Texto Bíblico Chave
“Aquele que
testifica estas coisas diz: Certamente, cedo venho. Amém!
Ora, vem, Senhor
Jesus!”
(Apocalipse
22.20)
A segunda volta de Cristo a este
mundo para o arrebatamento da igreja acontecerá em duas fases distintas. Na
primeira fase Jesus vem para arrebatar a sua igreja e será um rapto, só os
crentes verão.
O apóstolo Paulo disse que esse
acontecimento será num abrir e fechar de olhos ante a última trombeta.
“Porque a trombeta soará e os mortos ressuscitarão
primeiro, depois, nós os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com
ele nas nuvens, ao encontrar o Senhor nos ares” (1 Ts
4.13-17; Mt 24.40,41, 1 Co 15.51-58).
O escritor aos Hebreus chama a esse
evento do arrebatamento, de Segunda Vinda de Cristo (Hb 9.28).
A segunda fase será visível, com
poder e grande glória, e todo olho o verá (Ap 1.7; Mt 24.27,30). Por isso,
quando a Bíblia diz, os sinais de sua vinda, pode se referir ao arrebatamento
da Igreja ou à sua vinda em glória e visível aos olhos das nações para destruir
o reino do Anticristo, libertar Israel, julgar as nações e estabelecer o seu
Reino Milenial (Ap 20.2-6; 2.26,27; Mt 25.31,32).
A palavra arrebatamento no
contexto da escatologia bíblica tem seu etmo no verbo grego harpazõ. Esta
palavra se acha quatorze vezes no Novo Testamento.
No grego secular e na Versão dos LXX,
tem o significado de:
“Furtar”, “levar embora”, “arrastar
para longe” (Mt 12.29; Jo 10.12; Gn 37.32.33; Sl 7.2).
Significa também conduzir à força (
Jo 6.15; 10.28,29; At 23.10; Jd 23).
Emprega-se ao ato do Espírito em
arrebatar alguém (At 8.39; 2 Co 12.2.4; 1 Ts 4.17; Ap 12.5).
O arrebatamento é uma mudança
de localização que é outorgada aos homens por um poder sobrenatural, devendo
ser distinguido de um lugar na terra para outro (At 8.39,40), e o arrebatamento
para um mundo sobrenatural (2 Co 12.2,4; 2 Reis 2.11,12; Gn 5.24; 1 Ts
4.17).
Já no Antigo Testamento, encontramos
precedentes de homens que não experimentaram a morte, como Enoque (Gn 5.23,24).
Em Tipologia, o arrebatamento de Enoque antes do dilúvio, prefigura o
arrebatamento da Igreja antes da Grande Tribulação.
A Bíblia não revela se Enoque
tinha sido avisado acerca do dia do seu arrebatamento. Está escrito porém, que
antes da sua trasladação alcançara testemunho de ter agradado a Deus (Hb 11.5).
Que seja essa, nossa posição
espiritual como diz o apóstolo Paulo: “Pelo que muito desejamos também
ser-lhe agradáveis”(2 Co 5.9). Para alguém agradar a Deus é preciso andar
segundo o Espírito, porque os que andam segundo a carne não podem
agradá-lo (Rm 8.8).
Assim como Enoque chegou ao dia do
seu arrebatamento andando com Deus e agradando a Deus, façamos o mesmo. Vivamos
para Jesus cada dia, pois não sabemos quando o Senhor virá (Mt 24.42,44; Mc
13.32,33).
Uma coisa é certa: Jesus muito breve
virá (Ap 22.7,17,20).
Elias também sabia que ia ser
arrebatado (2 Reis 2.9-12).
Mas o seu arrebatamento não prefigura
o arrebatamento da Igreja, e sim, a certeza de que nem todos provarão a morte
(1 Co 15.51; 1 Ts 4.17).
A Bíblia registra uma ordem das
ressurreições: Jesus morreu e, três dias depois, ressuscitou de entre os
mortos (Mt 28.1-7; Mc 16.1-7; Lc 24.1-10; Jo 20.1-10; At 2.24; 3.15; 4.32;
10.40; 17.3; Rm 1.4; 4.25; 1 Co 3.4; Ef 1.20; 1 Ts 4.14; 1 Pe 3.18).
Ao ressuscitar de entre os mortos,
diz o apóstolo: “Cristo foi feito as primícias dos que dormem” (1
Co 15.20). Apesar de outros terem sido restaurados à vida, tanto no Antigo como
no Novo Testamento, podemos afirmar que eles morreram outra vez, e retornaram
ao túmulo.
Em Cristo, uma nova ordem começou, quando
ele recebeu um corpo que durará para toda eternidade. Pelo fato de Jesus ter
recebido um corpo ressurreto, os que ressuscitarem em Cristo, também receberão
um corpo semelhante e jamais morrerão. Por isto, o apóstolo disse cada um por
sua ordem: Cristo as primícias, depois, os que são de Cristo na sua vinda
(1 Co 15.22,23).
Apresentaremos um quadro
demonstrativo a seguir:
1
|
A ressurreição de Jesus Cristo
|
Mt 28.1-7;
Mt 2.24; 1 Co 15.3,4; Ap 1.17,18;
|
2
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Ressurreição de alguns santos na época da morte e ressurreição de
Cristo
|
Mt 27.50-53; Hb 11.35;
|
3
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A ressurreição por ocasião do Arrebatamento da Igreja
|
1 Co 15.51-58; 1 Ts 4.14-17
|
4
|
A ressurreição das duas testemunhas
|
Ap 11.3-13;
|
5
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A ressurreição dos santos do Antigo Testamento
|
Is 26.19-21; Ez 37.12-14.
