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sexta-feira, 28 de outubro de 2022

CONTRARIANDO OS FALSOS PROFETAS - LIÇÃO N.5

 

LIÇÕES EBD-CPAD 4º. TRIMESTRE 2022

Uma abordagem transversalizada e contextualizada com esse novo tempo

Por: Pr. João Barbosa e Miss. Laudicéa Barboza

http://nasendadacruz.blogspot.com

TEMA DO TRIMESTRE: A JUSTIÇA DIVINA – A PREPARAÇÃO DO POVO DE DEUS PARA OS ÚLTIMOS DIAS NO LIVRO DE EZEQUIEL

Lição n.05- Contrariando os Falsos Profetas - 30.10.2022

Ezequiel 13. 1-10

APRESENTAÇÃO

O profetismo foi uma atividade que surgiu logo após a queda do homem. E entre os dez patriarcas antidiluvianos alguns deles exerceram o ofício profético com destaque para Enoque (Jd vs.14,15)- E destes profetizou também Enoque o sétimo depois de Adão dizendo: Eis que é vindo o Senhor com milhares de seus santos para fazer juizo contra todos e condenar dentre eles todos os ímpios, por todas as suas obras de impiedade, que impiamente cometeram, e por todas as duras palavras que ímpios pecadores disseram contra ele. Conforme podemos ver na construção da arca e da maldição sobre o seu filho mais novo Canaã (Gn 9.22,24,25)- E viu Cão, o pai de Canaã, a nudez do seu pai e fê-lo saber a ambos seus irmãos do lado de fora. E despertou Noé do seu vinho e soube o que o seu filho menor lhe fizera. E disse: Maldito seja Canaã, servo dos servos seja aos seus irmãos. Quando Moisés e Arão iam no deserto (Nm 11,25-29), Deus tirou do seu Espírito que estava sobre Moisés e derramou sobre os setenta anciãos os quais profetizaram só naquela ocasião.

DESENVOLVIMENTO: Os profetas são a voz de Deus na terra. É fato que onde há verdadeiros profetas há também falsos profetas, por isso Moisés advertiu o povo sobre o surgimento de falsos profetas mesmo entre os profetas legítimos (Dt 18.18-24). O apóstolo Pedro lembra que, da mesma forma dos profetas enviados por Deus no AT no seio da igreja também haverá de se levantar falsos profetas e falsos mestres (2Pe 1.19-2.1). Há no AT dois casos que podem ser usados como prova da declaração de Pedro: O relato de Zedequias filho de Quenana e sua companhia de profetas que conseguiram impressionar o rei Acabe (1Re 22.5-28; 2Cr 18.4-27), e o de Hananias, um falso profeta que decidiu desafiar o profeta Jeremias, mas se deu mal (Jr 28.1-17). Jeremias profere um duro e longo discurso contra ests falsos profetas que estavam na Babilônia e se comunicavam com os seus colegas em Jerusalém (Jr 29.20-28). Como testemunha independente entre os exilados em Quebar, Ezequiel confirma o testemunho de Jeremias depois do pronunciamento do juízo devino em Jerusalém com seus príncipes e o próprio rei de Judá, quando Ezequiel se dirige nessa passagem contra os falsos profetas. O oráculo do profeta Ezequiel estã dividido em três partes:

A)   A obra dos profetas insensatos (Ez 13.1-7);

B)   O julgamento de Deus sobre os profetas ímpios (Ez 13.8-16);

C)   Maneiras das falsas peofecias (Ez 13.17-22).

