Gênesis o Livro
da Criação Divina - Lição 01 - 4º. Tri EBD CPAD – 04.10.2015
Abordagem de
Conteúdos Transvers. com o Tema em Estudo
Gênesis 1.1-10, 14, 26
Reflexão: Sem o livro de Gênesis, as grandes
perguntas da vida ainda estariam sem resposta. Deus se revela
na Bíblia como um ser infinito, eterno, auto existente e como a causa primária
de tudo que existe.
Nunca houve um momento em que Deus não existisse;
como afirma Moisés: “Antes que os montes
nascessem, ou que tu formasses a terra e o mundo, sim, de eternidade a
eternidade,tu és Deus” (Sl 90.2).
Deus é o autor da vida. Ele sempre existiu eterna e
inifinitamente antes de criar o universo finito. Ele é anterior a toda a
criação no céu e na terra. Está acima e independente dela (1Tm 6.16; Cl 1.16). Deus
se revela como um Ser pessoal que criou Adão e Eva “à sua imagem” (Gn 1.27).
Como Adão e Eva foram criados à imagem de Deus,
podiam se comunicar com ele e ter
comunhão de modo amoroso e pessoal. Deus também se revela como um ser moral que
criou tudo bom e, portanto, sem pecado.
Ao contemplar tudo que fizera, observou que era
“muito bom” (Gn 1.31). Visto que Adão e Eva foram criados à imagem e semelhança
de Deus, eles também não tinham pecado
(Gn 1.26). O pecado entrou na existência humana, quando Eva foi tentada pela
antiga serpente que é o Diabo, Satanás (Gn 3.1-7; Rm 5.12; Tm 2.14; Ap 12.9).
Criação e
evolução – A evolução é o ponto de vista que predomina na
comunidade científica e educacional do mundo atual, quando o assunto é a origem
do universo. Aqueles que têm a Bíblia como regra de fé, e pratica, e concordam
com a inerrância das Escrituras, devem atentar para algumas observações a
respeito da evolução.
A evolução é uma tentativa naturalista para
explicar a origem e desenvolvimento do universo. Esta intenção começa com uma
pressuposição de que não existe um Deus Criador pessoal e divino, que criou e
formou o mundo (Hb 11.3; Cl 1.16-17; Jo 1.3).
Para os evolucionistas, tudo é obra do acaso. Ao
longo de bilhões de anos, suas supostas bases científicas, não resistem as
provas do criacionismo, pois o ensino evolucionista não é científico, e a
evolução é uma hipótese sem comprovação científica.
Somente aqueles que crêm em teorias humanas, é que
podem aceitar as teorias evolucionistas. Gênesis 1.1, trata da vinda do mundo
material à existência, pelo poder da Palavra de Deus. Depois da criação da
matéria, Deus passa a colocá-la em ordem, distribuindo com sua sabedoria, afim
de torná-la bela.
Esses serviços de organização deu-se nos chamados
“dias da criação”, que são os seis dias literais (Gn 1-30). Quando Deus por seu
poder trouxe a existência todas as coisas que não existiam (Gn 2.4), não as
trouxe à existência de forma organizada.
Depois de criar o mundo da matéria, Deus começou a
organizar seu mundo material que era inabitável e deserto. Este é o sentido da
expressão sem forma e vazia (Gn 1.2).
Em Gênesis encontramos uma terra que estava sem
forma e vazia, que em breve ficaria organizada, pela atuação de Deus. O sem
forma e vazia do verso 2, simplesmente refere-se ao estado inicial da terra, e
não a um estado posterior ou final.
Lembre-se de que foi Deus que trouxe à existência
esse estado inicial sem forma e vazia e trevas sobre a face do abismo. A razão da existência das trevas é bastante
simples; Deus ainda não havia criado a luz.
O início do
primeiro dia – O texto de Gn 1.3-5. Diz o seguinte: Disse Deus:
“Haja luz” e houve luz. Deus viu que a luz era boa e separou a luz das trevas.
Deus chamou a luz dia, e as trevas chamou noite. Foi tarde, e manhã, o dia
primeiro. Em uma análise da estrutura do primeiro dia, vemos que o ato
principal da criação desse dia, foi a luz, como nos mostra Gn 1.3.
Em Gn 1.4, Deus separa a luz das trevas. Logo a
seguir, há uma sequência de eventos: 1º.
Trevas; 2º. Criação da luz; 3º. Separação entre luz e trevas; e 4º. Fim do dia. Uma das teorias mais
conhecidas dentro do criacionismo relacionada com Gn1,2 é a Teoria do Hiato.
Essa teoria coloca o verso 2 do cap 1, num espaço de tempo que antecede os seis
dias da criação.
Alguns colocam milhões ou bilhões de anos
ecológicos dentro desse espaço de tempo, para harmonizar a cronologia
naturalista e os fósseis, com o relato bíblico. Essa versão é conhecida como
teoria da ruína e reconstrução.
Thomas Chamer (1780-1847), teólogo escocês e
primeiro moderador da igreja livre da Escócia, foi provavelmente a pessoa
responsável pelo surgimento da Teoria do Hiato. Essa ideia foi popularizada por
William Backland (1784-1856), geólogo e palentólogo de Westminster.
A Bíblia de Estudo Scofield e a referência bíblica
anotada de Dake, são alguns dos exemplos mais comuns onde a Teoria do Hiato
permanece como ensino.
Esta teoria ensina que num passado distante, Deus
criou uma terra e céus perfeitos. Satanás governava esta terra povoada por uma raça humana sem alma: Ele
morava no jardim do Éden (Ez 28), mas se rebelou contra Deus desejando
tornar-se como Ele (Is 14).