Dn 12.1-3;
|
6
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A ressurreição dos santos da grande tribulação
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Ap 20.4-6;
|
7
|
A ressurreição dos ímpios para o juízo do grande trono branco
|
Ap 20.11-15
|
A Bíblia nos revela o grande o
mistério da ressurreição (1 Co 15.3-8; 20-23; 35-50) e mostra que nos
finais dos tempos haverá uma exceção à morte. No arrebatamento da Igreja, uma
geração inteira dos que forem salvos será levada ao céu sem morrer. Isto constituirá
uma grande exceção à morte e ressurreição (1 Co 15.51-58; 1 Ts 4.14-17).
Comentando acerca da ressurreição e
arrebatamento, o apóstolo Paulo diz que isto acontece num momento, num abrir e
fechar de olhos. A palavra momento no original grego éátomos, que
significa, sem divisão.
Literalmente, essa palavra significa
impossível de ser cortado, ou seja, incapaz de sofrer qualquer divisão. Paulo
aplicou isto ao Arrebatamento da Igreja. Ele disse que é num abrir e
fechar de olhos onde não haverá mais tempo para nenhum preparo.
O apóstolo ainda adverte que o
arrebatamento acontecerá quando o Senhor Jesus descer dos céus com alarido, com
voz de arcanjo e com trombeta de Deus. Então os que morreram em Cristo
ressuscitarão primeiro.
Mas em 1 Co 15.52, o apóstolo Paulo
refere-se à ultima trombeta. Essa trombeta não será a trombeta de Ap 11.15. Ela
se refere ao evento do final da Grande Tribulação quando os reinos do mundo
vierem a ser de Nosso Senhor e do seu Cristo, e ele estabelecer o seu Reino
para sempre.
Paulo, por inspiração do Espírito
Santo, coloca a ressurreição e o Arrebatamento da Igreja pela vinda de Cristo
ao soar da última trombeta. Essa é uma localização específica do acontecimento.
A trombeta de 1 Co 15.52 soa antes a
ira de Deus cair sobre a terra, ao passo que a trombeta de Ap 11.15 soa ao
final da ira de Deus, pouco antes do fim da Grande Tribulação.
A trombeta que convoca a Igreja é
chamada de trombeta de Deus (1 Ts 4.16), enquanto que a sétima trombeta é a
trombeta de um anjo.
Em Nm cap 10 lemos sobre o soar de
trombetas para convocação de uma assembleia do povo e para suas jornadas. Havia
toques específicos para cada um dos acampamentos dos israelitas e toques
especiais para toda a congregação.
A última trombeta significava que
toda congregação estava finalmente de partida. Daí o apóstolo afirmar: “Cada
um por sua ordem” (1 Co 15.23).
A trombeta do arrebatamento da Igreja
é um toque de reunir que despertará tanto os que estão no pó quanto os que
estão vivos para o encontro de Jesus nos ares (Is 18.3; 27.13a; Mt 24.31; Sl
47.5).
A trombeta de Ap 11.15 é uma trombeta
de tempo e de juízo; a de 1 Ts 4.16 e 1 Co 15.52, é um toque de
reunir; uma trombeta de regozijo e de salvação.
Nesta ocasião o nosso corpo mortal ou
corruptível será revestido de imortalidade. Quando isto acontecer cumprir-se-á
a palavra que está escrita: “tragada foi a morte na vitória” (1 Co 15.54,55).
Isso mostra que a morte e o inferno serão definitivamente derrotados. (Ap
22.7,17,20).
O brado de vitória sobre a morte e o
inferno significa para os eleitos a grandiosidade da salvação e da vida eterna
(Jo 3.16). A morte de Cristo fez expiação por nós e quebrou de vez o poder do
pecado, da morte, do inferno e dos poderes espirituais malignos (Rm 3.24; Cl
2.15).
“Onde está, ó morte, o teu aguilhão!
Onde está, ó inferno, a tua vitória” Ora o aguilhão da morte é o pecado, e a
força do pecado é a lei, mas graças a Deus que nos dá a vitória por Nosso
Senhor Jesus Cristo” (1 Co 15.55-58).
Fontes:
CHANPLIN. Enciclopédia de Bíblia Filosofia eTeologia - Edit. HAGNOS
COENEN. Lotar e BROWN, Colin. Dicionário Internacional de Teologia do
Novo Testamento. Edit. Vida Nova
CHANPLIN. Novo Testamento Interpretado Versículo por Versículo – Edit.
HAGNOS
CHANPLIN. Antigo Testamento Interpretado Versículo por Versículo – Edit.
HAGNOS
HINDSON, Tim Lahaye Ed. Enciclopédia Popular de Profecia Bíblica.
Editores Gerais. Editora CPAD
Bíblias:
De Estudo Pentecostal. Editora CPAD
De Estudo Defesa da Fé. Editora CPAD
Em Ordem Cronológica: Nova Versão Internacional. Editora Vida
Estudo de Genebra (Edit.Cultura Cristã e Soc. Bíblica do Brasil
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