O oráculo começa com a introdução profética tradicional indicando a fonte do discurso: A palavra do Senhor veio a mim. Essa palavra é uma ordem para Ezequiel profetizar contra os profetas de Israel (Ez 13.2). Ezequeiel ridiculariza esses mensageiros usando o título de “Profetas”, como eram conhecidos. Essa expressão “Profetas de Israel” só aparece três vezes no AT, e apenas Ezquiel faz uso delas (Ez 13.2,16; 38.17). É um título louvável e de alto nível, no entanto o contexto revela que os profetas tinham traído sua posição de privilégio. O contexto da profecia deixa claro que os destinatários originários destas mensagens são falsos profetas (Ez 13.3-7). Não existe no AT hebraico a expressão “falso profeta”. A diferença entre o verdadeiro e o falso se reconhece pelo contexto ou adjetivo que acompanha a palavra “profeta”. Deus fala deles usando a expressão “meus servos, os profetas” (2Re 9.7; 17.13; Jr 7.25). Moisés, Samuel, Elias e Eliseu são chamados nas Escrituas de “homens de Deus” (Dt 33.1; 1Sm 9.6, 2 Re 4.9). O termo é aplicado a Eliseu vinte e nove vezes, a Moisés sete vezes e a Samuel seis vezes, sem contar o seu emprego aos profetas anônimos (1Sm 2.27; 1Re 20.28; 2Cr 25.7.9). Curiosamente, os mesmos termos hebraicos navi, ‘profeta”, hozeh, “vidente”; usados para os profetas do Deus vivo ou videntes como Samuel, Natã e Gade (1Cr 29.29) são também aplicados aos falsos. È o contexto que vai diferenciar o verdadeiro do falso. A Septuaginta emprega dez vezes a palavra grega pseudoprophretes, “falso profeta” para traduzir “navi” (Jr 6.13;33.7,8,11,16;26.7,8,11,16;34.8; 27.9; 35.1; 28.1; 36.1-8;29.1,8; Zc 13.9) é a mesma palavra usada pelo apóstolo Pedro (2Pe 2.1). A mensagem contra os falsos profetas é porque profetizam o que lhes vem ao coração. Jeremias teve também de profetizar contra os colegas deles em Jereusalém (Jr 23,16). Falar em nome de Javé sem que ele tenha mandado constituia crime em Israel,  e era o que os falsos profetas estavam fazendo. Assim, o ofício que exerciam não era legítimo, pois não eram pessoas qualificadas para o exercício do ministério. Diziam que o seu discurso era a palavra de Javé (Ez 13.6,7) no entanto, eles precisavam ouvir a palavra de Deus (Ez 13.2c). A sentença é reiterada de forma mais enfática: Minha mão sera contra os profetas que tem visões falsas e que advinham mentiras. O emprego antropormófico da “mão de Javé” para o julgamento é frequente em Ezequiel 6.14;14.9,13;16.27.25,7,16,16;35.3. Essa expressão aparece também em Is 5.25;10.4. Usando tal expressão Deus anuncia três tipos de punição: Não entrarão no conselho do meu povo, não serão inscritos nos registros da casa de Israel, nem entrarão na terra de Israel.

CONCLUSÃO: Não serão inscritos nos registros da casa de Israel. Algumas passagens do AT mencionam a existência de um registro dos cidadãos de Israel (Jr 17.13; Ed 2.62; Ne 7.64). Se a palavra profética nessa passagem se referiu a essa lista, significa a exclusão dos falsos profetas da comunidade judaica. No entanto, a Bíblia fala de um livro divino com o nome dos justos. Esse registro pode ser uma lista divina, o livro da vida (Ex 32.32; Sl 69.28;Is 4.3;Dn 12.1;Lc 10.20; Ap 3.5;13.8;17.8;2012,15;21.17). Segundo Feinberg, Ezequiel estava falando de um acordo público na terra com implicações eternas (Lc 10.20; Ap 3,5;20.15). Nem entrarão na terra de Israel com o fim da hegemonia babilônica, Javé se compromete a levar o povo de volta para a terra de Israel depois de setenta anos (Jr 25.11;29.10), mas os falsos profetas e seus descendentes ficarão de fora da comunidade do retorno (Jr 29.32). Eles serão “extirpados”, termo usado por Greenberg.

(Obs. Esse subsídio foi escrito utilizando parte do livro do Pr Esequias Soares comentarista da lição).

Bibliografia

Revista EBD CPAD – Adultos - 4 trimestre 2022– Comentarista Esequias Soares / Livro A Justiça Divina – Esequias Soares & Daniele Soares Edit. CPAD 2022

Novo Comentário Bíblico São Jerônimo – Antigo Testamento-Raymond Brawn  outros Editora Paulus 2007

Israel no Exílio – Uma Interpretação Teológica – Ralph W. Klein – Editora Paulus 2012

Comentário Bíblico Brice – Antigo e Novo Testamento NVI – 2 edição 2012. Editora Vida.

Bíblia de Estudo Pentecostal / Bíblia do Pregador Pentecostal / Bíblia de Estudo Profética Tim Lahaye – Almeida Corrigida Fiel/

Novo Dicionário da Bíblia John Davis Editora Agnus 2005

Enciclopédia Histórico-Teológica da igreja Cristã – Ed Vida Nova - 2009

Todas as profecias da Bíblia – John F. Walvoord – Editora Vida 2012

                         

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