence, pois é do Senhor. As bênçãos que acompanham a
fidelidade na contribuição financeira virão tanto nesta vida como na do porvir.
O Senhor promete a todos aqueles que o honrarem e o temerem, conservar um
registro permanente no céu, concernente á vida fiel diante dele.
Isto vem a significar que
Deus observa e anota nossa fidelidade e o amor que lhe dedicamos. Quando comparecermos
diante de sua presença, Ele há de se lembrar de nossa fiel dedicação, e nos
trará como seus filhos.
“Então
aqueles que temem ao Senhor falam cada um com o seu companheiro; e o Senhor
atenta e ouve; e há um memorial escrito diante dele, para os que temem ao
Senhor e para os se lembram do seu nome.
E eles serão meus, diz o Senhor dos Exércitos,
naquele dia que farei, serão para mim particular tesouro; poupá-los-ei como um homem poupa a seu filho que o serve” (Ml 3.16,17).
O consumismo é um dos males de nossos dias. Quanto
mais infeliz e insatisfeita é a pessoa consigo mesma e com a vida mais
suscetível se torna aos apelos consumistas. A Bíblia se opõe a tal estilo
doentio de vida e nos apresenta conselhos e diretrizes para não sermos tragados
pelos seus terríveis efeitos: frustrações e em geral desespero.
O apóstolo Paulo assim se expressa: “Porque
nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada podemos levar dele. Tendo,
porém, sustento e com que nos cobrirmos,
estejamos com isso contentes”. (1Tm 6.7.8).
Mediante os apelos consumistas da mídia, urge que
mudemos a nossa ótica e perspectiva de vida, passando a nos alimentar da Palavra
de Deus e cultivando a nossa comunhão com Ele todos os dias para que não percamos
a sensibilidade e o discernimento espirituais ao darmos lugar ao espírito de
materialismo de nossos dias.
É possível livrar-se das dívidas com sabedoria e
planejamento. Se queremos evitar
dívidas, é preciso, antes de tudo, estabelecermos uma hierarquia clara do que é
ou não é tão importante adquirir. Valorizar o prioritário para a nossa vida e
nunca o supérfluo, adquirindo as coisas que realmente precisamos e não bens
apenas para a nossa ostentação.
Uma coisa que não podemos deixar de lado é evitar o
desperdício. Há duas formas de evitá-lo. Em primeiro lugar usufruir sempre
daquilo que está á nossa disposição e em segundo lugar ter o cuidado de não
usar de forma errônea.
Ao multiplicar os pães e peixes Jesus nos deu uma
grandiosa lição de economia quando ordenou que os seus discípulos recolhessem o
que sobrou para que nada se perdesse, além de deixar garantida uma próxima
refeição (Jo 6.12).
Sobretudo devemos ser previdentes. Jesus assim falou: “Pois, qual de vós querendo edificar uma
torre, não se assenta primeiro a fazer as contas dos gastos, para ver se tem
com que o acabar?
Para que não aconteça que, depois, de haver posto os alicerces e não a
podendo acabar, todos os que a virem comecem a escarnecer dele” (Lc 14.28,29).
Na passagem citada Jesus está se referindo à vida cristã,
no entanto, com nossas finanças não pode ser diferente. Antes de qualquer
comprometimento financeiro devemos avaliar as reais possibilidades para não
sermos pegos de surpresa no meio do processo.
Poupar é a mais inteligente das atitudes quanto ao uso
do dinheiro, sabemos que eventualidades sempre surgem e precisamos estar
preparados. Sendo nós mordomos de tudo que Deus nos deu devemos viver uma vida
financeira sensata e precavida, usando de forma correta tudo o que Ele
graciosamente colocou em nossas mãos. “Pois,
qual de vós querendo edificar uma torre, não se assenta primeiro a fazer as
contas dos gastos, para ver se tem com que o acabar? (Lc 4.28).
Sejamos portanto sábios, e
administremos o nosso dinheiro como um bom despenseiro de Deus.
Consultas:
Lições
Bíblicas EBD-CPAD - 3º. Trimestre 2012 – (Comentarista: Eliezer de Lira e
Silva).
COELHO,
Alexandre e DANIEL, Silas. Vencendo as Aflições da Vida. CPAD – Rio de Janeiro,
2012.
Bíblia
de Estudo Pentecostal – CPAD
CHAMPLIN.
R. N. O ANTIGO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.
CHAMPLIN.
R. N. O ANTIGO TESTAMENTO INTERPRETADO VERSÍCULO POR VERSÍCULO. Editora Hagnos.
ALEXANDER,
T. Desmond. Novo Dicionário de Teologia Bíblica. Editora Vida.
DAVIS, John. Novo Dicionário da Bíblia –
Ampliado e Atualizado. Editora Hagnos.
CHAMPLIN, R. N e BENTES, M.J. Ph.D.
Enciclopédia de Bíblia Teologia e Filosofia. Editora Hagnos.
Excelente abordagem, pastor. A maior parte dos problemas desses endividados, com certeza, origina-se do fato de não apreciarem as recomendações bíblicas, que visa o prazer nas coisas mais simples da vida humana, sem ostentação ou luxurias. O maior e melhor tesouro está sendo construído no céu, para a eternidade. Que Deus continue lhe dando graça para expor as verdades bíblicas.
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