Com a queda de Satanás, o pecado teria entrado no
mundo, trazendo o julgamento de Deus sobre a terra em forma de um dilúvio
indicado pelas águas de Gn 1.2, seguida por uma
era glacial.
Todos os
fósseis humanos de plantas e de animais encontrados hoje, segundo essa teoria, são
desse dilúvio. Não existe um único comentário bíblico, escrito, antes do século
XVIII, que faça alguma menção desse hiato de tempo de Gn 1.1 e 1.2.
O alvo principal dessa doutrina era harmonizar as
descobertas das áreas da geologia, paleontologia com a narrativa bíblica. Mas,
graças a Deus, que essa teoria suspeita
dentro da igreja fracassou. O evolucionismo teísta não explica como pode o
pecado ter entrado no mundo antes do pecado de Adão (Gn 3.1-8; Rm 5.12). Lúcifer,
caiu depois da criação do homem, e não antes. As razões são claras.
Primeiro: Deus termina o
sexto dia da criação dizendo: “E viu Deus tudo quanto tinha feito, e tudo era
muito bom”. Deus não chamaria um universo de bom, onde houvesse pecado.
Segundo: O fato de Deus
abençoar o sétimo dia (Gn 2.1-3), e estabelecer um mandamento relacionado a
esse dia (Ex 20.8-11), mostra que neste mundo criado por Deus, não havia traço
nenhum de pecado (Cl 1.15-17).
Terceiro: O jardim do
Éden, foi criado no 6º. dia e não antes (Gn 2.8). Satanás só teve algum domínio
depois da queda do homem.
Quarto: A expulsão de
Satanás ocorreu depois da ressurreição de Jesus, e não antes (Jo 12.31; Ap
12.1-17). Várias interpretações têm sido dadas aos dois primeiros capítulos da
criação – Gênesis não há necessidade de se procurar harmonizar.
Gn 1. 1,2, contam
uma mesma história como já vimos. Para os interpretar corretamente, precisamos
entender a estrutura sobre a quem eles foram estabelecidos. Essas estruturas
permeam toda a revelação de Deus.
Deus não revelou a totalidade do seu plano para a
humanidade de uma única vez. Ele o fez gradativamente, á cada nova revelação,
acrescentava mais detalhes ao que havia sido revelado. Assim, ocorre com a
estrutura de Gn 1.1, 2.
Gênesis 1.1. resume a criação que será descrita no
primeiro capítulo. Gênesis 1.2-31, é uma expansão do que foi dito em Gn 1.1.
Gênesis 1.28-30 resume a criação do ser humano que será descrita no capítulo 2.
Gn 2.4-25, é uma expansão do que foi dito em Gn 1.28-31.
O terceiro dia da criação apresenta um aspecto
científico de grande relevância. Segundo o Dr. Wegener, todos os continentes do
planeta da terra estavam unidos no passado, em um único bloco chamado por ele
de “urkontinet”, palavra alemã
significando “a origem dos continentes”.
Esse termo foi substituído pelo termo grego “pangea” - “toda a terra”, Foi essa teoria de Alfred Wegener que deu
origem a moderna teoria da Tectônica de
Placas.
Embora existam difrenças quanto a origem das forças
que causam o movimento das placas tectônicas, não existem divergências quanto a
existência de um único continente, primordial, independente do que os
cientistas venham afirmar no futuro. O planeta Terra, na sua origem, possuia um
único continente, um único oceano.
É exatamente isso, o que a Bíblia narra: “E disse Deus: Ajuntem-se num só lugar as
águas que estão debaixo do céu, e apareça a porção seca. E assim foi. A parte
seca Deus chamou terra; e mares, ao conjunto das águas. E Deus viu que ficou
bom” (Gn 1.9-10).
O que Deus chamou Terra, os cientistas chamaram
super continente ou pangeia, e ao que deus chamou mares, os cientistas chamaram
de superoceanos ou pantalassa.
A Bíblia nos garante que a criação das plantas
ocorreram de forma muito simples (Gn 1.11-13). Deus chamou de vegetação, aquilo
que chamamos de reino vegetal.
Os luminares vieram no quarto dia (Gn 1.14-19); no
quinto dia vieram os peixes; no sexto dia os animais e o homem. A Bíblia nos
informa que no sexto dia ocorreu a criação dos animais terrestres e do ser
humano.
Não são oferecidos detalhes dessa criação no
capítulo 1, a não ser alguns fatos que estão relacionados à natureza e a função
do ser humano (Gn 1.24-31).
Consultas: Lições Bíblicas
EBD-CPAD - 4º. Trimestre 2015 – (Comentarista: Pr. Claudionor de Andrade).
ANDRADE Claudionor. O Começo de
Todas as Coisas. Rio de Janeiro, 2015 – CPAD
ANDRADE Claudionor. Dicionário de Profecias Bíblicas. CPAD. RJaneiro
2005
WHITCOMB John. .A Terra... De
onde Veio? Editora Fiel. São Paulo, 1992
CAMPOS Heber Carlos. O Habitat Humano - O Paraíso Criado. Edit. Hagnus.
SPaulo, 2011
CAMPOS Heber Carlos. O Habitat Humano - O Paraíso Perdido. Edit. Hagnus. SPaulo, 2012
LOURENÇO Adauto. Gênesis 1 & 2 – A Mão de Deus na Criação. Editora
Fiel. SPaulo, 2011
LOURENÇO Adauto. Como Tudo Começou – Uma Introdução ao Cristianismo.
SPaulo, 2007
Bíblia de Estudo Pentecostal CPAD
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